Hybrid: Um demônio em Beacon Hills escrita por LadyWolf


Capítulo 29
A volta dos weredemons


Notas iniciais do capítulo

OI POVOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Quanto tempo hein?
Demorou, mas saiu no novo capítulo da nossa história preferida.
OBS: eu não revisei pq senão ia ficar mais uns dois meses pra postar, então ignorem os erros haha



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 – Tem certeza de que quer ir? – perguntou Derek. – Se quiser ficar em casa tudo bem, eles não precisam saber que você está aqui.

 – Tenho. – respondi enquanto fechava o zíper de uma das botas. – Sem mim vocês não vão conseguir enxergar os weredemons. E também fui eu que causei essa confusão... Crowley deve estar mais furioso do que nunca. 

 – Ei, não se culpe por isso. – disse Derek. – Crowley tentou te usar por meio dos weredemons, mas com certeza eles atacariam a cidade estando você no Inferno ou não.

 – Então por que não atacaram todo esse tempo? 

 – Talvez ele estivesse ocupado demais com você. Afinal, sabe-se lá há quanto tempo ele deseja que você estivesse do lado dele. 

 – É, pode ser. – falei enquanto descia as escadas com Derek. – Mas de qualquer forma preciso me redimir com a cidade depois de tudo o que aconteceu. 

 – Relaxa, vai dar tudo certo. – disse Derek quando chegamos na sala.

 – Então, todos prontos?

 – Eu nasci pronto. – respondeu Peter com as mãos nos bolsos. 

 – Então vamos nos encontrar com a alcateia no colégio e lá explico melhor o plano. 

 Sem demorar muito partimos para Beacon Hills High School no Camaro de Derek. Os dois homens sentaram-se na frente enquanto Malia, Cora e eu fomos no banco de trás. Conforme nos aproximávamos da escola, um sentimento de saudade tomava conta do meu ser. As semanas que tinha passado ali, os amigos, o lacrosse...

 Derek parou o carro no estacionamento do colégio, onde Liam, Talita e Leon já estavam nos esperando. Então saímos do Camaro, sendo a última eu, pois estava com um pouco de medo da reação dos outros; talvez estivessem com medo de mim ou até mesmo nem quisessem olhar na minha cara.

 – Emily? – ouvi Talita dizer.

 – Emily? É você mesmo? – perguntou Leon.

 – ?! Emily! – exclamou Liam vindo me abraçar.

 Em segundos estava rodeada por meus amigos que me abraçaram e depois bombardearam com perguntas e mais perguntas, uma reação bastante diferente da que eu imaginava. Mas antes que me sufocassem Derek interrompeu a conversa.

 – Então, crianças, – disse Derek pondo as mãos sobre o meu ombro e o de Talita. – vamos discutir o nosso plano. Mais tarde vocês podem fazer quantas perguntas quiserem a Emily, ok?

 Os outros pareceram ficar meio chateados com aquilo, mas obedeceram ao alfa. Em poucos minutos Derek explicou como seria a ronda daquela noite e também das que estavam por vir. O plano se baseava em se dividir em pequenos grupos e observar, e caso houvesse algo de estranho deveríamos contatá-lo o mais rápido possível.

 Dividimos-nos então em quatro duplas: Derek e eu, Peter e Malia, Cora e Liam e Talita e Leon. Cada uma seguiria em uma direção diferente para ter uma cobertura maior da área, pois apesar de Beacon Hills ser uma cidade não muito grande, ainda tinha sua extensão.

 Quando deu meia-noite em ponto os grupos se separaram. Derek e eu seguimos para a direção norte da cidade, a parte mais movimentada cheia de boates e bares, onde acontecera o primeiro ataque. Andamos pelas ruas, saltamos sobre os telhados, mas não havia sinal algum dos weredemons.

 Derek então resolveu dispensar a alcateia, já que não aparentava que iria acontecer alguma coisa. Porém, ao invés de ir para casa, decidi que era um bom momento para conversar com meus amigos sobre tudo o que acontecera. Então Liam, Leon, Talita e eu resolvemos ir até o mirante, um lugar calmo e com uma vista magnífica de toda Beacon Hills.

 – É estranho. – disse Liam de braços cruzados encostado no carro. – É como se todas as pessoas da cidade não se lembrassem do que aconteceu naquele dia do jogo.

 – Se eu pudesse chutar, diria até que foi intervenção divina. – disse Leon.

 – Não fala besteira! – exclamou Talita.

 – Isso faz sentido. – falei olhando a cidade. – Talvez Castiel tenha apagado as memórias das pessoas da cidade.

 – Castiel? – perguntou Talita. – O seu amigo anjo hiper gatinho?

 – Ele mesmo. – respondi. – Mas vocês se lembram de tudo o que aconteceu. Não tem medo de mim?

 – Medo? – disse Leon. – Ah vá.

 – Emily, – disse Liam. – Todos nós já nos descontrolamos algum dia e fizemos coisas terríveis.

 – Até mesmo o próprio Derek. – completou Leon.

 – Sim, até ele. – disse Liam. – E nem por isso nossos amigos nos abandonaram. Muito pelo contrário, nos piores momentos eles estavam lá para nos reerguer e ajudar com tudo o que fosse necessário. E hoje estamos muito mais no controle.

 – É, Emily. – disse Talita. – Que tipo de amigos seríamos se te deixássemos sozinha nessa situação?

 – Estamos juntos nessa. – disse Leon pondo a mão sobre meu ombro.

 Naquele instante as lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos. Eu não podia acreditar que as pessoas ainda confiavam em mim mesmo depois de ter assassinado uma pessoa. Com certeza tinha encontrado os melhores amigos do mundo.

 – Obrigada. – foi somente o que consegui dizer.

 No dia seguinte Derek e eu fomos até o cemitério. Comprei as mais belas flores na floricultura ali perto e partimos por uma caminhada entre os túmulos carregando o buque. Não demorando muito, chegamos ao túmulo de Olívia.

 – Aqui jaz Olívia Whright, amada filha e amiga. – li em voz baixa.

 Agachei-me para pôr as flores sobre o túmulo muito bem cuidado e fiz uma breve oração. Quando levantei a cabeça vi o espírito de Olívia diante de meus olhos. Usava em um vestido branco e tinha um ar de muita paz.

 – Me desculpe... – falei em voz baixa.

 Ela simplesmente me deu um sorriso e saiu andando em direção as árvores até que finalmente desapareceu. Era um alivio saber que seu espírito estava em paz. Me levantei e olhei para Derek que parecia um pouco confuso com a situação.

 – Tudo bem? – perguntou o mesmo.

 – Melhor do que nunca. – respondi. – Vamos?

 Enquanto voltávamos pelo mesmo caminho em que entramos no cemitério Derek parou bruscamente. Eu, sem entender nada, parei também. Chamei por seu nome, porém ele parecia estar mais concentrado em ouvir alguma coisa.

 – Derek? – perguntei.

 – São eles. – disse o alpha.

 – Eles quem?

 Mas antes que pudesse me responder, ele me puxou para trás de uma árvore. Eu já ia reclamar, quando Derek tapou minha boca e disse para somente olhar em direção a trilha de onde viemos. Não entendi o porquê daquilo, mas o fiz.

 

  Dois weredemons em forma humana apareceram andando pela mesma e foram em direção aos túmulos. Um deles carregava uma grande pá que provavelmente serviria para desenterrar algo ou alguém. Mas em plena luz do dia? Eles realmente não se importavam nenhum pouco em serem pegos.

 Eles foram até o túmulo de Olívia, onde eu tinha acabado pôr as flores e pararam. Um deles, um rapaz de cabelos loiros e longos, olhou a volta pareceu dizer alguma coisa como “temos companhia” que eu só consegui entender através da leitura labial porque eles estavam um pouco distante.

 O rapaz que carregava a pá a colocou no chão e começou a farejar a sua volta. Olhei para Derek e percebi que ele estava tenso com a situação e não era difícil entender o porquê, afinal, era um combo de situações que estavam contra nós. Primeiramente estávamos a luz do dia e usar nossos poderes poderia revelar quem realmente éramos aos moradores da cidade e em segundo é que se entrássemos em confronto direto pessoas inocentes poderiam se machucar.

 – Temos que sair daqui. – disse Derek.

 – Mas se corrermos vão nos ver. – falei.

 O weredemon da pá disse algo para o outro e estranhamente os dois seguiram seu caminho como se nada tivesse acontecido. Me senti aliviada, mas ao mesmo tempo bateu certa curiosidade quanto ao que eles tinham vindo fazer no cemitério. Levando em consideração a pá, iriam desenterrar algo ou alguém, mas eu me perguntava: o que?

 – Eu vou segui-los. – disse Derek me entregando seu celular. – Você avisa os outros.

 – Mas...

 Antes que eu dissesse qualquer coisa, Derek pulou do alto da árvore e caiu agachado no chão. O mesmo saiu correndo para dentro do bosque atrás dos weredemons. Era hora de agir; desbloqueei a tela do celular e comecei a mandar mensagens para todos.

 Pouco tempo depois Peter, Malia e Cora chegaram ao cemitério. Liam e os outros não responderam as mensagens, logo deveriam estar presos na escola. Então, guiados pelo faro dos Hale, entramos no bosque em busca de Derek e dos weredemons.

 Nós andamos por um bom tempo, mas não havia sinal algum de Derek. Foi então que chegamos a uma clareira e vimos um grande buraco cavado na terra. Pelas marcas no chão alguma coisa havia sido arrastada dali. 

 – Derek... – falei em voz baixa passando a mão sobre uma das manchas.

 – Aqui. – disse uma voz vinda do bosque. – Estou aqui.

 Quando nos viramos vimos Derek sentado no chão encostado em uma árvore. Ele estava todo machucado e sangrava bastante. Havia um grande rasgo que ia de seu peito a barriga na diagonal empapado de sangue, provavelmente feito pelos weredemons.

 – Derek! – gritei correndo até o mesmo para tentar ajudá-lo de alguma forma.

 – Os weredemons... – disse ofegante. – eles desenterraram... um...

 – Não se esforce, por favor. – falei tentando acalmá-lo, recostando sua cabeça em meu peito. – Peter, precisamos levá-lo ao hospital! Os ferimentos causados por weredemons demoram a se curar.

 – Merda. – disse o homem. – Malia, Cora, me ajudem.

 

 DEREK POV

 

 Acordei em um lugar escuro com braços e pernas amarrados por correntes. Senti uma forte dor no queixo e percebi que minha mandíbula estava fora do lugar provavelmente por causa da luta contra os weredemons. Movi-a com força e a coloquei no lugar. 

 Olhei a volta me perguntando onde realmente estava. Ativei meus olhos de lobisomem para enxergar melhor e comecei a olhar aquele lugar. Era um galpão com caixas e barris para todos os lados. Farejei um pouco e um cheiro de peixe podre entrou em meu nariz, o que indicava que talvez estivesse perto do mar.

 De repente a porta se abriu e uma luz invadiu o lugar. Os weredemons entraram falando alto e gargalhando. Foi então que vi Daniel, o chefe deles, que veio até mim. Estávamos cara a cara novamente. Ele puxou meu cabelo e eu rosnei de raiva.

 – Ora ora o que temos aqui se não é o vira-latas Hale. – disse ele com um sorriso irritante estampado no rosto me soltando e fazendo bater com a cabeça na parede. – Nunca pensei que seria tão fácil capturá-lo. Sabe, depois que a Híbrida fugiu o mestre Crowley não tem estado tão contente e precisamos agradá-lo de alguma forma. Então pensei: o que mais agradaria o Rei do Inferno se não a cabeça daquele que ajudou a sua joia preciosa a escapar em bandeja de ouro?

 – E você acha que não vão vir atrás de mim? – perguntei.

 – É claro que não vão. Sabe por que? Nós cuidamos disso também. – respondeu ele. – Sabe o que meus homens foram desenterrar no bosque? Um sobrenatural muito antigo, um metamorfo superpoderoso capaz de assumir aparência, voz, personalidade, cheiro e até mesmo o DNA de uma pessoa somente com o olhar. Seus amiguinhos morrerão sem nem saber quem os matou. Bem, rapazes, vamos jantar antes que Oona queira arrancar os nossos couros.

 – Ouvi dizer que ela estava fazendo comida japonesa. – disse um dos weredemons que vi na floresta.

 – Adoro comida japonesa. – disse Daniel.

 Os três weredemons deixaram o galpão que mais uma vez tornou-se escuro. Eu fechei meus olhos e respirei fundo. Precisava de um plano para sair dali antes que fosse tarde demais. Sairia daquele lugar nem que fosse por um milagre. 


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Notas finais do capítulo

Sim, é isso mesmo que vocês acabaram de ler: os weredemons voltaram prontos pra acabar com a vida de Emily&cia.
E agora, gente? O que vocês acham que vai acontecer? O metamorfo vai matar todo mundo? Eles irão perceber antes? Derek irá conseguir se livrar? QUERO TEORIAS!!!!1!!



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