Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 1
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Bom, é a primeira vez que posto algo meu. Espero que alguém se interesse e goste, estou ansiosa. Então, Boa Leitura e não esqueçam de comentar.



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“E mais um ano se foi, e eu ainda tenho lembranças tão intensas de tudo aquilo. Do último sorriso bobo de criança do meu irmão, do último carinho que recebi da minha mãe, da última vez que meu pai leu para mim e de como nós éramos felizes juntos. Todas essas lembranças vêm junto com a dor de saber que tudo aquilo aconteceu por minha causa, que foi para me salvar, para nos salvar.”

Enquanto Alice ficava perdida em suas lembranças não pode conter as lágrimas que escorriam pelo rosto. Lágrimas de saudade daqueles que tinham sido tirados dela de uma forma tão brusca, quando ela tinha apenas trezes anos.

Ei?

Oi. — Respondeu Alice depois de um tempo, secando as lágrimas.

Olha pra mim.

Não Felipe, me deixa.

Deixo sim, depois que você entender que nada daquilo foi culpa sua. Que tudo o que seu pai fez foi proteger vocês.

Não! O que ele fez foi egoísta, ele só se preocupou com o que sentiria se nos perdesse. Mas ele não pensou em como eu me sentiria, sozinha no mundo com a Patrícia. Nós éramos duas crianças, duas meninas!

Ele a envolveu em um abraço, um abraço que podia consola-la da forma que nenhuma palavra seria capaz de fazer. E ela desabou nos braços dele, deixando transparecer que não era aquela garota durona que demonstrava ser, mas que na verdade, era só uma menina que tinha perdido tudo o que mais amava há quatro anos. Depois de algumas horas chorando, ela adormeceu.

Ao descer as escadas depois de colocar Alice na cama, Felipe se depara com a Patrícia sentada no sofá, com o rosto molhado, encolhida.

Como ela está?

Dormindo. E você?

Bem. __ Respondeu Patrícia secando o rosto.

É? Não parece.—_ Pergunto Felipe, levantando o rosto da menina.

Patrícia levou os olhos de encontro aos de Felipe. Deixando as lágrimas surgirem. Ela Fez que não com a cabeça em um movimento leve, se deixando envolver da mesma forma que Alice nos braços do rapaz que odiava vê-las daquele jeito, tão frágeis.

— Vamos você precisa dormir um pouco também. —_ Disse Felipe, levando Patrícia ao quarto. O cansaço consumiu a menina, que em poucos minutos deixou se levar pelo sono e adormeceu nos braços do rapaz.

Você é linda.—_ Ele sussurrou baixinho, para não acordar a garota que acabara de adormecer. – Como eu queria poder tirar essa dor de vocês, de você.

Depois de alguns minutos observando a Patrícia dormir, Felipe saiu do quarto em direção a escada, passando bem em frente ao quarto Alice, que continuava dormindo, o que para ele era um alívio, já que o dia era de lembranças duras, para as duas.

Ao chegar à sala, ele teve a ideia de ligar para um velho amigo, que não via há anos, mas que provavelmente ainda usava o mesmo número de telefone. Sabia que talvez ele, conseguisse fazer com que as garotas esquecessem um pouco de tudo aquilo. Então sentado no sofá, ele pegou o celular e começou a ligar.

***

Já passava das duas da manhã quando Gustavo chegou da sua última missão, havia sido muito cansativa, o alvo tinha muitos seguranças e chegar até ele levou tempo e esperteza. Aquela poderia ter sido uma de suas missões mais perigosas, mas ele nunca se preocupava com isso, afinal de contas ele adorava se arriscar, adorava sentir a adrenalina percorrer cada célula do seu corpo.

Gustavo é um rapaz de dezenove anos que foi recrutado aos quatorze, por uma empresa de assassinos profissionais onde aprendeu tudo que o precisava para se tornar um dos melhores no ramo, e foi exatamente o que aconteceu. Ele não tem família para se preocupar e nem alguém que o fizesse pensar no risco que corre cada vez que sai para uma missão. Seu pai tinha sido assassinado pouco antes de ele ter sido recrutado, sua mãe que nem chegou a conhecer, e não tivera irmãos.

Apesar de ser um dos melhores assassinos da Citros, tinha que seguir as regras como qualquer agente, por isso não tinha namorada, apenas casinhos, que ele não deixava que passassem de uma noite sequer. Seus amigos eram apenas do meio que só serviam para conversar sobre coisas fúteis, nenhuma amizade forte. A não ser por um único amigo de infância que já não via a muito tempo.

***

Gustavo acordou com o celular tocando. Ao olhar o visor do celular percebeu que não conhecia o número, então resolveu não atender, quando isso acontecia geralmente era engano, já que só quem tinha o seu número era o pessoal da Citros pelo fato de não ter amigos fora dali.

Aproveitou a deixa e acabou se levantando, por que apesar de chegar tarde quase todas as noites por conta do “trabalho”, gosta de acordar cedo, aproveitar o dia, dar uma volta em sua moto e tomar café em uma lanchonete qualquer de esquina, de forma geral, fingir que é um rapaz comum de dezoito anos. Afinal de contas, ninguém poderia desconfiar que ele era um assassino.

E assim ele o fez, levantou andando pelo seu pequeno quarto, já que mora em um pequeno apartamento, típico de quem precisa fugir a qualquer momento. Abriu o guarda-roupa e por alguns minutos ficou observando as peças dentro dele.

Acho que vou de preto. É isso, vou de preto.—_ Ele falou consigo mesmo, já que estava sozinho.

E para sua surpresa seu celular tocou mais uma vez, isso geralmente não aconteceria, já que quando ele não atendia as pessoas conferiam se o número que estavam ligando estava correto e acabam se dando conta que erraram um ou dois números. E pela primeira vez o menino ficou tentado a atender, mais achou melhor não, e acabou ignorando mais uma vez o aparelho entrando no banheiro com a toalha na mão.

Minutos depois ele saiu, com a toalha enrolada na cintura, deixando a parte superior do seu corpo malhado à mostra. Ao se virar ele observou que o aparelho estava tocando mais uma vez, e resolveu atender.

Alô? —_ Indagou o rapaz com o tom curioso.

Gustavo Baldin Braga?—_ Perguntou uma voz masculina, que assustou Gustavo, quando ele percebeu que conhecia a aquela voz de algum lugar.

Brincando com a sorte e rezando pra que não fossem algumas das pessoas que o odiava e que estavam confirmando sua identidade social que até agora não tinha sido ligada a sua identidade de assassino para tentar mata-lo Gustavo Respondeu:

— Sim, ele mesmo. Quem e o que deseja?

Cara, como é difícil de achar. __ Respondeu Felipe.

— Como? Quem está falando?—_ Perguntou mais uma vez o Rapaz.

— Felipe Guimarães de Melo, aquele com quem você foi criado, que era o seu melhor amigo de infância e que mais do que ninguém sabe o quanto foi difícil para você perder aquele seu ioiô que era seu brinquedo favorito.


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Notas finais do capítulo

Se tiver alguém ai, comenta por faaavoorr. Beijos e até a próxima!



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