Vidas Trocadas. escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 12
Distancias.....


Notas iniciais do capítulo

Oi gentee,voltando para mais um capítulo!
Pretendo aproveitar as férias curtas para atualizar as fics ,se possivel todos os dia(já que não deu para viajar,por enquanto!).
Era pra te postado ontem mas faltou energia!!
Sem mais demora, que tem mais três para atualizar, vamos ao que interessa.
Boa leitura.Aguardo rewiews.
Bjinhos flores.



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"Uma semana sem te ver,eu já sabia que isso ia acontecer;

O tempo passa eu fico mal,é ilusão achar que tudo está igual;

Você apareceu pra mim,não posso evitar me sentir assim.."

Planos Impossiveis

Manu Gavassi

Apartamento de Eddie Thawne

Domingo    10:00

Acordo com o sol batendo em meu rosto e me xingo por ter esquecido de fechar a maldita cortina. Viro o rosto e vejo Nadja sentada, o corpo nu encostado na cabeceira, as pernas esticadas, mexendo no celular. Meu celular!

—Está xeretando o quê Nadja? - pergunto, assustando-a.

—Nada. Ele tocou e achei que não tinha problema em atender - justifica enquanto pego o aparelho de suas mãos,fechando a cara - Não precisa se zangar Eddie, não fiz por mal. Só pensei que podia ser alguma coisa importante e...- não a deixo terminar.

—Neste caso, deveria ter me acordado, não acha - retruco,examinando o aparelho. Havia duas chamadas de Íris e uma mensagem avisando que iria a meu apartamento naquela manhã. Franzo o cenho sem entender o que viria fazer aqui.

—Quer que eu vá embora?- questiona Nadja, enroscando o corpo ao meu, as mãos descendo até minhas pernas, acariciando a parte interna, subindo devagar, me provocando. - Ou temos tempo  pra uma despedida? - beija meu peito, mordendo a pele.Seguro seus cabelos, erguendo sua cabeça, beijando-a com avidez.

—Sempre existe tempo pra despedidas - grunho, a boca colada a dela.

Giro o meu corpo ficando por cima do dela. Minhas mãos explorando as curvas generosas, minha boca abandonando seus lábios, descendo até os seios sugando, mordendo, prendendo o mamilo entre os dentes até escutar seu gemido rouco. Me posiciono entre suas pernas e quando me preparo para possuí-la a campanhia toca. Ignoro, a princípio, mas como continua a tocar insistentemente, paro, xingando seja lá quem for, me levantando.

—Espere aqui.- peço, enrolando uma toalha na cintura - Volto já. - aviso, vendo-a se esticar preguiçosamente parecendo uma gata e só não desisto de atender pela insistência da pessoa lá fora. -Filho da....- cerro os punhos, saindo do quarto, seguindo direto para a porta e ao abri-la levo um susto.

—SURPRESA!!!! - gritam Íris,Cisco e Barry, estourando um daqueles tubos de confeti sobre minha cabeça,rindo, entrando no apartamento.

Fico parado encarando o trio, sem ação.

—Oi,tem alguém em casa?? -  questiona Cisco,acenando com as mãos na frente de meu rosto - Eddie, você está ai??

—O que raios estão fazendo aqui a esta hora? - pergunto deixando evidente meu mau humor.

—Owuhnnn! Também estou feliz em te ver! -provoca Barry - Sim, fiz uma boa viagem de volta, apesar de não ter chegado no horário que queria, obrigado por perguntar! - continua, sentando no sofá,  acompanhado por Cisco, enquanto Íris permanece de pé, me olhando significativamente, antes de falar.

—Ele também está feliz em te ver Barry, não percebeu não?- diz fazendo com que nós três a olhemos sem entender. Ela ergue a sobrancelha, um sorriso no canto da boca, e ao vê-la descer o olhar até minha cintura, entendo a observação.

—Ok! Esperem aqui. Já volto. - peço e me volto, indo até o quarto escutando as risadas de Barry e Cisco. Ao entrar, faço um sinal para Nadja,que continuava no mesmo lugar que a deixei - Vista-se, tenho visitas - aviso,recolhendo nossas roupas pelo chão, jogando as delas em sua direção. Ela as agarra e, lentamente começa a se vestir.

Alguns minutos depois, me despeço da garota sob os olhares curiosos de meus amigos. Ao me virar, me deparo com seus sorrisos maliciosos.

—Acho que não preciso me perocupar por ter esquecido seu presente não é?- pergunta Barry, rindo  e antes que eu responda, completa - Então, o que você descobriu sobre o caso do Tommy?

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Mansão Merlyn  10:30 p.m

Caitlin

Sentada no sofá de casa, observo meu pai andando de um lado para o outro, irritado, enquanto minha mãe me olha sem esconder seu espanto.

—Caitlin, tem noção do perigo ao qual se expôs, filha?- pergunta, e apesar da voz suave, sei que estava tão ou mais zangada do que meu pai - Como podê? E vocês duas,por que não nos avisaram?- volta-se para Ximena e Zoe, que permanecem em pé ao meu lado.

—Porque se mostraram tão irresposáveis quanto nossa filha! - bufa meu pai, parando diante de nós - Quando Daniel me falou o estado em que seu carro se encontrava quando o lavou, suspeitei que algo tinha acontecido mas nunca pensei...-para um segundo - Nunca esperei esse tipo de atitude vinda de você filha!

—Que atitude? -começo - Não ter coragem de largar uma pessoa ferida no meio da estrada, em meio a um temporal? De ter compaixão e ajudar alguém que precisava? Não foi isso que vocês..- me viro para minha mãe - principalmente você mãe,sempre me ensinaram?

—Não distorça as coisas mocinha! - braveja meu pai - Nós te ensinamos a ser bondosa, caridosa, sim, mas não a colocar sua vida em risco! - aponta o dedo em minha direção - Um estranho Cait. Um estranho que se escondeu dentro de seu carro, que admitiu estar sendo perseguido e correr risco de morte,um homem que poderia ter.....- fecha as mãos,cerrando os punhos, socando o ar.

—Caitlin,filha..- minha mãe senta na mesinha à minha frente,segurando minhas mãos,os olhos marejados - Você poderia estar morta a esta hora. Ou ter sido violentada.Ou as duas coisas. E nós nunca saberíamos. Mesmo aqui, depois que o escondeu,se ele tivesse feito algo a você...

—Nós nunca nos perdoaríamos! - escuto Zoe dizer - Padrinho,madrinha, por favor nos perdoem! - exclama, olhando de minha mãe para meu pai- Devíamos ter avisado vocês assim que Cait chegou. Foi um erro terrível. - afirma, a irmã concordando ,com um aceno.

—Um erro enorme Zoe.- concorda meu pai - Não sei se podemos perdoa-las.

—Não foi culpa delas! - afirmo,me levantando - Só pedi ajuda por medo de não conseguir tirá-lo do carro sozinha e acabar machucando-o ainda mais. - revelo -Sou maior de idade.Sei muito bem todos os riscos que corri. Ninguém, nem mesmo Thomas, me obrigou a nada! Ele tentou, ainda na estrada, ir embora. Eu não deixei. Assim que teve chance, ele o fez, não se importando se estava ou não em condições e sei que não está! Ele é bom pai, eu sinto. E não me enganei a respeito dele. Se querem saber, de madrugada, depois que vocês foram dormir, um dos meu "amigos" - faço aspas com os dedos no ar - Foi inconveniente, pra dizer o minímo, comigo e ele me ajudou. Ele! E agora não sei se terá quem faça o mesmo por ele se precisar. Se terá onde se abrigar, o que comer. Quer saber,estão certos, eu devia tê-lo deixado na estrada,entregue a própria sorte. Isto sim seria uma atitude decente! -desabafo, saindo a passos largos para as escadas em direção ao meu quarto,as lágrimas escorrendo pelo rosto,passando por Thea e Sara que chegavam.

—OK!! O que foi isso??- ainda escuto Sara perguntar antes de atingir o topo da escada e sair correndo para meu quarto. *********************************

Thomas

Ao chegarmos ao buffet, somos recebidos pelo chef e o gerente do lugar. Ajudo o pessoal a descarregar e guardar o material trazido da festa enquanto Jonas e o senhor que me recrutará entram junto com os dois homens. Ao retornarem, reunem a todos para efetuarem o pagamento e me mantenho um pouco afastado, já que não sabia exatamente como funcionaria a coisa toda. Se tivessem uma lista dos empregados que foram levados, não teria a menor chance de receber nada. Se não, receberia o suficiente pra consguir um lugar pra dormir e comida.Pelo menos por hoje. Teria que pensar em uma maneira de conseguir trabalho, sem a exigência de documentos, pois precisava, além de um lugar fixo pra ficar, comprar roupas novas visto que só tinha as que estava usando, arranjadas por Caitlin. Ao lembrar dela, um sorriso se forma em meu rosto.

—Thomas - a voz de Jonas me desperta - Seu pagamento- estende um envelope para mim - Vem cá, estaria disposto a ficar aqui hoje, o dia todo?- pergunta e o olho interrogativamente - É o seguinte: o restaurante vai inaugurar hoje a noite um espaço novo, um launge, no andar de cima, e estão precisando de gente pra ajudar a finalizar o ambiente. Retirar os entulhos da obra, limpar, lavar, arrumar, enfim, deixar tudo pronto pra  inauguração. Minha noiva, a irmã e duas amigas, além de outras duas funcionárias já estão chegando para ajudar,com o mais leve,lógico, também. O almoço é por nossa conta - acrescenta.

—Com certeza - respondo.- Fora o que recebi agora, não tenho mais nada e preciso de um lugar pra ficar além de roupas. Perdi tudo, até meus documentos - revelo, sem entrar em detalhes.

—Fechou então - estende a mão para mim -Vou te arrumar alguma coisa pra vestir, pra não sujar sua roupa - avisa - Depois que terminarmos ,posso te levar a um lugar que vende roupas em segunda mão, se não fizer questão, a um preço camarada. Quanto a trabalho, posso ver com o gerente se você poderia fazer alguns serviços por aqui,nada formal, já que está sem documentos. Só não garanto te arranjar um lugar pra ficar porque o único que conheço tem o preço um pouco salgado.

—Só de estar me ajudando a conseguir trabalho já está bom demais- aperto sua mão novamente - Valeu mesmo.

Entramos no restaurante e após trocarmos de roupa, nos juntamos ao restante do pessoal que já trabalhava no local. De fato, havia muito o que ser feito se queriam realmente inaugurar a noite. Estou despejando um balde de entulhos em uma caçamba, quando escuto uma voz feminina .

—Jesus apaga a luz! Que que é isso?? - me viro e vejo quatro garotas chegando - Alguém me belisca, estou vendo uma miragem!! - se aproxima de mim,tocando meu ombro - Senhor, é de verdade! - exclama e não posso evitar um sorriso.

—Bom dia Yasmim - escuto a voz de Jonas, que saia com outro balde,que coloca no chão, indo até uma das gêmeas ruivas que chegara, beijando-a - Thomas, está é minha noiva, Elisa - apresenta - Minha futura cunhada, Gaby, Carol - indica a outra ruiva e uma morena -E essa escandalosa ai é a Yasmim - aponta a morena ao meu lado.

—Prazer - digo, estendo a mão para a garota, que me surpreende com um abraço e um beijo no rosto.

—O prazer é todo meu, Apollo! - exclama, fazendo todos rirem.

—Ok, melhor entrarmos e começar logo o trabalho antes que a Yasmim faça ou fale mais alguma bobagem - provoca Gaby, recebendo uma careta da outra em resposta.   Entramos no restaurante de onde saimos apenas no início da noite, depois de tudo pronto.

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Duas semanas depois

Caitlin

Encosto a cabeça na janela do carro, observando o movimento da rua, enquanto o motorista e segurança que meu pai contratara dirige, me levando para a universidade.

Depois que se acalmou, meu pai resolveu que, de agora em diante, eu andaria com um segurança, gostando ou não. Ele não fez nada contra Ximena e Zoe, mas deixou bem claro para elas e para mim que se eu tentasse, de alguma forma, encontrar Thomas e elas me ajudassem, as duas iriam parar em um internato, visto que era responsável pelas duas , e me mandaria para fora do país, além de cuidar,pessoalmente, para que Thomas fosse preso pelo resto da vida.

Lógico que era exagero dele. Pelo menos no que diz respeito a nós. Já quanto a Thomas...Melhor não arriscar. Não houve um dia sequer que não pensasse nele. Especialmente depois que Mena,ao ver minha tristeza, resolveu me entregar a carta e o presente que deixara para mim.

Sara e Thea me fizeram contar toda a hsitória para elas, e,ao contrário do que esperava, ficaram pra lá de entusiasmadas, chegando a dizer que se quisesse me ajudariam a encontrá-lo, o que recusei,obviamente.

Estou segurando o pingente do cordão que ele havia deixado entre os dedos, quando, ao pararmos em um sinal, olho para fora da janela e o vejo,parado em frente a um brecho, conversando com um rapaz. Meu coração dispara.

—Jax, poderia parar na próxima esquina por favor?- peço ao meu segurança-motorista - Acho que vi uma amiga com quem estou tentando falar a algum tempo - minto. Ele acena com a cabeça e ao dobrar a esquina, para o carro. Desço antes que ele- Não precisa vir comigo. Volto rápido - aviso,já atravessando a rua, sem dar chance que conteste.

Corro pela calçada parando apenas ao chegar na frente da loja. Ele já não está mais lá. Olho ao redor procurando algum sinal dele, sem sucesso, e decido entrar na loja. Começo a olhar as peças,fingindo interesse, até que o vejo saindo de um dos provadores, algumas peças nas mãos, indo até o balcão. Respiro fundo,as pernas bambas, as mãos suadas, o coração disparado. Me aproximo devagar, aproveitando que está distraido com a atendente, parando às suas costas.

—Por que fugiu de mim,Thomas? - pergunto , ele se vira, e mais uma vez ,flutuo na imensidão azul acinzentada de seus olhos, sentindo o ar sumir de meus pulmões.

 

"...O que eu faço pra escapar dessa vontade que eu tenho de falar

Toda hora com você, faço planos impossíveis pra te ver,

Mas pra mim são tão reais..."


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Notas finais do capítulo

Bjinhos lindas flores.



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