Segurança Contra O Horror escrita por The Horror Guy


Capítulo 5
Alô?


Notas iniciais do capítulo

Ghostface está solto nas instalações .S.A.H. O Palco está montado para o assassino mascarado mais querido do cinema de terror.



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Fora da área de contenção nas instalações, há uma outra área. Pode se dizer que é a entrada e saída de funcionários. Os funcionários, após passar por todos os procedimentos e revistas para ter sua entrada garantida, depois, tem que assinar seu nome no caderno da recepção. A Cada turno há uma pessoa diferente na recepção, e Hoje, é o dia de Melissa. Funcionários como ela, Nível 1, não tem nenhum acesso ao resto das instalações. Mas por ordem de ética, são informados o suficiente do que se trata o local, assinando um termo de sigilo no contrato. Melissa tem 29 anos, altura média, 1,70, cabelos cacheados, do qual fica enrolando no dedo praticamente o dia todo enquanto fica atrás do balcão. E Hoje não é diferente. Lá está ela, jaleco branco, crachá, um caderninho cheio de adesivos de coração que ela usa pra rabiscar e passar o tempo, devido a não ser permitido ficar com celulares ou aparelhos eletrônicos. O único telefone disponível, só recebe chamadas, que são de dentro da instalação. Fica na mesa bem a sua frente. Na parede, há um interfone, do qual ela usa de vez em quando para passar informações recebidas por algum funcionário, ou dar avisos que são ouvidos por todo o local, como contenção de emergência e etc. Ela gosta de pensar que é como uma "comissária de bordo", passa e recebe as informações, e recebe e se despede dos demais. Rabiscando no caderno, com os pés em cima da mesa, mexendo-os de um lado para o outro, cantarolava uma música de Ac/Dc "If you want blood". Seus All Stars pretos, de cano alto, sempre chamavam atenção, ainda mais pelo fato dela ser a única da corporação a se recusar a usar sapatos formais. E ninguém ousou contrariá-la. Afinal, vão mesmo arrumar encrenca por causa de um tênis com a moça da recepção, numa instalação que mantém assassinos e criaturas horríveis? Estava tudo calmo... até que... o telefone da mesa, começa a tocar... Melissa estica o braço para atender, com expressão de tédio:

—Recepção, Melissa.

Do outro lado da linha, uma voz masculina, sexy, leve e um pouco rouca, respondeu:

—Alô?...
Melissa hesitou, sorriu de lado sem entender. Ninguém nunca fala "Alô" por aquele telefone, geralmente já começam a falar atropelado sobre o que querem ou precisam. A Moça continuou meio sem entender ainda:

—Ahm.... Alô? Em que posso ajudar?
—Com quem eu falo? - Retornou o homem.
—Melissa... o que posso fazer por você?
—Como vão as coisas aí? Só passando o tempo?

Melissa levantou a cabeça, olhando direto para a lente da câmera de segurança da recepção, dando um "Tchauzinho" pra quem estivesse falando com ela. Assumindo, logo, que o portador da ligação estaria vendo. Ainda sorrindo, continuou:

—Sim, passando tempo. Ahm.. desculpa perguntar mas, quem é?
—Oh... quem você gostaria que fosse?
—Ai meu deus... -A Moça se pôs a rir, achando graça -Ah... Brad Pitt? Sério, quem é?

A Voz do outro lado soltou uma leve risada:

—Não se preocupe. Só achei que de repente estivesse faltando um pouco de diversão no seu trabalho.
—É, Nisso você acertou em cheio. Bem, já que você não quer dizer seu nome, e não tem nada realmente importante pra dizer.... eu vou ter que desligar.. não posso ficar com essa linha ocupada.
—Por que a pressa?...
—É Sério, se eu ficar com essa linha ocupada, posso ser demitida.
—Relaxe. Eu tenho acesso total aqui. Só quero conversar com você um pouco.
—Ah é? Sobre o quê?
—Não sei... já estou te olhando a um tempo...
—Ah.... -Sorriu a moça, interpretando como uma cantada - Então, você trabalha aqui?
—Ahm... sim e não. Sou mais como um convidado. Mas, sei que devo prestar serviços bem eficientes.
—Hum... e você faz o quê?
—Adivinhe.
—Deixa eu pensar... Militar?
—Não gosto de armas... são barulhentas, e anti-climáticas.
—Ah... cientista?
—Não.... mas aprecio o corpo humano.
—Já sei.... você faz autópsia! - Exclamou Melissa soltando uma gargalhada.
—Ha ha.... como você adivinhou?
—Ah... aqui tem sempre esse tipo de trocadilhos.
—Entendo...
—Então, você disse que... já me observa a um tempo...
—Sim.
—Onde você me viu na primeira vez?
—Acho que não importa, Melissa.... você não vai me reconhecer mesmo...
—Claro que eu ia.... -Melissa hesitou, levou a pona da caneta até a boca e seguiu dizendo- Mas... como você sabe o meu nome?
—Está no seu crachá.
—Ah... é. Nossa, mas você conseguiu lembrar?
—Na verdade, não. É que dá pra ver daqui.

Melissa se virou novamente para a câmera de segurança, mandando um aceno. A Voz do outro lado da linha disse:

—Estou aqui.
—É... Eu sei. Mas hey, a quanto tempo mais ou menos você já tem... me olhado? Porque sou meio lerda pra essas coisas de "Flerte".
—Bem... agora, já faz aproximadamente... 10 minutos.
—Como assim?

Neste momento, o interfone na parede tocou, Melissa tirou os pés da mesa para ir atender, quando a voz lhe interrompeu:

—Não atenda!
—Por quê? O Que foi?
—Bem, Melissa, eu vou ser franco. O Que eu quero mesmo é fazer um jogo.
—Ah? -A Moça indagou confusa.
—Fique onde está, e talvez viva. Atenda o interfone e Morra.
—Eu hein... você está louco? Vou desligar...
—Se você desligar o telefone eu vou te enforcar com seus intestinos!

Melissa congelou, olhando em volta... os dois corredores, um na sua lateral, e um a sua frente. Vazios. Desertos.

—O Que está acontecendo? Quem está falando?....

O Interfone não parava de tocar na recepção. Enquanto isso, Mara em sua sala, tascou o interfone no chão exclamando:

—Bando de incompetentes!

Voltando a recepção, A Voz misteriosa prosseguiu:

—Vamos lá. Seja uma boa garota.
—O Que você quer?
—Eu quero que me diga onde fica o interruptor desta área.
—Pra quê? -Melissa já respondia nervosa, trêmula. Sabia que algo muito ruim estava acontecendo.

—Apenas faça o que eu digo.
—De jeito nenhum, babaca.
—A Escolha é sua, mas você sabe mais do que ninguém o que acontecerá... Abra o armário ai perto de você, no corredor.

Melissa olhou fixamente para a câmera, lançando um olhar de ódio em quem estivesse a observando. A Sua frente, no corredor B-1, Avistou á alguns passos, o armário. Sua utilidade oficial era para guardar casacos e bolsas dos funcionários nível 1. Mas geralmente ficava vazio, todo mundo trazia muito pouca coisa, ainda mais pela revista exagerada na entrada. Trazer pouco, poupava tempo. E atrasos eram descontados do salário. Ela pousou o telefone na mesa, dando passos vagarosos até o armário. Não queria abrir... não mesmo.... mas antes que se desse conta, sua mão já estava puxando as duas portas enormes...

Um grito de horror altíssimo e agudo saiu de sua boca, ao despencar em sua frente, o corpo de um faxineiro, com os pulsos amarados, completamente ensanguentado. O Pobre homem se estabacou no chão, enquanto um pouco de sangue escorria de sua cabeça. Na testa, dava pra ver um ferimento curto, e reto. Uma pequena abertura estreita. A Marca de uma facada.

—Ah!!!!!!! Ah!!! Jesus!!!

Melissa, com as mãos tremendo balançando violentamente sobre o rosto, correu de volta para a recepção pegando o telefone:

—Meu deus!! O Que você fez???

A Voz, soltou uma leve risada:

—Ha ha ha... eu tinha que me assegurar que você iria cooperar.
—Maldito!! Filho da Puta!!
—Me diga onde é o interruptor dessa área....

Quase que já sem fôlego, e com uma lágrima ameaçando cair, Melissa respirava com dificuldade:

Ai... ai.... no fundo corredor B-1, Tem uma porta, a última. Está escrito "Apenas Funcionários e pessoas autorizadas". O interruptor está.. (Antes que pudesse terminar a frase, um pancada foi ouvida, repentina, que fez com que ela gritasse de susto. Seguido de um silêncio horroroso. Esticando o pescoço para ver o corredor, lá no fundo, notou a tal porta escancarada.... havia sido arrombada agora mesmo, com seu grito, a voz disse:)

—Se acalme... logo já terá acabado.
—Quem é você?!

A Voz respondeu, devagar, de um jeito tenebroso, mas brincalhão ao mesmo tempo:

—Eu.... Eu sou... a escuridão que vive na mente de todo mundo. Eu não sou uma pessoa.... Eu sou o espectro maldade humana... E Vou dar um jeito... de te pegar....
—Por favor... eu não entendo esse papo de louco! -A Mocinha já chorava desesperada.
—Achei. -Disse a voz.
—Achou o quê?!! -Exclamou Melissa, um segundo antes de todas as luzes da área se apagarem.

—Ahh!!!!!!!!! Ah!!!!!!!!! Ai meu deus!! Ai meu pai!!! Jesus!!

A moça berrava em Pânico , naquela escuridão. Se agachou rapidamente embaixo da bancada, largando o telefone, e pegando sua bolsa, que mantinha escondida ali embaixo. Metendo a mão dentro da bolsa, vasculhando tudo rapidamente, pegou o celular, ligando a lanterna.

Se levantou rapidamente, apontando a luz para o corredor, tremendo, tentando focalizar, na tentativa de poder ver o sujeito. O Corredor parecia vazio. Apenas o ar frio corria por ali, uma leve brisa fez com que seus braços tremessem, e o arrepio que percorria a espinha era violento. No fim do corredor, a porta, manual, poderia ser sua única saída. A Saída da frente, ficava lacrada por uma porta de 3 toneladas, do qual somete os oficiais chefes e os doutores tinham a combinação. Ela abria automaticamente em casos de emergência, porém, como a energia daquele local foi cortada, isso seria impossível.

—Ai meu deus do céu.... -Cochichava Melissa, a sí mesma.

Deu um... dois.... três passos á frente no corredor, parou, ficando estática ao ouvir a tal porta lá do fundo que fora arrombada, ranger. Arregalou os olhos, e começou a dar passos para trás... Um.... dois... três...

Neste momento, as luzes de emergência se acenderam. Eram mais fracas, mas dava para o gasto. Melissa suspirou de alívio, abaixando o celular. Mais um passo para trás, e sentiu suas costas encostarem em alguma coisa.... a respiração já ficou terrivelmente ofegante. O Medo que sentia, era absurdo. Não percebeu nenhum movimento. O Que quer que estivesse atrás dela, não se mexia... Lentamente, Melissa se virou, e se deparou com uma figura fantasmagórica. Todo encapuzado, vestido de preto. Em seu rosto, a Máscara infame. Branca, era como um esqueleto deformado, um rosto de um fantasma vindo do inferno, que lembrava a expressão do quadro "O Grito". Era Ghostface! E Nesse mesmo segundo, em que a pobre Moça se deparou com a figura, Ghostface pendeu a cabeça para o lado, levantando a mão direita, que portava uma grande faca de caça, De ponta fina curvada, reluzente.

Melissa não segurou o grito:

—Ah!!!!!!!!!! -Imediatamente proferindo um soco na cara do agressor, que caiu para trás.

A Jovem passou a correr á toda velocidade. Aos berros pelo corredor B-1. A Sola de seu All Star fazia sons agudos de raspar no piso. Correndo como se não houvesse amanhã, com os cabelos cacheados sendo jogados pra todo lado, indo em direção á porta no fim do corredor. Abriu a porta com violência, e enquanto a fechava no desespero, notou que o mascarado já não estava mais no corredor. Havia sumido. Mas Melissa não hesitou. Fechou aquela porta com tamanha violência, que o baque ecoou pesadamente pelo lugar.

Se virou aterrorizada, e viu Á Sua frente, um lance de escadas. No topo, uma porta com um quadradinho de vidro. Tomou fôlego e foi subir os degraus ás pressas. Os joelhos já doíam. Degrau após degrau, com a mão acompanhando o corrimão, ela subia. Cansada, mas não desistia. Olho na porta... olho na saída. Chegou ao topo, quase exausta. Já foi pra puxar a maçaneta... mas a porta não abria. Puxou, virou, puxou de novo.. e nada. Estava trancada.

—Saco!

Bateu na porta, dando palmadas.

—Hey!! Hey!! Alguém em ajuda!!!

Ao bater, percebeu que aquela porta era meio vagabunda. Isso lhe deu a ideia de pegar impulso e talvez arrombá-la:

—Hey!! Que merda!

Dobrou o braço, direito, pronta pra se lançar contra a porta... e contou:

—1....2....

Antes de chegar no 3, a porta se abriu. Sua colega, Martha, uma moça gordinha e simpática, lhe encarou espantada:

—Menina, o que você tá fazendo? Que isso? Pra que todo esse escândalo?
—Martha!! - Melissa agarrou no jaleco da mulher -Martha, amiga, Me ajuda, alguém ou alguma coisa, está tentando me matar! Ele cortou a energia lá embaixo!
—Mas eu não recebi nenhum comunicado, não to sabendo de nada, você tem certeza?!
—Martha me escuta, chama a Mara ou o Andrew, a gente tem que sair daqui!!!
—Tá, tudo bem! Mas como ele era?

De repente, Ghostface surge por atrás de Martha, Melissa já berrou de novo:

—Ah!!!! Atrás de você!!

Martha se virou, mas nem teve tempo de reagir, O Mascarado estendeu rapidamente a mão, revelando as longas tiras pretas sob seus braços, parte do disfarce, que davam mais sensação de movimento ao se mover, correr, e davam um ar fantasmagórico. Ele Puxou Martha em segundos pelos cabelos, lançando-a contra a parede. A Moça deu com a cabeça no concreto, e caiu. Tudo em questão de segundos. Melissa tentou se lançar para frente para ajudar a colega, mas recebeu um tapão no meio da cara, que a lançou de volta por onde veio. Ela se virou com o tapa, seus cabelos voaram para o lado, cobrindo parte do rosto. Ela quase caiu todo aquele lance de escadas, se não tivesse se segurando com força no corrimão. Se segurando, ainda desnorteada, viu a porta á sua frente se fechar com uma pancada.

—Não!! Não! Não, Martha!!! -Melissa gritava. Tentando se levantar, se atirando em direção á porta. A Alcançou, e bateu contra a porta, dando mais pancadas:

—Solta ela!!

Ouviu um grito, o grito de Martha. Mas foi rápido. Logo, o silêncio mórbido dominou. Melissa, ficou estática. Quieta. Parou de bater na porta. Em silêncio, tremendo... começou a se afastar devagar.... Aquele silêncio não era coisa boa... desceu um degrau, olhando fixamente para a porta... Até que.... de repente, num pulo de susto, foi surpreendida pela porta que se arrebentara com tamanha força, fazendo com que lascas de madeira voassem para os lados. Mas não fora exatamente arrombada por Ghostface, não... o corpo já sem vida de Martha fora arremessado com violência, arrebentando a porta. Melissa até soltou um grito de pavor no susto, Mas o cadáver de Martha veio com grande velocidade, caindo por cima de Melissa. As duas começaram a rolar as escadas. Para Melissa, estava tudo girando, e sentia suas costas, joelhos, cotovelos, queixo baterem contra os degraus.... rolou... rolou... até que finalmente chegou no pé da escadaria, batendo com as costas contra a porta lá embaixo. E o cadáver de Martha, com um perfuração no queixo, Já formava uma poça de sangue em volta... a facada provavelmente entrou por baixo do maxilar, a lâmina de 22 cm, facilmente chegaria até o lóbulo frontal, Causando Morte rápida.

Melissa, colocava a mão na cabeça, devido a dor da queda. Ao olhar pra cima, viu Ghostface parado no topo dos degraus... lá de cima. Abaixando a cabeça parecendo olhar fixamente para ela. Era seu fim...

Mas, lá em cima, no corredor onde Ghostface se encontrara, pronto para descer as escadas e acabar com a raça de Melissa, ouviu-se passos. Rápidos.... botas... era a segurança. Um verdadeiro alvoroço, seguido de gritos:

—Corredor 07!!! Corredor 07!!

E a voz de Mara berrando desesperada:

—Espera!!!! Vocês não entendem!!!

Ghostface parou, deu um passo para trás, Melissa suspirou aliviada. O Mascarado olhou para o lado esquerdo, e bem a sua frente, á uns 8 metros, estava um oficial, armado com uma metralhadora, apontando para ele. A Figura fantasmagórica pendeu a cabeça para o lado, meio que não compreendendo a intenção do oficial. Do lado oposto do corredor, Mara, Hannibal Lecter e mais 5 agentes da segurança vinham correndo. Enquanto isso, o oficial na frente de Ghostface parecia aflito. Mara vinha correndo lá do fundo com a cavalaria exclamando:

—Não atire!!! Não atire!!! É o Andrew Embaixo do disfarce!! Não atire!!

O Oficial exitou... mas Ghostface.... olhou rapidamente para sua faca, e se aproveitou da situação de que não seria baleado. E num segundo de decisão, segurou sua faca pela ponta, pegando impulso pelo braço, lançando a faca contra o oficial. A Lâmina rodopiou no ar, e... na mosca! A Faca entrou pelo pomo de Adão do sujeito armado, que nem viu o que o atingiu. Se ajoelhou no chão deixando a arma cair. Enquanto sangue já escorria pela sua garganta. Atrás da vítima, outro homem, alto, vinha correndo armado. Ghostface tinha de ser rápido. Em questão de segundos, pousou a bota sobre o ombro do homem ajoelhado, com a faca no pescoço, e pisando em seu ombro, o empurrou para trás com a perna, enquanto com a mão retirava a lâmina de seu pescoço. O Jato de sangue monstruoso saiu, e o oficial caiu de costas no chão, para não se levantar mais... morrendo aos poucos...

O Segundo brutamontes já vinha, mas sem a intenção de atirar. Levantou sua arma com as duas mãos, pronto para usá-la para bater na cabeça do Mascarado, que, no último segundo, desviou do golpe se abaixando. O Oficial acertou o ar, errando o golpe com a evasão do psicopata. Mas antes que o oficial pudesse tentar outro golpe, sentiu a faca penetrar em sua virilha, Ghostface que estava abaixado, levantou a faca na virilha do pobre coitado. Que caiu sem pestanejar numa expressão de dor agonizante. O Assassino retirou a faca rapidamente, e a hemorragia era assombrosa. Mara e os outros já se aproximavam. Era uma questão de segundos para agir. O Mascarado remexeu nos corpos dos dois soldados moribundos por uns dois segundos, suas ações eram muito rápidas. Em seguida, partiu a correr em disparada dobrando um outro corredor, sumindo de vista de todos. Mara e a cavalaria chegaram nos dois feridos.

O Da garganta já estava morto, e o segundo, da virilha, em estado de choque, tremendo, revirando os olhos... prestes a morrer. Um segurança, atrás de Mara, deu voz de comando:

—Vamos!! Separem-se! Vamos pegar essa aberração!
—Não! -Gritou Mara.
—O Que foi? Respondeu o segurança.
—Silêncio.... -Mara olhava fixamente para onde Ghostface fugiu.... dando passos para trás... e olhou para os dois soldados mortos no chão... que estavam com o coldres vazios. Mara então disse: -Se eu fosse vocês... começaria a correr..... agora mesmo...

Ninguém entendeu nada, até que de repente, Ghostface se vira da esquina do corredor, jogando duas esferas pequenas, seu braço ao se abrir lançando os objetos ficaram bem evidentes pelas tiras pretas que dançavam no ar conforme seus movimentos... Todos pararam, era como se o tempo tivesse parado, o medo tomou conta naquele segundo. Naquele exato segundo em que o assassino mascarado lançou sua surpresa.... granadas!

Mara abriu a boca gritando:

—Corram!!!!

Todos correram como maratonistas, tropeçando um em cima dos outros, Mara que era pequena passou por dentre eles bem fácil.... Hannibal Lecter já não estava mais lá.... desapareceu, e naquela corrida desesperada pela vida, Ghostface rapidamente se recolhia de volta. Quando deu-se a explosão!

Lâmpadas, portas, concreto, tudo se desfez em estilhaços, com o alto estouro! Foi tudo pelos ares. Dois seguranças que estavam mais para trás tiveram seus membros arremessados contras as paredes tamanha força da explosão, lançando suas pernas e braços contra as paredes paralelas. E A explosão quase conjunta da segunda granada que caiu ainda um pouco mais longe, foi ainda mais fatal. BUM! Para todas as esperanças. Parte do teto começou a despencar sobre os corpos, e uma pedaço de parede enorme se lançou contra a cabeça de um dos seguranças, estourado seu crânio rapidamente, fazendo um tipo de "Splash!". Aquela área do corredor estava em frangalhos. Destruído completamente. Tudo tremeu. Era como se um terremoto tivesse acontecido nas instalações. Ao menos o chão, ainda que esburacado, não despencou.

Mara, Caída no chão, se levantava toda ralada, ainda quase surda pelo tamanho da barulheira. Se apoiando na parede, se viu como a última sobrevivente. Olhando em volta, tudo destruído e pintado de vermelho. E os corpos agora, eram massas gelatinosas desmembradas ou esmagadas embaixo dos enormes pedaços de concreto. A Garotinha suspirou... e gritou:

—Hannibal!!!! Cadê você?!

Melissa corria de volta a recepção, fazendo o caminho reverso, para o corredor A-1 do qual Ghostface usou para chegar lá em cima. Corria como louca.

Chegou no segundo andar subindo as escadas depressa. Estava em outro corredor do andar de cima que se deu a explosão. Estava tudo limpo, vazio. Deserto. Mas podia ouvir os gritos que ecoavam pela instalação. Tinha que se esconder, avisar alguém ou encontrar segurança. Estava parada numa encruzilhada de corredores. Pra qual direção seguir?

O Som agudo da faca sendo tirada do suporte a despertou para o terror, Se virou no pulo, Ghostface vinha corredo em disparada em sua direção.

—Ah!!!

Melissa correu dobrando á direita, passando a mão na parede durante sua curva. Enquanto corria, olhava para trás rapidamente, Ghostface já dobrava o corredor, como ele era rápido. Aos berros, a mulher corria mais que podia. Virou a esquerda, depois a direita, e ia tentando se esgueirar naquele labirinto, mas nada parecia enganar o Serial Killer, que seguia sua rota religiosamente correndo.

Até que enfim, se viu que estava bem mais á frente, entrou á esquerda rapidamente sem que ele visse, as pressas, abriu a primeira porta que viu, e a fechou com cuidado. Havia um quadradinho de vidro na porta, permitindo ver o corredor. Na sala em que ela entrara, era um escritório, deus sabe de quem. Lutava para recuperar o fôlego, tentando não ser ouvida:

—Que merda...

Ainda tremendo, esperou alguns segundos. Não notou nenhum passo ou barulho exterior. Confiante de que tinha conseguido, resolveu dar uma espiadinha pelo vidro da porta, foi quando sua alma gelou, Ghostface estava bem ali! Andando, sorrateiro, e silencioso, olhando em volta naquele corredor vazio. Era assustador a forma como ele se movimentava, se virava pendendo o corpo para os lados, esticando a cabeça para frente. Melissa foi para trás na hora, ficando de costas para a porta, rezando, tampando a boca, tentando até prender a respiração, com medo de que o Assassino a ouvisse.

Ghostface colocou a cara no vidro, observando dentro da sala, Melissa se abaixou na hora, ficando encolhida embaixo do vidro da porta, fora do campo de visão do Serial Killer. Podia ouvir sua respiração embaixo da máscara. Tremendo e apavorada, Melissa se urinou... o líquido quente escorria por entre suas calças conforme ela estava agachada. E no último minuto, Ghostface tirou o rosto da porta. E pareceu seguir em frente. Melissa suspirava:

—Obrigada, Senhor.... obrigada...

Até que se ouviu um baque. "PA!". Uma das portas do corredor, fora arrombada. O Mascarado estava começando sua busca do fim, ao começo do corredor, arrombando porta por porta.... "PA!" Mais um baque se deu. Melissa se levantou, se afastando da porta, com medo de levar uma pancada.

No corredor, Ghostface chutava mais uma. E outro baque ecoava. Ele esgueirava a cabeça rapidamente dentro da sala, e ao não ver nada, partia para a próxima... ele estava se aproximando, as pancadas estavam mais perto, mais ou menos a duas ou três portas de distância da sala de Melissa... "PA!"....

Melissa, em pânico, se lembrou que a porta por onde entrou, abria para fora, e decidiu usar isso. Ela iria chutá-la na direção do mascarado, e não o contrário. "PA!" Mais um baque se deu... a sua seria a próxima. Melissa se preparou, quando viu a Máscara posicionada em sua frente, berrou como uma lutadora e chutou:

—Ah!!!!! -E a pancada se deu. Melissa arrombou a porta, que bateu violentamente contra Ghostface, que caiu aparentemente desacordado no chão, Melissa começou a correr novamente, ainda que escorregou em sua própria urina, batendo com o cotovelo no chão. Mas não se abalou, deixou o mascarado caído "Desmaiado" e seguiu sua rota......

Já estava correndo perdida a quase cinco minutos, até que se viu em outra encruzilhada de corredores...Hannibal Lecter apareceu ao longe na passagem a sua frente:

—Hey! Garota!
—Ah... por favor, me ajude!

Hannibal parou, a encarou sem dizer uma palavra. Melissa não entendeu muito bem, achou estranho o homem parado lá, a encarando sem mais nem menos, sem se aproximar para ajudar:

—O que foi? -Disse ela.

Hannibal sorriu:

—Você claramente não entende muito dessas coisas.
—O Que quer dizer?
—Eles.... sempre.... estão.... atrás de você...

Antes que Melissa pudesse reagir a alguma coisa. Ghostface saltou do nada de um dos corredores, agarrando a moça por trás, lhe tampando a boca, a esfaqueando sem dó no peito e no abdomen. Uma... duas.... três... quarto... cinco... facadas e o sangue escorria manchando todo o avental branco de vermelho... Seis... sete... oito... nove...... E Após afundar e entortar a faca em sua barriga, a retirou. lançando o braço para trás... O Sangue respingou em arco. Com Melissa despencando de costas no chão. Completamente ensanguentada... com sangue jorrando de sua boca. Deu sua última fitada na máscara. O Fantasma a encarava, com respingos de sangue por toda a máscara.... Melissa cuspiu um pouco do sangue como um insulto....

Ghostface se debruçou sobre ela, Levantando a lâmina, trêmula... Melissa fechou os olhos... e com força, o Mascarado lhe deu o golpe final, no rosto. O Líquido vermelho saia com uma substância viscosa, O último engasgo e deu para Melissa. Que morreu bem ali. O Serial Killer retirou a faca, e percebeu que alguém estava em sua frente, era Hannibal Lecter, que sorriu cinicamente:

—Boa noite, cavalheiro.

Hannibal lhe deu um baita chute no rosto, apagando o psicopata. Que caiu desmaiado.

Enquanto isso, Mara se aproximava, surgindo por trás de Hannibal, ainda meio surda e desnorteada, toda ralada, coberta de sangue e poeira, ofegante, proferiu:

—Doutor..... precisamos conversar....


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Notas finais do capítulo

Todos nós fãs de terror tivemos uma perda. A Perda do Mestre Wes Craven. Um dos maiores cineastas de terror de todos os tempos. Criador de Freddy Krueger, e Ghostface. Seria impossível para qualquer um, uma dia fazer algo que fosse á altura do Wes. Porque ele era um verdadeiro mestre. Aterrorizou gerações e ensinou como se faz um bom terror para muitos. Eu jamais poderia expressar a perda enorme que é não ter mais Wes Craven. Mas posso pelo menos, prestar uma homenagem a esse gênio que me inspira em todos os sentidos. Espero que tenham gostado, no próximo episódio de "Segurança contra o Horror", tem muito mais! Obrigado.



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