Um amor Silencioso! escrita por Will o Construtor de Sonhos


Capítulo 5
Confissão


Notas iniciais do capítulo

Galera sei que esta tarde... desculpe



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Eu estava confuso e minha cabeça dava voltas, eu não consegui dormir muito bem a noite, meu despertador fazia um escândalo pela manhã mesmo não tendo aula, ainda era sábado e eu tinha consulta pela manhã. Desci para o café e ficava consultando o celular a cada meio minuto.

A conversa de manhã foi calma e tranquila anunciei que deixaria os remédios por um tempo, expliquei que estavam me cansando demais e me tomando muito tempo. Meus pais resistiram e decidiram ver com a medica antes. Saímos para a consulta meia hora depois e resolvi deixar o celular em casa estava ficando muito ansioso.

No consultório a medica me perguntou muita coisa e o porquê de eu dar passeios matinais tão cedo. Decido que preciso contar pra alguém e conto pra ela tudo desde o início, desde o beijo na escola até o beijo no parque na madrugada anterior.

— Parece que está se apaixonando!

— Não, não estou!

— Sim esta e isso está te fazendo bem, a sensação que ele deixa apesar do constante conflito interior na sua cabeça faz você se sentir calmo. É como uma válvula de escape ele te acalma e o remédio esta sobrecarregando seu sistema por isso o cansaço.

— O que devemos fazer?

 _ Por enquanto manter segredo, vamos chamar seus pais?

Eles entram e ela fala e fala com eles por muito tempo. Acaba por suspender os medicamentos e indicar caminhas, matinais e a tarde se eu quiser distrair a cabeça, recomenda que eu foque em um hobbie e faça amigos, que sai um pouco de casa pra se divertir.

Eles não aceitam e contestam e isso vira uma discussão acalorada e por fim eles sedem com um acordo que eu mantenha um novo medicamente bem mais leve e fraco apenas para dormir. Ela aceita e voltamos para casa.

Porém antes mamãe decide passar no mercado e depois em uma loja de roupas e depois vamos ao cinema e depois tomamos um sorvete, isso me diverte um pouco, papai se incomoda por carregar sacolas e eu fico feliz com o sorvete.

Chegamos em casa no fim da tarde, subo tomo um banho rápido e me deito na cama pego meu celular para ver as horas e me surpreendo com a caixa de mensagens!

“Oi desculpe-me sair daquele jeito ontem podemos conversar?”

“Oi você está ai?”

“Desculpe estar sendo chato queria realmente conversar com você pessoalmente”

“Vou esperar no parque até o pôr do sol se quiser conversar.”

Meu coração está disparado olho pela janela e já não tem mais sol, mesmo assim desço as escadas pego minha bicicleta e saio depois de avisar minha mãe, papai estava no banho. Pedalo rápido e dou a volta no quarteirão e quando chego na praça não o encontro... ela estava vazia e deserta como sempre! Mesmo assim dou mais um volta longa e passo em frente as mesmas casas daquele dia, até mesmo da casa azul com a arvore e a tabela de basquete. Depois volto pra casa à noite já está bem presente.

Jantamos e vemos desenho na TV depois subo e envio uma mensagem para ele.

“Desculpe estive forra o dia todo, não levei o celular, cheguei após o pôr do sol e você já tinha ido. Podemos nos ver amanhã?

­­Fico com o celular nas mão e acabo cochilando por alguns minutos quando ele vibra e faz um barulho que me desperta em um pulo, nesse instante minha mãe entra com o remédio e um copo de água, depois de ter certeza que tomei o remédio se despede e sai. Leio a mensagem.

“Vou estar de babá amanhã, se importa de vir aqui em casa?” Respondo

” Se não for um incomodo, que horas?”

“Não sera nenhum incômodo te encontro na pracinha as 9h, você almoça aqui.”

Decido que não será fácil explicar para meus pais almoçar fora então decido pensar em algo amanhã.

­ “ok, combinado então, até amanhã e boa noite”

Depois disso apago.

Na manhã seguinte convenço que a mãe de um colega me chamou para comer fora e ela desconfia então mostro a conversa em partes é ela aceita e fica até feliz diz que me levaria e me buscaria lá. Digo que não, digo que é perto e vou de bike. Depois de sair e ir para a pracinha com a bike fico no balanço por alguns minutos então um cachorro que já conheço vem fazer bagunça nos meus pés.

Afago ele e depois procuro por seu dono, e lá esta ele lindo como nunca e sorrindo como sempre porém acompanhado de uma criança que tenta correr e soltar de sua mão. Ele solta a criança que corre para os brinquedos e começa a se divertir. Trocamos algumas mensagens e depois seguimos ele faz sinais para o sobrinho que não insiste apenas o acompanha.

Depois disso seguimos caminhando ele com a guia e com o sobrinho e eu com a bike. Depois de algumas quadras paramos de frente a casa azul, que tanto me chamou a atenção e foi aqui que meu coração disparou ele abriu o portal de madeira branca a criança e o cachorro entraram e ele fez sinal para que eu os seguisse e eu estava ali estacado segurando a bicicleta de boca aberta.

Não me contive em seguir eles e encostar a bike na parede depois de ele fechar o portão entramos enquanto ele faz sinais rápidos para o sobrinho enquanto eu aprecio a casa. Ela e muito espaçosa por dentro e a decoração e cativante tudo ali me parece aconchegante, os sofás, a mesa de jantar, o carpe nas escadas o cachorro correndo para lá e pra cá!

“Você está bem?”  Meu celular me chama do transe.

— Sim _ Digo sorrindo _ O que precisamos conversar.

“Pode esperar até depois do almoço?”

— Sim posso.

Seu sobrinho e um tagarela tem cinco aninhos e fala muito, enquanto ele ficou na cozinha e deixou bem claro que não queria nenhum de nós dois lá eu fiquei vendo desenho e ouvindo a criança falar e rir e sair correndo e pegar montes de brinquedos, foi uma manhã divertida.

Na hora do almoço ele tinha feito macarrão com almondegas e salada, fez um suco de laranjas natural e tudo estava uma delícia, foi uma refeição silenciosa e calma, a criança comeu comportada, depois voltamos para a teve e brincamos mais um pouco com o sobrinho dele que não demorou a pegar no sono, ele o levou para um quarto lá em cima e desce de novo.

“Agora podemos conversar”

— Ele e uma gracinha.

“Também acho, ele costuma ficar direto aqui.”

— Legal, e sobre o que quer conversar?

“Aquele dia eu não deveria ter saído daquele jeito”

— Não tem problema de boa, sei que sou um cara problemático, já levei alguns foras.

“Não é isso, não quero te dar um fora.”

­_ Não? E por que...

Ele fez um gesto pedindo que eu esperasse.

“Calma Andersom, você precisa aprender a ouvir, mesmo quando não a o que falar.”

Ok, ele estava me dando uma lição, a verdade é que precisava mesmo a aprender a ouvir.

“Você e lindo e gostei muito de você, sei que acabamos de nos conhecer e sei que pode ser estranho tudo isso para você”

­_ Não acho estranho, sempre gostei de garotos.

“Não digo isso, sei que gosta pois se não teria reagido de outra maneira e não tinha retribuído.”

— Então não estou te atendendo.

“Tenho medo de te decepcionar…”

Era isso minha cabeça estava aérea e eu processava todo tipo de informação, ele não queria me dar um fora apesar de ainda não ser uma relacionamento, na verdade nem sei o que era aquilo que estava acontecendo de porquê de eu estar ali na sala dele depois de um almoço. Ele não me achava um pirado só que estava com medo de eu não suportar ter um namorado surdo... eu realmente era impulsivo e não sabia ouvir e era teimoso e falava muito as vezes. Mais ele sempre soube esperas e soube ouvir mesmo sem som.  

Comecei a me sentir um estupido e senti que as lagrimas viriam a qualquer momento, ele pegou em meu queixo e me fez olhar pra ele, e seus olhos tinham aquela calma profunda, e ele tinha as mão em meu rosto e eu sentia o calor dele então não resisti em beija-lo.

Beijei ele longa e demoradamente, um beijo quente e molhado eu estava chorando e ele também. Nos recompomos e rimos por sermos bobos de chorar.

— Victor, eu não sei como explicar o que eu sinto por você. Mais posso garantir que vou aprender a te entender e a conviver com você.

Dessa vez é ele quem me beija, e ele me beija mais intensamente, seu corpo cai sobre o meu no sofá e ficamos ali, sinto seu corpo sobre o meu e sinto seu beijo quente, seu corpo e quente ele é mais pesado que eu, mais ele é carinhoso e seu toque e sensível, seu beijo e romântico.

Sua mão percorre meu corpo e eu gosto da sensação, faço o mesmo, minha mão percorre seu abdômen e sua barriga, ele tem um corpo bem definido apesar de aparentar ser magricela. O beijo se intensifica e ele beija meu pescoço e morde a minha orelha, sinto algo a mais, sinto que estamos em um clima bom, mais não podemos prosseguir não ali.

Consigo fazer ele para e respiramos ofegante ele está sorrindo e eu também, ainda sinto uma animação extra de ambas as partes, paramos um pouco para se acalmar e respirar. Ficamos ali no sofá deitados e nos beijamos e passamos boa parte da tarde ali. Seu primo acordou e fez muito barulho chorando e é claro ele não ouviu eu sinalizei e depois de se recompor ele subiu e o atendeu, voltou com ele para a sala e achamos um filme ficamos comendo pipoca e depois ficamos enrolados um no outro no sofá.

A hora de ir chegou rápido e eu fui pra casa ao entardecer e eu tinha uma paz e uma leveza que nunca havia sentido eu queria gritar para todos notarem minha felicidade eu queria que o mundo me vise mais era hora de aprender como amar em silencio, aprender a dizer eu te amo sem palavras e era hora de ser feliz.


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Notas finais do capítulo

Vou revisar só quando chegar em casa!



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