Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 48
Esperança


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeei

Espero que gostem

Boa leitura



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POV Susan

Acordei e a primeira coisa que eu fiz foi desligar a válvula do cilindro de oxigênio e tirar aquela maldita máscara, coloquei sobre o criado mudo e voltei a deitar a cabeça no travesseiro. Senti o braço do Nico que me abraçava por trás pela cintura, me apertou com mais força contra ele.

Olhei por cima do ombro e vi que ele ainda dormia, me movi levemente para não acordá-lo e fiquei de frente pra ele. Tirei as mechas de cabelo que praticamente caiam sobre seus olhos, percorri o contorno do rosto dele com o dedo levemente, ele se mexeu levemente e respirou fundo, voltando a ficar quieto. Me aproximei e comecei a beijar levemente o rosto dele até chegar ao lábios, no segundo selinho, Nico já estava me puxando contra ele e aprofundou o beijo; senti ele começando a se mover e quando percebi, o Nico estava sobre mim durante o beijo, que só rompemos pela falta de ar.

— Acredito que não existe melhor forma de ser acordado - Nico sussurrou me olhando e eu sorri

— Bom dia! - sussurrei olhando-o

— Bom dia! - ele sussurrou, me deu um selinho e saiu de cima de mim deitando ao meu lado - Dormiu bem?

— Dormi e você? - perguntei olhando-o

— Dormi abraçado com a garota que eu amo, não poderia ter dormido melhor - ele falou carinhosamente enquanto mexia no meu cabelo

— Eu não mereço você - sussurrei e ele me beijou

— Não fala mais isso - ele pediu e eu assenti - Tá sentindo alguma coisa?

— Sim - respondi e ele me olhou um pouco preocupado - Uma vontade imensa de dormir o dia inteiro

— Nem pensar. A senhorita vai levantar e tomar café com a sua família - Nico falou se sentando e me puxando pra sentar em seguida

— Mas... - tentei falar, mas ele me interrompeu

— Sem mas. Vou me arrumar, te encontro lá em baixo - ele me deu um selinho e saiu do meu quarto

Suspirei e me levantei da cama. Peguei um vestido leve, tomei banho, prendi o cabelo e desci para tomar café com os demais. Quando desci notei que o meu pai, o Steve e o Bruce não estavam lá.

— Bom dia, pequena - Clint falou ao me ver

— Bom dia - cumprimentei a todos - Vocês sabem onde os outros estão?

— Não. Seu pai saiu do quarto no meio da noite e eu não vi - Pepper falou

— O mesmo aconteceu com o Steve - Natacha falou se servindo

Antes que eu pudesse falar algo as portas do elevador se abriram e vi meu pai, Steve e Banner entrando e estavam com cara de que não dormiram a noite.

— Muito bonito, saindo pra passar a noite na farra e não me convidam - falei olhando-os, sabia pela roupas deles que isso não era uma possibilidade.

— Desculpa, na próxima vez te chamo - meu pai falou entrando na brincadeira e deu um beijo na minha bochecha - Bom dia

— Onde vocês estiveram? - Pepper perguntou

— Trabalhando - meu pai respondeu se sentando

Todos nos servimos e começamos a tomar café, eu mais enrolava do que me alimentava. Eu tomava mais suco do que comia, mas meu pai estava praticamente me monitorando e sempre falava que eu deveria comer mais uma fatia de pão ou de bolo.

Quando terminamos comecei a ajudar a Dora a tirar a mesa, quando ia ajudá-la a limpar a cozinha ela disse que hoje ela faria sozinha. E mandou que eu fosse descansar, estava indo em direção a escada e vi que meu pai, Nico, Steve e Banner estavam conversando, notei pela expressão deles que o assunto é sério. Me aproximei deles, quando notaram minha presença ficaram em silêncio.

— Tá acontecendo alguma coisa? - perguntei olhando-os

— Está e precisamos conversar com você - meu pai falou e senti meus músculos ficarem tensos.

— Amor? - Nico me chamou e eu o olhei - Senta aqui

Ele indicou o espaço vago ao lado dele  e eu me sentei, ele segurou minha mão assim que me acomodei tentando me transmitir tranquilidade.

— Sobre o que estavam conversando? - perguntei olhando-os

— Lembra que falei que estávamos trabalhando noite passada? - meu pai perguntou e eu assenti - Então, tivemos uma idéia pra ajudar você. E era sobre isso que estávamos conversando.

— Que idéia seria essa? - perguntei curiosa

— Ela é composta por duas etapas - Banner falou me olhando - A primeira  fase seria uma medicação forte e especial para...

— Não vou fazer quimioterapia - falei firme e o Banner se calou

— Amor, apenas escuta - Nico pediu e eu neguei com a cabeça

— Não vou fazer a quimioterapia, isso está fora de questão - falei olhando-os

— Susan, isso faz parte do procedimento da cura - Steve falou e as imagens da tia Sam vieram a minha mente

— Não. Eu não vou ficar presa na minha cama porque meu corpo está sobre efeito dos remédios, não vou ficar trancada no quarto sem poder trabalhar porque a quimio vai afetar o meu comportamento - falei uma coisa atrás da outra - Não quero que vocês me assistam a definhar sobre uma cama.

— Disse que deixaria eu cuidar de você - meu pai falou - Pelo menos ouve o que temos a dizer

Fiquei em silêncio e eles prosseguiram, Nico ficou o tempo todo fazendo carinho na minha mão para me ajudar a me manter calma.

— Se tudo terminar da forma que pensamos isso será sua cura - Banner falou e eu fiquei em silêncio

— Filha? - meu pai me chamou e eu o olhei

— Acha que isso dará certo? - perguntei olhando-o

— Vai dar certo - ele falou tranquilamente - Mas para dar certo será necessário fazer as duas partes dos procedimento.

— Eu não... - antes que eu concluísse ele interrompeu

— Eu disse que te ajudaria e você concordou - meu pai falou normalmente - Essa provavelmente será nossa única chance

Nico apertou levemente a minha mão e eu o olhei. O olhar dele era claro, dizia que independente da minha decisão ele estaria me apoiando, olhei pro meu pai e vi em seus olhos um misto de esperança e medo, o medo de que eu recusasse.

— Eu não sei, pai - falei após um suspiro pesado - Preciso pensar um pouco.

— Su, a gente... - meu pai tentou falar, mas o Steve interrompeu

— Tudo bem, Su - Steve falou - Pense no que dissemos.

Assenti e sai da sala indo pro meu quarto, deitei na cama abraçando o travesseiro que geralmente o Nico usava, minutos depois o Nico entrou no quarto e se aproximou. Sentou no espaço a minha frente, se encostou na cabeceira e eu o olhei

— Seu pai pediu que eu te convencesse a fazer o tratamento - Nico falou e me olhou

— Vai fazer isso? - perguntei sem soltar o travesseiro

— Não - ele respondeu simplesmente e eu me sentei para olhá-lo

— Por quê? - perguntei curiosa

— Eles já falaram o que precisava falar - Nico falou normalmente - Só quero saber, do que você está com medo?

— Eu tô com medo da profecia - falei abaixando o olhar pra cama - Eu tô com medo do que pode acontecer.

— Amor, sabe que quando ou se a profecia acontecer, você não estará sozinha - Nico falou e eu o olhei - Todos nós estaremos com você.

— E se alguém se ferir por causa disso? - falei um dos meus maiores receios, a morte de alguém.

— Se alguém se ferir, temos o Jhon - Nico brincou, dei um tapa no braço dele e acabei dando um breve sorriso

— Isso não é piada - repreendi, mas o Nico continuava sorrindo

— Eu sei que não é - ele falou me olhando

— Se você estivesse no meu lugar - falei olhando-o nos olhos - Você faria o tratamento?

— Faria - ele respondeu sem hesitar

— Por quê? - perguntei olhando-o

— Porque o meu desejo de passar todos os dias da minha vida com você é maior que os meus medos - ele respondeu com carinho, mas ao mesmo tempo seguro de cada palavra

— Vo... você tá... - eu não tinha palavras pra formular um frase

— Se eu tô falando de casar e constitui família com você? Sim - ele falou me olhando - Desde que reconheci ser totalmente apaixonado por você, esse é o meu objetivo.

Eu permaneci quieta, não sabia o que falar, não sabia como reagir a isso, notei o movimento sutil do Nico na minha direção. Ele se aproximou e iniciou um beijo suave, repleto de carinho. Pela primeira vez me permiti imaginar o futuro, estar com o Nico, imaginar a experiência de ser mãe, antes que eu pudesse perceber algumas lágrimas escorreram pelos meus olhos e Nico rompeu o beijo.

— Não precisa chorar. Não quero que faça nada por mim, independente da sua escolha eu vou te apoiar e como eu já disse, nem mesmo a morte seria capaz de me manter longe de você - ele disse secando minhas lágrimas.

— Eu quero - falei depois de um tempo - Eu quero ficar com você. Eu quero tudo que você sonhou pra gente.

Ele ficou quieto por um momento, assimilando tudo que eu havia dito. Quando a ficha do que eu havia dito finalmente caiu, uma lágrima escorreu no rosto dele, ao menos tempo que um sorriso se formou em seus lábios. Ele me deu um selinho, deu alguns beijos na minha bochecha e me abraçou forte escondendo o rosto em meu pescoço.

— Você não sabe o quanto me fez feliz agora - Nico murmurou

— Eu te amo, meu amor - falei e desfazemos o abraço - Agora eu preciso falar com meu pai.

— Quer que eu vá com você? - ele perguntou e eu assenti

Saímos do meu quarto, chegamos a sala, mas estava tudo vazio.

— Jarvis, onde está o meu pai? - perguntei olhando em volta

— No laboratório do doutor Banner, senhorita Stark - Jarvis respondeu e fomos para o elevador.

Chegamos ao laboratório do Banner e vi meu pai conversando do outro Bruce e o Steve. Assim que eu entrei eles me olharam.

— Atrapalho? - perguntei olhando-os

— Não. Entra - Bruce falou e me aproximei, respirei fundo

— Uma semana - falei e eles me olharam confusos - Quero uma semana antes de começar a tomar o coquetel de remédios. Uma semana para fazer tudo que não vou poder fazer quando começar a tratamento

— Tudo bem - meu pai falou sorrindo e veio me abraçar

— Uma semana será suficiente pra reformular a medicação - Banner falou e eu assenti

— Vou deixar vocês trabalharem e vou aproveitar a minha semana - falei saindo acompanhada do Nico

— Vai fazer o quê durante essa semana? - meu pai perguntou quando eu estava saindo

— 1° - aproveitar ao máximo a festa das indústrias Stark, nesse fim de semana - falei sorrindo - E eu já providenciei as fantasias de vocês.

— Eu não irei - Bruce falou rapidamente

— Vai sim, nem que seja pra ficar um pouco, qualquer coisa eu trago você de volta - falei e não dei chance pra ele rebater - Até mais.

Sai andando pelo corredor, como era uma festa a fantasia todos os funcionários estariam fantasiados de acordo com o tema sorteado no buffett e dessa vez o tema foi Van Helsing. O email indicava a divisão dos figurinos, os seguranças estariam vestidos de Van Helsing, as garçonetes vestidas como as esposas do Conde Dracúla, os barmans vestidos como frade e os demais funcionários (fotógrafos, DJ e os coordenadores auxiliares)  estariam vestidos como vampiros. Como eu era a organizadora principal do evento deixaram uma fantasia solo pra mim, eu seria a Anna Valerius.

— Vai pra festa desse fim de semana? - perguntei olhando pro Nico

— Não posso. Tenho que resolver algumas coisas que estão acumuladas no submundo - ele falou e me olhou - Desculpe.

— Tudo bem - falei escondendo meu descontentamento

— Ficou chateada? - ele perguntou assim que se portas do elevador se fecharam e eu neguei

— Não se preocupe, amor - falei olhando-o - Eu compreendo que tem suas responsabilidades.

— Prometo de compensar de alguma forma - ele falou e me envolveu em seus braços pela minha cintura

— De que forma seria? - perguntei passando meus braços pelo pescoço dele

— Surpresa - ele respondeu antes e roubar um beijo meu

2 Dias Depois

Falta apenas 2h pro início da festa nas indústrias Stark. Estava terminando de arrumar meu cabelo, retoquei de leve a maquiagem e fui pra sala e os Vingadores já estavam fantasiados com as fantasias que escolhi. Steve estava vestido como nerd, Natasha como cuidadora de animais, Pepper como aeromoça, Clint como soldado, Banner como mágico moderno e a fantasia do meu pai era de Sherlock Holmes.

— Vocês estão tão lindos - falei quando terminei de descer a escada

— Uau! Quem é você e o que fez com a Susan? - Clint perguntou me olhando de cima a baixo

— Onde você pensa que vai vestida assim? - meu pai perguntou me olhando

— Não começa - pedi e fui em direção ao elevador - Tenho que ir mais cedo. Vejo vocês lá.

Fui para a garagem, peguei meu carro e fui para o local da festa. Quando cheguei tudo já estava organizado, os funcionários já estavam lá, apenas fiz uma breve supervisão para me certificar que estava tudo certo e logo os sócios das indústrias Stark começaram a chegar. Mas um pressentimento ruim me deixou alerta. Alguma coisa estava prestes a acontecer, mas não sei o que é, e admito. Estou com medo de descobrir. Voltei a olhar o salão em busca de algo suspeito, mas nada parecia estranho, o problema era que eu estava com a constante sensação de estar sendo observada. Definitivamente tem alguma coisa acontecendo, mas o quê? Seja lá o que for, espero que não cause problemas


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Notas finais do capítulo

Olá, meu amores. Gostaram do capítulo?

Bom... amanhã pela manhã farei um transmissão na página da fic pra explicar algumas coisas em relação a fic.

Nos vemos nos reviews!



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