Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 58
58º Capítulo – “.... minhas meninas.”




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— Precisamos falar sobre seu pai, Alice.

O jeito como ele diz isso faz meu corpo inteiro tremer. 

— O que meu tio tem a ver com isso? __ouço a Paloma perguntar antes que eu consiga formular qualquer frase.  

Ele está me olhando de um jeito diferente e parece nem ter ouvido o que ela disse. Os olhos dele não tem nada do cara que eu vi no meu quarto. Parece ser só o menino por quem eu me apaixonei.

— Gatinha __ a voz dele é suave. — Vem cá, senta aqui.

Não digo nada. Movo o meu corpo e me sento no sofá ao lado da poltrona. Vejo a Paloma e o Felipe fazerem a mesma coisa e o silêncio é quase reconfortante. O Gustavo sai da poltrona e senta de frente a nós, na mesinha se centro, como mais cedo.

Os olhos dele correm de mim para Paloma e ele respira fundo.

— Eu sei que esse assunto mexe com vocês duas. __ sinto minha cabeça doer. — Mas eu preciso de algumas respostas pra conseguir entender essa merda toda.

— Tudo bem. __ digo e ele sorri fraco.

— O David ligou. __ a expressão dele se endurece de novo. — Ele descobriu uma coisa e eu preciso saber se vocês já sabiam.

— Fala de uma vez Gustavo. __ o Felipe parece irritado.

— Ele descobriu que quando a família de vocês morreu, o Tio Ben precisou brigar judicialmente pra ter a guarda de vocês.

— O que? __ eu e a Paloma falamos juntas.

— O nome da outra pessoa foi apagado de todos os registros do processo, mas a briga foi longa. __ abro minha boca pra falar, mas ele continua. — Mas ele conseguiu ter acesso a justificativa do juiz para abertura do processo, e ela diz que vocês estavam correndo perigo.

Não consigo falar. Não consigo sequer pensar.

— Segundo ele, vocês duas seriam as únicas herdeiras do império do Barão.

— O que? E quem é esse Barão?

— Qual era o nome do seu pai, Alice?

—  Ricardo. __ minha voz é baixa. — Ricardo Safena.

— Ele era um traficante, não era?  __ ouço o Felipe perguntar. — O Barão?

— Não. __ o Gustavo me olha. — Ele comandou o narcotráfico do início dos anos 90 até pouco depois de 2010.

— E o que isso tem a ver comigo?

Sinto meus olhos arderem numa preparativa óbvia para as lágrimas e eu sei que não vou conseguir ouvir o que eu acho que ele vai dizer. Meu peito parece pronto para explodir junto com meu coração que bate tão forte que mal posso respirar.

— Ele é seu pai, Alice. __ fecho meu olhos com força. — O Barão, é o seu pai.

BARÃO

— Encontramos eles, senhor. __ o moleque sentado no computador a minha frente diz e isso parece música para meus ouvidos.

— Finalmente. __ me aproximo dele. — Onde eles estão?

—Encontrei uma fazenda no nome dos Guimarães na cidade vizinha. Procurei no sistema da prefeitura de lá e encontrei um documento em nome do Gustavo, dizendo que ele tomou posse da herança do pai.

— Eles só podem estar lá. __ me afasto dele e coloco minha cabeça pra pensar.

Da última vez mandei os meus melhores homens e mesmo assim, esse tal de Gustavo não teve dificuldade para acabar com eles. Não posso correr esse risco de novo, por que posso não conseguir encontrá-las mais uma vez.

— Mande todos os homens que conseguir. __ digo ao chefe da minha segurança. — Só tenho interesse nas minhas filhas e nada mais. Matem os outros dois.

— Sim senhor.

— Mais uma coisa. __  fico de frente pra ele. — Se acontecer alguma coisa com elas, eu mato vocês. E se voltarem sem elas, também mato vocês. Todos vocês.

— Sim senhor.

Ele sai da sala e o moleque no computador continua trabalhando. Tiro minha carteira do bolso e pego uma das duas ainda pequenas. Sinto o maldito arrependimento tomar conta de mim por ter deixado tudo aquilo acontecer. Se eu não tivesse inventado aquela encenação idiota nada disso teria acontecido e eu teria as protegido.

Mas infelizmente não poderia ter sido diferente.

— Vou cuidar de vocês, minhas meninas. __ sorrio. — E vou matar qualquer um que tentar tirar vocês de mim de novo.


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