Dupla Identidade Vol. 1 escrita por Lyns Fernandes


Capítulo 5
Que tal um recomeço?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, mais um capítulo para vocês!



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*Elena* 

"Diego me paga, ele precisava mesmo me jogar pra cima do Deus Gre... Jorge. O que a gente não faz por um amigo não é?" 

Depois de bem afastados chegamos ao jardim, a grama bem verdinha, o canteiro com algumas flores coloridas, começava com vermelho e no decorrer do perímetro mudava sutilmente para lilás. Tenho que dar parabéns aos jardineiros do colégio. Tinha um banco de madeira perto de uma árvore, à sombra da árvore batia nele, o calor era imenso, o ar estava levemente refrescante porém o sol estava quente á ponto de quase te cozinhar se ficar parada.  Ainda segurando de leve no braço dele enquanto vou puxando o mesmo até o banco. Quase chegando, eu percebo que estava arrastando o garoto. 

— Desculpa por isso. - Acabei comentando enquanto soltava o braço dele e olhando para o mesmo sem jeito. 

— Não tem nenhum problema. - Ele sorri simpático. 

— Err... - "Vai Elena, puxa assunto, dá uma desculpa qualquer, sei lá, diz alguma coisa, já que está ai mesmo, conversa com ele né?" Aquela pessoa inexistente que havia em minha mente me fazia pensava enquanto percebia o silêncio se instalar. - Acho que nós não começamos muito bem. - Cocei a nuca e sentei devagar no banco. 

— Vou ter que concordar. - Ele disse sentando ao meu lado e me fitando. 

— Que tal começarmos novamente? - Eu perguntei sorrindo. 

— Concordo de novo. - Ele deu uma risadinha. 

— Então... - dei uma pausa - Prazer, Elena. - Eu sorri meiga estendendo a mão pra ele. Isso foi idiota, mas tá valendo. 

— O prazer é todo meu Elena... Sou o Jorge. - Ele ri fraco, provavelmente achando graça da situação. - Bonito nome. - Ele sorri galante. 

— O seu também. - Não conseguia deixar de sorrir, não sei explicar se era para ser educada, ou se era porque estar com ele me fazia sorrir boba - Então Jorge, gostando do colégio? – Eu perguntei fitando ele 

— Não estou tendo o que reclamar. - Ele comentou olhando em volta sem pressa nenhuma. 

— Acho que vai gostar. Particularmente eu só gosto porque é um ótimo lugar pra conversar com os amigos. – Eu disse rindo. Vejo algumas pessoas passarem, elas dão um sorrisinho pra mim. 

— Você deve ser bem conhecida aqui? - Ele percebeu os "cumprimentos". 

— Pode se dizer que sim. - ri fraco. - Acho que é porque a minha "turma" consegue chamar a atenção. – Eu disse fazendo aspas. 

— Como assim? – Ele perguntou me fitando. 

— Digamos que... Aprontamos muito. – Eu ri fraco um pouquinho sem jeito. Não reclamo por me divertir demais com os malucos que eu chamo de amigos, mas ele parece um pouco certinho e ao mesmo tempo não, então eu acabo ficando sem jeito por quase dizer "Eu sou uma pestinha aqui na escola, já visitei a diretoria mais vezes em um mês do que uma pessoa visita o médico em um ano". 

— Acho que sei como é isso. - Ele riu olhando para frente, onde tinha algumas meninas sentadas na grama enquanto tomavam "banho de sol". 

— Não sou do tipo barraqueira, mas sei chamar a atenção discretamente .- Eu tentei explicar mas não adiantou muito. 

— Como se consegue chamar a atenção discretamente? A partir do momento que você chama à atenção não tem como ser discretamente. – Ele disse gargalhando. "Tecnicamente fazia sentido o que ele disse. Como se chama a atenção discretamente?" 

— Tem sim. Eu consigo. – Eu me gabei. 

— Então você é daquelas tipo ninja? É isso? – Ele perguntou rindo. 

— Lógico! Tem que ser né? – Eu disse descontraída. "Ele é engraçado"

— Tem quantos anos Elena? – Ele parou de olhar as periguetes e me olhou. 

— Eu vou fazer 18, daqui quase dois meses. – Eu sorri animada. 

— Mais velha do que parece. – Ele sorri galante. "Isso foi um elogio né? Me chamou de nova, eu acho! Cérebro ajuda á processar, ou melhor, pessoa inexistente, faz algo de útil e ajuda a processar a situação, por favor " , as vezes eu conversava sozinha mentalmente. Corrigindo, as vezes não, a maioria do tempo eu estava fazendo isso, e o pior é que nessas vezes eu não poderia colocar a culpa na "pessoa inexistente" que supostamente morava dentro da minha cabeça. 

— Obrigada, eu acho. – Eu sorri sem mostrar os dentes. – E você? – Eu perguntei depois de alguns segundos de trocas de olhares. 

— Quantos anos você me dá? – Ele perguntou sorrindo de lado. 

— Sacanagem, se eu errar? Vai achar que estou tentando te zoar. – Eu gargalhei de leve. 

— Vai, por favor, tenta! Chuta vai... – Ele dizia pidão. "Chuta ele então!" tive que rir com meus pensamentos. 

— Está bom! 28? Já sei... 34. – Eu disse como se tivesse acertado. "Foi mal, mas eu tive que brincar". 

— Nossa, magoou! Não sou tão velho assim. – Ele disse enquanto se fingia de ofendido. 

— Eu estou brincando bobo! Acho que... – Eu disse e fiquei olhando ele por uns segundos que pareceram minutos. – que... 19? – Eu disse mais em uma pergunta. 

— Quase linda, tenho 20, fiz á pouco tempo. – Ele disse ainda sorrindo de lado. 

— Quase! – Eu exclamei em decepção. 

— Então... Tem namorado? – Ele perguntou bem direto me olhando com os olhos um pouco serrados, confesso que meu coração acelerou muito, não sabia se sorria, se ria, se chorava, afinal chorar por que? De emoção talvez. Se eu sorrir ele vai pensar que eu estou dando mole para ele. Se eu rir, ele vai achar que eu estou zoando ele. Se eu beijar ele, o mesmo vai pensar que... Espera, isso não é uma opção! Entrei em choque por alguns minutos, segundos, não sei quanto tempo passou, mas eu simplesmente congelei, enquanto pensava em várias coisas. 

"Ai! Ai! Ai! Ai! Surtei! Por dentro, mas mesmo assim surtei! Tá bom! Chega! Ele fez uma pergunta qualquer, mas será que..."


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado !

Se gostou mesmo deixe nos comentários, acompanhe, favoritem, recomendem. Ajuda muito, além de me deixar bem mais empolgada para chegar logo o dia de postar.

Beijos, Lyns



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