O do contra. escrita por Mical


Capítulo 5
Eu me apaixonei por Oliver Queen!


Notas iniciais do capítulo

E chegamos ao último capítulo! (aaaa).

Eu queria agradecer a todas e todos pelo apoio que recebi em mais essa fanfic. Eu amei escrever cada palavra dela e não me arrependo de nada do que fiz nela.

Eu quero mandar um agradecimento especial a três pessoinhos especiais que fizeram a minha semana feliz. Eu já havia me conformado que "O do contra" não receberia nenhuma recomendação, aí eu resolvi responder à alguns comentários numa manhã de domingo e paah!: "Vick Queen, Luzi e Liane recomendaram a sua história". Três recomendações de uma só vez! Vocês por acaso combinaram? Kkk. Eu queria agradecer muitíssimo a essas três garotas que me deixaram espalhando sorrisos até para as borboletas que atravessaram o meu caminho. Se alguém for recomendar a fanfic depois de concluída, eu agradeço também.

Eu também queria agradecer muitíssimo às 21 pessoas que adicionaram "o do contra" aos seus favoritos. Quero mandar um grande beijo à vocês por considerarem minha fanfic tão especial a ponto de favoritar! Se alguém for favoritar a fanfic a partir daqui, também agradeço de todo o coração.

E os lindos comentários que recebi em cada um dos capítulos? Não tenho palavras para expressar a minha gratidão por eles. Eu só posso dizer que foi o incentivo de vocês e as suas palavras que me fizeram escrever essa fanfic até o final.

E que dizer dos mais de 100 fantasminhas? Um grande beijo para vocês e muito obrigada por acompanharem a fanfic até o final! Valorizo muito o fato de vocês terem acompanhado a fanfic, mesmo que não tenham se manifestado. Saber que vocês estavam lendo a história também foi uma ótima motivação para escrever.

É isso! Essa fanfic não foi tão favoritada ou recomendada como a última, mas foi bastante comentada e só esse fato faz o meu trabalho ter valido a pela. Eu sei que foi uma fanfic curtinha, mas espero ter agradado em todos os capítulos.

Eu amo cada uma de vocês! São as melhores! E até a próxima!

*By Mical*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/694314/chapter/5

— Então quer dizer que você e o Oliver se beijaram? – Diggle falou sugestivo,mantendo um sorriso de canto nos lábios.

— Não me faça me arrepender de ter te contado.

Mas eu já tinha me arrependido. Amargamente. Logo depois daquela noite desastrosa na QC, Diggle me enviou uma mensagem avisando que faria uma viagem de emergência com o Queen. Ele não me explicou o motivo da viagem nem quanto tempo duraria, o que eu deveria saber já que era a secretária de Oliver. E então veio a surpresa: eu não era mais a secretária de Oliver. Moira Queen havia assumido oficialmente a presidência da QC e eu fui transferida para meu emprego no departamento de T.I.

Eu sei que deveria ficar contente com isso, mas eu não estava.

Três dias depois, Oliver e Diggle voltaram de sua viagem e o moreno resolveu me fazer uma visita. Ele mal abriu a boca antes de eu despejar todas as minhas preocupações e ansiedades.

— Você já sabia, não sabia? – perguntei desconfiada.

— Oliver deve ter comentando algo comigo. – se fingiu de inocente. – É claro que não com tantos detalhes. O que foi desnecessário, por sinal.

— Cretino...

— Está falando de Oliver?

— De você. – afirmei. – Porque tinha que fazer essa viagem e me abandonar aqui?

— Eu não te abandonei, Felicity. – me encarou repreensivo. – Eu também trabalho.

— Poderia ter ligado...

— A minha viagem não é o assunto aqui. – me interrompeu.

Eu esperei ele continuar a falar, mas ele apenas ficou me encarando, como se também esperasse eu falar.

— Não vai dizer mais nada? – questionei, por fim.

— O que eu deveria falar sobre você agarrando o seu chefe que você dizia odiar?

— Eu não estava agarrando ele. – corrigi.

— Ah, claro, porque suas mãos estavam amarradas. – outro sorriso sugestivo surgiu em seus lábios.

— Eu te odeio, Diggle...

— Agora eu sou objeto de ódio? Deus queira que daqui a uma semana você não esteja se agarrando comigo. – graciou.

— Você tem que mesmo que ficar me lembrando da minha noite com o Queen? – resmunguei aborrecida.

— Foi você que mal esperou eu sentar para começar o seu discurso de "O dia em que beijei Oliver Queen". – fez aspas com as mãos. – Sabe, Felicity, você precisa rever o significado de ódio.

Diggle riu da carranca que eu fiz.

— Ele disse que estava apaixonado por mim. – lembrei para mudar um pouco o foco para o que era realmente importante.

— Isso você precisa resolver com ele. Eu não tenho nada haver com essa história.

Suspirei.

No final das contas, Diggle tinha razão. Mesmo tentando me convencer que o único motivo para eu não ter rejeitado o Queen àquela noite era a atração física pelo corpo dele, eu não posso negar que no fundo eu fiquei decepcionada. Primeiro, porque ele me deixou lá sem mais nem menos. Segundo, porque ele não voltou a me procurar desde então. Eu tinha medo que aqueles beijos, que eu sabia que haviam significado algo para mim, não tivessem passado de capricho do Queen.

— Não acho que eu e Oliver vamos trazer esse assunto à tona novamente. – murmurei convicta. – Ou se quer que voltemos a nos ver.

Diggle me olhou descrente, meneando a cabeça como um pai que olha para sua filha desaprovando o comportamento teimoso dela.

— Não vou tentar te convencer do contrário. – revelou ao se levantar. Mantive a cabeça baixa, brincando com um marcador de texto para deixar os dedos ocupados, mas senti a mão de Diggle levantar meu queixo, me obrigando a olhar para ele. – Vou deixar que descubra que está errada sozinha, assim como descobriu da última vez.

— O que você quer dizer com isso? – questionei quando ele começou a se afastar.

Diggle parou no batente da porta e se voltou para me encarar. Ele tinha um sorriso vitorioso no rosto.

— Talvez um dia possamos marcar um encontro duplo. Carly e eu. Você e Oliver. 

Cheguei a procurar algum objeto para jogar nele, mas Diggle sumiu de vista antes que eu encontrasse. Sua risada alta ecoavam pelos corredores da QC.

[...]

A minha sala no departamento de T.I. era confortável. Eu tinha uma pequena mesa e tudo o que eu precisava e um pouco mais para realizar meu trabalho, eu também podia vestir a roupa que quisesse e deixar quantos fios de cabelo que caíssem da minha cabeça espalhados por qualquer lugar. Eu tinha a liberdade que eu tanto sonhei por três semanas, então porquê eu não estava feliz com aquilo?

Descontei toda a minha frustração na caneta vermelha que eu não conseguia parar de mastigar, a ponta dela já não tinha mais o formato redondo quando ouvi três batidas firmes no batente da minha porta aberta.

Oliver estava com uma camisa cinza de mangas cumpridas e não olhava em meus olhos. Ele colocou automaticamente as mãos nos bolsos quando o encarei. Fiquei admirando o fato de nunca o ter visto tão informal antes, ele parecia sem jeito por estar ali ou simplesmente não sabia o que dizer. Assim como eu. Quando ele levantou seus olhos para os meus, o azul cintilante que quase não aparecia por causa das pupilas dilatadas me trouxeram lembranças da última vez que o vi, por isso minhas bochechas ficaram automaticamente vermelhas.

— Oi. – ele murmurou com seu habitual tom sério.

— Oi. – respondi num sussurro.

Ficamos nos encarando por poucos segundos que pareciam ser horas para mim, por isso precisei quebrar o silêncio que tanto me incomodava:

— Diggle tinha razão, afinal.

Ele fraziu o cenho.

— Diggle?

 – Piada interna. – esclareci ao abaixar meus olhos para encarar a caneta. – O que faz aqui, Oliver?

Ouvi seus passos se aproximando de minha mesa, mas ele não se deu ao trabalho de sentar na cadeira à frente dela.

— Pelo o que eu me lembre, temos assuntos inacabados. – murmurou.

Corei.

— E você pretende acabá-los? – questionei ainda de cabeça baixa. Eu não confiava em mim o suficiente para olhar nos olhos dele.

— Não. – foi sua resposta conclusiva. Não pude evitar a decepção que me subiu. – Pelo menos não do jeito que, pela cor das suas bochechas, provavelmente está pensando. Eu vim me justificar.

— Sinta-se a vontade.

Meu lábios formaram uma linha firme em irritação quando Oliver se sentou na cadeira à minha frente. Ele achava que precisava se justificar como se tivesse cometido o pior erro de sua vida? Bem, talvez tivesse mesmo sido um erro, mas eu me lembrava muito bem que foi com o meu consentimento, então me irritava o fato dele querer se explicar como se tivesse me obrigado à alguma coisa. Nós éramos adultos e podíamos muito bem ignorar àquele assunto e fingir que nada aconteceu. Mas eu não falei nada e olhei para Oliver porque, no fundo, eu queria ouvir a explicação dele.

— Você deu a entender que estava apaixonado por mim. – falei na lata quando vi que ele não iria falar alguma coisa.

Oliver engoliu em seco.

— É verdade. – admitiu. – Não estava nos meus planos fazer você saber sobre isso, pelo menos não tão cedo. Mas acho que não tenho tanto auto controle quanto pensava.

— Eu ainda não entendo como estar apaixonado por mim poderia fazer você infernizar a minha vida...

— Eu não posso ficar com você, Felicity. – me interrompeu.

Aquelas palavras tiveram o poder de me deixar momentaneamente em choque, mas consegui esboçar um sorriso irônico para disfarçar.

— E quem disse que eu quero ficar com você? – questionei.

— Negue.

— Hã?

— Negue que gostaria de ficar comigo. – desafiou.

Os olhos de Oliver brilhavam em expectativa pela minha resposta, e foram três vezes que eu abri a boca para proferir o que a minha mente teimosa queria eu dissesse, mas não consegui. Eu não podia negar que gostaria de terminar o que começamos à um pouco mais de três dias, e muito menos que me sentia atraída à ele. Eu sabia que no fundo eu corria sérios riscos de estar apaixonada por Oliver Queen, por mais medonho que isso parecesse.

— Eu não posso ficar com você. – repetiu após alguns segundos. – Eu não posso ficar com ninguém.

— E quanto a Laurel? – perguntei antes que ele tivesse a oportunidade de falar qualquer outra coisa.

Oliver umedeceu os lábios. Ele sabia do que eu estava falando, ele tinha sentimentos por Laurel, isso era óbvio. Mas a pergunta na verdade era como eu ficava no meio disso tudo. Como era possível ele nutrir sentimentos pelas duas.

— Estou tão confuso quanto você. – esclareceu de cabeça baixa. – E é por isso que estou aqui para me desculpar pelo o que aconteceu à três noites.

— Não se desculpe por algo que eu também tenho uma parcela de culpa. – murmurei seca. – E, por Deus, eu não me arrependo, Oliver.

Ele respirou fundo, suas mãos se fechando em punho.

— Não fale essas coisas, Felicity. – falou entre dentes. – Não se você espera que eu me controle.

— Não quero que se controle.

Oliver soltou o ar que estava preso em seus pulmões, fechando os olhos para poder respirar de novo.

— Não podemos. – sussurrou ao abrir novamente suas mãos. – Não posso me relacionar com ninguém, e isso não é algo que você possa entender.

— Isso parece um monte de porcaria.

— Não é. – garantiu. – Apenas confie em mim. 

Encarei seus olhos por tempo o suficiente parar saber que ele seria irredutível nesse assunto. Eu não sabia exatamente como me sentir em relação à isso, a decepção que me tomava impedia que eu tirasse qualquer conclusão lógica.

— Então é isso. Acaba aqui. – conclui.

— Não precisa ser assim. Podemos ser amigos.

— Depois de tudo o que aconteceu? Três semanas trocando farpas e depois trocando amassos? Ah claro, seremos melhores amigos. – ironizei.

Oliver não esboçou qualquer reação.

— Podemos recomeçar. – sugeriu. – Você está exatamente com a mesma blusa que te vi pela primeira vez. 

Olhei para baixo para conferir, e era realmente verdade. Eu não havia percebido que vesti a blusa do meu conjuntinho "pantera cor-de-rosa" àquela manhã.

— Isso é clichê. – comentei ao voltar a olhar para Oliver.

— Mas podemos tentar. Seria interessante.

— Seria. – concordei. – E então nós simplesmente fingimos que as últimas três semanas não aconteceram?

— É isso.

Eu quis rir, eu realmente quis gargalhar até a minha barriga doer. Mas o olhar sincero de Oliver e o meu medo de não voltar a vê-lo me fizeram concordar com a cabeça e dar um sorriso discreto. Eu sentia que de alguma forma eu não poderia ficar longe dele, nem se quisesse. E Oliver parecia que sentia o mesmo, já que ele se levantou decidido a fazer valer a história de "recomeçar".

— Espere! – pedi ao levantar uma das mãos e me inclinar para pegar algo de dentro de uma gaveta.

Oliver franziu o cenho quando lhe estendi o objeto, mas logo o seu rosto se iluminou quando percebeu que era o notebook baleado que ele pediu que eu analisasse quando me conheceu. Os lábios de Oliver se expandiram em um sorriso sincero quando ele voltou a olhar pra mim, seu peitoral sacudindo um pouco enquanto ele dava uma leve risada. Essa visão me deixou desnorteada por um tempo, maravilhada pelo som da risada dele.

— O que houve? – ele se preocupou quando percebeu minha breve paralisia.

— Nada... Eu só... – suspirei de olhos fechados para por as palavras em ordem. – É que eu nunca tinha te visto sorrir. É bonito, devia fazer isso mais vezes.

Oliver manteve um sorriso calmo nos lábios quando fez que sim com a cabeça e voltou a se afastar. Meu coração batia forte no peito à medida que eu me virava para voltar ao trabalho e a caneta vermelha voltava a ser castigada pelos meus dentes, por causa da ansiedade. O som da risada de Oliver ainda ecoava pelos meus ouvidos, me deixando feliz por conseguir provocar uma reação tão sincera nele.

— Felicity Smoak? – ouvi Oliver chamar atrás de mim e girei a cadeira para encará-lo. Já é a hora do recomeço?

Oliver tinha um sorriso nos lábios dessa vez, parecia uma pessoa normal.

— Oi...  Eu sou Oliver Queen.

— Eu sei quem você é... – o interrompi. Todo mundo sabe.— É o Sr. Queen.

— Não, Sr. Queen era o meu pai.

— É claro... Mas ele tá morto. – o que isso, Felicity?— Quer dizer, ele se afogou. E você não. O que significa que você pode vir até o departamento de T.I... – bati a caneta freneticamente na mesa, num claro ato de nervosismo. Ele me pegou desprevenida!— ... E me ver me enrolando. Mas isso vai acabar em 3...2...1...

Oliver resolveu me ignorar.

— Estou com um problema com o notebook e me disseram que eu deveria falar com você. – ele me mostrou o objeto baleado, me estentendo logo em seguida. – Eu estava num café navegando na internet e acabei derrubando café com leite nele.

Olhei para ele sem acreditar. É sério, Oliver? Essa foi a melhor desculpa que conseguiu inventar?

— Sério? – questionei descrente. – E que isso aqui parecem buracos de bala.

— É que o café fica num bairro perigoso.

Fiz menção que iria revirar os olhos e Oliver forçou ainda mais o seu sorriso, tentando validar a sua mentira.

— Se você conseguir tirar qualquer informação desse notebook, eu serei eternamente grato. – afirmou.

— Okay. – balancei a cabeça, concordando. 

Se Oliver Queen tivesse me pedido – não me obrigado – para verificar o conteúdo do notebook dessa forma, eu certamente faria o que ele disse com prazer, apesar da mentira descarada. Devolvi o notebook para Oliver, já que não havia mais nada a ser feito, visto que eu já tinha visto o conteúdo do notebook. O loiro piscou em minha direção antes de pegar o objeto e sair, não deixando de sorrir nem por um segundo.

Dias se passaram sem que eu visse Oliver novamente. Diggle me informou que ele estava abrindo uma boate ou coisa parecida, e por isso estava muito ocupado. Eu não fiquei preocupada por não vê-lo, já que eu tinha certeza que ele me procuraria assim que tivesse um tempo. Não me pergunte como eu sabia disso, eu simplesmente sabia.

Moira Queen era uma C.E.O bem mais eficiente do que Oliver, eu tinha que admitir. Ela estava determinada a fazer a empresa crescer ainda mais e por isso muitos funcionários não raro precisavam fazer horas extras. E eu era uma delas. Já era noite quando eu estava deixando à QC, minha mente já tinha tudo planejado para àquele final de semana: pizza com Diggle e Netflix. Meus dedos já estavam dormentes de tanto digitar e minha costa estava doendo por ficar muito tempo na mesma posição. Antes dos meus planos para o final de semana eu tinha algo mais importante para fazer: tomar um banho quente para relaxar. E foi com esse pensamento que eu entrei no carro e o liguei, mas assim que olhei para trás para sair do estacionamento, me deparei com uma figura de verde que cobria a cabeça com uma espécie de sacola.

— Uoh! – gritei pelo susto.

— Felicity... eu não vou te machucar. – o vigilante murmurou. Sua voz estava arfante, como se ele tivesse corrido uma maratona.

— Você lembra de mim...

— Do mesmo jeito que você lembra de mim. – ele tirou o saco da cabeça e olhou em minha direção.

O mundo parou.

Era Oliver. Oliver Queen. O antigo C.E.O da QC. O meu ex-chefe odiado. O homem que eu estava fortemente atraída. Ele era o vigilante de Starling City. O mesmo homem que eu pedi para atirar uma flecha no meu chefe. 

Eu tinha plena noção da minha boca aberta em estado de choque enquanto eu olhava para Oliver e assimilava o fato dele ser o vigilante. Tudo sobre ele de repente começou a fazer sentido: o notebook baleado, as seringas com drogas, a caixa de madeira, a incrível mira dele ao jogar aquele canivete. Eu só podia me sentir una burra por não ter percebido antes. Por Deus, Oliver era o cara do capuz! Mas em meio a toda essa confusão na minha cabeça, meu coração chegava à uma certeza:

Eu estava apaixonada por Oliver Queen.

— Oh merda. – foi tudo o que eu consegui dizer.

E foi assim que tudo começou...

»→ END »→


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!