"How, how can it be that a love carved out of caring fashioned by fate

Could suffer so hard

From the games played once too often

But making mistakes is a part of life's imperfection born of the years;

Is it so wrong to be human after all..."

Something About You

Level 42

Bertinelli's   Sábado de manhã

Narrador

" Te peguei!" ; Do curto diálogo entre os dois homens no beco, essa fora a única frase que Thea ouvira e gravara na mente. Não escutara o nome do outro ser dito por Thomas em tom de amizade,muito menos vira o sorriso de Eddie para o amigo. A curta frase prendeu sua atenção por completo e por conta disso, com a intenção de proteger e ajudar Thomas, agarra a primeira coisa que suas mãos alcançam: uma tábua de madeira, resto de algum caixote de frutas, que estava encostada à parede.

—THEA,NÃO! ! Thomas grita,olhos arregalados, erguendo os braços, as mãos voltadas pra frente, na tentativa de imperdir o iminente ataque da jovem contra Eddie.

Seu grito alerta o detetive, que desvia o corpo a tempo de evitar receber o impacto do golpe por completo, sendo atingido de raspão no ombro e braço direito.

Ágio, Eddie gira o corpo, ficando por detrás da jovem, segurando-a pelos braços, fazendo com que largue o objeto ao mesmo tempo que a puxa para junto de seu corpo, prendendo-a.

—Está maluca, pirralha?! - questiona, apertando-a mais forte, contendo sua tentativa de fuga.

—Me larga seu grosso!!- braveja, debatendo-se em seus braços- Me larga!!!- repete, cravando as unhas nos braços dele, que emite um gemido de dor ao sentir o ferimento causado pela madeira ser pressionado. Mas ao contrário do que a jovem esperava, ele a aperta ainda mais, fazendo-a se aquietar ao sentir o ar lhe faltar.

—Thea, calma! Calma! - pede Thomas, se aproximando da jovem, segurando suas mãos - Calma! - reitera, olhando-a nos olhos - Eddie, solte-a por favor.- volta-se para o amigo vendo seu rosto lívido, tanto pela dor quanto pela raiva. Sabia o quanto Eddie podia  ser duro, quase cruel, ao ser atacado, quer seja por um homem, quer seja por uma mulher -- EDDIE! - altera a voz, chamando sua atenção. Lentamente, o detetive afrouxa o abraço, liberando a garota, que se agarra a Thomas, trêmula - Tudo bem,Thea. Está tudo bem- assegura, acariciando seus cabelos.

Sara é a primeira a despertar do estado de letargia que todos se encontravam, surpresos e assustados pela cena que presenciaram.

—Thea! - vai ao encontro da garota, recebendo-a dos braços de Thomas, que se vira para o amigo.

—Você está bem?? - pergunta, preocupado, vendo o sangue brotando do ferimento no braço --Eddie!? - toca o ombro do rapaz , que o encara, a respiração voltando vagarosamente ao normal.

—Que diabos foi isso?? - escutam a voz de Rodolpho- Ficou maluca Thea?? - questiona - E quem raios é você?? - volta-se para Eddie.

—Eddie Thawne - apresenta Thomas- Detetive Eddie Thawne - acrescenta, voltando-se para Thea e Sara, que o encaram, confusas - Meu amigo, o cara sobre o qual lhes falei, pra quem liguei domingo passado, lembram? - pergunta.

—Seu amigo??- Caitlin repete, aproximando-se dos dois - Que você disse poder te ajudar??- diz e ele confirma com um aceno.

—Esse imbecil, idiota, grosso ai ??? - braveja Thea, massagendo os braços, as lágrimas caindo- Tá brincando né?

—Não, pirralha, não está não! - a voz de Eddie se faz ouvir, pausada e calmamente, fazendo Thomas parar a frente do amigo, barrando sua passagem.

—Eddie, se acalme.-pede - Ela não fez por mal.Agiu por impulso. Achou que você era uma ameaça..- Jonas o interrompe.

—O que não justifica! - bufa, encarando a amiga - O que deu na sua cabeça Thea?? E se ele estivesse armado?

—Estou armado! - informa Eddie, um pouco mais calmo - Sou policial.- encara a garota, que sustenta seu olhar, os olhos faiscando, fazendo um sorriso surgir em seus lábios - Pra uma pirralha, até que você é bem corajosa! - provoca.

—Pirralha é a p....- antes que termine a frase, Sara e Caitlin a interrompem.

—THEA!!- repreende-a.

—OK. O que exatamente está acontecendo aqui??? - escutam a voz de Elise, que chegava em companhia da irmã e de Yasmim, trazendo alguns pacotes nas mãos, parando, estaticas, observando a cena.

—Olha só - começa a falar Rodolpho, passando a mão nos cabelos, tenso- Por que não entramos, nos sentamos, tomamos um pouco de água e ai, com calma, podemos conversar,que tal?- sugere - Além do mais, seu braço precisa de cuidados - aponta - E você de um calmante e de ver esses machucados também-- acrescenta observando as marcas nos braços da garota.

—Rodolpho tá certo - concorda Jonas - Vamos entrar e nos acalmar - diz, abrindo as portas - Vitor, sobe no escritório e pega a maleta de primeiros socorros - pede ao jovem ajudante, que se apressa em obedecer, enquanto os demais entram - Oi amor, bom dia .- recebe a noiva com um selinho.

Dentro do restaurante, Jonas conduz o grupo até uma saleta, que seve de área de repouso dos fucionários, anexa à cozinha. No minuto seguinte, Vitor retorna trazendo o que lhe foi pedido. Jonas ordena ao rapaz que tranque a porta da cozinha e depois se junte a equipe que fazia limpeza no launge, avisando para ninguém vir até a saleta durante a próxima hora, pedindo que não comente nada do que vira agora a pouco. O jovem balança a cabeça afirmativamente, saindo logo a seguir.

—Certo. Quem vai nos contar o que houve aqui? - Gaby pergunta olhando de um para outro enquanto Thomas ajuda Eddie a limpar o ferimento do braço e Caitlin e Sara cuidam de Thea.

—Acontece que esse estúpido, que pra nossa infelicidade é amigo do Thomas - aponta Eddie, que lhe lança um olhar divertido - Apareceu de surpresa aqui, depois ter nos seguido, e ao invés de dizer quem era, veio com uma bricadeira sem graça nos fazendo pensar que era uma ameaça pro Thomas..

—Eu não ameacei Tommy em momento algum...- Eddie começar a falar mas é interrompido por Sara

—Desculpa, mas nós também entendemos que estivesse, no minímo, dando voz de prisão, ou que fosse, uma ameaça- diz - Aliás, como e por que nos seguiu? Esperamos um bom tempo do lado de fora da cafeteria antes de virmos pra cá. Como sabia que conhecíamos Thomas? - questiona-o.

—Porta dos fundos - Thomas se adianta, sorrindo junto com o amigo.

—Não tinha certeza que falavam de Tommy- admite - Apenas segui meu instinto e o colar no pescoço dela - aponta Caitlin, que leva a mão ao pescoço- Ouvi quando falavam de um Thomas e de uma situação de perigo, associei ao colar, segui meu instinto e contei com a sorte - diz, dando de ombros- Quanto a minha chegada, se tivessem prestado o minímo de atenção, pirralha,- provoca -Notariam que além de Tommy não fugir, me tratou pelo nome, o que, devem concordar, seria difícil caso eu fosse uma ameça. -completa.

—Se me chamar de pirralha mais uma vez, sendo amigo do Thomas ou não, juro que te acerto com alguma coisa e dessa vez não vou errar! - ameaça a jovem, punhos cerrados, olhos faíscando diante do sorriso debochado do rapaz.

—Você pode até tentar baixinha- desafia, avaliando-a - Se vai conseguir já é outra história!

—Que vocês se adoraram, todo mundo percebeu! - ironiza Yasmim - Até as panelas da cozinha! -brinca - Agora, que tal você nos contar como foi que descobriu que Thomas estava aqui em Star,gatinho? - pergunta.

—Além do prefixo do telefone do qual ele me ligou? - ironiza, erguendo a sobramcelha- Tive ajuda de amigos. Meus e nossos - volta-se para Tommy - Precisamos conversar- afirma e o jovem concorda.

—Pode começar, então.- avisa Sara, sentando-se proxima ao detetive - Já prenderam o padrasto dele? - pergunta e ao ver a surpresa estampada no rosto rapaz, acrescenta, ironica - Você não sabia!!?!?

—E duvido que alguém saiba,Sara - Tommy assegura - Em que pé estão as investigações Eddie? É você quem está conduzindo? - quer saber.

—Não está sob nossa jurisdição - informa o detetive, desviando olhar de Sara para o amigo - O capitão Harris, do vigésimo distrito,e sua equipe são os encarregados - revela, amargo- Na verdade,nós conseguimos mais em uma semana do que aquele bando de inúteis conseguiu em quase um mês! - comemora .

—Nós quem? - pergunta Tommy.

—Eu, Barry,Cisco,Jay, Kyle e Mouse- especifica - Vamos fazer o seguinte: eu conto o que já descobrimos e você preenche as lacunas, concorda? - sugere, encarando o amigo.

—De acordo - concorda Tommy.

—Sabemos que armaram pra você, que ficou preso em uma casa nos arredores de Central e que Marcus Mackenzie está, de alguma forma, envolvido - enumera - Quem, além dele e Sebastian ,padrasto do Tommy - informa olhando  Sara - Está envolvido e qual outra, se é que existe, motivação, além do dinheiro,ainda nos é desconhecido. - completa - E como raios você veio parar em Star,Tommy? - questiona-o.

—Longa história! - diz o rapaz, sorrino tristemente.

—Sem problema- diz o detetive, ajeitando-se na cadeira- Tenho tempo de sobra pra ouvir. - garante- Quinze dias pra ser exato.Fui suspenso- revela - Longa história - repete, rindo, diante do olhar interrogativo do amigo - Você primeiro! - pede e após um breve momento, Tommy começa a lhe contar, detalhadamente, tudo que lhe havia acontecido desde o momento em que saíra do hospital até sua chegada em Star, escondido no carro de Catlin.

Continua

"....Drawn into the stream of undefined illusion;

Those diamonds dreams,thy can't disguise the truth;

That there is something about you,baby,so rigth;

I wouldn't be without you, baby, tonigth..."