The little red-haired girl escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

(Reescrito)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/694563/chapter/1

— Steve me ouça. - Tony agarrou meus braços. Suas mãos tremiam pela imensa quantidade de café que ele bebe todo santo dia, um dos fatores que causaram as enormes olheiras cor de carvão em baixo dos seus olhos.
A verdade é que Tony enlouqueceu, depois de tudo isso. Mas continuava brilhante.
— Você vai pra essa viagem com um único objetivo: salvar Natasha. Está acompanhando? Presta atenção. - revirei os olhos. Era preciso ter paciência com mentes traumatizadas. - Vai até o dia do acidente, e impedir que aconteça. Mas você pode viajar muito, muito no passado dela. Pode visita-la quando era pequena, ou adolescente. Se isso acontecer, vai durar no máximo um ou dois dias. - Ele me estendeu um relógio preto, e ficou balançando ele de um lado ao outro. - Esse relógio vai apitar sempre que passar 24 horas dentro do passado de Natasha. Se ficar mais de 5 dias no passado no passado, se torna parte dele e não consegue mais retornar. E pelo amor de Deus, muito cuidado com a merda do efeito borboleta. Todas as suas ações podem interferir no futuro. Mude apenas o que temos que mudar. Se Natasha não entrar em coma, ela vai matar Zemo e vamos poder sorrir. Me entendeu? Não temos muito tempo.
— Sim, Tony. - Anthony já havia bolado inúmeros planos para mudar o passado. Construído inúmeras máquinas. Nunca deram certo. Eu não achava que era possível.
(Uma hora antes )
Natasha está em coma há dois anos. E a exatamente dois anos, a Hidra assumiu o controle do mundo. Nós perdemos. 
X-man. Eles ainda existem? Quarteto fantástico. Dizimados. Homem aranha. Não o vejo há dois anos. Nove reinos, Deuses, monstros. Mortos. Extintos. Vingadores? Apenas eu, Tony Stark e Natasha Romanoff. Mas ela está em coma. E por ela estar em coma, nunca mais poderíamos ser felizes.
Nós sobreviviamos no subsolo de Nova York. Arrumamos uma base de 5 cômodos metrô, numa sala de guardar arquivos que fora esquecida assim que os dados foram digitalizados, no século XXI. O metrô ficou deserto e abandonado. Não tinha ninguém para andar nos trens.
Fui até o quarto de Natasha fazer minha visita matinal. Passei os olhos pela sala escura, sempre empoeirada. Exatamente igual. Vi a cadeira com rodas criando raízes, na mesma posição de todos os dias. Natasha, imóvel como sempre. Isso me deixava melancólico. 
Como todos os dias, ela estava pálida, com os cabelos ruivos caindo sobre os ombros, boca seca e seus olhos fechados. Me aproximei dela devagar.
— Olá, Natasha. - Eu troquei o soro de sua veia, por outro. - Como está? - Não esperei uma resposta. Faço isso há dois anos. Perdi as esperanças. - Estou bem também. Fury passou um missão pra nós. Em Londres.
Londres. Londres. Onde tudo aconteceu.
— Fomos pra Inglaterra seguindo uma pista cega de que HIDRA construiu uma máquina que alterar a história com a jóia da realidade. Realmente estavam construindo a maquina. Mas chegamos tarde. Estava no auge do Apocalipse. Lançaram mísseis contra nosso jato. Caímos. Barton não sobreviveu a queda. Ouvir seu grito de dor por perde-lo foi o fim pra mim. Raios começaram a sair do céu. Era a ira de Thor? Não sei. Mas "aquele que empunhar o martelo será digno do poder de Thor". Naquele momento, abriu-se um buraco no coração do deus do Trovão. No meio de toda a briga, Tony marcou uma festa, entre lágrimas. Era o jeito dele de tentar nos tranquilizar. Dizer que vamos sobreviver ao Apocalipse. Estávamos machucados, destroçado e alguns de nós, mortos. E... Você tinha Zemo na mira. Até que um míssel caiu a meio metro de você. Nunca fiquei tão desesperado. Mas a única coisa que você disse... Foi "eu te amo".
Lágrimas começaram a correr do meu rosto. Como todos os dias. Aquilo doía, porque nunca pude responder Natasha. Aquilo doía, porque nunca nos reunimos na festa de Tony. Aquilo doía, porque não consigo sorrir mais. Aquilo doía, porque milhões de pessoas morreram. E vivemos aqui, ignorando os povos que não se recuperaram da guerra e vivem submissos a ditadura de Zemo. Escondidos. Tentando concertar a maior merda que aconteceu na história. Barão Zemo sentado sobre nossas cabeças.
— Steve. - Tony entra na sala, escancarando a porta. Ele quase sorria. Quase. - Finalmente achei um jeito. De concertar isso. Salvar o mundo.
Anthony Stark abriu a porta me dizendo que tinha esperança. A que eu não tinha mais.
(...)
Deitei na maca ao lado da maca de Natasha, completamente descrente. Provavelmente eu levaria um choque, e Tony ficaria chorando por horas, lamentando seu fracasso.
Pense positivo, Rogers. Ele colocou o capacete conectado a vários fios em mim, e em seguida em Natasha. 
— 3,2,1... Boa sorte. - Tony abaixou a alavanca que eu encarava desde que deitei na quela maca.
(...)
Abri os olhos. Estava deitado na neve. Neve? Estávamos no verão... Rússia. Merda. Merda, merda, merda. Tinha funcionado. Ai meu Deus.
Natasha é russa. Me levantei rápido, e olhei em volta. Só haviam árvores e neve. Merda, merda.
No meu pulso havia o relógio que Tony mencionara. Eu estava com uma calça preta grossa e um casaco também grosso, junto de luvas, cachecol e touca.
Tony também disse que não iria parar mais que 10 metros longe de Natasha. Andei em círculos por um tempo, tentando localizar algum traço de Natasha ao meio da neve. Olhei para o chão, e vi pequenas pegadas. As segui por alguns minutos, e vi uma criança andando com um ursinho na mão. Fui até ela, me perguntando o que ela fazia ali.
— Ei, garota.
— Olá, moço. - Ela me comprimentou com uma vozinha fofa. Ela continuou andando com o urso na mão. 
— O que está fazendo aqui?
— Eu vou até a vila. - Respondeu sem me olhar.
— Fazer o que? E quantos anos você tem?
— Tenho seis anos e meio. E vim buscar ajuda pros meus pais.
— O que aconteceu com seus pais? - Ela continuava andando sem olhar pra mim.
— Minha casa está pegando fogo. Minha mãe pediu pra eu ir chamar os bombeiros.
— O-oque sua casa tá pegando fogo? E você foi pra vila...?
— Sim. Minha mãe diz pra quando ver um incêndio, correr pra longe e pedir ajuda, que tudo vai ficar bem. - Ela finalmente parou e olhou pra mim. Reconheci aqueles olhinhos. Era Natasha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!