Entre l'amour et la guerre escrita por KingR


Capítulo 4
Capítulo quatro.




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—Já que lhe contei tudo que precisa saber por enquanto você deve ir para casa e eu devo voltar antes que os vampiros do Marcel que agora são do Klaus deem falta.—diz Hayley.

—Tudo bem... só.. eu não sei o que fazer, já que estou desaparecida desde ontem.—digo nervosa.—Além de ter acabado com o carro do meu irmão e...—lembrei da cena horrível da Alice.—ter matado uma pessoa.

—É realmente complicado.—diz ela.—Você deve voltar e explicar para o seu irmão e pedir ajuda ele para te encobrir por enquanto, irei pedir um favor para uma pessoa para ajuda-la com esse infortúnio.

Fiquei mais aliviada.

—Obrigada Hayley, não sei o que seria de mim se eu não tivesse encontrado a Rebekah e o Elijah, pois eles me trouxeram até você... Provavelmente estaria agora ainda perdida ou coisa pior.—A gradeço com toda sinceridade e gratidão.

Ela sorri.

*

Estava agora em frente a minha casa, parecia que havia levado um soco no estomago de tão ansiosa e preocupada.

Eu toquei a campainha, pois perdi a chaves na batida, assim como a minha pulseira de ervas, mas provavelmente não iria mais precisar, já que Hayley disse que lobos são imunes a hipnose.

Meu irmão atende a porta e no mesmo mento que me vê fica paralisado e logo me abraça bem forte.

Retribuí o abraço, ele parecia aliviado naquele momento, mas depois nos separamos.

—O que aconteceu?—ele pergunta não acreditando que eu estava realmente ali.

—Aconteceu uma coisa muito loca comigo.—digo.

*

Havia explicado tudo ao Luke, o mesmo ficou incrédulo, mas logo acreditou em mim, disse que a mamãe e o papai estavam procurando cegamente por mim, e que tinham chamado a policia, também falou que haviam encontrado o carro destruído do meu irmão. Luke não mencionou o fato de que havia uma garota morta lá.

—Falaram mais alguma coisa? Se... por acaso havia mais alguém?— não queria dizer que tinha uma pessoa lá, caso o vampiro tenha a pego.

—Não... por que? Você estava acompanhada?—perguntou Luke.

—Ah, não... é que.. como eu disse, o vampiro que apareceu lá ainda poderia está lá.—digo disfarçando.

—Entendo.—ele fala.

Estávamos sentados no sofá, quando a campainha toca.

—Luke, filho, esquecemos a chave.—diz a voz da mamãe.

—Luke, não digam a eles que eu apareci, será muito confuso essa história toda, e não sei se tenho capacidade agora de inventar uma... então finja que eu nunca estive aqui, irei me esconder debaixo da sua cama.—falo rápido e baixo.

—Certo, mais eles ainda iram está sofrendo por você.—diz ele também baixo.—Não será muito justo fazer isso com eles.

—Luke?!—chama o papai.

—Não será justo traze-los para esse mundo.—digo.—por favor Luke, não conte nada.

Ele confirma com a cabeça.

Eu subo correndo e silenciosamente em direção ao quarto do Luke, escondi-me em baixo da cama, se por acaso aguem entrasse lá.

—Os policiais ainda não têm noticia dela.—diz minha mãe com uma voz de choro, nossa como minha audição melhorou, assim como o olfato e visão.

—Mãe, iremos acha-la, e bem.—diz Luke, presumo que ele a abraçou.

—Mãe e pai, odeio fazer isso com vocês.—digo sussurrando, refletindo sobre tudo, desde quando começou aqueles malditos pesadelos que pensei que fossem só estresse.

Eu estava me sentindo a pior pessoa do mundo naquele momento, por deixa-os mais sofrerem e por ter tirado a vida de uma pessoa, por que não fui competente o bastante.

Estava feliz por um lado, pois Hayley e seus amigos me ajudaram, e com muito medo, já que sei da verdadeira situação da cidade.

Estava preste a começar uma guerra entre vampiros e bruxas, e eu só apenas pensava nos inocente no meio do fogo cruzado.

Queria tirar minha família da cidade, já que poderiam ser vitimas desses ataques constantes, pois se não fosse por minha transformação eu estaria morta.

Agradeço por ser diferente logo no momento que iria ser sugada por aquele maldito vampiro e praguejo já que terei que suportar essa terrível dor novamente na próxima lua cheia.

*

Depois de alguns longos minutos a porta do quarto se é aberta, sabia que era o Luke e que estava sozinho, pois senti o cheiro.

Saí de debaixo da cama e deitei em cima.

—Ai Luke, você não sabe o quanto estou intrigada e dolorida.—digo.

Luke tranca a porta.

—Isso é tão novo pra gente, descobrimos tudo tão rapidamente.—diz ele.—E agora você é um lobisomem, e passa por essa tortura de quebra de ossos.

Meu irmão se senta ao meu lado na cama.

—Desculpe não está sempre ao seu lado quando você mais precisa.—diz ele.—Desculpe irmãzinha.

—Luke, você não fazia ideia e nem eu... não se culpe por isso.—falo sentando na cama e o abraçando por trás.

—E agora, o que faremos com os nossos pais? A respeito do sumiço?!—fala ele.

—Como falei a pouco, essa garota Hayley disse que ira me ajudar e que iria pedir um favor a uma pessoa... não sei como essa pessoa iria me ajudar, mas...—soltei o ar.

—Espero que dê certo.—diz ele.—Por enquanto vai ficar se escondendo em meu quarto?

—Não sei, talvez... Irá ser chato, mas é o jeito.—digo.

Bocejo, era a tarde, mas estava exalta.

—Preciso dormir por alguns dias.—digo.

—Tá bem. Irei cuidar para o papai e mamãe não entrarem aqui... mas antes...  irá tomar um banho e tirar essas roupas de quem você nem sabe o dono.—ele fala deixando-me um pouco mais aliviada.

—É sempre bom contar com a família.—digo sorrindo para ele.

Levanto-me e vou direto para o banheiro dele, tomo uma bela e demorada ducha e me enrolo na toalha, volto ao quarto quando pego uma camisa preta com magas medianas dele e visto-me, transformando em um vestido bem folgado.

Voltei para cama e deitei abraçada com ele até cair no sono.

***

Acordei muito bem renovada, não havia sinal do meu irmão e eu estava com uma baita fome.

Levantei-me da cama, olhei no relógio e eram 07:25 da manhã, deveria está na escola, mas... nessas condições não dava mesmo.

Droga! Com certeza todos da escola estavam sabendo do meu desaparecimento e o da Alice... muito estresse para uma adolescente só.

Como irei reparar isso? Como irei da um jeito? Nos meus pais eu consigo, mas... em uma escola toda não, mesmo que eu não tendo conhecimento de todas as pessoas da escola eles devem pelo ou menos terem ouvido falar da garota que sumiu após um acidente de carro.

Quando foi que minha vida ficou assim? Tão complicada?!

É muito difícil de aceitar toda essa história, muita coisa para se preocupar, vou acabar enlouquecendo ou ficando em depressão. 

Não estava sentido o cheiro dos meus pais, eles não estavam, e o Luke estava cozinhando algo.

Desci as escadas e fui ao encontro do meu irmão.

—Pensei que não iria mais acordar.—diz Luke comendo um pedaço de panqueca.

—Por quanto tempo eu dormi?—sento-me na mesa.

—Por um dia e meio.—diz ele.

Fiquei incrédula, ele só poderia está brincando.

—Sério?—falei já acreditando.

—Sim, não saí de casa só por sua casa.—diz ele.—nossos pais estão na delegacia, papai acha que ficar esperando não irá ajudar muito nossa mãe. 

—Imagino a dor deles. Como eu queria contar.—digo.

—Tudo pela segurança deles.—diz meu irmão.—Ah, você tá com uma babinha aqui.—ele fala acariciando o seu próprio rosto.

—Acho que devo fazer minhas higienes.—digo já levantando-me e indo ao banheiro.

*

Depois de me higienizar e tomar o café da manhã fui assistir um pouco de TV no quarto do Luke. Espero muito que não divulguem o meu sumiço.

Eu havia pego o número da Hayley, caso conseguisse um novo celular para entrar em contato com ela, peguei o do meu irmão emprestado.

—Hayley? Aqui é a Ravenna. Espero ansiosamente que tenha conseguido pedir o favor a pessoa que mencionou.—escrevo e envio imediatamente.

Espero por alguns minutos, logo ela responde.

Sim, eu consegui, esperei apenas você entrar em contato. O homem a quem eu pedi o favor você já o conhece, Elijah. Ele irá compelir seja quem for para você não se complicar mais ainda nessa situação.—fico feliz por ela está me ajudando de verdade, poucas pessoas fariam isso por um estranho.

Recebo outra mensagem dela.

—Passe seu endereço, ele irá ai ao anoitecer.—Hayley.

Agradeço-a mentalmente por tirar esse peso da minha costa.

Muito obrigada, Hayley, eu terei uma divida eterna com você e seu amigo.—respondo.

Coloco o celular na cama. Fiquei mexida por aquele homem aceitar me ajudar. Elijah é um dos homens mais belos que já vi.

Quando dei por conta estava sorrindo lembrando dele e como sua postura passava respeito e uma certa obscuridade temerosa.

*

Contei da novidade para o meu irmão. Por cerca do meio dia meus pais estavam exaustos em casa, minha mãe queria manter-se ocupada, mas meu irmão a aconselhou tomar um chá calmante e descansar.

Havia chegado à noite e eu mais que nunca estava ansiosa, Elijah viria e tiraria esse peso da minha costa.

A campainha tocou, senti um perfume familiar, era o Elijah.

Escutei alguém abrir a porta.

—Posso entrar?—pergunta Elijah.

Falei com Luke que teria que convidar o Elijah, pois ele era um vampiro e para nos ajudar teria que ser convidado, ou caso ao contrario não entraria.

—Estávamos esperando por você.—diz Luke, meu irmão sabia quem era por eu ter detalhado muito bem.—Entre por favor.  

Elijah adentrou a casa, meus pais estavam lá em baixo com certeza não estavam intendendo nada.

—Você é um policial?—pergunta minha mãe.

Elijah nada diz.

—Fique quieta e obedeça a mim.—escuto Elijah dizer.

—Sim.—responde minha mãe.

Que estranho, ah... ele estava hipnotizando-a.

—O que está fazendo?—escuto meu pai dizer.

—Isso também serve para você.—diz Elijah ao meu pai, eu acho.

—Minha irmã me explicou tudo, ela está lá em cima.—pronunciou-se Luke.

—Certo, irei conversar com ela.—diz Elijah.

Eu estava perto da porta do quarto para escutar melhor a conversa.

Elijah bate na porta dando-me um susto.

Eu abro.

—Olá novamente.—diz ele com um pequeno sorriso.

—Olá.—falo, eu estava tremendo um pouco.

Dei espaço para ele entrar no quarto, fechei a porta e virei para o mesmo homem de vestimentas caras.

—Primeiramente quero agrade-lo. Você atendeu ao pedido da Hayley de ajudar aguem que você não tem a mínima obrigação.—falo bem sincera.

Ele da outro sorriso, enquanto observa algumas minis estuas da coleção do meu irmão na prateleira.

—Sobre isso que gostaria de falar com você.—diz ele.—Não foi só por causa do pedido da Hayley que vim lhe ajudar.

—Não?

—Você está mais envolvida nesse mundo sobrenatural do que pensava.—diz ele finalmente olhando para mim.

—Como assim? Eu sei que sou uma loba, mas... não é lá essas coisas comparada ao todo resto que a Hayley me contou.—digo.

—Ravenna, sua situação só se agrava.—diz ele assustando-me por completo.

—Como assim Elijah? Não consigo imaginar algo pior do que essas coisas que estão acontecendo agora na minha vida.— digo.

—O que lhe contarei a seguir influenciará em sua decisão de compelir seus pais, talvez até seu irmão.—ele diz.

Cada vez mais calafrios me invadem apenas de curiosidade, medo e ansiedade.

—Fale, estou pronta para o desastre.—digo.

Na verdade não estava, mas tinha que aceitar logo.

—Creio que conheceu alguém chamada Agnes.—Começa ele.

—Sim, ela é um Bruxa, não falo com ela há muito tempo.

—Essa mesma bruxa deixou informações de que uma garota recém-chegada na cidade estava destinada há algo muito grande,—ele deu uma pausa.— E que os ancestrais há de ter planos para ela. Planos esses que a levaria causar o fim dos inimigos, ou seja, os vampiros.

Ficamos calados por alguns minutos. Até a fixa cair e eu concluir que essa garota sou eu.

—Sou eu, não sou?—digo cabisbaixa com aquela nova situação.

—Sim, infelizmente.—diz ele.—Não é bom para uma criança participar desse show de horrores.

—Como você é um vampiro, acha que realmente sou uma ameaça?—pergunto temendo sua resposta.

—Acho que quanto antes você souber da situação e escolher um lado, poderemos nos preparar.—diz ele.—E espero que se alie a mim, caso ao contrario será um ameaça aos vampiros, e cada um deles irá fazer de tudo para entregar-lhe sua cabeça ao meu irmão Klaus.    

Bateu o terror.

—Acho que vir para essa cidade não foi uma boa ideia.—reflito.— Eu não quero participar dessas coisas pois sei que acabará em sangue, prefiro mudar de cidade com minha família ou até de país.

—Creio que os ancestrais não irão deixa-la sair desta cidade, pois precisão de você, e meu irmão que já deve está sabendo disso irá quere-la ao seu lado, então irá caça-la até conseguir o que quer... mesmo que tenha que tirar sua família de você, e não será com por favor.—diz Elijah.

Viro-me de costa para ele, coloco a mão na cabeça e tento absolver a informação sem pirar com tudo isso.

Como será minha vida daqui para frente? Estou com muito medo de envolver-me nisso.      

—Diga-me... o que devo fazer?—eu queria chorar, era muita pressão, mas não iria chorar na frente dele.

Virei para olha-lo.

—Deve vir comigo, e deixar sua família para os mesmo não correrem riscos.—diz Elijah.

Sei que uma lagrima iria escorregar a qualquer momento, muitos me jugariam fraca, mas o que iria fazer? Não tenho escolha, não quero que minha família corra perigo por minha causa. Isso não deveria acontecer comigo, até alguns dias eram só pesadelos que me atormentavam e agora... é tudo isso.  

—Eu irei com você.—deixo uma lagrima escapar, segurava-me no máximo para não entrar no desespero.—Mas... faça-os esquecer de mim... por favor. Diga a eles para irem... para longe de Nova Orleans.

—Sabia escolha.—diz ele passando por mim e indo para baixo.

Eu queria despedir-me, mas... iria acabar voltando na minha escolha e complicaria tudo. Sei que são a minha família, mas... estou pensando neles primeiro, quero que estejam longe desse lugar, onde podem usa-los como vantagem para me atingir. 

Eu chorava silenciosamente mais bem agoniada. Estava sofrendo muito com essas preções, preciso mesmo focar-me em algo para passar essa dor absoluta em meu coração.

Em alguns minutos Elijah retorna.

—Está feito.—diz ele.

Eu permanecia de costa para ele.

*

Elijah e eu saímos pela Janela, como não havia fotos ou algo que minha família poderia lembra-se de mim facilitou mais o trabalho. 

Levei o celular do meu irmão, onde havia muitas fotos e também o contato de Hayley, Luke com certeza vai pensar que foi roubado ou perdeu em algum lugar.

Estava no carro com Elijah, ele dirigia atentamente e as vezes olhava como eu estava, eu estava ao seu lado com a cabeça encostada no vidro da janela e olhando as pessoas que não faziam ideia do que aconteciam ao redor delas.

Não demorou muito nossa chegada a uma linda mansão, ele estacionou e em seguida guio-me até a entrada.

—Seja bem vinda.—diz ele.

Eu observo dentro da mansão, era tudo muito lindo, senti a falta de alguns moveis.

—Desculpe pela falta de alguns objetos, meu irmão é meio possesivo com algumas coisas.—diz ele.

Escuto um barulho de salto na parte de cima, perto da escada.

—Pelo ou menos essa casa não estará mais tão vazia.—diz a loira com seu típico sorriso.

—Rebekah mostrará seu quarto.—diz Elijah.

Rebekah fez um sinal com a cabeça para que eu a seguisse. A loira mostrou o meu quarto, era muito lindo, se fosse a outros momentos eu estaria supervalorizando tudo.

—Aqui é muito bonito e aconchegante.—sento-me na cama de casal.— Obrigada.

Ela ri novamente e senta ao meu lado, movimentando a cama.

—Então, sei que está em um momento difícil, mas o sacrifício que você fez foi necessário.—ela fala.

Concordo com a cabeça olhando para a mesinha de flores a minha frente.

—Creio que já saiba de toda história.—diz ela levantando-se.

—Sim.—digo.

—Ótimo.—fala saindo do quarto.—Se precisar de algo, chame.

E ela fecha porta.

Sério isso? Estou morando com dois estranhos que eu conheci a dois dias. Como foi que isso aconteceu mesmo? Pois está sendo tudo um flesh.

—Por que precisão de mim? O que tenho de tão especial? E por que logo eu?—falei sozinha encarando um ponto qualquer do quarto. 

A pergunta que mais me faço desde que isso começou é: Por que logo EU?

Resolvi higienizar-me, estava tarde e eu precisava dormir, mesmo que não conseguisse.

*

Revirei-me muitas vezes na cama, mas não conseguia dormir, até chorei algumas vezes em silencio, isso tudo estava matando-me por dentro.

Mas finalmente consegui dormir. Não havia sonhado com nada.

Era 9 da manhã quando acordei, o friozinho era muito aconchegante mesmo com os raios de sol.  

Esfreguei os olhos e olhei para o teto, ainda no conforto daquela enorme cama.

Por que deveria sair da cama hoje? Se sei que não tenho mais família por perto, não tenho os abraços e beijos da minha mãe, apenas tinha preocupação de como seria o dia hoje e o de amanhã.       

Deveria lutar para mais cedo acabar, para que voltasse o mais rápido possível para minha família.     

Essa era minha motivação.

Levantei-me e fui direto para o banheiro, fazer minhas higienes.

Quando terminei enrolei-me na toalha e desfiz a minha mala, que estava toda bagunçada, pois enquanto Elijah estava compelindo minha família eu apenas joguei todas as minhas roupas, sapatos, que não eram muitos, dentro da minha bolsa de viagem.

Arrumei tudo e coloquei no closet que lá estava. Arrumei-me, pus uma calça preta e uma blusa de manga mediana verde musgo, por cima uma jaqueta de couro preta e minha famosa bota cano médio marrom escuro. 

O que eu iria fazer hoje? Não fazia a menor ideia, apenas quero distrair-me um pouco.

Saí do quarto e fui para o andar debaixo, estava sozinha? Pois não sentia o cheiro de nem um dos dois.

Procurei a cozinha e quando achei resolvi procurar algo para comer, por sorte havia leite e cereal.

Comi na cozinha mesmo, pensando em todos os cafés da manhã que passara com minha família.

—Ah você está ai...—diz Rebekah aparecendo do nada.   

—Bom dia pra você também.—falo recuperando-me do leve susto.

—Mudanças de plano.—começa ela.—acho que nosso irmão Klaus está nos perdoando, e disse ao Elijah que poderíamos nos juntar a ele... Então iremos deixar essa casa hoje.

Ah não! Espero que não seja pra lá e pra cá sempre.

—Logo agora que acabei de arrumar minhas coisas.—falo e logo dou mais uma colherada de cereal.

—É a vida querida. Vai se acostumando.—diz ela e ameaçou sair do local.     

—Rebekah?—eu a chamo e ela se vira para dar-me atenção.— Vou ter que morar no mesmo lugar que Hayley? Onde é cercado por vampiros? Não basta uma só loba e agora duas lá... isso não irá fazer com que os vampiros fiquem um pé atrás?

—Provavelmente sim, mas a loba está gravida e você é só uma adolescente, eles irão ter que se contentar. Tenho certeza que Elijah deu um jeito.

Fiquei calada e apenas aceitei com a cabeça.

***

Eu adentrava o local onde vi pela primeira vez Hayley, agora que observei que este lugar era muito bonito e ao mesmo tempo sombrio, enquanto entrava cada vez mais até chegar ao centro do pátio onde havia muitos andares e escadas os vampiros apenas seguiam-me com o olhar de desconforto.  

Rebekah estava um pouco a minha frente e Elijah estava na arquibancada do segundo andar.    

Meu corpo sentia o desconforto, aqueles vampiros eram as ameaças, a qualquer momento um deles poderiam vir me atacar e isso era como andar em uma corda bamba em que qualquer momento poderia ceder.

—Seja muito bem vinda irmãzinha.—diz uma voz com certo sotaque atraente e com um pouco de sarcasmo, acho que era inglês.       

Viro-me para a direção da voz, fiquei muito surpresa, era aquele homem a que esbarrei há um tempo e o mesmo que vi na exposição dos quadros.

Ele sorri sem mostrar os dentes para mim.

—Seja bem vida... Ravenna Burnier.—seu tom havia mudado, não sei descrever ao certo, mas era meio sexy.

Elijah com certeza havia falado de mim para ele, por isso sabia meu nome.

Nada falei, não sabia o que dizer, estava nervosa e muito desconfortável, como se estivesse na floresta nua.

—Irei mostra-lhe o seu quarto.—uma mulher negra super estilosa com o cabelo espetado, como moicano, chamou-me a atenção.

Eu a segui, senti que o homem seguiu-me com os olhos.

*

Este quarto novo tinha mais haver comigo do que o outro daquela mansão.

Estava tudo arrumado, eu coloquei minha bolça/mala no chão e comecei a organizar minhas roupas no closet.

Achei no meio da bagunça da minha bolça o celular do Luke, que agora era meu.

Peguei o objeto e coloquei nas fotos, sorri ao ver uma foto da nossa família unida, meus olhos ameaçaram encher de lagrimas.

Disse não com a cabeça em sinal de afastar os pensamentos que iriam fazer-me chorar.

Joguei o celular em cima da cama e organizei o resto das minhas coisas. Por último pus a caixinha de música da minha avó falecida no criado mudo à esquerda da cama.

—Você pode decorar para ficar mais a sua cara.—diz uma voz familiar feminina, virei-me e era a Hayley escorada no batente da porta que eu havia esquecido aberta. 

—Hayley!—digo sorrindo indo abraça-la.

—É bom ver que você está bem.—diz ela ainda me abraçando, mas não tão forte para não apertar a sua barriga.

Separamo-nos sorrindo.

—Sinto-me mais confortável com alguém familiar aqui.—diz ela com suas mãos em meus ombros.

—Ainda não me acostumei com essa história de ser loba.—confesso para ela.

—Você vai superar, eu irei ajuda-la.—diz ela.

Sorri mais uma vez.

—Amanhã irá ter um festival chamado The Casket Girls, espero que escolha alguma fantasia baseado no tema.—diz Hayley tentando me animar.

Concordo com a cabeça dando um sorriso fino.

*

 Hayley convidou-me para um tour em “minha” nova casa, mas eu disse que no momento eu precisava ficar sozinha e pensar sobre tudo que está acontecendo.

Estava à tarde quando resolvi procurar por Hayley, precisava comer algo.     

Passei em frente ao um quarto onde havia uma menina e um cara, os dois pareciam ser bem jovens como eu, mas deixei quieto e continuei à procura da Hayley.

A encontrei do outro lado da arquibancada que eu estava que era no segundo andar.     

Caminhei até ela.

—Desculpe incomodar, mas... sabe onde eu posso comer por aqui?—falei.

—É claro, vem.—diz ela virando-se e eu logo a seguindo.

*

Eu havia almoçado e jantado de tanto comer, os cozinheiros mandavam muito bem. Graças a Deus não havia nem um vampiro por perto.

Uma serviçal recolheu o meu prato, e eu observei o seu pulso e pescoço com curativos, os vampiros abusavam dos humanos aqui.

Eu tinha raiva de vampiros, mas não de todos. Hayley percebeu minha expressão ao ver os ferimentos da serviçal que acabara de sair.

—Sei o que está pensando e sentido, sou a mesma coisa.—diz ela.—Naturalmente nos lobos somos inimigos mortais dos vampiros, por isso toda essa tensão que está sentindo.

—Bom saber.—falo tomando uma taça de água.—Tenho uma curiosidade sobre você... você se transforma enquanto tá gravida? 

—Não, mas depois que tiver o bebê tudo irá voltar ao normal.—ela fala.

—Ah.—compreendi.   

Fui para o meu quarto e levei um prato de uvas comigo, quanto menos eu sair do quarto melhor.   

Estava a noite e como eu estava muito entediada decidi assistir TV, estava passando um filme dramático e senti que minha vida estava exatamente assim, dramática.    


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