Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 44
43º Capítulo – “Me deixa apagar ele da sua vida.”


Notas iniciais do capítulo

Resolvi ceder a alguns apelos e postar mais um capítulo para vocês.

Boa Leitura!



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— Aqui está. __ Deixei o relatório da última missão na mesa do Alex e caminhei até a porta.

— Espere.

Me virei e olhei, sem dizer nada.

— Você está em forma novamente. __ Ele disse, sem tirar os olhos dos meus últimos relatórios.

— Nunca estive fora de forma. __ Digo firme.

— Há controvérsias com relação a isso.

— É isso que você acha? __ Ele me olha, quando aumento o tom da voz. — É por isso que você me colocou nas últimas 7 missões? Você achou mesmo que eu iria voltar sem finalizar cada uma delas?

Perdi a cabeça. Eu já estava de saco cheio por ter ficado quase um mês sendo submetido aquele método ridículo de interrogatório do Marcel e agora isso?

— Calma garoto. __ Ele sorriu.

— Quer saber? __ Me aproximei da mesa dele. — Eu sou bom. Na verdade, eu sou o melhor agente que você já teve aqui. E se você ainda acha que estou fora de forma ou não está satisfeito comigo, me dispense.

Ele não conseguiu evitar a expressão de surpresa. Um silêncio pesado tomou conta da sala.

— Olha só Alex, é o seguinte. __ Respirei fundo. — Ter passado as últimas duas semanas e meia trabalhando como um louco, em missões com alvos mais protegidos do que a rainha da Inglaterra, não foi nada.

— Nada?

— Nada. __ Sorrio irônico. — Só serviu para que eu praticasse e melhorasse ainda mais o que já estava bom. Mas eu estou exausto e um pouco machucado. Preciso me remendar e dormir um pouco.

— Tudo bem. __ Ele voltou a olhar os relatórios. — Mas daqui a dois dias você tem uma nova missão. E depois disso, pode tirar uns dias de folga.

— Manda tudo para o meu computador. __ Não esperei ele responder e sai.

ALICE

Olhar o movimento das pessoas faz minha mente viajar. A boate trouxe um ritmo diferente a essa parte da cidade e já tinha um tempo que eu não saia à noite para espairecer. Se bem que na verdade eu preferia estar em casa agora, por que estar aqui me faz lembrar da última vez que estive na boate e eu com certeza não quero pensar nisso.

— Alice você tá ouvindo? __ o olhei e sorri sincera, fingindo ter escutado tudo o que ele disse.

— Claro que sim. __ Ele sorriu. — Você tava falando sobre as provas da faculdade.

— Sei. __ Ele pegou minha mão em cima da mesa. — Vamos dar uma volta na praça?

— Mas não tem muita gente por lá essa hora.

— Eu sei. __ Sei bem onde ele quer chegar. — Mas eu quero conversar com você em um lugar mais tranquilo.

Concordei e deixei que ele me levasse até lá. E apesar de saber exatamente o que ele quer me dizer e de não saber o que eu vou lhe dizer em resposta, sigo em silêncio. Assim chegamos, confirmo que a praça está quase vazia. As únicas pessoas aqui, além de nós dois, é um casal que está sentado mais além, perto das árvores. Nós caminhamos em silêncio até encontrarmos um banco limpo e nos sentamos.

— Quero te perguntar uma coisa. __ A expressão dele é uma misto de nervosismo e curiosidade. — Mas se você não quiser me responder, não precisa.

Concordei.

— Quem é aquele cara da boate?

Como eu disse, sabia exatamente o que ele queria conversar e ainda não sei bem o que lhe dizer em resposta. Porque sei que ele não quer saber que é o Gustavo. Mas sim, quem ele é pra mim. Quem ele foi pra mim. Respiro fundo e fecho os olhos durante algum tempo, tentando inutilmente organizar meus pensamentos e o as palavras, que parecem fugir de mim. Dizer quem ele é, é simples. Dizer quem ele é ou foi pra mim, é impossível.

— O nome dele é Gustavo. __ Abro os olhos e o vejo me olhando.

— Só isso? __ Ele se aproxima mais.

— Não. __ Sinto como se estivesse abrindo uma ferida antiga. — Ele é.... foi... __ Respiro fundo de novo. — Nós fomos criados juntos.

— Mas vocês não são irmãos. __ Não consigo olhar para ele.

— Não. __ minha voz sai baixa.

— Alice, eu só estou tentando entender.

— Eu sei. __ Estou tentando a todo custo não chorar. — Só... __ Não consigo terminar a frase.

Ele não diz nada. Fecho meus olhos e quase consigo ouvi-lo dizendo que me ama. Da promessa de não me deixar. Mas logo depois me lembro de acordar e não vê-lo. Dos pesadelos. Do silêncio.

— Ele foi importante. __ Digo firme e abro meus olhos.

— Acho que ele ainda é. __ Se aproxima ainda mais e toca meu rosto com os nós dos dedos.

— Guilherme, eu...

— Tudo bem. __ Ele me interrompe. — Eu posso te ajudar a esquecer.

—O que? __ Não consigo entender.

— Eu gosto de você. __ Ele prende uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. — Mais do que já gostei de qualquer mulher.

— Eu não sei o que dizer. __ Ele não desvia o olhar do meu.

— Deixa eu te fazer esquecer tudo isso.

Não consegui dizer nada enquanto observo ele prender meu rosto entre as suas mãos e aproximar o rosto do meu.

— Me deixa apagar ele da sua vida. __ Ele sussurrou pouco antes de fechar os olhos e aproximar os lábios dos meus.

Fechei os olhos quando nossos lábios encostaram uns nos outros. E não me afastei. Permiti que sua língua invadisse minha boca, dando início a um beijo lento e vazio.


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Notas finais do capítulo

Acredito que as leitoras que shippam nosso querido casal não ficaram muito feliz com o rumo que nossa história está tomando. Como eu já disse anteriormente, o Gustavo teve seus motivos para ir embora. Mas isso não quer dizer que a Alice vai passar a vida esperando por ele, não é mesmo?

Aguardo os comentários e estrelinhas de vocês.

Nos vemos na próxima! Beijos da tia =)



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