Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 49
Festa A Fantasia


Notas iniciais do capítulo

Voltei...
Sei.que devem estar me odiando agora, por causa da demora.
Mas tive problemas aqui. Tava tão puxando que não Tava conseguindo conciliar tudo. Mas agora vou poder voltar a escrever e postar pelo menos um por semana.

Sem mais demora

Boa leitura e espero que gostem.



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Logo as pessoas começaram a chegar, em menos de uma hora todos os convidados estavam lá. Por último chegaram os Vingadores atraindo toda a atenção dos presentes, eu me aproximei para levá-los a mesa deles.

— Sempre chamando a atenção - falei baixo quando me aproximei

— E qual seria a graça de não ser notado? - meu pai perguntou e eu sorri

— Vou acompanhá-los até a mesa, por aqui - falei e segui caminho sabendo que eles me seguiriam

Quando chegamos eles se sentaram e comecei a me afastar.

— Ei... não vai ficar? - Clint perguntou me olhando

— Não posso, tenho trabalho a fazer - respondi e comecei a me afastar da mesa.

A festa seguiu, o jantar foi servido, o bar estava ativo, a pista de dança liberada, muitos convidados já estavam dançando e logicamente eu fui me divertir um pouco. Dancei algumas músicas, notei que o Bruce estava sentado, tomando um suco enquanto os outros Vingadores aproveitavam a festa, sai da pista de dança e fui até a mesa que ele estava em me sentei. O som não estava estrondoso, estava um pouco alto, mas era o suficiente para animar a festa.

— Oi, tio Bruce - falei me sentando ao lado dele e ele sorriu

— Oi, Su - ele falou antes de tomar um gole de suco

— Você está bem? - perguntei olhando-o

— Estou, não se preocupe comigo - ele respondeu e eu fingi pensar.

— Não parece, você não tá dançando - falei como se fosse óbvio

— Eu não sou muito fã desse estilo de música - ele falou se referindo a música eletrônica que envolvia a todos na pista de dança

— Entendi - peguei meu celular é mandei uma mensagem pra Emilly pedindo pra falar com o Dj para colocar uma música específica

Não demorou muito para que uma música clássica, mas que dava pra dançar tocou. Bruce respirou fundo e fechou os olhos aproveitando o som, as pista de dança foi tomada por casais que começaram a dançar.

— Dança comigo, tio Bruce? - perguntei naturalmente e ele me olhou surpreso

— O quê? - ele perguntou se entender

— Só uma dança e não irei desistir da dança - falei firme

— Não gosto de ficar no meio de muita gente - ele falou olhando a pista de dança

— Não precisa ser lá especificamente - falei e mostrei um local próximo ao bar que estava praticamente vazio

— Esta bem - ele cedeu e nos levantamos.

Fomos até o canto menos movimento e começamos a dançar, a princípio estava tudo normal, ambos estávamos nos divertindo até que comecei a ficar incomodada, sentia como se estivesse sendo vigiada e a reação Bruce dizia que ele sentia o mesmo.

— Tá com a sensação de estar sendo observado? - perguntei quando a música terminou

— Achei que fosse paranóia minha - ele falou e começamos a olhar discretamente em volta

— Vamos sair daqui - falei e começamos a sair

Estávamos nos aproximando do bar, quando acabei parando ao ver a pessoa que estava parada próximo ao balcão e estava olhando fixamente pra mim.

— Algum problema? - Bruce perguntou e eu desfiz o contato visual com a pessoa que me encarava

— Não, nenhum - falei disfarçando - Preciso trabalhar, obrigada pela dança.

— Eu que agradeço - ele falou me olhando - Vou me sentar, qualquer coisa me chame

— Está bem - sabia que ele estava se referindo sobre estarmos sendo observados - Não se preocupe.

Ele seguiu o caminho até a mesa que estava reservada para os Vingadores e eu me aproximei do bar

— O que você está fazendo aqui, Loki? - perguntei olhando-o, ele permaneceu em silêncio - Por favor, só não apronta nada

Quando eu ia passar por ele, Loki segurou meu braço com força

— O que fazia com aquele monstro? - o ódio era nítido em sua voz

— Me solta, você tá me machucando - falei tentando me soltar

— Com permite que aquela criatura ridícula toque em você? - ele perguntou me puxando pra mais perto

— Você tá me machucando - falei sabendo que ficaria com algumas marcas onde ele segurava

— Sabia que uma das maiores honras de um guerreira e conduzir a rainha... ou a futura rainha de Asgard em um dança? -Loki moveu o cetro real e a música foi trocada por uma valsa

— O que você... - a frase morreu quando ele me tocou com o cetro.

Meu corpo inteiro relaxou, eu estava consciente mas não controlava meu corpo. Loki soltou meu braço, mas não consegui me mover, ele moveu o cetro na direção dele, as vestes asgardianas foi substituídas por um traje de gala, preto com uma gravata verde, uma máscara branca com detalhes dourados que cobria apenas parte do rosto dele.

— Me daria a honra? - ele estendeu o braço como um convite e mesmo meu cérebro dizendo não, meu corpo desobedeceu e entrelacei meu braço ao dele.

A cada passo que dava senti magia movendo-se ao meu redor, notei que minhas roupas começaram a mudar se transformando em um longo vestido vermelho e decotado, nos posicionamos no centro da pista de dança e ele começou a me guiar. Eu não conseguia controlar meu corpo, não conseguia falar, tentava a todo custo controlar a magia a minha volta sem muito sucesso, pela tranquilidade do Loki, estávamos invisíveis para qualquer pessoa da festa, eu tentava focar minha mente na magia mas o feitiço dele estava sendo uma espécie de barreira. Em um determinado momento, ele parou e começou a se aproximar, eu queria correr, sair daquele lugar, mas estava sendo impossível. Loki aproveitou que não estava no controle e me beijou, com certeza isso o distraiu, pois consegui me conectar a magia. Quando ele se afastou senti que podia falar novamente

— Por que você está fazendo isso? - perguntei olhando-o enquanto manipulava a névoa

— Pensou na minha proposta? - ele ignorou minha pergunta - Se tornar rainha em troca da segurança da sua família?

— Não há garantias de que eles ficariam em segurança - falei ganhando tempo, precisava manipular a névoa especificamente pra uma pessoa

— Eu te dou a minha palavra - Loki falou me olhando

— Vindo do deus da trapaça, não é muita coisa - falei firme - Repita isso olhando diretamente pra mim, sem máscaras sem jogos.

Ele tirou a máscara e eu consegui manipular a névoa para a pessoa visse a mim e ao Loki

— Eu... - ele começou, mas o interrompi

— Trapaça - falei e ele me olhou confuso - Não se preocupe, você não trapaceou, fui eu

— O quê? - nesse momento senti alguém me puxar pra sai dos braços do Loki, devido ao movimento acabei caindo e quando atinge o chão a magia do Loki havia sido desfeita e voltei para a minha fantasia

Em seguida só vi o Banner dando um soco no Loki fazendo-o bater contra a parede. Loki ficou um pouco desnorteado, mas quando viu o Banner ofegante e um olhar de ódio. Loki olhou brevemente pra mim é sumiu, Banner estava começando a ficar agitado.

— Bruce - falei me levantando - Bruce, tá tudo bem. Fica calmo

— Eu não posso ficar aqui - ele falou tentando se controlar e eu vi um tom verde começando a tomar conta das íris dos olhos. Peguei o celular e mandei uma mensagem pra uma das funcionárias

"Avise ao sr. Stark que tive que levar uma amigo grandão pra casa, acho que ele passou dos limites."

A névoa ainda manipulada, segurei o Bruce e viajei com ele pela sombra até estarmos na sala da torre. Assim que chegamos Bruce se afastou.

— Fique longe - ele falou recuando alguns passos - Não quero que nada te aconteça.

— Você não vai me machucar, Bruce - falei dando um passo e ele recuou

— Fica aí até eu me controlar, por favor! - ele pediu e eu assenti

Ele se sentou, fechou os olhos e começou a respirar fundo repetidamente, fiquei observando até que ele se controlasse completamente

— Vou pegar um copo d'agua pra você - falei indo em direção a cozinha

Quando peguei o copo, meu celular tocou, peguei o celular, vi o nome do meu pai aparecer na tela e atendi

— Oi, pai - falei assim que coloquei o celular, junto ao ouvido

— O que aconteceu com o Banner? - ele perguntou direto

— Nada demais, ele só estava cansado da festa e queria voltar pra torre - respondi como se não fosse nada

— E porque você saiu também? - ele perguntou desconfiado

— Me senti um pouco enjoada, e como ele queria sair, vim junto - falei torcendo pra que ele acreditasse

— Você está passando mal? - meu pai perguntou preocupado

— Não, eu estou bem, não se preocupe - falei enchendo o copo de água

— Ok, vou deixar o Jarvis de prontidão, se acontecer alguma coisa ele vai me avisar - meu pai falou e pelo tom de voz ele não iria mudar de idéia

— Tudo bem - falei normalmente - A Emilly, vai assumir o coordenação da festa

— A festa é de menos - ele falou simplesmente - Se cuida.

— Tá bem, tchau - ele encerrou a ligação

Levei o copo d'agua pro Banner, ele tomou a água e ficou de cabeça baixa. Ele parecia constrangido e eu não sabia como agir.

— Vou preparar algo pra gente comer - falei voltando pra cozinha

Comecei a fazer dois sanduíches e fiquei lembrando do que aconteceu na festa. Já sabia que o gatilho da transformação do Banner era as fortes emoções, mas o Banner é muito reservado é raro vê-lo demonstrar algo. Então veio a questão: se o Banner não acumulasse tanto sentimento, será que ele seria capaz de controlar não apenas a transformação, mas ao Hulk? Bom, não custa tentar.

— Jarvis? - falei e ele respondeu - Limite a nossa conversa a cozinha

— Sim, senhorita Stark - Jarvis fez o que pedi

— O que aconteceria se o Hulk se libertasse comigo no mesmo que eu estivesse? - perguntei curiosa

— Dificilmente isso aconteceria, meus protocolos fazem uma análise e se tiver algum indício da transformação eminente envio uma sinal de alerta a todos os Vingadores - Jarvis respondeu

— Mude o protocolo, a sinal só será enviado após a minha ordem - falei normalmente

— Sim, senhorita Stark - Jarvis atendeu meu pedido.

Fui para a sala, levando uma bandeja com os sanduíches e dois copos de sucos. Coloquei a bandeja na mesinha de centro, entreguei a ele um dos pratos e ele pegou. Começamos a comer em silêncio, até que eu quebrei o gelo.

— Bruce - ele me olhou - Obrigada... por te me ajudado

— Não precisa agradecer - ele falou simplesmente

— Preciso, Loki tinha me controlado, ele poderia me tirar de lá quando quisesse

— Podemos mudar de assunto? - Banner pediu e eu cedi

— Tudo bem... tem uma coisa que até hoje tenho curiosidade - comentei depois de um tempo

— Sobre o quê? - ele perguntou me olhando

— Como foi seu acidente no laboratório? - ele ficou tenso - É um assunto delicado pra você?

— Não gosto de falar nisso - ele falou e tomou um gole do suco

— Se pudesse mudar algo na sua pesquisa, o que mudaria? - ignorei a resposta dele

— Nunca teria desenvolvido a minha pesquisa - ele respondeu seco

— Pelo que soube do estrago da explosão, você deveria estar morto - falei olhando-o - Acho que se não fosse o Hulk, não estaríamos tendo essa conversa.

— Eu preferia não tê-la - pelo tom de voz, entendi que ele se referia a estar morto

— Então, ninguém estaria aqui - falei e ele me olhou - O Hulk tem uma grande importância para que Loki fosse detido, se você tivesse morrido naquele acidente Loki teria vencido.

— Eu não sei como aconteceu o acidente, estava tudo em ordem, na hora do experimento tudo ia bem, mas do nada os níveis de radiação começaram a ficar elevados e antes que pudéssemos parar ocorreu a explosão - ele falou - Se foi alguma sabotagem, o culpado já pagou por isso.

— Todos morreram, menos você - entendi o receio dele em falar do assunto - E como foi no começo após o acidente?

— Tinha pesadelos envolvendo meu passado e a explosão, disseram que era estresse pós traumático - Banner falou olhando pra baixo como se tivesse vergonha

— Você acha que foi responsável pela morte da sua equipe de pesquisadores - falei e ele fechou a mão em punho

— Você não estaria... - ele começou mas interferir

— Já tentou controlar o Hulk? - perguntei olhando-o

— Já, mas não tem... - ele começou a responder e eu interferi

— Se sente culpado pelas pessoas que se machucam quando o Hulk a parece? - perguntei eu vi que ele ficava cada vez mais agitado

— Senhorita Stark, mando o si... - Jarvis começou a falar

— Sem som - ordenei e ele se calou - Já soube de alguma vítima do Hulk?

— Susan, para - ele estava ficando ofegante

— O que passa na sua cabeça quando se lembra do Loki e das coisas que ele fez? - perguntei e ele fechou os olhos e colocou as mãos na cabeça - Como se sentiu quando soube que ele matou 80 pessoas em dois dias?

— Susan... - ele tentou falar, mas eu não parei

— O que sentiu vontade de fazer quando viu o Loki pela primeira vez? - continuei as perguntas.

— Fica quieta - Banner pediu, ele estava quase no limite

— Banner, só estamos conversando e você não respondeu minhas perguntas - falei vendo-o praticamente chegar ao limite - Fala comigo

— Eu não quero conversar - Banner falou tentando se controlar

— O que tá pensando? Fala pra mim, eu quero ouvir - insisti, sabia que era arriscado, mas precisava saber se estava certa - O que tá sentindo? Raiva? Tristeza?

— Cale a boca - ele falou sério, mas sem me olhar

— Põe pra fora, Bruce. O que você está sentindo? - falei firme e ele explodiu

Usando as mãos jogo a mesa de centro contra a parede e eu me levantei. Os olhos dele começaram a ficar verdes.

— EU MANDEI PARAR! - ele gritou mas não recuei

— Você não respondeu - falei fingindo uma firmeza que não tinha mais

— O QUE QUER OUVIR? QUE EU ME ODEIO? QUE EU VIVO CONSTANTEMENTE COM MEDO DE FERIR AS PESSOAS? Que eu queria estar morto? - o tom de voz dele foi ficando normal, os olhos voltando ao tom castanho e ele se sentou no sofá começando a chorar.

Fechei os olhos e suspirei, afinal ele não se transformou. Fui até a frente dele e me ajoelhei para abraçá-lo.

— Está tudo bem, Bruce - falei e ele retribuiu o abraço

Admito, nunca esperei que o Banner fosse ficar assim.


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