Hybrid: Um demônio em Beacon Hills escrita por LadyWolf


Capítulo 17
O que oculta os weredemons?


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores queridos do meu kokoro e fantasmas o/
Bem, mais um capítulo postado.
Desculpa a demora, estou com um bloqueio monstro ultimamente :(
Espero que gostem!



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 – Hey, estou ligando pra saber se você está bem. Talita me falou sobre a professora weredemon. Amanhã vou à escola e vou precisar da sua ajuda. Boa noite, senhorita meio-demônio. – a mensagem de Derek na caixa-postal me fez sorrir. Não o via há quase dois dias por conta da correria da escola e agora com o time de lacrosse ficaria cada vez mais complicado.

 Levantei da cama com o corpo todo dolorido parecendo até que tinha apanhado. Mas não, foi só o treino do dia anterior. Apesar de ser híbrida, não estava acostumada a fazer atividades físicas e era completamente comum sentir dor. Aliás, enquanto para outras pessoas era horrível, para mim era bom, pois me fazia lembrar que ainda era humana.

 Tomei um banho, me vesti e fui para a cozinha comer alguma coisa. Quando cheguei tio Dean estava sentado à mesa tomando cerveja e ouvindo música bad. Ele parecia tão triste enquanto fazia anotações sobre um livro, provavelmente falando sobre criaturas sobrenaturais. Então resolvi me aproximar.

 – Bom dia, tio. – o dando um beijo na bochecha com todo o carinho do mundo.

 – Bom dia, baixinha. – falou em seguida bocejando.

 – Deu formiga na cama? – perguntei enquanto preparava meu café da manhã.

 – Que nada. – tio Dean bocejou e repousou a caneta sobre a mesa. – Não consegui dormir. Muita coisa na cabeça, entende?

 – Sabe o que eu acho? Você e papai passam tempo demais trabalhando. Precisam sair, se divertir um pouco. – coloquei as torradas em um prato e me servi com um pouco de café. – Mesmo que a situação da cidade não seja lá a melhor, algumas horinhas de diversão não matam ninguém.

 – É, talvez você tenha razão. – disse tio Dean tomando mais um gole de sua cerveja. – Talvez.

 – Que tal arrumar uma namorada? – brinquei enquanto tomava meu café da manhã.

 – Namorada?

 – Claro! Por que não? A cidade está cheia de gente interessante, é só procurar.

 – Diz isso por causa do Hale, não é? – provocou me fazendo corar. – Aliás, como vai o namoro?

 – E-eu não estou namorando, tio.

 – É uma questão de tempo até o Lobo Mau partir para o ataque. – brincou o homem rindo. – Não gosto muito da ideia de você namorar um lobisomem, mas como seu pai diz “nós não podemos te prender a vida toda”. Então, o que acha dele vir jantar aqui na sexta-feira? – me engasguei com a torrada.

 – Tá brincando, né? – disse tossindo.

 – Não, eu falo sério. – ele pegou um pedaço da minha segunda torrada e o comeu.

 – O que você fala sério? – perguntou papai chegando à cozinha.

 – Tio Dean quer que eu convide o Derek para jantar aqui em casa.

 – Dean...

 – O que foi? Sua filha gosta do cara, então vamos conhecê-lo.

 – Bem, – disse me levantando. – tenho que ir pra aula. Hoje Derek vai à escola e vamos ficar de olho na professora weredemon. Desejem-nos sorte.

 – Boa sorte. – disseram em conjunto.

 – Valeu.

 Peguei minha mochila na porta e saí de casa. Quando cheguei à escola fui falar com meus amigos e Liam passou as ordens de Derek para que agissem normalmente até ele chegar o que seria... Bem, ele não disse. Aproveitei também para falar sobre Crowley estar na cidade. Talita ficou apavorada, já os rapazes, bastante preocupados.

 O sinal bateu e fomos para a aula do Finstock. O treinador entrou na sala, agora menos nervoso que no dia anterior. Tinha um sorriso de orelha a orelha estampado no rosto que chegou até a ficar medonho quando me viu. O que tinha dado nele?

 – Senhoras e senhores, meninos e meninas, tenho a grande felicidade de anunciar que o nosso time está a salvo. – disse espantosamente animado. – Hoje uma nova estrela brilha em Beacon Hills, uma estrela recém-chegada, mas que com certeza fará toda a diferença o resto do ano. Uma salva de palmas para a senhorita Emily Winchester, o mais novo membro do time de lacrosse.

 Todos olharam para mim. Eu queria enfiar minha cara em um buraco. Então Finstock pediu para que batessem palmas novamente – dessa vez não tão amigável – e todos bateram provavelmente porque ninguém estava queria aturar aquele doido reclamando outra vez.

 Tirando o resto da aula do Finstock, o dia foi bastante comum. Sem professoras weredemon, demônios, Rei do Inferno ou seja lá o que mais estivesse por vir. Já estava na hora do almoço e não havia sinal algum de Derek. Será que ele viria mesmo? Será que tinha acontecido alguma coisa? Talvez devesse ligar para ele e...

 – Terra para Emily. – Leon passou a mão frente ao meu rosto tentando chamar minha atenção.

 – Foi mal, gente, estava pensando em algumas coisas.

 – No amor da sua vida? – brincou Talita.

 – Quem? – perguntou Liam.

 – O Derek, é claro! – disse a garota.

 – Sério? Porque ele vem logo ali. – o Dunbar fez um movimento com a cabeça indicando uma direção. Derek vinha andando com as mãos nos bolsos, parecendo um pouco incomodado com as adolescentes histéricas.

 – E aí, pessoal. – falou o homem parando perto da gente. Ele me deu um selinho e abraçando pela cintura. – E a senhorita, tudo bem? Por que não atendeu minhas ligações ontem?

 – Ah, aquilo... Desculpa, eu dormi cedo ontem... – respondi tentando ignorar os gestos dos meus amigos me zoando. – Estava morta do treino de lacrosse.

 – Lacrosse? – perguntou levantando as sobrancelhas.

 – É, agora a Emily faz parte do time. – disse Liam.

 – Segundo o Finstock, ela é a “nova estrela” de Beacon Hills. – completou Leon. Derek me olhou confuso e depois deu um sorriso.

 – Meus parabéns. – ele me deu um beijo na testa. – Bem, Emily e eu vamos ver a professora. Vocês continuem agindo normalmente. Se acontecer qualquer coisa, chamo vocês, ok?

 – Ok. – disseram os três em conjunto.

 – Vamos? – perguntou ele segurando minha mão.

 Derek e eu entramos na escola e fomos procurar a sala em que a professora de biologia estava. No caminho, contei as novidades quentinhas sobre o nosso não tão querido Rei do Inferno e também aproveitei para falar sobre o jantar. No início ele ficou meio receoso, mas até que no final acabou aceitando a ideia.

 – É aqui. – cochichei ao chegar na porta da sala, onde havia um vidro. A professora estava lá dentro organizando alguns papéis distraidamente. Porém, o mais estranho, é que ela não estava mudando de forma como nas vezes anteriores. Na verdade, parecia mais humana do que nunca. – Estranho...

 – O que foi?

 – Não consigo vê-la como weredemon. Ela parece uma humana normal... Mas tenho certeza que ela era uma weredemon antes.

 – Hey, relaxa, deve ter alguma explicação. – disse Derek. – Pelo menos agora decorei o cheiro dela e vou poder segui-la, seja weredemon ou não.

 – Menos mal. Espera, aquele colar no pescoço dela.

 – O que tem ele?

 – Estávamos conversando ontem lá em casa sobre a possibilidade de estarem usando amuletos para ocultar sua forma original.

 – Então talvez aquele colar seja um amuleto?

 – Provavelmente.

 – Então, para achar os weredemons, temos que dar um jeito de tirar os colares deles? Não é tão difícil.

 – Interessante. – disse uma voz atrás de nós.

 – Cas! – exclamei ao ver o anjo que olhava fixamente para Derek.

 – Você não deveria estar tão perto da Emily.

 – E quem é você pra me dar ordens?

 – Meu nome é Castiel e eu sou um anjo do Senhor.

 – Anjo? – perguntou Derek com deboche. – Você não deveria ter asas, uma auréola ou coisas do tipo?

 – Eu tenho, na minha forma original. Esse corpo é só uma casca para que eu possa andar entre os humanos sem causar problemas.

 – O que faz aqui, Cas?

 – Seu pai e tio me enviaram para ficar de olho na professora... e em vocês.

 – Na gente? Por que? – perguntei confusa.

 – Dean me disse que era para dar o troco, o que é muito estranho, porque não te vendi nada. – Derek e eu nos seguramos para não rir.

 – “Dar o troco” quer dizer se vingar, Cas. – falei para o mesmo que ficou parado pensando. – Castiel tem dificuldade com figuras de linguagem.

 – Ela está vindo. – disse o anjo olhando a professora pelo vidro.

 – Temos que... – antes que terminasse de falar, Derek e Castiel já não estavam mais ali. – Mas o que...?

 – Deseja alguma coisa, senhorita Winchester? – disse a professora com um sorriso no rosto que tanto me irritava.

 – Eu queria perguntar uma coisa, mas deixa pra lá. – menti. – Não quero ser um incomodo e tal.

 – Ah, não está me incomodando. – o cordão com um pingente de pedra azulada balançava em seu pescoço. – Pode perguntar.

 – Hum... – pensa Emily, pensa! – É que eu e meu namorado estamos querendo, você sabe... Ér... Fazer coisas pela primeira vez esse fim de semana. Só que eu estou apavorada com a ideia de alguma coisa dar errado.

 – É um medo bastante comum. Todos passam por isso, sabe? – disse jogando o cabelo para trás. – O meu conselho é usar camisinha, que é o método contraceptivo mais comum e bastante eficaz, e mais futuramente pode pedir um anticoncepcional ao seu ginecologista. Não se preocupe, ok? Vai dar tudo certo. Mais alguma pergunta?

 – Não, era só isso mesmo. – disse sorrindo. – Obrigada, professora.

 – De nada. – respondeu ela encostando a porta. – Vou a sala dos professores tomar um café antes de aturar as pestes do primeiro ano.

 – Deve ser um sufoco.

 – Nem me fale, eles só sabem conversar e jogar bolinhas de papel um no outro. Enfim, até mais, Winchester.

 – Até. – a professora foi andando pelo corredor e foi só ela sumir de vista que Castiel e Derek vieram correndo seguidos por uma tropa de garotas furiosas. Abri a porta da sala e os dois entraram o mais rápido possível.

 – Eu te mato, seu anjo maldito! – exclamou Derek ofegante, segurando a porta.

 – Como eu ia saber que era o vestiário feminino!? – perguntou Castiel o ajudando.

 – Você é um anjo!

 – Bem lembrado. – Cas tocou na testa de Derek e os dois sumiram. A porta se abriu de supetão e as garotas entraram irritadas.

 – Onde eles estão? – perguntou Ashley Ampère, a loira da aula de economia.

 – Eles quem? – perguntei.

 – O cara de sobretudo e o bonitão. – disse a outra.

 – Não faço a mínima ideia de quem estão falando. – o sinal bateu e fui andando até a porta. – Se me dão licença, tenho uma aula pra assistir.

 Saí da sala aliviada por ter conseguido me livrar de mais uma roubada. Me perguntava para onde Castiel tinha levado Derek. Esperava que não se metessem em mais confusão, ou melhor, me metessem em mais confusão nas próximas vinte e quatro horas.


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Notas finais do capítulo

Então, meu MEM tá apitando aqui. Vamos aparecer, fantasminhas u-u'