Deixe-me Entrar escrita por Contadora de Histórias


Capítulo 4
Um Contra Todos


Notas iniciais do capítulo

AMEI OS COMENTARIOS *------*
obrigada a todos que estão acompanhando ♥333



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Pov Klaus

 

Pelo meu escritório pude ver o Sol raiando aos poucos. Passei a noite em claro, maquinando a morte da minha irmã caçula. Não fomos ontem, e misteriosamente ela sumiu, junto com a Cami. Devo dizer, Rebekah não perde tempo e eu odiava essas brincadeiras dela. Odiava quando se envolviam nos meus problemas. O barulho daquele coração ainda não saia da minha cabeça, imaginar que meu sangue está se formando era muito complexo. Queria que isso acabasse o mais rápido possível, estava me dando sensações estranhas.

Mexi o copo com uma dose de uísque, levando o líquido a extremidade. 

Teria que agir, se minha família souber que vou sujar o nome Mikaelson, vou ser prejudicado dentro da minha própria casa.

Falando no inferno...

— Alô Elijah. - Disse entediado. - Logo cedo?

— Olá irmão. Não queria ser obrigado a buscar vocês dois. 

— Vou adorar ver você tentar, irmão. - Apoiei os pés na mesa. Ele realmente estava ficando louco.

— Odeio desaponta-lo. 

A porta do meu escritório foi aberta, e por ela Elijah Mikaelson entrou. Parou alguns passos depois e sorriu com o celular no ouvido.

— Klaus. - Cumprimentou-me.

Com aquela voz cordial irritante. 

Elijah era o único que fazia a imagem que minha mãe gostaria que fizéssemos. 

Terno bem passado, sapatos recém engraxados com seus lençol escondidos no seu paletó. O cabelo dele estava sempre bem penteados, intrigante.

— Elijah. - Sorri falso.

 

Pov Cami

 

Estava na casa do rapaz do bar, que chamava-se Marcel. Ele morava com seu irmão Diego em uma casa grande e bem distribuída. Passamos a noite aqui.

— Eu não posso acobertar vocês, Rebekah. - O moreno levantou-se preocupado. 

Seus ombros são largos, cabelo raspado e ele sempre tinha uma risada irônica para cada situação, igual a de agora.

— Marcel, meu irmão não está nem latindo ainda... 

— Esse é o problema. Klaus quieto não é um bom sinal, a hora que ele começar a latir essa casa vai virar seu parque de diversões, e eu nunca fui fã de parques. 

— Não sou tão louca a ponto de ficar por aqui. - Falei, relembrando aos dois que eu ainda estava naquela sala.

— Ah, você é. - Rebekah falou. - Desafiar meu irmão, com um filho dele na barriga e comigo. Você chamou briga Cami, sua sorte é que estou do seu lado se não, provavelmente, estaria amarrada em uma maca e ele mesmo estaria fazendo o que quer.

Franzi o cenho. Que tipo de homem era Niklaus?

— Eu realmente não quero me envolver nisso, Rebekah. - Marcel rendeu-se, jogando-se no sofá exausto.

Rebekah pegou o celular, e seu semblante não foi um dos melhores. Nós dois a olhamos preocupados.

— Droga. Elijah está na cidade. 

— Quem é Elijah? - Perguntei.

— Loirinha. - Marcel se referiu a mim. - É melhor começar a se sacrificar pelo seu filho, um já veio, se vim o resto, nem Deus é capaz de para-los. - Transferiu o olhar pra Rebekah. - Muito menos você. 

Senti um calafrio na minha espinha, temendo pela família dele sem nem ao menos conhece-la. 

— Vamos embora daqui. - Davina entrou na sala decidida. Todos a olharam. - Meus pais tem uma casa no lago, pode funcionar. São apenas nove meses, depois disso é capaz dele nem se lembrar que existe um filho dele por ai.

— Acha que depois que nascer vocês vão impedir os Mikaelson? - Marcel riu, levantando-se. - Isso vai acabar mal. - Avisou a Rebekah e se retirou.

— Eu vou ver meu irmão. Davina, vão para a casa do lago enquanto eu atraso eles, preciso de todos do meu lado. Devemos proteger meu sobrinho. 

 

Pov Niklaus

 

— E então, Freya e Finn? - Ri debochando, entregando-o um copo com dose de uísque.

— Finn teve uma luta com nosso pai, bom, sabe como terminou. Finn machucado e com castigo recebido. Freya - Mordeu o lábio irritado.

Freya era a favorita do Elijah. Com certeza nosso pai não a tratou cordialmente igual ele faz.

— O que mais ele poderia ter feito com ela? Já fez de tudo. Freya, Freya. Adoro a rebeldia dela sabia?

— Não tem mais graça Niklaus. Eles saírem do controle, estão nos tratando feito animais.

— Provavelmente adestraram você, não é? - Ri e ele não gostou da piada.

— Cadê a...

— Elijah. - Rebekah entrou na sala saltitante, e eu trinquei os dentes. 

Ah, como eu queria ir até ela e arrancar seu coração com a minha própria mão e espreme-lo em seu rosto.

Beberiquei meu uísque e a encarei ameaçador. Ela sabia que eu não faria e nem falaria nada, na frente do Elijah.

Os dois se abraçaram saudosos e eu virei os olhos. 

— Por onde estava?  - Perguntou a ela, e eu passei a prestar atenção.

— Com a mãe do filho do Klaus.

— Rebekah!! - Berrei, jogando meu copo para o lado, ouvindo o vidro se estilhaçar na parede. - Eu vou matar você! - Caminhei rápido na direção dela.

Elijah esticou o braço, colocando a palma da sua mão na minha frente.

— Niklaus, não. - Falou sério. Virou o pescoço pra Rebekah. - O que você disse?

— Ela a princípio queria tirar. Depois não quis mais, e ele começou caçar a garota igual um animal caça sua presa.

— Eu não quero ter filhos, Rebekah. - Gritei, sentindo minhas veias saltarem. 

— Calados! - Elijah falou calmo, mas sabia que estava se controlando para não surtar. - Niklaus, você vai ter um filho?

— Ah! - Reclamei impaciente, dando as costas. Apoiei meus braços na mesa, respirando ofegante.

— Sabe o que nossa mãe vai pensar, não é?

— Que porcaria é essa de sangue puro Elijah. É um bebê. - Rebekah indagou.

— Mas ela não vai aceitar e o fim da garota e do bebê vai ser muito pior, se ela vier a descobrir. 

— É só um bebê. - Rebekah sussurrou indignada.

— Não existe bebê Rebekah. - Virei estressado. - E muito menos vai existir se a Esther descobrir sobre isso. Ela vai mata-lo, mesmo se ele estiver grande, mesmo se ele ter trinta anos. O fim dele é esse. É melhor cortar o mal pela raíz antes que...

— Antes de você ama-lo? - Ela me afrontou e eu ri debochado.

— Não acha que está indo longe demais?

— O que quer dizer, sangue puro? - Ouvimos uma voz, e todos olharam para a porta.

E lá estava ela, parada como se fosse dona do mundo. Como se não tivesse acabado de entrar na própria forca. Fechei minhas mãos, tentando controlar minha raiva animalesca de ir pra cima dela e esquarteja-la. 

Rebekah foi até ela, parando ao seu lado em forma de proteção. Elijah permaneceu no meio, encarando a barriga dela, preocupado. Ele também zelava nossa família, o problema, era que Elijah zelava muita coisa, principalmente as escolhas das pessoas, claro, se ele achasse que valia a pena. No fundo, ele era tão parecido com Mikael do que todos nós.

— Suponho que seja a mãe. - Falou.

— Sou.

— Está satisfeita, O'Connell? - Abri os braços nervoso.

— Não quero ligação nenhuma com vocês. Quero ir embora sem ninguém atrás de mim e cuidar do meu filho.

— Você não vai ir embora com meu fi... - Parei de gritar e olhei para o lado.

— Niklaus. - Elijah me chamou, eu o olhei. - Você quer ou não quer, ter essa criança?

— É a única pessoa que vai te amar, mesmo com seus defeitos Nik. - Rebekah falou mais calma. - Vai ser seu legado.

— Vai embora. - Olhei sério para a grávida. - Vai o mais longe que você conseguir ir, ache uma caverna ou uma casa no sub-solo. Mas some da minha vida e leva esse feto com você. Não ouse aparecer mais, se não, irá ter que sentir medo de mim, muito medo. - Dei as costas saindo daquela sala.

—--

https://www.youtube.com/watch?v=otMgGp7XJEE

Eu não queria um filho.

Mas aquele barulho, não saia da minha cabeça, era como se fosse possível realmente ouvi-lo. Era real.

Eu o ouvia toda vez. Toda hora, sem hesitar.

Ela tinha que ir embora, tinha que protege-lo. Aquele coração não suportaria a ira da minha mãe e do meu pai. Não suportaria nossa família. Ele não merecia isso.

— Irmão. - Elijah falou atrás de mim e eu virei levemente meu pescoço. - Ela já foi. Me certifiquei de que chegará em segurança, e de que nunca mais vamos vê-la.

— Ótimo. - Engulo seco.

— Lamento.

— Não tem do porquê lamentar. Não estou preparado para um filho, e não quero um.

— Todos nós queremos alguém que nos ame tão intensamente Niklaus. Queremos olhar os olhos de alguém, e lembrar dos nossos. Esse é o ciclo da vida, você se esconder atrás dessa capa de ódio não vai ajuda-lo. 

— É apenas um feto. - Dei uma pausa. - Por alguns segundos, eu o imaginei aqui. Mas logo, lembrei da nossa família.

— Lamento irmão, mas você nunca vai conhece-lo. Vamos para casa.

Apoiou a mão em meu ombro.

—--

Subi as escadas e entrei no meu quarto trancando a porta. Caminhei até meu closet e vi Rebekah de costas pra mim.

— Você o queria. 

Aproximei-me mais dela, até parar ao seu lado. Juntos, encaramos uma caixa de um berço encostado na parede.

— Estou protegendo-o. Ou acha que eu não sabia da sua noite na casa do Marcellus?

— Você o queria. - Seus olhos cheios de lágrimas olharam pra mim. E eu afirmei com a cabeça.


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