The Hogwarts Selection escrita por SrtaLeonhardt, Pauli


Capítulo 2
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Hello Peoples, Pauli falando! Estou aqui para agradecer (e postar, oras) pelo comentário que a AtsushiHoon fez ♥, pelo favorito e acompanhamento da Clenery e das outras pessoas e um humilde pedido: APAREÇAM LEITORES FANTASMAS!
Este capítulo foi feito pela SrtaLeonhardt ao contrário do anterior que foi escrito por mim, sem mais delongas, espero que gostem e bom capítulo.



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Mais uma triste manhã começava na cidade, uma fina garoa pairava pelos telhados e pelas ruas, juntamente dos passos apressados de algumas pessoas que se atreviam a sair cedinho para fazer suas coisas.
Elise acordou num pulo ao ouvir uma pedra acertar o vidro da casa ao lado onde estava abrigada. Resmungou baixinho e se levantou com cuidado para não acordar seus irmãos.
— Onde está indo? — um de seus irmãos, Frederic, perguntou ao vê-la sair furtivamente do local de abrigo.
— Vou ver se há alguma coisa para comermos perto daquele restaurante – falou ela rapidamente. — Quer vir junto?
O garoto acenou afirmativamente e se levantou tão rápido quanto pode. Pegou seu casaco e o jogou sobre os ombros ossudos e sentiu um arrepio ao tocar com os pés desnudos o chão gelado abaixo de si.
— Está esfriando — ele comentou se abraçando.
— Sim, agora venha — falou a irmã autoritária e o puxou para seus braços para tentar mantê-lo mais quente.
Algumas pessoas que passaram pelo lado das duas criaturas que caminhavam encolhidas os encaravam com nojo e desprezo. As mais elegantes geralmente com o nariz empinado, até mesmo soltavam algumas risadinhas e Frederic precisou se conter para não começar a chorar de tristeza.
— Ei, tá tudo bem — falou sua irmã pegando em seus ombros ossudos. — Não ligue para eles, eles não sabem o que nós passamos, garanto que não aguentariam um dia viver como nós vivemos. Nós somos especiais, Fred, nunca deixe que ninguém te diga ao contrário.
O garoto então secou as lágrimas que ameaçavam cair no canto de seus olhos e os dois voltaram ao seu caminho que não tardava a chegar, pois o estabelecimento estava logo à frente.
Os dois sem pestanejar foram até as grandes lixeiras do local para ver se encontravam algo para se alimentarem ou até mesmo para poderem guardar para uma próxima refeição.
— Nada — comentou Elise enquanto fechava os latões. — Não há nada. Como passaremos o nosso dia?
— Podemos procurar em algum outro lugar, Lise — falou Fred compreensivo e segurou na mão da irmã que sorriu minimamente para ele. — Temos a cidade inteira para procurar e a manhã inteira para acharmos alguma coisa, afinal, sabemos como os outros dormem até mais tarde.
Elise concordou e os dois voltaram a andar debaixo da chuva que engrossava aos poucos e umedecia suas roupas finas e gastas.
Mas ao se aproximarem de mais uma lata de lixo, foram mal recebidos por um homem carrancudo que se pudesse, pegaria os dois pelo pescoço.
— Vão embora daqui! — um dos proprietários de um dos estabelecimento gritou com os dois ao vê-los a procura de algo para preencher os seus estômagos vazios, e se não bastasse, jogou um balde de água gelada em suas costas.
Elise sentiu o seu corpo enrijecer e estremeceu de leve, seu irmão estava ajoelhado no chão tremendo de frio e ela precisou se esforçar muito para consegui-lo levantá-lo para saírem dali antes que fossem maltratados novamente.
— Vamos lá, Fred — ela o incentivou. — Precisamos sair daqui o quanto antes, sabem como os Três conseguem ser cruéis quando querem. Também estou com frio, mas precisa fazer esse esforço.
E com um pouco de persistência os dois conseguiram se por em pé e correram para longe o mais rápido que conseguiam.
— Vamos precisar dar a volta na hora de voltar — falou Elise ofegante enquanto os dois paravam embaixo de uma tenda para não se molharem e para descansarem também. — Você está bem?
Ao ver que o irmão estava mais pálido que o normal, sentiu seu coração palpitar em preocupação, mas aos poucos ele se acalmava e uma cor avermelhada se fazia presente nas bochechas do garoto.
— Devemos voltar — disse Fred. — Não adianta, não temos mais onde procurar. Os outros precisarão entender que não teremos café da manhã e provavelmente nem almoço.
— É tem razão — disse sua irmã convencida e ao mesmo tempo tristonha em pensar nas crianças com fome. — Vamos voltar para casa.
E os dois fizeram o seu caminho de volta, ambos enrolados um no outro, tentando escapar do frio que parecia congelar os seus ossos frágeis. Precisaram dar a volta, para não serem pegos pelo dono do restaurante, que se pudesse, teria já eliminado os dois.
Porém no meio do caminho algo estava acontecendo. Havia uma grande movimentação suspeita por uma das ruas, o que fez com que Elise ficasse com uma pulguinha atrás da orelha e com muito medo de passar por ali também.
Foi então que viu que era o carro real que por ali passava e todos pareciam ansiosos demais para ver quem realmente estava dentro dele, mas os dois irmãos não tinham sequer interesse, pois sabiam que não ganhariam nada mais do que olhares opressores e humilhantes. Então por que se obrigar a passar por tudo isso?
— O que são toda essa gente? — perguntou Linda ao ver os seus irmãos chegarem com as mãos vazias.
— O carro real está passando pela cidade — falou Elise sem muita vontade e se sentou ao lado da irmã mais nova que coçou os olhos e deitou a cabeça em seu colo.
— E nós podemos ver? — perguntou Linda olhando a irmã mais velha com emoção.
Elise reprimiu algumas palavras e contraiu os lábios, fazendo com que ficassem em uma linha reta, deixando extremamente clara a sua desaprovação a isso.
— Por favor? — suplicou a menina que se agarrou no pescoço de Elise.
— Tudo bem — falou a mais velha convencida, mas não menos resistente. — Mas coloque um casaco, pois está esfriando.
Linda a obedeceu com prazer e foi colocar a roupa que estava ao lado de seu colchão improvisado. Fred a acompanhou, já que sabia que Elise não aguentaria ficar sozinha em frente ao carro sem chorar ou até mesmo passar mal.
— Vamos — ordenou Elise e os três seguiram até o carro que não estava muito longe dali. — Deixe Hannah dormir mais um pouco, logo ela acorda, e se quiser, ela pode vir até lá.
Os outros dois concordaram e todos juntos seguiram até a multidão que aos poucos aumentava.
Elise precisou controlar-se para não falar nada agressivo as pessoas das castas a cima que os olhavam com muito desprezo e até os empurravam para fora do grande tumulto, como se eles não fossem bem-vindos ali. Fred pegou em sua mão e sorriu minimamente para a irmã, como se quisesse acalmá-la, e naquele momento Elise pensou consigo mesma sobre o que ela seria sem os seus irmãos? Provavelmente nada.
— É a rainha! — gritou alguém no meio de todos e muita gente gritou animados em ter a presença real do palácio.
O vidro do carro abaixou e todos puderam ver os cabelos loiros da soberana que olhava e acenava para todos muito sorridente. Ela parecia realmente feliz em estar ali junto ao povo.
Foi então que o seu olhar cruzou com o de Elise e ela deixou de sorrir imediatamente. As duas sustentaram o olhar por tempo indeterminado, ambas imersas em seus pensamentos uma sobre a outra. Foi então que a rainha fez algo que surpreendeu a garota mais nova, ela sorriu, mas não era um sorriso de ódio igual ao dos comerciantes que jogavam água nela com muita felicidade, muito menos de dó ou pena, era algo verdadeiro e, naquele momento, ela sentiu algum afeto pela família real, sentiu que o que rainha transpassava era verdadeiro.
Mas logo fez questão de baixar o olhar e fingir que nada havia acontecido, Elise estava envergonhada e parecia muito mais branca do que era, ela estava empalecida e sentia o estomago revirar. A moça estava passando mal no meio de todos e não demoraria a desabar ao chão por conta de um desmaio. E esse não tardou a acontecer.
Tudo passou como um borrão pelos olhos de Elise que se fecharam e demoraram a abrir. As pessoas gritaram assustadas e abriram espaço, pois todos pareciam ter nojo em tocar em uma Oito desmaiada por conta da fome, do frio e do nervosismo.
Seus irmãos a rodeavam e gritavam por ela, querendo acordá-la, mas estava tão exausta que não moveu um musculo, ela estava inconsciente.
A rainha viu tudo aquilo acontecer e sem demora, pediu para o carro parar, porque ela precisava ajudar a moça que havia caído e batido a cabeça no chão duro e gelado. Correu como se sua vida dependesse disso e ao chegar até a moça desmaiada, colocou sua cabeça molenga em seu colo e ordenou que trouxessem médicos para ajuda-la.
E ali, nascia um grande laço de amizade que não viria a se quebrar tão cedo...


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