Um amor Silencioso! escrita por Will o Construtor de Sonhos


Capítulo 16
Felizes para sempre parte 1


Notas iniciais do capítulo

Ola meus queridos leitores só passando para desejar uma ótima leitura!



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Ele dormia calmamente quando me levantei e sai do quarto, desci de elevador até o térreo e fui até a parte de fora. Sentei nos bancos disponíveis ali e fiquei olhando para o céu. As chuvas haviam parado essa semana e o céu estava limpo com estrelas pontilhando toda sua extensão e a lua era linda e brilhante. Sinto quando alguém se aproxima pelas minhas costas.

— Noite agradável não é mesmo?

— Bastante! — Não preciso me virar para ver quem é, sei que é a mesma enfermeira que cuidou de mim no isolamento quando estive aqui.

— E como você está? — ele pergunta com um sorriso e me oferece um copo com café.

— Obrigado! — agradeço e faço um gesto para que sente-se — estou muito bem obrigado, posso ouvir e falar normalmente desde que não fale muito rápido.

A grande verdade era que eu falava como um velho de 80 anos pausado e precisava respirar pra falar. E quanto a ruídos tudo tinha que ser moderado e estar sempre baixo. No início tudo me assustava, o cachorro latindo para um esquilo no quintal, meu celular recebendo uma mensagem de texto, a campainha. Eu estava me acostumando aos poucos com tudo isso mas tudo era tão diferente.

Muitas vezes eu ainda falava em “Libras” com a família e amigos mais próximos e eles agiam normalmente não sei explicar se era por habito ou sabiam que eu levaria tempo para me adaptar.

— Fico feliz por estar bem. E o garoto do coma, acordou não é mesmo?

— Sim. Finalmente acordou espero que ele tenha alta logo!

— Acho muito gentil de sua parte se preocupar tanto com um amigo.

— Sim, claro. — fico sem jeito em explicar que ele é mais que um amigo.

— Sabe eu estava pensado se você não queria sair qualquer hora para tomar alguma coisa?

Por um momento fico confuso e digo que sim com a cabeça, então para pensar melhor sobre o assunto e lembro que ela foi a única enfermeira que cuidou de mim a não ser no contra turno que era uma senhora já. Ela me contara toda sua vida. Era nova ainda uns 20 ou 21 anos não lembro e estava cursando enfermagem o trabalho ali era um estágio preparatório já.

— Quando você diz sair para beber... seria como amigos!?

— Sim — ela ficou completamente vermelha. — Amigos claro!

Desconfio que a ideia não era bem amigos.

— Tudo bem podemos marcar uma data. Só preciso ver se o Andersom vai ficar bem sozinho!

— Posso garantir que tem bons médios e enfermeiras cuidando dele!

— Gosto de estar junto dele! Já quase o perdi uma vez não cometerei o mesmo erro!

Um momento de silêncio recai sobre a conversa. Tomo mais um gole do café que está levemente adoçado e ainda está quente!

— Você é muito bonito sabia! — Ela desvia o olhar e fita a rua como se algo interessante fosse acontecer aquele horário da madrugada!

— Obrigado, você também — Fico corado e sem jeito!

— O Andersom, ele não é só um amigo não é?

— Não!

— São parentes? — Ela está me olhando fixo agora!

Decido que não tem como explicar pego uma caixinha no meu bolso e entrego a ela! Ela deixa seu café no banco e abre a caixa com os olhos brilhando e emoção!

— São lindas!

Dentro da caixa está um par de alianças de prata com fio dourado que a divide ao meio em todo seu comprimento. Pedi para gravar nosso nomes no interior e também a data do nosso primeiro beijo oficial!

Ela pega cuidadosamente uma e vê o nome dentro, ela sorri para mim e recoloca então pega a segunda e vejo sua testa ficar franzida. Um olhar confuso e seu rosto fica mais rubro que antes. Ela me devolve a caixinha e se levanta rápido demais virando o café. Nos levantamos em um salto para não nos molharmos com o liquido quente.

—Eu... eu preciso entrar desculpe. — ela sai a um passo apresado e some de vista ao passar pela porta.

Olho o café se escorrer pelo banco enquanto uma nuvem cobre parcialmente a lua! Olho a caixa em minha mão e fico pensado em como farei para entregar a aliança para ele. Termino meu café jogo o copo e volto par ao quarto no caminho passos por ela e ela baixa a cabeça e se apreça a virar um corredor.

Os dias seguintes passaram rápidos e logo ele estava de alta hospitalar e de volta para casa e eu estava a ponto de entrar em pânico pois não poderia ficar indo dormir lá. Eu passei os últimos dias ao lado dele sempre que seus pais não estavam e troquei com a enfermeira na hora das refeições. Ele ficou grato por não ser uma estranha a dar comida a ale.

A Enfermeira não me chamou para sair mais e tão pouco vi ela pelos corredores quando estive ali. Também não havia encontrado coragem para entregar as alianças ainda. Eu fui visitar ele em casa duas vezes em uma mesma semana e no restante do tempo nos falamos por celular. Liguei algumas vezes, porém mensagens de texto eram mais confiáveis e confortáveis para os dois! Ele já estava bem melhor se alimentando sozinho.

Minha campainha soa estridente me tirando de meus devaneios e vou até a porta ainda meio atordoado com o susto. Fico mais surpreso quando abro e vejo quem está ali.

— Oi. Em que posso ajuda-la?

— Não me convida para entrar? — ela abriu um sorriso e eu fiquei vermelho!

— Desculpe-me, entre. — Abro passagem para ela entrar e a acompanho até a sala.

— Gostaria de tomar alguma coisa?

— Um chá por favor. Se não for muito incomodo!

Coloco uma água para ferver e levo ela até a cozinha enquanto a água está no fogo preparo xicaras, pires e o chá para a infusão. Sirvo algumas bolachas e infundo o chá. Durante esse tempo todo ela ficou em silêncio observando e não falou nada o que fez eu ficar mais constrangido. Quando o chá fica pronto ela adoça com duas colheres de açúcar e beberica por sobre a borda da xicara e me olha.

— Como você está se sentindo?

— Bem, Obrigado por perguntar e a Sra.?

— Deixemos a formalidade de lado! Pode me chamar de Rachel ou você!

— Tudo bem. E como você está!

— Preocupada!

— E o que a preocupa? — Estou transparecendo nervosismo então pego um biscoito e molho no chá.

— Além de suas notas que caíram bastante no último trimestre?! — ela tomo mais um gole do chá e pega outro biscoito! — Estou preocupada com essa sua “amizade” com Meu filho.

Meu coração dispara. Ter a mãe dele ali já era bastante ruim e ela fazer o sinal de aspas quando falar amizade fica ainda pior!

— Quase não o tenho visto! Depois do acidente! — Chego a ficar ofegante e meu biscoito molhado fica boiando no chá enquanto seguro a parte que permaneceu seca.

— Tem certeza? O controle de visitas do hospital mostra que você esteve lá todos os dias!

Ela coloca na mesa um envelope e quando eu o abro vejo uma cópia do caderno de visitar onde meu nome aparece em todos os dias em horários diversos e grifado com caneta marca texto

— Eu... eu... não sei o que dizer.

— Poderia começar a explicar o porquê meu filho começou a mentir depois de ter te conhecido?

— Como? — estava pálido e sentia que iria começar a gaguejar. O resto da bolacha foi fazer companhia para a metade que já estava à deriva no chá.

— Na verdade mentir não e bem a escolha de palavra. O correto é afirmar que ele passou a esconder algumas coisas. Omitir as verdades!

— Eu... eu... ele...

— Não estou aqui para te assustar. — Ela deposita a xicara no pires e me olha om um olhar penetrante! — Se assustar fosse o caso meu marido estaria aqui!

Ela deu um sorriso amarelo e eu me levantei.

— Eu não mudei seu filho, ele...

— Ah mudou sim e mudou muito. —. Ela se levantou ficando entre a porta e o local onde eu estava, consciente de que a única saída rápida, seria passar por ela e ela não tinha intenção de deixar eu sair _ O Andersom era explosivo. Agora sente-se. — Ela sorriu e eu vi mais do que uma simples ordem ali.

— Eu acho que essa conversa não deveria estar acontecendo assim — Eu me sentei mais por estar cansado de esconder tudo de todos do que de medo!

— Deixe-me terminar antes de se explicar. — ela estava me confundindo primeiro ela pedia explicações agora não queria ser interrompida. —Ele era explosivo, enérgico e passava muito tempo dentro de casa. Mesmo na outra cidade onde tinha amigos ele não era feliz.

“Depois que ele começou a sair escondido a noite, a frequentar essa casa ele mudou completamente, ele está mais calmo, continua enérgico mais parece estar direcionando isso para outro ponto da vida. Na noite que ele chegou alcoolizado em casa ele não estava só bêbado estava transtornado. Ele pode achar que não o ouvimos chegar ou não o vimos mas nós estamos sempre o monitorando em tudo”

— Eu posso explicar o que aconteceu aquele dia!

— Já falei para não me interromper. — Ela voltou a se sentar e ficar de frente para mim. — Victor quais são suas verdadeiras intenções com meu filho?

Agora eu não via mais a mascará de raiva ou aquele ar de superioridade eu só via uma mãe preocupada com seu filho.

— Eu... minhas intenções...

— Você não vai tentar mentir sobre o fato de que vocês estão juntos?!

Abaixo minha cabeça e fito meus pés. Sei que ela está me olhando e sei quando ela se levanta e puxa a cadeira mais próxima para sentar à minha frente, ela pega minhas mão com a dela e em seguida pega em meu queixo e levanta minha cabeça para que eu possa olhar ela nos olhos.

— Não baixe sua cabeça, eu vim aqui para conversar. Você precisa me entender e eu preciso entender vocês e entender o que você quer dele!

Meus olhos estão cheio de lagrimas tenho vontade de despejar tudo nela, tudo que passei com ele nos últimos meses e contar o quanto ele me mudou também. Então pego uma caixinha no bolso da blusa e a coloco na mesa!

Ela olha com curiosidade e abre a caixa então sorri e volta a fechar. Ela se levanta e me faz ficar em pé então me abraça. Fico sem intender a reação dela!

— Eu imaginava que a resposta poderia ser essa!

— Então porque veio até aqui?

— Porque queria ter certeza que você era quem eu pensava.

— Mas...

— Mas nada. Sei de sua história já falei com seu irmão ele me disse como chegar aqui _ por um momento o choque não me permitiu pensar em como ela chegara ali — Sei o quanto você é esforçado. Só não entendo porque estão tentando esconder isso de todo mundo?

— Eu não sei. Eu sempre tive medo.

— Medo? De que?

— Medo de eu não ser o que ele procurava, medo do que vocês iriam pensar

— O que a gente poderia pensar de você? Você e meu aluno a algum tempo. Sei que é um bom rapaz. Só acho que não deveria fumar no colégio e nem na frente do Andersom!

— Parei de fumar a algum tempo. — Realmente era um verdade logo depois de nos conhecermos melhor eu havia parado sabia que ele não gostava!

— Então eu acho que é isso. — ele pegou a caixinha que estava em cima da mesa. — Agora isso aqui ficaria melhor no dedo e não nessa caixa.

Ela me abraça novamente e tenho vontade de chorar mas não por estar triste e sim por estar feliz.


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Notas finais do capítulo

Ola eu deu uma revisada simples...



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