Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 36
35º Capítulo – “Não quero mais.”


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores

Vou postar dois capítulos hoje, por que, sinceramente, me senti meio mal hoje quando me dei conta de que não ando postando com tanta frequência.

Boa leitura a todos.



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Gustavo não tira o pé do acelerador durante todo o percurso. A atenção dele se divide entre prestar atenção na estrada a frente e o retrovisor. Ele sabe que precisa ficar atento para não ser seguido, mas sua maior preocupação no momento é a Alice. Desde que a encontrou e a colocou no carro, ela não se mexe. Nem se quer tosse.

Gustavo sabe que os hematomas visíveis são o menor dos problemas. O que mais o preocupa são as possíveis fraturas e lesões internas, além do risco altíssimo de hipotermia. Ele sabe, que caso ela esteja, de fato, em um quadro de hipotermia, precisa acordá-la o quanto antes, por que, se demorar, ela pode não acordar mais.

Ele verifica a estrada pelo retrovisor mais uma vez antes de entrar na rua que leva ao galpão. Assim que se aproxima, o portão abre, dando passagem para que o carro entre.

Assim que entra no galpão, Gustavo assume sua postura fria e isola todo e qualquer sentimento. Quando sai do carro, abre a porta traseira e solta o cinto que prende o corpo de Alice pela cintura. A pega no colo e foca toda sua atenção somente em David, ignorando as perguntas e falas de Paloma e Felipe. David o guia para uma espécie de sala médica, parecida com o da outra sede, e o instrui a coloca-la em uma espécie de cama hospitalar. Assim que Gustavo retira os lençóis que cobrem o corpo dela, todos se calam. O corpo de Alice tem hematomas por todas as partes, incluindo no rosto.

— Ai meu Deus. __ A voz de Paloma quebra o silêncio.

— David, precisamos de bolsas de água quente. __ Gustavo diz, parecendo não ouvi-la. — Desligue o ar-condicionado, pegue calças e casacos e algo quente para beber.

— Vou precisar de ajuda. __ Ele olha para Paloma e sabe que vai precisar distraí-la. — Paloma você vem comigo, Felipe você ajuda o Gustavo.

David sai do quarto, levando Paloma consigo, sem deixar que ela fale.

— Procure um termômetro.

Felipe observa, sem conseguir esboçar reação, enquanto Gustavo ele tira a blusa e os sapatos.

— O que você vai fazer?

— A temperatura dela tá muito baixa, preciso aquecê-la. __ Gustavo diz, sem olhá-lo.

Felipe observa enquanto Gustavo levanto o corpo de Alice e a encosta na pequena cabeceira da cama, com a ajuda do travesseiro. Ele senta de frente para ela e coloca as pernas dela em cima das suas.

ALICE

No começo eu senti dor. Depois frio. E então, mais nada. Eu estava exausta, não consegui e nem quis mais lutar, e quando eu me deixava levar pela escuridão, ouvi o Gustavo me dizendo que tudo ficaria bem, então acreditei nele e só me entreguei. E não senti mais nada. Aqui não tem dor ou medo, o silêncio e as lembranças são tudo que me rodeiam e é aqui que eu quero ficar. A calmaria e a paz me preenchem e não consigo pensar em mais nada.

“Gatinha, acorda...”

“Você precisa lutar...”

A voz de Gustavo funciona como uma âncora, me prendendo. Me puxando de volta.

De repente senti as duas mãos me segurando pelos ombros.

Não. Me deixa em paz.

Tento dizer, mas não consigo.

Sinto alguém me abraçar e massagear minhas costas, mas não consigo falar. A pessoa se afasta e balança o meu corpo bruscamente. Faço uma força descomunal e consigo abrir os olhos. Assim que o vejo ele sorri.

Ogro...

— Muito... olhos abertos... __ Ele acaricia meu rosto.

Sinto alguém levantar meus braços e colocar bolsas quentes nas minhas axilas e algo quente em cima das minhas pernas. Depois me cobrir com um lençol grosso.

Sinto a exaustão tomar conta de mim e meus olhos começam a fechar aos poucos. Ele põe as mãos no meu rosto e me obrigada a olhá-lo nos olhos.

— ... entendeu?

Minha visão fica embaçada e a voz dele parece sumir aos poucos. Ele me balança pelos homens mais uma vez.

— Não feche os olhos. Fique... mim.

Dessa vez a voz dele soa mais próxima e eu começo a ficar irritada com ele me balançando pelos ombros e batendo no meu rosto. Quero mandar ele parar, quero que ele me deixe em paz.

— Para com isso. __ Consigo dizer com um fiapo de voz rouca e baixa.

— De novo... comigo. Mais um pouco. Fique....

Ele coloca um copo na minha boca e um líquido quente desce pela minha garganta e eu sinto como se tivesse rasgando minhas entranhas. Levanto minha mão para afastar o copo, mas não tenho força.

— Só... um pouco...

Me irrito ainda mais com ele me obrigando a tomar seja o que for e sinto uma força crescente dentro de mim vir à tona, junto com as lágrimas.

— Não quero mais. __ Consigo dizer e empurrar o copo.

Depois disso, meu corpo pende para frente, me fazendo encostar a cabeça no peito dele.

— Bem melhor assim. __ Ouço ele dizer e fazer carinho nos meus cabelos.

— Ogro...


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês no próximo capítulo. =*



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