Por Thalita

Estava em casa terminando de fazer uns trabalhos da faculdade quando senti uma dor no peito e me lembrei na hora da minha irmã Suzan, senti uma vontade repentina de ir vê-la.

E foi o que eu fiz, peguei meu carro e fui a casa dela quando cheguei lá já fui logo entrando tinha a chave por precaução.

Entrei e no andar de baixo estava tudo escuro ela só podia estar no quarto; então fui ate lá, quando entrei no quarto ouvi o barulho do chuveiro e fui ver como ela estava, quando entrei vi a pior cena da minha vida Suzan estava jogada ao chão com os pulsos cortados e saia muito sangue.

- Suzan...

Gritei mas ela não respondeu não pensei duas vezes e fui ao encontro de minha irmã que estava desmaiada; a peguei em meu colo a sacudia pra ver se acordava mais nada acontecia só tinha um corpo mole e aparentemente sem vida em meus braços; eu não poderia fazer nada alem de levá-la ao hospital.

Peguei um roupão coloquei nela e liguei pra emergência do hospital, eles falaram que a ambulância já estava a caminho, fiquei um pouco mais calma com isso mais o sangue não parava de jorrar pelos pulsos de minha irmã; peguei uma toalha e corte duas tiras e as enrolei nos pulsos de Suzan, não demoro muito pra ambulância chegar corri ate a porta, quando cheguei lá tinham os enfermeiros com uma maca os levei ate onde minha irmã estava, eles a pegaram e levaram pra ambulância peguei a bolsa dela e fui pro meu carro pra seguir a ambulância.

- Deus não deixe que minha irmã nem o bebê morram cuida dela pra mim, por favor.

Pensava em quando dirigia, estava com um medo enorme de perder minha irmã ela era a única pessoa de nossa família que me restava nossos pais tinham morrido há dois anos e os parentes que tínhamos moravam muito longe por tanto só tinha a Suzan comigo não podia perdê-la.

Por Suzan

Estou em um lugar tão lindo, certamente o Tom adoraria estar aqui.

- Ola Suzan?

Alguém falou comigo, como estava de costas me virei pra ver quem era...

Quando olhei vi quem era.

- Tom?

- Sim sou eu amor.

- O que esta fazendo aqui?

- Eu vivo aqui agora.

- Serio? Sabia que você estaria em um lugar assim.

Ele sorriu ao me ouvir falar isso, Tom veio em minha direção pegou minha mão.

- Vamos dar uma volta.

- Ta bom.

Fomos andando de mãos dadas, Tom para em frente a uma arvore ele solta minha mão e senta no chão.

- Vem senta aqui.

Sento entre suas pernas, ele me abraça por trás exatamente como fazia quando estava vivo.

- Amor?

- Oi

- Porque você fez aquilo?

- O que?

- Porque tento se matar... Eu não pedi pra você ficar bem e cuidar do nosso bebê?

- E...

- E o que?

- E... E que eu queria estar com você, queria que agente estivesse juntos de novo.

- Mas esse não era o jeito de fazer isso ate porque eu disse pra você que eu ia sempre estar do seu lado, não disse?

- Disse... Mas eu não sinto como se você estivesse comigo eu me sinto sozinha... Abandonada por isso quis morrer pra estar com você.

- Ok, mas você penso no nosso filho que esta em sua barriga? Se você morrer ele também morre.

- Bom... Eu nem pensei nisso.

- Devia ter pensado.

- Eu sei!

Falei cabisbaixa, Tom pegou em meu queixo e me fez o encarar.

- Porque esta chorando?

Passei os dedos em meu rosto e vi que ali tinham lagrimas.

- Eu só queria ficar com você.

- Amor eu sempre vou estar com você, te ajudando, te dando força eu nunca vou te deixar já te disse isso.

- Eu sei, mas e que esta difícil aceitar que eu vou dormir sem você ao meu lado, que vou acordar e você não vai esta lá, que quando eu chegar em casa você não vai estar pra me receber, que você não vai me ajudar a criar nosso filho... Esta sendo muito duro pra mim acreditar nessas coisas.

Eu já estava em prantos

- Amor olha pra mim.

O olhei dentro dos olhos

- Eu não vou poder fazer nada disso, mas vou sempre estar contigo não em carne e osso, mas sempre vou estar em espírito e sempre que precisar vou estar aqui pra te ajudar, mais agora você vai ter que voltar.

- Voltar pra onde?

- Pra sua vida, pra realidade.

- Não eu não quero.

- Mas você vai!

Do nada agente estava em frente a um penhasco Tom me da um beijo e me empurra e eu caio.

- NÃO!

Gritei com todas as minhas forças, agora estava tudo escuro não tinha nada nem ninguém Tom havia sumido e o jardim também.

- Amor abra seus olhos, vamos você não vai querer ficar nesse escuro.

- Prefiro o escuro do que o mundo sem você.

- Não mesmo Su você vai voltar e cuidar do nosso bebê abre os olhos agora!

Isso foi como uma ordem para meus olhos que se abriram no mesmo momento, uma luz branca muito forte atingiu meus olhos que com o incomodo se fecharam de novo, os abri e acostumei com a claridade e pude ver que estava novamente em um hospital.

- Suzan como esta se sentindo?

Era minha mana de novo.

- To tonta.

- E por causa dos remédios que o medico coloco no seu soro, o que deu em você sua louca queria se matar e me deixa sozinha aqui, e meu sobrinho (a) queria matar ele também?

Minha irmã estava chorando desesperadamente eu estava me sentindo culpada por não estar pensando na minha irmã mais nova como eu podia estar sendo egoísta assim? Pensando só em mim na minha dor e esquecendo das pessoas que estão vivas e que me amam e dependem de mim, tenho que tentar seguir minha vida assim como o Tom me pediu.

- Me perdoa?

- Porque mana?

- Por que eu fui egoísta pensando só em mim e me esquecendo de você e do meu filho eu deixei a falta que sinto do Tom ser maior do que deveria ser.

Eu já estava chorando também, realmente o que eu havia feito era egoísta mesmo com o vazio que estava em meu peito pela morte do Tom eu tinha que ter pensado nas pessoas que eu amo.

- Mana quando vou ter alta?

- Não sei temos que esperar o medico vim ver você ai agente pergunta pra ele!

- Ta bom, Thalita você pode me fazer um favor?

- Claro mana o que você quer?

- Eu queria que você fosse morar comigo pelo menos por enquanto você pode?

- Mana eu estava realmente pensando nessa possibilidade, pois não e bom que você fique sozinha, então vou sim morar com você.

Nos abraçamos e ela ficou comigo ate eu dormir.

Minha Irma pode ficar comigo eu estava achando isso ótimo, pois assim ia ter alguém comigo me ajudando a encarar esses problemas, fomos pra casa no outro dia fiquei feliz por ter alta mais não durou muito, pois ao chegar em casa toda à dor havia voltado, a falta de Tom era eminente em cada canto de minha casa e eu via que mesmo com a Tha ali seria difícil enfrentar tudo isso.

Minha Irma se instalou no quarto dela que tinha aqui em casa passamos o dia juntas ela alugou alguns filmes pra ver se eu me distraia dos problemas, ficamos ate tarde acordadas depois fomos dormir, deitei em minha cama e logo dormi coisa que não queria ter feito, pois tive um pesadelo com o dia do acidente e também com minha visão de Tom com isso acordei de madrugada gritando com isso acabei acordando a Tha.

- Mana o que foi?

Indagou ao entrar em meu quarto eu chorava muito e não conseguia falar nada ela sentou ao meu lado e me abraçou depois de alguns minutos ela se manifesta novamente.

- Suzan o que foi?

- Eu tive um pesadelo horrível com a morte de Tom e depois eu estava em um lindo jardim com ele, mana parecia tão real porque tem que ser assim? Porque ele não esta aqui? Isso podia ser verdade.

Eu chorava descontrolada minha Irma tentava me acalma.

- Su eu também queria que não tivesse sido assim mais já aconteceu não temos como mudar isso não podemos trazer ele de volta, mana com o tempo você vai superar isso e eu sempre vou estar com você pra te ajudar a seguir em frente te garanto que o Tom não ia gostar de te ver assim.

Ela disse secando minhas lagrimas que insistiam em descer.

- Eu sei mana mais ta tão difícil não sei o que fazer isso ETA se tornando insuportável a prova disso esta aqui (Mostrei meus pulsos). Isso prova o quanto esta insuportável essa situação que to me esquecendo das pessoas que são importantes pra mim.

Olhei pra ela e passei a Mao na barriga meu bebê estava la ele precisava de mim, depois de conversamos mais um pouco acabamos por dormir juntas o resto da madrugada foi sem sonhos, de manha acordei um pouco melhor não queria estar passando isso queria ele aqui.