The little red-haired girl escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

(Reescrito)



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And come back from the hope that you've stolen

I'll stop the whole world

I'll stop the whole world from turning into a monster

Eating us alive

Don't you ever wonder how we survive?

(E vou voltar com a esperança que você roubou

Eu vou impedir que o mundo

Vou impedir que o mundo vire um monstro

Nos comendo vivos

Você nunca se perguntou como sobrevivemos?)                            

 Monster - Paramore

 

 Abri os olhos. Estava numa sala deitado no chão... E com um uniforme da KGB. Eu odeio comunistas.
Haviam espelhos me cercando, e uma janela gradeada iluminando todo o ambiente. Merda, estava onde não queria estar. Ivan trouxe ela pra cá. Queria ter impedido, queria ter salvado ela. Mas me lembrei de algo que Natasha me contou: Ivan Petrovich foi seu pai adotivo por anos, a protegendo de Taras Romanoff. Até que o próprio Stalin a tirou dele, e entregou nas mãos de um monstro.
Mas o que aconteceria se ela não fosse a Viúva Negra? Ela não teria assassinado ninguém, e essas pessoas viveriam até os 80 anos. Nunca teria sido Vingadora, nem agente da SHIELD, correndo o risco de ter muitos fracassos em missões que Natasha ganhou. Não poderia mudar isso. Nem se quisesse.
Fui tirado dos meus desvandeios, pelo relógio de Tony, que apitou marcando 24 horas. Merda. Levantei rápido, e observei os guardas que passavam fazendo ronda. Os imitei, andando ereto e rápido. Tinha de achar Natasha, e se Deus quiser, ela não lembraria de mim.
Andei por alguns corredores, seguindo soldados que faziam ronda em diferentes direções. Um homem entrou no pátio, e eu o segui um pouco distante. Quase tive um ataque quando vi um monte de garotas lutando em círculos, em quanto outras atiravam facas em alvos, e uma única mulher loira observava tudo, só assentindo quando era dada a permissão para matar a companheira. Vi uma única ruiva, lutando com um homem. Era ela. Com certeza. Só ela conseguiria lutar com um homem enorme com 16 anos.
Se achei que ia morrer, no ataque cardíaco ali em cima, não havia parado pra prestar atenção no homem. Ele tinha um braço de metal, com cabelos escuros batendo nas orelhas. Era Bucky. Meu coração começou a bater mais forte, e as pontas dos meus dedos ficaram dormentes.
Mas adivinha quem parou do meu lado? Logan. Wolverine. Xinguei um palavrão mentalmente.
Antigamente, iria colocar tudo a perder, porque não conseguia respirar por ver Bucky. Mas agora, perdi gente de mais, não importava. Natasha era a única coisa que importava aqui.
— Ta olhando o que, general? – Logan perguntou a mim. Mantenha a calma.
— Não te devo satisfações.
— Tá – ele disse, debochando e acendendo um charuto. – Não vai me enganar, você  mente muito mal. Não devia ser espião se não sabe mentir.
— Não sou espião, sou americano. - Merda.
— Ih, ta longe de casa hein?
— Você treina essas crianças aqui?
— É. Mas estou em missão. Matar Taras Romanoff. Mas ensinar essas gurias a se protegerem não dói. Elas vão precisar pra onde vão.
— E pra onde vão?
— Pro mundo. E vão matar umas as outras. – Observei Bucky vencer Natasha repetidamente. – E você o que veio fazer aqui?
— Resgatar uma pessoa.
— Uma das Viuvas Negras? Qual delas?
— Confidencial.
— Hm. E quer ajuda? - Ele sorriu. Não iria me ajudar, eu sei. Eu e Logan nunca nos damos bem, mas ali, ele parecia odiar todo mundo igual.
— Não. Só vou ficar algumas horas. Vai ter que sobreviver. – ele riu.
— Logan, fique no meu lugar. – a loira disse saindo. – Fique de olho no Barnes.
(...)
As viúvas negras foram liberadas para meia hora de descanso, por Logan. Elas ficaram sentadas, sem falar umas com as outras apenas se olhando e encaramos os soldados em forma. E eu era um deles. O olhar delas era mortal. Não faziam amizade porque não sabiam se iriam ter que matar a outra no dia seguinte. A mulher loira chegou batendo os pés.
— O que está fazendo? – ela perguntou brava.
— Dei uma pausa. Era matança de mais, até pro meu gosto. – Logan olhou em volta. – Se bem, que estava mais legal do outro jeito...
— Isso aqui é sério! – ela disse. – Pro quarto, agora! – ela gritou. As garotas entraram em forma, e foram. Dei falta de uma ruiva em especial. – Logan saiu acompanhado dela.
— Prestem atenção. – um homem com o mesmo uniforme que o nosso disse. – Anoite, permanecerão Coronel Gerken no comando, Tenente Coronel Yankovv em segundo no comando, – Li no meu uniforme, estava escrito Yankovv. – Soldado Glovich, Soldado Briok, Soldado Alecc – ele falou mais uns 50 nomes e nos mandou fazer ronda.
Andei igual a um doido atrás de Natasha pela base inteira. As vezes, tropeçava com um guarda, mas por ser um local muito grande, não era comum. Acabei aprendendo a fazer continência na KGB. Finalmente, vi a ruiva sentada no chão no escuro.
— Ei. – ela entrou mais pras sombras. – Natalia.
— Como sabe meu nome? – ela disse fria, sem mostrar o rosto.
— Vim pra te ajudar.
— Vai me tirar daqui?
— Não posso.
— Então não quero mais nada com você.
— Posso te denunciar a qualquer momento.
— Não vai fazer isso. Se fosse fazer, já teria feito. E eles iriam me torturar, mexer nas minhas memórias, como sempre fazem. Rotina. Se me der licença, tenho que ir. – ela se levantou andando pelas sombras.
— Se precisar de ajuda é só pedir. – ela riu.
— Não, obrigada. – a Natasha de 16 anos disse, sumindo. Fui até onde achei que aquela passagem dava. A loira apareceu bem no caminho.
— Aqui está ela! – um soldado a segurou forte. Fui até eles, e a segurei também.
— Levem-na para a sala de tortura. – acentimos. Bucky apareceu, no fim do corredor. Só observando.
— Deixem-na comigo. – um ruivo barbudo disse. Merda. O homem a jogou no chão e eu não pude continuar. O ruivo a levantou do chão. – Você não aprende, né? – ele levou ela pra dentro de uma sala. – Você, venha comigo. – ele apontou pra mim. Assenti e fui com ele. Não poderia impedir. Iria chamar atenção nossa briga, e traria mais guardas. Ele colocou Natasha na cadeira de choque e veio pra trás do vidro a meu lado. O homem começou a abaixar as alavancas do lado esquerdo, e por fim apertou um botão. Natasha começou a levar choques fortíssimos por todo o corpo, e seus gritos ecoaram pela base inteira. Meu coração dizia, vamos faça ele parar. Mas não dava. Iria morrer estragando tudo.
— Fique de olho nela e só desligue quando der 10 minutos. – ele ordenou.
— Sim senhor. – eu disse. Assim que o vi afastar, corri para os botões, e desliguei na ordem que ele os ligou. Natasha abaixou a cabeça. Parecia morta, e isso me desesperou.
Até que Bucky apareceu na porta. Me ouvi xingar um palavrão em inglês.
— James. - Natasha murmura, e ele a olha, antes de sair andando. James. Oh, merda, eu caí aqui bem quando Natahsa tinha um caso com meu melhor amigo. Que beleza.
Fui até ela e a soltei. Ela se jogou em cima de mim, e eu a abracei com toda força. – Tudo bem... Está tudo bem. Me responde com calma. O que fazem depois de te torturar?
— Me colocam... na quela maca, e... me levam pro quarto, me preendem... na cama com uma algema, e no outro dia a dor passa... Mas as memórias de dor ficam... Agora, porque está me ajudando? – a peguei no colo, e coloquei na maca.
— Uma garota me fez ter esperança, de que as coisas podem mudar.
— Que fofo... Agora me leva pro... quarto... – fechou os olhos. Senti sua dor irradiando. Levei ela de volta ao quarto, mas no meio do caminha, aquela loira exorcista brotou igual água.
— Dez minutos?
— Sim, senhora.
— Ótimo. Não esqueça de prende-la, ou vou mandar te matar. – ela saiu rebolando.
— Ta bom. – disse, e Natasha riu baixo.
— Você é estranho. Gostei de você. – passei pela porta, tentando não acordar as outras. – Aquela é Yelena Belova, se encontrar por aí, mata. – ela sussurra, e eu ri. – É sério, ela é um pé no saco.
A coloquei na cama, e a prendi.
— Não queria fazer isso mas...
— Obrigada.
— De nada. E ouça, você promete que vai seguir meu concelho?
— Sim. - Ela disse, receosa. Mas disse.
— Você vai passar por coisas horríveis aqui, e não vai deixar elas impedirem que você seja boa. Você vai conseguir ser feliz. E eu sinto muito, por não poder fazer mais coisa. Tenho que ir.
— Obrigada. Vou tentar me lembrar, prometo. – eu beijei sua testa. – Porque me trata com se me conhecesse?
— Porque te conheço. Sou seu amigo. – levei a maca pra porta e dei tchau com a mão. Ela retribuiu num sorriso pequeno.
— Ei, viu no jornal, sargento? – um soldado perguntou ao outro. - A usina de Cernobyl explodiu, merda.
Estavamos em 1950. Chernobyl foi em 1986. Sabia o que  aquilo significava.
— Não confie no que os cientistas que apoiam usinas nucleares dizem.
— Parem com esse assunto aqui dentro. Atrai desastre, vamos jogar poker, os caras estão lá dentro.
— Ei, coronel, tudo bem? – o soldado me perguntou.
— Sim. Leve essa maca pra sala de tortura. – ele assentiu, mas antes de se mexer, soldados passam correndo.

— O que aconteceu? - O sargento pergunta em russo.

— TARAS ROMANOFF FOI ASSASSINADO! - Eles foram correndo para lá. Não é mais problema meu, Deus salve o Logan.

Estava sozinho no corredor. A sala começou a ficar curva. Meu corpo ficou gelado. Estava indo embora.

 


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Notas finais do capítulo

Vocês sabiam que o Logan foi enviado para matar Taras Romanof?? Pra falar a verdade eu só soube quando pesquisei mais sobre a viúva pra fazer essa fic!