HelpMe.net escrita por Leh


Capítulo 43
Capitulo quarenta e dois (Caio)




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Um peso enorme saiu de meu peito e senti uma vontade enorme de me desculpar com Felipe.
O que eu disse para ele foi com o propósito de machucá-lo. Eu conhecia o maior defeito de meu irmão: tomar a culpa de qualquer coisa para si, e eu acabara de piorar a situação.
A Senhora Valdeva quase abraçou o médico quando ele disse que Pedro tinha acordado, mas ela não o fez. Apenas perguntou o quarto.
Pedro estava na UTI, o que era preocupante, e o último horário de visitas já tinha passado, então teríamos que voltar amanhã.
Mas a senhora Valdeva se recusou a sair dali. Julia e June também. Felipe se ausentou dizendo que precisava ir ao banheiro. Eu aproximei minha cadeira da senhora Valdeva, que conversava com Samuel.
– Está tudo bem, tia - dizia ele - Ele já passou por muita coisa, não é isso que vai derruba-lo.
– Exatamente - falei me inclinando para segurar a mão dela - Ele vai sair desse hospital pronto para pular de bungee jumping.
– Oh, não - disse ela rindo um pouco - Basta sair vivo.
– Ele vai - falei ao mesmo tempo que Samuel.
Ela sorriu para nós dois.
– Obrigada, vocês dois são uns amores.
O outro deu uma risada e levou a mão da senhora Valdeva aos lábios.
– Obrigado tia.
– Oh, eu quase me esqueci! Sua mãe disse que você está namorando, não é? Ela disse que é uma garota linda.
Samuel sorriu.
– É sim, uma garota muito linda.
– Quero conhecê-la! Qual o nome dela mesmo?
Ele hesitou um pouco antes de responder.
– Amanda.
Segurei o riso.
– Vou pegar um café para você - falei.
– Vou te mostrar onde pegar o café.
Então eu e Samuel saímos para pegar o café.
– Amanda é a namorada do meu irmão.
– Eu sei - disse ele sorrindo - Por falar nele, Felipe parecia um pouco triste.
Balancei a cabeça.
– Eu disse algumas coisas erradas para ele.
– Eu entendo.
Chegamos à uma máquina de café. Samuel pegou o copinho, e colocou a moeda para depois escolher o tipo forte.
– Acho que ela vai precisar disso.
Acenei.
– Provavelmente.
Ele pegou o copinho cheio e me olhou sério.
– Você já sabe, não é? O que eu fiz?
– Sim.
– Ótimo. Pois saiba que não vai durar muito tempo.
– Eu só preciso de mais alguns dias.
– Pode ser que não dure tanto.
Então ele virou de costas e caminhou de volta para a sala de espera, me deixando angustiado naquele corredor apertado.
Vi Felipe passando lentamente pelo corredor de cabeça baixa, mas pude notar seus olhos vermelhos.
Apoiei a cabeça nas mãos com o coração apertado, mas sem coragem de pedir perdão, mesmo que o que eu mais quisesse era meu irmão e sua cabeça racional.
Mas mais que tudo isso, senti falta de um abraço dele.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoal! Desculpa a demora, mas ele veio! :D