Para onde ela for, eu tenho que estar. escrita por Maria


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse é o fim. não está revisado porque seu eu lesse provavelmente o mudaria todo e esse sempre foi o final que eu imaginei para fic.
Eu chorei.espero que gostem e não me matem.
—--
Quero me desculpar co quem já leu sem eu fazer as considerações finais apropriadas. Mas postei já era mais de meia noite, estava cansada.

Bem, dá para imaginar porque essa história me acordou de madrugada. Ficou rondando minha mente e eu não sosseguei até conseguir postar toda.

Obrigada pelos comentários e visualizações. Nada deixa um escritor mais feliz que o feedback que os leitores dão.

SInto que perdi uma criança terminando essa Fic. Espero sinceramente que tenham gostado.

A música na carta de Emma é When You Say Nothing At All - Ronan Keating. (todo meu amor por ela)

Beijos beijos da Maria. (que é meu nome verdadeiro)



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 Emma tivera um sono conturbado. Dormia e acordava. Saía de pesadelos terríveis só para chegar em uma realidade que era o pior de seus pesadelos. Já passava das três da tarde quando ela acordou definitivamente. Aproveitou que seu irmão havia saído para enfim conversar com seus pais. Os três ocupavam a bancada da cozinha e os outros dois escutavam perplexos os relatos de Emma.

  _Inacreditável minha filha. – Disse Mary Margareth.

  _Se eu não tivesse visto – seus olhos voltaram a encher de lágrimas – e ouvido, nem eu a creditaria. Por que ela fez isso? Por que não me disse o que tinha de errado? Por que não me disse que queria um tempo, que estava cansada? Por que me enganar desse jeito? – sua voz não passava de um sussurro no fim. David a abraçou. – Por que me fazer amá-la desse jeito para me trair? Será que algum tipo de vingança louca que ela vem tramando todos esses anos? – Emma havia saído do abraço de David e agora andava de um lado para o outro balançando as mão que começavam a emitir uma luz branca.

  _Emma querida – disse seu pai – acalme-se ou você vai incendiar a casa. – A loira olhou para suas mão e relaxou.

  _Desculpe. – Sentou novamente encostando a cabeça na bancada. – Eu só queria entender o porquê.

  _Não adianta você se martirizar de cabeça quente assim minha filha. Você vai ter que conversar com Regina e resolver isso.  – Emma levantou a cabeça assustada para a mãe.

  _Eu nunca mais quero ver Regina de novo mãe, quiçá, conversar com ela.

   _Querida, não há explicação plausível para o que ela fez, eu sei. E agora você está com muita raiva, mas uma hora vocês terão que conversar, vocês tem três filhos juntos. – Quatro pensou Emma. – Não há como fugir disso.

   _Eu passei minha vida inteira fugindo mãe. Acredite em mim sou boa nisso.  

   As crianças passaram o sábado com Henry que os distraiu a cada minuto que pode e passava todas as ligações que Emma dava a eles para que eles não fizessem qualquer pergunta a respeito da briga de suas mães. Ele não sabia se um dia poderia perdoar Regina pelo que fizera com Emma. E olha que o menino veio perdoando Regina por toda sua vida, mas nada até hoje superou o fato dela ter deixado Emma em frangalhos. Sua mãe loira nuca teve uma vida fácil e levou anos, mesmo depois de ter entrado na vida de Henry novamente, para realmente confiar em alguém e abrir seu coração como fizera com Regina. Ela se entregou sem reservas, sem medos, sem um passado a assombrando. E agora, provavelmente, tudo estava perdido.

  Já era noite quando os irmãos foram para casa, ao  chegarem encontraram uma Regina muito alterada na varanda de casa gritando com Ruby.

   _Vai embora pelo amor de Deus. Como você entra nessa casa?             

     _Meu amor, agora que eu te ganhei da Emma eu não vou desistir de você. Agora que eu beijei você, que eu senti meu corpo no seu eu não vou deixar você solta, vamos ter nossa própria família. Você vai ver como eu te farei muito mais feliz que ela.

    _Você é louca. Eu já tenho minha família, e eu vou recuperar o amor de Emma nem que seja a última coisa que eu faça nessa terra. Você foi um erro... – Regina iria dizer mais alguma coisa, mas três figuras apareceram em seu campo de visão. Céus há quanto tempo eles estavam ali, a morena mais velha subitamente se perguntou, mas ao olhar a cara de choque das crianças ela percebeu que eles estavam ali o suficiente. Ruby seguiu o olhar de pânico da morena e encontrou com o dos três.

   _Crianças, Henry – ela disse indo na direção deles pronta para os abraçar quando Henry entrou na frente das crianças.

    _Não chegue perto da gente. Saia daqui agora. – Ruby parou e lhe lançou um olhar cínico.

     _Eu não preciso de vocês eu já tenho o que eu quero. Tchau meu amor. – E jogou um beijo para Regina saindo aos risos.

      _Crianças – Henry se virou e se abaixou – vão para dentro de cas...

     _Não. – Gritou Josh – Eu quero saber onde está a minha mãe. Eu quero ela. É por isso que ela não esteve aqui o dia todo. Ela nunca passa um dia sem nos ver, mas ela descobriu que ela – apontou para Regina – beijou sua melhor amiga. – Fez uma cara de nojo que atingiu em cheio a Regina.

     _Mas quando as pessoas casam elas só não beijam uma a outra? – Perguntou Katie ainda não entendendo bem a situação. – Mamãe Regina só pode beijar a mamãe Emma. – concluiu a menina.

      _Mas ela beijou outra pessoa. – Disse Josh com as lágrimas já descendo pelos olhos.

        _Mas então ela magoou a mamãe. Porque a vovó disse que quando estamos com uma pessoa, quando casamos devemos ficar só com aquela pessoa, se não, podemos magoar profundamente o outro. Por que você magoou a mamãe? Ela te ama tanto. – Ela mirou Regina, seus olhinhos brilhavam com as lágrimas que brotaram ali – Henry – ela virou para o irmão – a minha mamãe foi embora? Quem vai fazer meu chocolate agora? E me contar as histórias e beijar meu joelho ralado? – ela pulou no colo do irmão chorando.

        _Venham crianças.  Vamos entrar. – Henry olhou feio para a mãe.  Ela podia ao menos dizer alguma coisa para ajudar e não ficar como uma múmia paralisada. A besteira já estava feita. Agora era remediar.

      _Eu já disse que não entro aí. – Josh correu para fora. Atravessou o quintal e saiu pelo portão que Ruby deixara aberto. Enquanto Henry processou o que estava acontecendo o menino sumiu de vista. Katie estava agarrada a ele e não parecia que ia desgrudar, então começou a correr com ela no colo mesmo, quando chegou na calçada finalmente pode ver Regina acordando do transe e correndo também. Não era difícil saber para onde ele estava indo, mas o menino corria muito e ninguém conseguia alcançá-lo.

     Emma andava de um lado para o outro na casa dos pais. Estava preocupada com os filhos, nunca tinha ficado fora desse jeito. Josh era muito desconfiado e ela não queria que as crianças soubessem o que tinha acontecido. Não queria que eles tomassem algum partido entre elas. Ela estava magoada com Regina, mas ainda a amava profundamente e sabia que se os filhos a rejeitassem iria ficar destruída.

      _Querida, se tivesse acontecido alguma coisa Henry teria ligado.

      _Não é isso pai. Quem vai levar eles até a cama, escovar os dentes, colocar o pijama e ler a história? Eu faço isso desde o dia em que nasceram. – Ela disse triste.

    Alguns barulhos pudera ser ouvidos de repente. Uma correria e então, batidas fortes na porta. Como Emma era a mais próxima ela mesma fora abrir.

      _Mãe. – Josh pulou em seu colo quase a derrubando. David teve que amparar os dois. Ninguém teve tempo de perguntar nada porque Henry chegou com Katie no colo correndo. A menina saiu do colo do irmão e correu para a mãe.

      _Mas o que.... – Emma começou a falar, mas uma outra pessoa também apareceu na porta.

        Regina. Descabelada, vermelha, ofegante e linda.

        _Mamãe não deixa a gente por favor. Eu não quero ficar sem você. Eu não vou voltar para lá. – Josh chorava agarrado a mãe.

       _Mãezinha, por favor, a gente sabe que a mamãe magoou você, mas a gente jura que não vai te magoar, não deixa a gente. – Agora era Katie que chorava agarrada a loira.

       _Meus queridos – Emma abaixou – eu nunca vou deixar vocês. Hoje a mamãe vai ficar aqui e vocês vão voltar para casa...

         _Não. – Eles gritaram um uníssono. – Nós não vamos ficar com ela. Ela te traiu mãe. Ela traiu a gente. Ela não nos ama. A gente viu. – Josh completou e a serenidade de Emma parecia ter ido para o espaço. Regina tinha feito algo na frente das crianças. Ela levantou mais vermelha que um morango e Regina deu dois passos para trás.

         _Você – ela deu um passo para frente e Henry se pôs na frente dela.

          _Mãe, mãe, Mãe! – Ele quase gritou – Eles não viram nada. Mas ela – e por ela Emma sabia que era Ruby - estava lá e eles ouviram quando ela disse que beijou Regina. – Ele disse mais baixo, mas a morena pode ouvir ele a chamando pelo nome. A loira suspirou.

        _Nós vamos todos para casa e vamos conversar melhor amanhã, ok? – as crianças assentiram – Todos precisamos descansar um pouco.

         Emma se despediu dos pais e os agradeceu. Pegou Katie no coo e segurou Josh pelo ombro e os conduziu para fora. Em nenhum momento falara com sua esposa ou dirigira qualquer olhar além do necessário. Ao chegarem em casa deu banho nos filhos e os levou para cama. Teve quase que montar um acamamento no quarto de Katie porque nenhum dos dois queria dormir sozinho. 

           Pra variar ela não pregou o olho. A noite veio e foi e ela não pregara o olho. Havia decidido que precisava de um tempo para colocar as coisas no lugar, na sua cabeça e no seu coração. Iria tirar uns dias para viajar e pensar. Quando o dia amanheceu a decisão estava tomada.

         A casa foi despertando lentamente. Emma esperou as crianças para descer. Era um domingo lindo. Fez o desjejum e suspirou ao pensar que há apenas dois dias eram uma família feliz e ela fazia o café para seus amores.

          A mesa estava estranhamente silenciosa e quando Regina chegou uns minutos depois e tentou dar uma beijo em seus filhos eles recusaram. Era hora de Emma entrar em ação.

           _Crianças, prestem bastante atenção ao que eu vou dizer a vocês. O que aconteceu entre eu e sua mãe não muda o fato de que amamos vocês profundamente. Eu e sua mãe. – Josh rolou os olhos – Sem deboche Josh.

                _Mas ela te traiu. – Ele disse indignado.

                _E isso não tem nada a ver com vocês. E isso vale para você Henry. O que aconteceu é entre a mãe de vocês e eu. Não cabe a vocês julgá-la. Eu fui clara? – todos assentiram a contragosto – Eu já sou bem grandinha e sei cuidar dos meus problemas. EU agradeço a lealdade de vocês, mas eu não quero que vocês tratem a mãe de vocês de forma diferente. Ela ainda é a mãe de vocês.

            Quem olhasse para Emma nesse momento conseguia se enganar direitinho. Ela falava com autoridade e uma auto confiança que nem ela sabia de onde vinha. Sentia o olhar de Regina queimando seu corpo e tudo que queria era se embolar em um montinho e chorar elo resto de sua vida. Mas ela tinha que ser forte pelos seus filhos.

                _Henry, você vai voltar para Nova York. Sem protestos. – Ela levantou a mão para ele que ia contestar. – Crianças, a mamãe vai viajar uns dias e vocês vão ficar aqui e se comportar

                _Você vai nos deixar? – Katie começou a chorar.

                _Claro que não querida. Eu amo vocês, mas eu preciso de uns dias para colocar as coisas aqui – ela colocou a mão no coração – no lugar, vocês conseguem me compreender? – eles balançaram a cabeça. – vocês poderiam nos dar licença agora um pouquinho? Preciso conversar com sua mãe a sós.

               Lentamente as crianças saíram da cozinha e deixaram as duas mulheres a sós. Elas ficaram um tempo em silêncio.

                _Emma eu... – Regina começou.

                _Você partiu meu coração e o deixou em farelos. Tudo que eu queria era me embolar em um canto e chorar. Eu passo um minuto em completa agonia só para ter mais outro minuto a frente que eu tenho que suportar. Eu queria mudar o tempo. Eu desejei ser Dark one mais uma vez. E eu tento não martelar a mesma pergunta na minha cabeça o tempo todo. Por que? Parece que eu vou enlouquecer. Eu olho pra você e tudo que eu quero é te abraçar – ela riu chorando – te tomar em meus braços e lembrar porque eu vivo, mas aí vem tudo a minha mente, o que eu vi e ouvi e eu tenho que fazer um esforço enorme para não pedir para morrer. – Ela parou chorando.

                _O que eu fiz não tem explicação. Eu sei. Mas foi somente uma vez, eu bebi umas doses de Whisky que Ruby me serviu, comi um bolinho que ela me deu e provavelmente tinha algo nele – Emma deu uma risada pelo nariz – não é desculpa Emma. Não pense que eu estou me justificando, por mais que eu queira não estou. Eu sabia que Ruby dava em cima de mim e não a cortei desde o começo e deu no que deu. E se eu pudesse voltar no tempo eu voltaria, mas nós sabemos o que é mexer com o tempo. Eu me arrependo com todo o meu ser e eu mesma jamais vou me perdoar. Eu te amo, te amarei pelo resto da minha vida. Ainda que me odeie, mas eu preciso te pedir, me perdoa. Eu te imploro, me perdoa. – Regina chorava desesperadamente.

                _Eu preciso de um tempo Regina. – Foi tudo que Emma disse antes de se virar e sair da cozinha.

                Ela arrumou suas coisas e se despediu de seus filhos, saiu sobre seus protestos e implorou que eles obedecessem. Ela não queria deixá-los, mas precisava.

                A semana que passou na ausência de Emma foi fúnebre. Toda cidade sentia. As crianças quase não se alimentavam e praticamente não falavam com Regina. Não importa quanto esforço fizesse. O único momento que sorriam era quando a mãe ligava. Parecia que todos os habitantes de Storybrook sabiam da briga das duas e claro tomaram partido da loira. Seus sogros não lhe dirigiam o olhar. Neal que sempre gostara da cunhada atravessava a rua ao vê-la. O Granys antes cheio, ficava as moscas, nem os mais bêbados entravam mais lá. A cidade não era mais a mesma.

                Emma havia passado uns dias em um hotel não muito longe da cidade. Nem sabia o nome do lugar, mas precisava pensar. Cada vez que ligava para os filhos sentia a angústia deles e seu coração apertava. Eles precisavam das mães. Juntas. Ela ainda não havia perdoado Regina totalmente. Mas nesses dias lembrara de seus votos. Lembrava dos versos que foram lidos pelo juiz de paz. “O amor tudo perdoa, tudo crê, tudo suporta”. Ela tinha dito sim, na alegra e na tristeza. Ela sabia que ia demorar e provavelmente jamais esqueceria o que Regina havia feito, mas se esforçaria para perdoá-la. Nem que fosse por seus filhos. Arrumou suas coisas, precisava voltar para casa. Ligou para Henry e o informou de sua decisão. Depois ligou para as crianças.

                _Eu estou voltando para casa. – disse e sorriu ao ouvir os vivas que eles deram.

                Sua primeira parada foi na casa dos pais. Pegou o restante de suas coisas. Pegou o presente de aniversário de Regina e colocou dentro do casaco. Já na calçada sua mãe perguntou.

            _Tem certeza minha filha?

        _Na alegria e na tristeza mãe. Eu prometi. Eu vou lutar pela minha família.

            _Estou tão orgulhosa de você.

            Eles se abraçaram e Emma seguiu seu caminho sem ver que uma morena espiava da esquina e não gostou nada do que ouviu. Eu não vou deixar você ficar com a minha mulher disse Ruby com sangue nos olhos. Não depois do que eu fiz para tê-la. Ela vai me amar. E se eu não puder tê-la, ninguém mais terá.

             Emma dirigiu até sua casa. Ficou ainda um tempo no carro pensando e tomando coragem. Saiu do veículo e parou na frente do portão, suspirou novamente. Uns três centímetros de neve cobria o chão. Olhou para cima e viu Regina na sacada do quarto delas a encarando. Esboçou um sorriso tímido e abriu o portão.

Emma nunca viu o que a atingiu. Quando ela viu a cara de desespero de Regina na varanda ela já estava caindo de encontro aquela neve branca, ela ouviu o estrondo e talvez tenha escutado os gritos desesperados de Regina, mas tudo já estava longe, a única coisa presente era dor, mas essa deu lugar ao nada e ela entrou no mundo do inconsciente.

Regina mal acreditara quando as crianças contaram da ligação de Emma. Desde então montara vigília na sacada. Só acreditaria quando aloira entrasse pelo portão da frente. Quando o carro parou um pouco mais para frente seu coração batera descompassado. Ela demorou um pouco para sair. Regina não a culpava. Quando ela parou na frente do porão e a viu esboçou um sorriso e Regina acreditou. Ela voltara. Mas então ela viu o vulto que saíra de uma árvore. A capa vermelha não podia esconder o que ela tinha na mão. Uma espingarda enorme apontava para as costas de Emma. Sua Emma. Tudo foi muito rápido. Quando Regina pensou em reagir, escutou o estouro e tudo que pode ver foi o corpo da mulher que amava caindo para frente e seu sangue manchando a neve branca.

Anos mais tarde ela não saberia explicar como chegara ao lado de Emma. Tudo que se lembrava era de segurar seu amor chorando implorando para que ela não a deixasse. Tinha consciência das crianças ao seu lado gritando pela mãe. Uma ambulância chegou e ela também não sabia explicar como. 

Emma fora levada a emergência. Regina chorava desesperadamente, já havia ligado para Henry. Já tinha mais de seis horas que Emma entrara em cirurgia. Toda a família estava lá. Neal e Mary consolavam as crianças quando Henry entrou correndo pelo corredor. O que aconteceu? Quis saber, mas ninguém conseguia falar. Fizeram vigília no corredor durante as horas seguinte. Era tudo muito angustiante.

  Quando o médico saiu da sala de cirurgia tirando a touca e secando a testa ele não tentou esconder seu semblante. Estava devastado. Eles já sabiam a noticia antes mesmo dele falar.

  _Sinto muito. – Ele disse e Regina gritou. Não. Por favor. A Emma não! As forças das pernas da morena foram perdidas e ela sentia que estava desfalecendo. Foi amparada por Henry que não estava muito melhor. As crianças choravam desesperadamente seguidas por todos os outros. – Nó fizemos tudo que pudemos para salvar ela e o bebê. – Regina sentiu um baque.

  _Bebê? – Disse com a voz trêmula.

  _Emma estava grávida Regina, de dois meses. Encontramos isso aqui em seu casaco. – Entregou um envelope amassado e sujo de sangue, mas Regina nem chegou a pegar porque desmaiou.

  Horas mais tarde quando acordou desnorteada estava sozinha em um quarto de hospital. Regina olhara o envelope ao seu lado as lembranças inundaram sua mente com força total. Havia perdido Emma e o bebê. Sua mulher estava grávida. Pegou o envelope e abriu. Dentro havia uma pequena pasta de papel com uma carta grampeada na frente. Reconheceu a caligrafia de Emma.

              “Meu amor.

Uma vez eu te disse que realizaria todos os seus sonhos. Eu não estava dizendo isso ao léu. Fazer você feliz se tornou o meu objetivo de vida. Enquanto eu respirar vou procurar sempre ser o melhor e fazer o melhor para você. Lembra quando me disse ‘quatro Emma é um número melhor do que três?’ Confesso que achei que estivesse doida, mas percebi que era um sonho seu, então tornei um sonho meu também. Eu nunca desisti do nosso filho. Levei quase oito anos, mas há dois dias recebi a melhor noticia. E que hora oportuna, não? Eu poderia comprar mil joias para celebrar seu aniversário, mas a joia mais preciosa já estava crescendo dentro de mim. Céus não vejo a hora de te contar. O único segredo que guardei de você em toda nossa história juntas.

Minha Rainha, hoje dentro de mim, dois corações batem por você.

Eu consegui um doador com suas características, ou seja nosso bebê vai ter um pouquinho de nós duas.

É incrível como você consegue falar diretamente ao meu coração, sem dizer uma palavra, você consegue iluminar a escuridão. Eu nunca vou conseguir explicar o que eu ouço quando você não diz nada. Durante o dia eu posso ouvir pessoas falando em voz alta, mas quando você me abraça você abafa a multidão. Eles nunca poderiam definir o que foi dito entre o seu coração e o meu. O sorriso em seu rosto me faz saber que você precisa de mim, há uma verdade em seus olhos dizendo que você nunca vai me deixar. O toque da sua mão diz que você vai me segurar onde quer que eu caia e você diz isso melhor quando você não diz nada.

Eu te amo. Amo cada parte de você. Até as mais mandonas. Amo nossos momentos. O tudo e o nada. Estarei com você até o fim.

Parabéns, mamãe, pela quarta vez.

Da sua, e eternamente sua, Emma Swan. ps: olhas as primeiras fotos do nosso bebê.

 

Regina já soluçava molhando o papel vendo as fotos da ultrassom. A única coisa que veria de seu filho. Seus filhos entraram no quarto com o semblante carregado. Os três correram até a cama da mãe se abraçaram e se permitiram chorar.

O enterro de Emma comoveu a cidade inteira e até o céu resolveu chorar. Debaixo da forte chuva desceram o caixão da loira. Em sua lápide estava  escrito em letras douradas como o sol, “Emma Swan, esposa, filha e mãe amada”. Assim que o tumulo foi lacrado rosas extremamente brancas apareceram em volta dele e por toda cidade, inclusive na casa que Emma dividira com Regina.

Não adiantava podar. Elas cresciam novamente. Ninguém sabia o que era, mas Regina sabia. Emma prometera estar com ela até o fim.

A cidade nunca se recuperou do baque. Ruby havia sido presa e sua avó morrera de desgosto. Os Charming haviam perdoado Regina, afinal era o que a própria Emma iria fazer. Mas Henry jamais perdoara a mãe e se isolara em Nova York e logo foi seguido por Josh.

Katie estava chegando em casa, as rosas brancas eram vista por todo o jardim. Adiara por dois anos sua ida a faculdade por causa de sua mãe. Sabia que o momento que saísse de casa Regina se entregaria. A morena nunca havia se recuperado. Se esforçara pelos filhos, mas jamais sorriu verdadeiramente depois que perdera Emma.

Katie também não se recuperara. Mas já estava na hora de viver sua vida. Era o que sua mãe iria querer. A loirinha decidiu estava saindo de casa. Iria para Nova York como seus irmãos.

Não fora muita surpresa quando a noticia veio um ano depois. Depois do enterro de Regina seus filhos voltaram a casa que cresceram. Encontraram uma carta em cima da lareira junto com a carta de Emma já gasta.

“Meus filhos, muito obrigada por vocês existirem e me perdoem se já não posso mais estar aqui com vocês. Henry, eu te amo. Sei que não me perdoou e só para você saber eu jamais me perdoei também. Mas acredito que paguei todo meu castigo tendo que viver nesse mundo sem a sua mãe. Espero que um dia possa me perdoar. Josh querido, não tenho palavras descrever o quão foi gratificante te trazer ao mundo. Espero que me perdoe um dia também. Katie, minha doce Katie. Olhar para você era como se eu visse Emma. Obrigada por estar comigo. Era o que sua mãe faria. Falando nela, ela está me chamando. Está na hora de nos encontrarmos novamente. Porque para onde ela for, eu tenho que estar. Amo vocês, mamãe.”

Rosas brancas nunca mais foram vistas novamente em Storybrook.


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Notas finais do capítulo

Agradeço os comentários.