Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 43
Voltando pra Casa


Notas iniciais do capítulo

Depois de praticamente um mês eu voltei... mas antes de me xingarem eu posso explicar.

Tô trabalhando pela manhã, tenho que cuidar da casa, ir pra igreja, cuidar das minhas responsabilidades no FJU , pela tarde. E agora comecei a estudar a noite, já imaginam a correria não é?

Pois bem... os capítulos podem atrasar um pouco, mas não irei abandonar a fic, ok?

Boa leitura e espero que gostem! ^^



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POV Samuel

Eu não podia ter perdido o controle. Porque eu simplesmente não fui embora? Meus deuses o que foi que eu fiz?

Me afasto do estábulo que está iniciando um incêndio. Preciso de um lugar tranquilo ou não vou conseguir controlar o Extremis. Corri até o lago, comecei a entrar na água. A medida a água tocava a minha pele, ela evapora, mas em determinado momento ela parou de evaporar e passou apenas a esquentar.

Entro até a água está quase na altura da cintura, me agacho, puxo a maior quantidade de ar possível e afundo. Ficando totalmente submerso, procuro aliviar meus pensamentos e logo sinto a temperatura do meu corpo diminuir. Quando não estou mais conseguindo prender a respiração, emergir na água para poder respirar, após ver que realmente o Extremis não estava ativo me levantei e comecei a caminhar até a margem, quando o farvalhar de folhas chamou minha atenção fazendo com que eu parasse automaticamente. Olhei em volta e segundos depois vi um grupo de semideuses chegarem ao lago, quando o Felipe me viu, gritou.

— OLHA ELE ALI - todos olharam na minha direção.

Comecei a ir na direção oposta do lago e corri, ouvindo que eles agora estava no meu encalço. Continuei correndo, só parei quando um forte impacto na lateral do meu corpo me fez cair. Rolei no chão algumas vezes e comecei a me levantar, foi quando notei quem me empurrou, foi o Leo.

— O que você fez, Samuel? - Leo perguntou se levantando

— Foi um acidente, eu me irritei perdi o controle - tento me justificar

— Você precisa voltar - Leo falou se aproximando

— As caçadoras me mataram antes que eu possa dizer o que aconteceu - falei me preparando para correr de novo.

— Elas não podem fazer nada sem um julgamento justo - Leo falou e quando eu ia responder um flecha acertou meu braço e soltei um grito

Quebrei a ponta e puxei a aste, logo o Extremis começou a agir curando o ferimento. Os filhos de Ares partiram pra cima de mim e começaram a me atacar. Estava desarmado, apenas me restava desviar, mas não fui tão rápido e uma espada cortou parte da minha mão, gritei enquanto recuava, o Extremis dominou-me completamente, o pedaço da minha mão que caiu no chão começou um pequeno incêndio na floresta, a minha mão se curou e quando eu ia atacá-los, o Leo me segurou por trás.

— Samuel não piora a sua situação - Leo falou me segurando, eu dei uma cabeçada nele, fazendo-o me soltar

Quando ele recuou acertei uma sequência de golpes e ele desmaiou. A luta continuou, mas eu não tinha a intenção de matar ninguém, enquanto me defendia dos ataques tive a sensação de que estava faltando alguém, mas não conseguia lembrar quem. Foi então que ouvi o som da lâmina de uma espada cortar o ar, quando me virei só consegui ver a lâmina atravessar o peito da Helena.

O Felipe puxou a espada e eu amparei o corpo da minha irmã. Como o Extremis estava ativo, Helena gemeu de dor quando toquei nela e só então notei as queimaduras que ficaram nela. Coloquei ela rapidamente deitada e me ajoelhei ao lado dela, me concentrei e o Extremis parou de agir na minha pele pude tocar na minha irmã.

— O que você fez, Lena? - perguntei com a voz um pouco embargada

— Não podia... deixar que... matassem... meu irmão - ela falou com dificuldade e algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto.

— Sinto muito - sussurrei e vi o brilho da vida deixar os seus olhos.

Ouvi a aproximação dos semideuses, mas os ignorei. Eu simplesmente chorei, quando vi que o Felipe se aproximou, olhei para ele e a minha tristeza deu lugar ao ódio. Me levantei de vagar, senti o Extremis agir novamente e dessa vez eu não queria detê-lo.

Me aproximei, minhas mãos esquentando cada segundo mais, rapidamente coloquei minhas mãos em volta do pescoço dele, apertando-o enquanto o Extremis o queimava também e quebrei o pescoço dele. Em segundos ele estava sem vida, os de mais semideuses me atacaram e dessa vez eu não me controlei. Desarmei um semideus segurando o pulso dele queimando-o, ele soltou a espada e eu peguei. A lâmina começou a esquentar, então além de corta a lâmina queimava.

Logo todos estavam morto exceto o Leo que estava inconsciente, soltei a espada e cai de joelhos lamentando a morte da minha irmã, a medida que as lágrimas rolavam senti o Extremis enfraquecer. Ouvi o barulho de água, em seguida ouvi as chamas virando vapor e logo todo o fogo se extinguiu.

— Di immortales - ouvi a Annabeth falar

Fiquei quieto, parei de prestar atenção na que eles falavam, depois de algum tempo sentir que me ergueram do chão e me guiaram até a casa grande, me colocaram em um quarto e o selaram com magia, estava confinado ali até que decidissem me tirar.

Dias se passaram, os semideuses foram enterrados e eu fiquei sendo consumido pelo meu luto, até que chegou o ponto que eu não sentia mais nada, fiquei oco de sentimentos. Estava sentado na cama, minha mente vagando sem rumo, mas voltei a realidade quando a porta foi aberta, levantei meu olhar na direção da porta e vi o Argo que indicou que eu o seguisse. Ele me guiou até a sala onde estava o Sr D., Quiron, Susan e todos os líderes de chalés e a líder das caçadoras

— Agora que estamos todos aqui, podemos começar - Quiron falou assim que sentei - Sabemos dos últimos acontecimentos, que resultaram em algumas mortes. E estamos aqui para averiguar a situação e chegarmos a uma punição justa.

Quiron falou detalhadamente o estrago que causei há algumas noites, a lista de mortos, os danos aos animais e a às propriedades. O que me deixou inquieto foi o fato da Susan está sentada nos degraus da escada, olhar fixo no chão, sem dar uma palavra. Sei que pelas coisas que ele tem feito no acampamento ela hoje faz parte do Conselho, mas ela está quieta demais.

— Quiron, meus irmãos foram mortos, eu não quero justiça, eu quero vingança - Clarisse falou com ódio

— Ele matou sete caçadoras - Adrielly falou e me olhou - Nem a própria irmã ele poupou.

— Eu não matei a minha irmã - foi a primeira coisa que falei desde que cheguei - O Felipe ia me matar e ela se colocou na frente pra me proteger.

— Teria sido melhor ela ter deixado você morrer - Travis murmurou, sei que ele tinha uma paixão platônica pela minha irmã

O que me chamou a atenção foi o movimento do Nico, ele olhou diretamente para Susan, que estava de olhos fechados e respirando fundo.

— Quiron, ele tirou muitas vidas. Ele merece a morte - Adrielly falou

— Parem! - Susan falou, olhou na nossa direção e se levantou caminhando até nós - Chega de mortes. Muito sangue já foi derramado no acampamento nos últimos dias.

— E o que você sugere, senhorita Agostini? - Quiron perguntou olhando-a

— Toda essa situação foi causada pelo extremis - Susan falou tranquilamente - Meu pai tem a cura pra isso. A minha sugestão é que retiremos o Extremis dele.

— Usa saída interessante, Srta Agostini - Quiron falou pensativo

Essa última fala dela me desesperou. O que iria acontecer com meu braço se o Extremis fosse retirado? Ela notou minha expressão de preocupação.

— Meu pai já usou a cura na namorada dele e ela está bem - Susan falou tentando me acalmar

— Mas ela estava perfeita fisicamente, mas eu não - falei olhando-a - O que irá acontecer com meu braço se o Extremis for removido?

— Não sei dizer - ela falou sinceramente - Mas é necessário para que toda essa situação se resolva e esses acidentes parem

— Você não sabe o que é você ser normal por uma vida toda e de repente, você passa a viver limitado - falei olhando-a - Eu não quero isso pra mim. Eu não vou permitir que tirem o extremis.

— Samuel, nós estamos querendo o melhor para ambos os lados - Jhon falou me olhando e neguei com a cabeça

— Alguma outra sugestão? - Quiron perguntou

— Suspensão - Nico falou - Suspenda-o por um tempo

— Suspensão? O que ele merece é expulsão - Clarisse falou - Ele deve ser banido do acampamento.

— Ele deve morrer - Adrielly insistiu

— Matá-lo não trará suas caçadoras de volta - Susan interferiu

— Então que ao menos ele seja expulso do acampamento - Clarisse insistiu

— Vocês não podem fazer isso - falei e eles me olharam - Vocês sabem que eu não tenho família fora do acampamento, se eu sair não terei para onde ir.

— Você tem duas opções: se livrar do Extremis ou sair do acampamento. - Quiron falou

— Sem um dos meus braços, não sou de muita serventia, por favor, não me façam escolher - pedi olhando-o

— Então teremos que escolher por você - Annabeth falou

— Não podemos forçar a remoção do Extremis - Jhon falou

— Então só nos resta a expulsão - Percy falou

— Então que se inicie a votação - Quiron falou - Quem é a favor da expulsão?

Todos levantaram a mão, menos a Susan. A Adrielly estava com um brilho de vingança no olhar.

— Para a expulsão ocorrer tem que ser unânime - Quiron  falou e se dirigiu a Susan - Alguma idéia, srta Agostini?

— Uma exigência na verdade - ela falou e olhou pra Adrielly - Para que eu concorde com isso, quero um juramento em nome de todas as caçadoras de Artemis, de que quando ele sair do acampamento ele não será atacado ou morto por ninguém da caçada. E que se o encontrarem em alguma situação de perigo irão ajudá-lo.

— Você está louca? -Adrielly praticamente gritou - Não irei jurar isso.

— Então todos permaneceremos nessa sala até que uma solução seja encontrada - Susan falou firme - A decisão é sua.

— Faz o juramento logo. Quero esse cara longe do acampamento o quanto antes - Clarisse falou e Adrielly notou que a Susan não ia ceder

— Faço com uma condição. Que todos jurem que não ajudarão o Samuel - Adrielly falou e todos concordaram, incluindo a Susan que fez com relutância.

Todos fizeram o juramento e ficaram de pé.

— Vocês não podem fazer isso - falei me levando

— A partir de agora, você Samuel, filho de Apolo, está banido do acampamento Meio- Sangue - o sr D falou sério e Argo apareceu com a minha mala

— Senhor Di Ângelo, conduza-o para fora do acampamento - Quiron falou e Nico se aproximou

— Não... você não pode... - ele me interrompeu

— Sinto muito - foi tudo que ele falou ao tocar o meu ombro e tudo escureceu

Quando tudo clareou eu estava na entrada do acampamento, dei um passo a frente, mas a barreira me impediu de entrar. Comecei a socar a barreira com ódio e frustração,logo até meus braços cansarem. Me deixei cair sentado na grama e vi que minha mala estava a poucos metros de distância. Fui até ela e quando a peguei um envelope caiu.

Quando o peguei não tinha nome, quando abri tinha dois papéis o primeiro eu abri e vi o bilhete. "Sinto muito! Espero que faça bom uso, infelizmente não posso fazer mais", olhei o outro papel e era um cheque de 150 mil. Quando olhei a assinatura vi que era da Susan. Coloquei o cheque na mala e segui o meu caminho. Preciso resolver isso logo.

POV Susan

Depois que o Nico tirou o Samuel de lá, me aproximei da mala dele e prendi um envelope que criei usando magia e um bilhete. Aprendi a usar as sombras pra transportar pequenos objetos e fiz isso com meu talão de cheque, aproveitando a oportunidade de que todos estavam conversando entre si. Coloquei o cheque no envelope e mandei a mala para a entrada do acampamento. Quando todos saíram eu voltei pro meu quarto e me deitei na cama, fechei os olhos tentando relaxar um pouco. Minutos depois, senti a parte do colchão atrás de mim afundar um pouco, senti o Nico passar o braço pela minha cintura e beijar o meu pescoço.

— Você está bem? - ele me perguntou e eu assenti

— Só preciso dormir um pouco - falei entrelaçando nossos dedos - Os últimos dias foram agitados demais pra mim.

— Compreendo. Já falou com seu pai? - ele perguntou e eu neguei - Ele deve estar preocupado com você.

— Vou ligar - peguei meu celular que eu não mexia a dias e vi a quantidade de ligações perdidas do meu pai - Ele deve tá surtando.

Logo no primeiro toque ele atendeu

Você tá bem? Porque não me atendeu? Porque não ligou? Aconteceu alguma coisa?— meu pai perguntou uma coisa atrás da outra

— Calma, eu tô bem. Alguns amigos faleceram e não vi as ligações - respondi calma, mas não conseguindo esconder a tristeza em minha voz

Eles morreram? Como?— meu pai perguntou

— Um acidente. Eles morreram em um incêndio na floresta - menti, não podia falar a verdade

Você está bem?— meu pai perguntou

— Tô sim... eu não tava na floresta, estava no meu quarto quando aconteceu - respondi

E como você tá?— ele perguntou calma

— Já disse que eu tô bem. Não tava lá na hora que aconteceu - respondi me fazendo de desentendida

Su... como você tá?— ele insistiu e eu suspirei

— Vou ficar bem - respondi

Quando você voltar?— meu pai perguntou

— Assim que me liberarem, estarei voltando pra casa - falei e só então percebi que me referi a torre como a minha casa - Preciso desligar agora, tenho coisas pra fazer aqui.

Ok! Se cuida— ele falou

— Você também - falei encerrando a ligação

Quando coloquei o celular no criado mudo, me virei pro Nico que me deu um selinho.

— Descansa um pouco. Você tá precisando - ele sugeriu e eu assenti, me deitando para dormir enquanto tinha meu sono velado pela pessoa que eu amo.


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Notas finais do capítulo

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