Cry me a river! escrita por Miss Swan Potter


Capítulo 4
Primeira impressão


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novinho pessoinhas :p
Juro que vou responder os comentários o mais rápido possível rs



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Emma não conseguia parar de pensar em Regina, ela podia jurar que nunca conseguiria explicar a alguém o que aconteceu naqueles segundos em que elas se encararam, conseguia pensar apenas que aquilo não tinha sido o suficiente. O ínicio do banquete foi anunciado, todos comiam e conversavam animadamente enquanto Emma se via perdida nos mesmos pensamentos.
Ela queria ficar próxima de Regina, queria conhece-la, entender o que estava acontecendo, entender por que mesmo com todo aquele banquete em sua frente, ela não conseguia sentir vontade comer, o estomago parecia apertar um pouco mais a cada segundo.
Após todos terem comido e a maioria estar se retirando, ela decidiu se levantar e tentar fazer alguma coisa.

— Preciso falar com você – ela disse encarando Harry que parecia surpreso – Por favor.

— Tudo bem – Harry se levantou e contornou a mesa ficando de frente para ela, os professores observavam aquela cena em silêncio – O que aconteceu, Emma?

— Eu acho que talvez, só talvez, o chapéu me selecionou para casa errada – disse baixo tentando ignorar o fato de que ela sabia que havia praticamente implorado aquilo para o chapéu seletor.

— O chapéu não erra – ele disse bagunçando os cabelos da loira – Grifinória é uma excelente casa.

— Mas, eu deveria ser de sonserina – engoliu em seco.

— Senhorita Swan – Gold se fez presente naquela conversa – Por favor retorne até a mesa para que possamos anunciar o fim do banquete.

Emma cabisbaixa continuou olhando para Harry que permanecia imóvel, ao se dar conta de que ficar ali não resolveria ela andou até a mesa da grifinória de cabeça baixa enquanto todos se perguntavam o que havia acontecido ali.

— Emma, você está bem? – Elsa perguntou preocupada.

— Sim – respondeu encarando os estudantes que passavam – Só queria sair logo daqui.

— Você e Regina Mills tem algum problema? – perguntou confusa, já que ela havia percebido que Emma ficou estranha a partir do momento que Regina apareceu.

— Nunca falei com Regina – a loira se questionava mentalmente se devia dizer como estava se sentindo – Mas, é como se...

—Por favor, sigam o caminho até suas respectivas casas – Harry disse se levantando, anunciando o fim do banquete. 

— - -

Após o jantar de boas vindas todos os alunos foram para suas determinadas casas, porém como Emma havia ficado tão preocupada procurando uma forma de se aproximar de Regina acabou se perdendo de seus novos amigos e decidiu ir ao banheiro antes de procurar por sua sala comunal.
Ao passar pelo refeitório novamente observou Regina andando até a porta central, a seguiu em silêncio se perguntando o que a morena fazia ali já que todos os alunos já haviam ido para seus dormitórios, a morena se direcionou até as escadas, como chegou atrasada não ouviu as explicações sobre Hogwarts, inclusive a que dizia que as escadas se movimentavam.
Ao perceber que Regina estava prestes a dar um passo em falso, Emma correu e a puxou fazendo com que ela rapidamente recuasse.

— Como ousa me tocar? – Regina perguntou se virando para encarar a garota loira que permaneceu em silêncio, porém sentiu o corpo travar ao se dar conta de que era a garota com quem ela havia trocado olhares por um longo tempo desde que chegou, praguejou contra o vento recompondo sua postura.

— Bom, eu só tava tentando impedir que você caísse de testa no chão senhorita Mills – Emma respondeu sorrindo como uma criança.

— Como você me conhece? – Regina perguntou incrédula.

— E quem não conhece você? – retrucou a pergunta – Você é uma das pessoas mais famosas por aqui, todos falam sobre você, ainda mais andando com essa postura impenetrável e chegando atrasada é algo que acaba chamando atenção.

— É que ainda não me acostumei com esse lugar – a morena suspirou se permitindo relaxar pela primeira vez desde que havia chegado – Não estou acostumada a ser o centro das atenções de qualquer forma.

— Como não? – a loira questionou inconformada – Você é descendente de Salazar, sua família tem grande influência e você é muito...

— Muito? – Regina não sabia porque, mas achava fofinha a forma como Emma falava tudo rapidamente quase engasgando nas próprias palavras.

— Senhoritas – a professora Hermione as cortou, ela parecia irritada – Não deviam estar em seus dormitórios?

— Ah, é, sim – Emma ficou ainda mais nervosa – Nós já estávamos indo, eu acabei fazendo Regina se distrair, me desculpe – Regina olhou para ela surpresa, apesar de saber que poderia ter problemas, Emma estava assumindo “a culpa”.

— Tudo bem senhorita Swan, mas é melhor vocês irem agora, uma das coisas mais importantes em Hogwarts é seguir as regras e respeita-las. 

   - - -

Emma abriu a porta do quarto bruscamente, tirou os casacos jogando em qualquer canto e chutou o pé da cama tentando aliviar todo o estresse que sentia, porque a professora Hermione tinha que aparecer naquela hora?

— Emma – Ruby se aproximou dela devagar – Tá tudo bem?

— Sim – respondeu sem olhar para ela – Eu acho.

— O que aconteceu? – a garota das mechas vermelhas perguntou surpresa. - Aconteceu que a professora Hermione devia cuidar da vida dela – Emma soltou as palavras com ódio – Ela se acha no direito de falar sobre regras, mas quando ela estudava aqui parece que não se importava né, agora vem querer dar uma de “pontualidade em pessoa”...

— Emma – Ruby tentou corta-la...

— Princesinha de Hogwarts – a loira continuou.

— Emma - tentou repreende-la novamente.

— A protegida do Potter...

— Senhorita Swan – Hermione disse atrás dela, Emma engoliu em seco, seu único desejo naquele momento era ter um vira-tempo, como não tinha desejou que o chão se abrisse e ela caísse nas profundezas de Hogwarts para descansar em paz – Você deixou sua varinha cair enquanto tagarelava desnecessariamente pelas escadas.

— Ah, eh, hm – Emma tentava formular uma frase, o que ela queria dizer era “me desculpa professora, eu não sabia que a senhora estava atrás de mim”, mas o que saiu foi... – Eu não sabia, se soubesse não teria falado, eu não penso exatamente assim, talvez um pouco, eu só estava com um pouco de raiva – quanto mais ela tentava consertar, mais ela piorava as coisas.

— Tudo bem Swan, só espero que isso não se repita – a professora concluiu virando as costas. Enquanto ela andava por Hogwarts se certificando de que tudo estava em seu devido lugar, notou que um alçapão para uma das passagens secretas da escola estava aberto, achou estranho e decidiu conferir quem estava fora da cama naquele horário, afinal, os alunos já deviam estar em seus dormitórios há algumas horas.

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Regina se amaldiçoava por ter perdido as explicações sobre Hogwarts, ela não sabia nem mesmo como chegar até o salão comunal de sonserina. Por mais que ela andasse por aquele lugar parecia que estava andando em círculos, numa tentativa de andar mais rápido, acabou tropeçando em uma espécie de alçapão e entrou dentro dele pra ver o que tinha ali.
Era uma espécie de passagem secreta, havia muita poeira, teias de aranha e uma grande janela iluminava todo o lugar, por sorte de Regina era lua cheia. Ao dar mais alguns passos, acabou se vendo encantada com um espelho magnifico, ele tinha a altura do teto, com uma grande moldura dourada.
Havia uma inscrição entalhada em cima, “Ojesed stra ebru ou ube cafru oyr on wohsi”. A morena se aproximou do espelho para observar seu reflexo, mas quando a imagem se formou ela sentiu a cabeça girar, seu coração disparou e ela sentiu as pernas bambearem, era como se ela pudesse cair a qualquer momento, os olhos arregalados mostravam o quão assustada ela estava.
Respirava muito depressa, olhou pra trás uma, duas, dez vezes só para confirmar que aquilo não era real.

— Regina – Hermione disse se aproximando devagar tentando não assusta-la – Vejo que descobriu o espelho de Ojesed.

Regina sentia-se petrificada no lugar, será que Hermione podia ver o mesmo que ela, se ela podia, como ela explicaria aquilo? O que era aquilo? O futuro? Uma insanidade? Estaria ela ficando louca?

— Eu não sabia que se chamava assim – tentou responder a coisa mais lógica que veio a sua cabeça.

— Mas a essa altura imagino que você já tenha percebido o que ele faz – Hermione ficou ao lado de Regina tentando ler alguma expressão no rosto da morena, parecia que ela havia visto um fantasma.

— Eu não tenho certeza sobre isso – Regina respondeu engolindo em seco.

— Quer me contar o que vê? – a professora questionou e ela sacudiu a cabeça negativamente na mesma hora – Bom, a pessoa mais feliz da terra poderia usar o espelho de Ojesed como um espelho normal, ou seja, ela olharia e se veria exatamente como é, isso te ajuda a pensar?

— Ele nos mostra o que desejamos – ela respondeu lentamente perdida em pensamentos – Talvez antes mesmo que saibamos o que queremos...

— Sim e não – Hermione continuou – Ele nos mostra nada mais, nada menos, que o desejo mais íntimo, mais desesperado de nossos corações – Regina estava atônita, pálida, mãos tremendo – Porém o espelho não nos dá o conhecimento nem a verdade, já houve homens que definharam diante dele fascinados pelo que viam, ou enlouqueceram sem saber se o que o espelho mostrava era real ou sequer possível. Apesar de ser difícil Regina, tente não voltar a procurar por ele, não é bom ficar sonhando e esquecer de viver.

— Eu preciso dormir – a morena respondeu virando-se enquanto Hermione concordou e passou em sua frente para mostrar o caminho.

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Notas finais do capítulo

Quero ver quem se arrisca... O que Regina viu? :p



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