Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 69
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Oi, Meu nome é Susan Agostini e... eu sou a filha de um Vingador. Eu não sabia quem era meu pai, só me contaram aos meus 16 anos. O problema é que eu tinha que contar a ele.

Meu pai quando descobriu, queria que eu fosse morar com ele e isso me causou desespero. Eu não queria me apegar a ele, nem que ele se apegasse a mim, porque... Porque eu estava morrendo. Poucos tempo antes eu havia descoberto que estava com LPA, sem muita chance de cura, mas meu pai é insistente e tive que morar com ele.

Eu tenho uma espécie de conexão com meu pai, e quando eles está em perigo eu posso ver o que acontece com ele, onde quer que estejamos. Sei o quanto ele sofreu nos últimos anos e não queria ser mais uma dor na vida dele quando morresse e tentei fazer da vida dele um inferno, na esperança que ele me expulsasse, mas... ele nunca desistiu de mim.

Uma profecia que me envolvia foi revelada, uma guerra irá acontecer em questão de horas. Loki descobriu a minha existência, descobriu quem eu sou e me usou. Usando magia, ele ligou a minha força vital a do exército chitauri para ressuscita-los, para que ele possa ter sua vingança.

Meu amigos, os semideuses, não me abandonaram, ele decidiram lutar ao meu lado, para tentarmos vencer essa guerra, mas não era isso que eu gostaria de falar.

Desviei o olhar e o reergui.

Pai, sinto muito pelo tempo desperdiçado. Sinto muito pelas brigas, pelas raivas, pela rebeldia. Eu não queria que sofresse. Como em toda guerra, teremos baixas, não sei quantos de nós sairemos disso. E eu tô com medo, medo de perder você, os Vingadores, Meu marido, Meu melhor amigo, meus amigos.

Dei uma pausa e sequei as lágrimas.

Obrigada por tudo. Eu te amo pai!

Falei e desliguei a câmera que eu usava pra filmar. Coloquei um vídeo no pen drive. Quando já estava desligando o notebook, Nico aparece na porta do quarto.

— Está pronta? - ele perguntou

— Só estou terminando de arrumar minhas coisas - falei colocando o notebook na mochila - Como estão as coisas?

— Acabei de falar com o Léo, ele fez os equipamentos de bronze celestial que pediu - Nico falou se ajudando com a mochila

— Ótimo, teremos muitos semideuses nas ruas, o cheiro irá atrair monstros demais, não posso deixar os Vingadores expostos sem armas contra as criaturas - falei pegando a mala.

— Os semideuses também estão prontos para irmos - Nico falou e assenti.

— Irei ligar pro meu pai e avisar que estamos indo - falei e ele assentiu

— Irei reunir o pessoal enquanto isso - Nico falou normalmente

Peguei meu celular e depois de alguns toques o meu pai atendeu

— Oi, Su - meu pai atendeu - Está tudo bem?

— Está sim, só estou ligando pra saber se está tudo certo pra levar os semideuses pra Torre? - perguntei vendo os semideuses se reunirem

— Pedi pra Pepper preparar um andar para eles - meu pai falou

— Está bem, logo estarei em casa de novo - falei tranquilamente

— Estamos te esperando - meu pai falou, nos despedimos e desligamos

Quando todos os semideuses que se prontificaram a lutarem ao meu lado, já estavam reunidos, me aproximei deles, todo burburinho cessou e logo. Olhei para eles e pedi que me acompanhassem, saimos do acampamento com nossas armas em mãos, caso ocorresse algum ataque, o que para nosso alivio nenhum monstro apareceu. Na base da colina havia um onibus nos aguardando, Clint estava encostado ao lado da porta, pedi que todos subisse e assim o fizeram.

— Parece que você tem seguidores leais e obedientes - Clint cassou e eu ri baixo

— É bom te ver novamente, passarinho - falei e ele sorriu

Clint se colocou no banco do motorista e nos levou para a Torre Avengers. Estacionamos no fundo da Torre, os semideuses praticamente correram em direção a posta de carga

— Eles sempre são enérgicos - Clint pergunta depois de descer do ônibus e nos acompanhar

— Sempre - falei e os acompanhei

Haviam 3 elevadores de carga, que comportariam todos muito bem. Abri as portas e pedi que entrassem e eles os fizeram, menos o Jhon e o Nico.

— Jarvis - chamei normalmente

— Sim, srta Stark - Jarvis respondeu surpreendendo os semideuses

— Os leve para o andar reservado aos meus convidados, por favor - falei ficando ao lado do Nico

— Como quiser, srta Stark - Jarvis respondeu e as portas de fecharam

— Susan, você é muito nova pra tá tão estressada - Clint falou - Tá parecendo uma general

— Você não sabe o quão perigoso foi o caminho até aqui - falei olhando-o

— O percurso foi tranquilo - Clint contestou

— Sim, Mas o risco de um ataque era imenso - suspirei - O cheiro de muitos semideuses, tende a atrair monstros. Só irei me acalmar quando eles estiverem seguros lá em cima.

Nós começamos a andar em direção ao elevador pessoal.

— Ainda preciso ver quem irá trabalhar no andar dos semideuses - falei chamando o elevador

— Não se preocupe, a Pepper entrevistou cada um dos profissionais, para te ajudar

— Ela o quê? - perguntei olhando-o com olhos arregalados

— Já tem uma equipe de profissionais no andar para acomodar os semideuses - Clint repetiu sem entender a minha reação

— Você não acha que... - Jhon começou a falar

— Merda - murmurei e viajei nas sombras.

Reapareci no andar, caminhei um pouco, estava tudo silencioso. Comecei a caminhar pelo corredor, até que ouvi passos se aproximando.

— Seja bem vinda, senhorita Stark - um mulher de 30 anos me cumprimentou, ela era humana.

— Muito obrigada, vim dar uma olhada, meus amigos irão chegar logo e quero que tudo esteja em ordem - falei normalmente com um sorriso - Poderia me mostrar o andar?

— Com toda certeza, senhorita Stark, por aqui por favor - ela me guiou.

Ela explicou que os resto dos funcionários estavam no horário de almoço, menos ela e mais 3 que se voluntariaram para permanecer e deixar tudo em ordem. Me mostrou cada quarto, o refeitório, a área de serviço, a sala de estar e a medida que nos aproximamos do último cômodo, senti o cheiro de magia ficando cada vez mais forte.

— Aqui é a cozinha - a mulher falou entrando - E essas são as nossas voluntárias do dia.

— Bom dia, meninas - falei me aproximando e as vi tremeram levemente

— Bom dia - responderam, vi suas aparências tremeluzirem e as reconheci  - Gostaria de ter uma conversa com elas... a sós.

— Sim, senhorita Stark - ela falou sem entender, mas mesmo assim saiu

Fiquei em silêncio esperando que ela se afastasse o suficiente para não me ouvir.

— Sabem quem eu sou? - perguntei séria

— Sabemos - a do meio falou normalmente - A senhorita é filha do Senhor Stark.

— E o que mais eu sou - falei me aproximando, elas recuaram em silêncio - Porque recuam?

— Nada, senhorita - uma delas respondeu

— Estão sentindo esse cheiro? - perguntei e elas evitaram respirar fundo

— Que cheiro, senhorita? - a da ponta perguntou

— O de morte - falei sentindo a bênção de Hades e desejei que a minha espada aparecesse.

— Não se aproxime, filha de Hades - a voz de serpente se fez presente

— Ou o quê? - perguntei enquanto ela agarrava uma faca de cozinha

Ela arremessou a faca no mesmo instante que me joguei no chão. Lancei a minha espada que acertou de raspão no braço de uma que começou a se dissolver em poeira. A outra que parecia a líder jogou uma panela com óleo quente pra mim. Usando magia fiz a panela voltar nela, que gritou quando o óleo a atingiu.
Disparo uma flecha no coração da outra que dissolveu em poeira.
Desejei novamente a minha espada e aproximei da outra que gemia de dor.

— Há quantos de vocês? - perguntei friamente e ela permaneceu em silêncio virei a panela de água quente nela que gritou novamente - Não irei perguntar novamente.

— Só havia nós três - ela respondeu com a voz abafada pela dor 

— Ótimo, está na hora de se juntas as outras - falei e decepei a cabeça dela.

Poeira se espalhou por toda cozinha, usei magia pra limpar a poeira, me aproximei das panelas quando senti o cheiro de algo podre, pude identificar pelo odor que era veneno. Ouvi passos no corredor, Nico, Jhon e Clint foram os primeiros a chegar, sendo acompanhados pelo líder de cada chalé.

— Está tudo bem? - Nico perguntou enquanto eu desligava o fogo

— Não. Haviam 3 gorgonas prontas pra atacar parte dos semideuses - olhando-os - A outra parte pretendiam matar por envenenamento

— O que fez com as criaturas? - Clint perguntou

— Mandei para o lugar do qual não deviam ter saído - respondi simplesmente - Livrem-se de tudo. Comida, mantimentos, materiais de uso pessoal, não vamos correr riscos.

Os semideuses assentiram, e começaram a fazer a limpeza imediatamente.

— Não fala nada pra Pepper, ela surtaria se soubesse que as pessoas que ela selecionou iriam matar os semideuses - pedi calma ao Clint e ele assentiu

— E o que fazemos? - Jhon perguntou

— Vamos fingir que nada disso aconteceu - falei olhando-os - Vamos acomodar o pessoal.

Depois de algum tempo, todos estavam acomodados, liguei pro Buffet e trouxeram comida pra um batalhão, almocei com os semideuses. Quando estava me despedindo, o Ruan se aproximou de mim.

— Su, posso conhecer o seu pai? - ele perguntou me olhando

— Quer conhecer o meu pai? - perguntei um pouco confusa

— Sim, sou fã do trabalho do seu pai - Ruan falou animado

— Acho que posso ajudar com isso - falei e ele sorriu

— Ajudar com o quê? - Percy perguntou

— Ruan quer conhecer o meu pai - falei e Percy sorriu

— Acho que ele não é o único - Percy falou e Annabeth assentiu

— Tá bem, venham - falei sorrindo e eles me seguiram pro elevador

Em segundos chegamos ao andar dos Vingadores, não havia ninguém na sala. Entramos, notei que eles estavam admirados com o lugar.

— Su, os seus amig... - Steve parou no meio da frase quando nos viu - Deixa pra lá

— Steve quero que conheça, Annabeth, Percy e Ruan - apresentei e os deixei conversarem, fui até a cozinha beber água.

Quando me aproximei da pia o cano tremia um pouco, me aproximei e sentir a magia. Antes que eu pudesse falar alguma coisa o cano estourou molhando a cozinha inteira.

— PERCY - gritei e todo vieram ver o que aconteceu - Controla sua empolgação.

— Desculpa - ele murmurou e fez a água parar de sair e secou toda a cozinha usando seu controle da água

— Como ele fez isso? - Steve perguntou surpreso

— Ele é filho de Poseidon - respondi me aproximando deles - Steve meu pai tá em casa?

— Da última vez que o vi, ele estava lá em cima - Steve falou, no instante seguinte ouvimos o som dos propulsores da armadura

Voltamos pra sala e vimos a armadura suspensa no ar através da parede de vidro.

— Precisa ser tão exibicionista, Stark? - Steve provocou e não obteve resposta

— Sem piadas? - perguntei pra  mim mesma

— Isso é estranho até pra... - Jhon foi interrompido por um grito

— QUE MERDA É ESSA? JARVIS DESLIGA A ARMADURA AGORA - todos nós viramos na direção da escada onde meu pai descia rapidamente

— A armadura não responde os comandos, Senhor Stark - Jarvis respondeu

— Gente, onde está o Ruan? - Annabeth perguntou e olhamos em volta

Ouvimos o barulho de alguém batendo levemente no vidro, todos olhamos em direção a armadura.

— Não pode ser - Percy murmurou

Ruan levantou as mãos e mostrou os dedos médios pra gente e vou com a armadura.

— Jarvis, recupera o controle da armadura agora - meu pai falou seriamente irritado.

— Nenhum protocolo funciona, Senhor - Jarvis respondeu prontamente

— Vou derrubar essa armadura eu mesmo - meu aí falou as as luvas da sua armadura foram em direção a ele

— Não faz  isso - falei me colocando a frente dele - Eu vou dar um jeito.

Corri pro lado de fora, na área de pouso.

— Ruan, vem aqui - gritei e ele apenas me olhou - O quê você tá fazendo?

Ele se aproximou um pouco, abriu o capacete sorrindo

— Não vou fazer nada. Só quero voar um pouco - respondeu como se não fosse nada

— Você não tem autorização para usar a armadura - repliquei e ele riu

— Relaxa, Susan - Ruan falou e me irritei

— Não me faça te derrubar - falei séria

— Teria que invadir o sistema da armadura primeiro - Ruan falou fechando o capacete.

Ele voltou a fazer manobras no ar, me concentrei na bênção de Hefesto, fiquei olhando fixamente para a armadura, quando ele deu um rasante sobre mim, apenas desejei que a armadura abrisse e assim ela fez derrubando o Ruan com tudo no chão, que rolou pela força da queda e gemeu pela dor do impacto. A armadura fechou e se aproximou de mim como se esperando ordens.

— Volte para a oficina e se desligue - comecei a me aproximar do Ruan no mesmo instante que a armadura saiu.

— Como você fez isso? - Ruan perguntou enquanto se levantava

— Não importa - rebati séria, puxei o Ruan pela gola e o aproximei da borda

— Susan - ele gritou quando inclinei o corpo dele pra beirada

— Seria uma queda impressionante, Não acha? - falei simplesmente

— Susan, me tira da beirada - ele pediu baixo - Faço o que você quiser.

— Então jure, jure pelo Estige que nunca mais irá invadir o sistema do meu pai e nada do que estiver ligado a nós - foi a primeira coisa que veio a cabeça.

— Eu, Ruan, filho de Hefesto, juro pelo Estige que nunca mais irei invadir o sistema do Stark ou algo que os envolva - Ruan falou e o puxei com força, fazendo-o cair sentado

— Levem ele de volta ao acampamento - falei olhando o Jhon que assentiu

— E a guerra? Eu quero ajudar - Ruan falou e eu o olhei

— Preciso de pessoas de confiança ao meu lado. E eu não confio mais em você - falei e entrei

Jhon levou o Ruan de volta pro acampamento, meu pai foi pra Oficina formatar a armadura, Percy e Annabeth voltaram pro andar dos semideuses e eu fui pro meu quarto acompanhada do Nico. Entramos e me sentei na cama enquanto ele fechava a porta do nosso quarto

— Su? - ele me chamou e eu o olhei - Desde quando consegue controlar tecnologia.

— Desde hoje - respondi

— Como? - ele perguntou se sentando ao meu lado

— Eu não sei. Apenas me concentrei no dom de Hefesto e a armadura obedeceu as minhas ordens - falei após ter pensado um pouco

— Vi outros semideuses terem a bênção de Hefesto, mas ninguém fez nada assim antes - Nico falou pensativo

— Seria possível que o soro tenha ampliado o poder das bênçãos? - perguntei olhando-o

— Eu não sei. Mas quando tudo isso terminar perguntaremos ao Quiron - Nico falou e assenti.

Fiquei pensativo por um momento até que percebi que o Nico estava de joelhos na minha frente apoiando os braços nas minhas pernas, ele me olhava com suavidade e carinho, dei um beijo na testa dele e sorri. Era um conforto ter ele ali comigo, não sei se aguentaria tudo isso sem o apoio dele.

— Eu te amo - falei fazendo carinho no cabelo dele

— Eu também te amo - ele respondeu e me deu um selinho - Vou preparar um banho pra gente, tá bem?

Apenas assenti, essa era uma das coisas que eu mais amava no meu marido. Ele sempre tentava fazer algo pra me distrair dos meus problemas e me fazer relaxar. Ele estava sempre cuidando de mim.


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Notas finais do capítulo

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