Alcançando você escrita por memoriei


Capítulo 16
Excursão - segunda parte




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♥ Armin

         Ainda no ônibus, eu pensava por qual motivo Poliana riu de mim daquela forma. Será que faço algo de estranho enquanto eu durmo?

            Eu estava tão agitado quanto a tudo isso, meus pensamentos, tudo está confuso pra mim. Eu realmente não sei o que eu sinto.

            Como a gente ainda não havia chegado, eu resolvi beber algo para desviar meus pensamentos.

 - Armin, você não acha que é um pouco perigoso abrir isso dentro do ônibus? – Falou Poliana a me ver abrindo o suco.

 - Acho que não. Além disso, eu estou com sede. – Falei a olhando.

 - Tudo bem então. – Falou ela com um sorriso, logo voltando a olhar seu livro.

            Enquanto eu abria o suco, Poliana não saía da minha cabeça. Tudo está confuso, e principalmente, eu não quero ficar pensando nela em todo momento.

            “Será que eu não deveria ter ficado com May?” eu pensava enquanto levava o suco até minha boca.

 - Caramba, o que eu faço agora?! – Falei, enquanto eu olhava para o suco derramado em minha blusa. Tudo porque o ônibus passou por um quebra molas.

 - Nossa Armin! – Falou Poliana entre risos. – Eu te avisei!          

            Logo depois dela ter dito aquilo, ela pegou de sua bolsa uma pequena toalha.

 - Ainda bem que minha mãe colocou essa toalha aqui. – Falou ela com um sorriso, enquanto passava a toalha na mancha.

 - Poliana, eu acho que isso não vai resolver muito. – Falei soltando um pequeno riso ao ver Poliana aflita esfregando a toalha.

 - É. Você tem razão. – Falou ela envergonhada.

 - Não tem problema. Pelo menos você tentou. – Falei a encarando com um sorriso.

            Ela apenas sorriu e logo desviou o olhar.

            Logo depois de um tempo, ouço Poliana dar risada.

 - Por que está rindo? – Falei com um sorriso.

 - É que foi engraçado! – Falou ela tampando a boca com sua mão.

            Começamos a dar risada descontroladamente. Apesar de eu ter manchado minha blusa, não deixou de ser engraçado.

♥ Poliana

           Depois de um longo tempo, chegamos ao museu. E o momento de agir como cupido estava chegando.

           Todos desceram do ônibus assim que ele estacionou. E logo, todos estavam se espalhando pela entrada do museu nacional.

          A diretora anunciou que deveríamos nos separar em grupos e, assim ficaria mais fácil. E pela grande insistência de Rosalya nosso grupo ficou como queríamos, Rosalya, Armin, eu, Castiel e Ambre.

            Depois que nosso professor representante nos deu as regras, logo fomos andar naquele grande Museu de Seoul, Coreia.

—--

            Já faziam trinta minutos que andávamos por todo lado, e nada vinha em minha mente para meu plano de deixar Ambre e Castiel sozinhos.

 - Poliana! – Falou Rosalya me puxando para longe do grupo. – Você não acha que deveríamos ir ao banheiro? – Deu uma piscadela.

 - Gente, nós vamos ao banheiro. Alguém mais quer ir? – Falei, e logo pisquei para Ambre.

 - Podem ir. Eu ficarei aqui. – Falou Ambre com um sorriso.

            Castiel deu de ombros.

 - Eu vou ficar aqui também. – Falou Armin olhando para mim e Rosalya.

 - Não Armin. Venha com a gente. – Falei um pouco envergonhada.

 - Mas eu não estou com vontade de ir ao banheiro. – Falou ele sem entender o meu nervosismo.

 - Eu sei que você está com vontade. Agora venha Armin! – Falou Rosalya sem paciência o puxando.

                Nós nos distanciamos deles, que somente ficaram Ambre e Castiel.

            Armin nos questionou pelo que motivo obrigarmos ele a vir com a gente. Logo, contamos para ele toda a história e nosso plano de conseguirmos junta-los.

 - Isso é sério? – Falou ele boquiaberto. – Nunca imaginei nessa possibilidade.

 - É sério mesmo. – Falou Rosalya com um sorriso para ele.

            E assim foi nosso plano. Nós os deixamos sozinhos, e nada mais.

            Eu estava pensando o tempo todo se isso iria dar certo, pelo fato de nem termos nos esforçado muito para isso.

—--

            Eu não estava muito sabendo das horas, mas sei que já havia se passado muito tempo que estávamos andando sem direção.

 - Cansei! – Falou Armin, apoiando suas mãos encima dos joelhos. – Vamos parar um pouco.

 - Também estou cansada. – Falei passando a mão em meu cabelo.

 - Tive uma ideia! – Falou Rosalya com um enorme sorriso. – Vamos parar para comer algo e descansar um pouco.

 - Tudo bem, mas a onde vamos? – Questionei.

 - Eu tenho lanche dentro da minha bolsa, mas ela não está comigo, pois eu deixei com uma professora. – Falou ela passando a mão no pescoço.

 - E por que você deixou a sua bolsa com ela? – Falou Armin.

 - É que eu tinha uma câmera, e ela queria a câmera emprestada durante a excursão. – Falou ela com um sorriso. – Mas não se preocupe, eu irei buscar o lanche. – Falou ela, saindo correndo em direção ao museu.

            Após ela nos deixar sozinhos, resolvemos sentar em um banco perto do lago para podermos descansar.

 - Eu sei que você acabou de ficar sabendo do nosso plano, mas, você acha que isso vai dar certo? – Falei um pouco nervosa.

 - Eu acho que sim. E se tiver que dar certo, vai dar certo! – Falou ele com um sorriso.

 - Então, tomara que dê certo! – Falei com um enorme sorriso. – Eu nunca pensei que estaria fazendo uma coisa dessas. Desde que eu soube que ela gostava dele, eu passei a achar que eles formam um belo casal. Eu espero mesmo que esteja dando tudo certo com eles e... – Logo parei, quando vi que Armin me encarava.

 - Me desculpa. Eu acho que eu falei demais. – Falei soltando um pequeno riso.

 - Não falou não. – Falou ele com um sorriso no rosto.

 - É que eu começo e não consigo parar quando estou nervosa. – Falei desviando o olhar de seus olhos.

 - Espera aí. Olha pra mim, tem uma coisa na sua bochecha. – Falou ele passando os dedos em minha bochecha.

            No momento em que ele passou a mão em minha bochecha, eu fiquei meio nervosa, o que me fez senti-las esquentarem.

            Armin não tinha se afastado, e eu continuei imóvel. Nessa hora estávamos parados, e ele não tirava os olhos dos meus.

            E estranhamente, Armin e eu começamos nos aproximar. Eu não tinha reação, e fui até capaz de ouvir meu coração disparar.

            No momento em que estávamos perto um do outro, nossos olhos se encontraram. Eu não sei o que aconteceu, mas passei a pensar em May. Em como ficaria se isso acontecesse. Ela iria se chatear. Eu não sei o que ele sente por mim, eu agora, não sei o que sinto. E eu não quero fazer algo que me arrependa.

            Em instantes fui abaixando meu rosto para me desviar daquela situação, e Armin acompanhou meu rosto, e logo encostou sua testa na minha. Tudo que fiz foi fechar meus olhos, e logo que eu os abri me afastei e, sem pensar lhe dei um abraço forte.

 - Como assim? Eu atrapalhei alguma coisa? Alguém quer comida? – Questionou Rosalya, com várias coisas em sua mão. E logo eu e Armin nos separamos.

 - Eu sabia. – Falou Alexy, que estava ao lado de Rosalya.

            Armin os encarou sem jeito.

 - Muito obrigada! – Falei com um sorriso sem jeito indo em direção a eles. – Vamos, vamos ver se conseguimos achar Ambre e Castiel. – Digo, e em seguida começo a dar passos acelerados os deixando para trás.

 - Poliana... – Falou Rosalya atrás de mim.

 - Vamos! – Falei com um sorriso forçado.

            Logo depois de um tempo em que voltamos a andar pelo museu, todos estavam em silêncio.

            Parecia que eu estava fora do ar. Eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser naquele momento. Por que tinha que ter acontecido isso?

 - Poliana! – Falou uma voz masculina. Era Alexy que me desviou. – Cuidado, você quase tropeçou na lixeira.

 - Obrigada. – Falei com um sorriso.

 - Poliana. Está tudo bem com você? – Falou ele.

 - Está sim. É que eu só me distraí por um momento. – Sorri.

            Após termos andado muito, pudemos achar eles. Eles já não estavam juntos como os deixamos sozinhos horas atrás.

            Assim que nós conversamos, estava na hora de ir embora.

            No ônibus, Rosalya me pediu para me sentar com ela. E Alexy, seu parceiro, se sentou com Armin.

           O caminho para ir embora pareceu ser mais rápido do que na hora que fomos. E depois disso, ninguém mais tocou no assunto.

—--

             A mãe de Rosalya me levou para casa, e assim que cheguei, subi para meu quarto em silêncio.  Acho que meus pais haviam saído com Mac, e por isso só eu e meus pensamentos preenchíamos a casa.

           Assim que cheguei ao meu quarto, me deitei em minha cama. Eu podia ouvir os pássaros cantarem naquele fim de tarde. E também pude ouvir o vento que soprava a cortina.

 - O que aconteceu?! – Falei pra mim mesma com o travesseiro no rosto. 

            Percebi que ningúem podia responder essa pergunta. E que talvez aquele momento devesse ser guardado como um segredo.

♥ Armin

            Assim que eu cheguei em casa, parecia que tudo tinha caído a ficha naquele momento.

            Em momento nenhum eu pensei em May. Como eu pude fazer aquilo?

            Eu não sei o que eu sinto pela Poliana, eu não sei o que eu sinto pela May. Está tudo confuso.

            Eu acho que deveria dar um tempo em meu relacionamento. Eu não sei. Eu só sei que não quero ver May triste por uma coisa que eu fiz de errado.

            E agora eu cometi um erro com Poliana.

 - Armin? – Falou Alexy se sentando no sofá. – O que aconteceu hoje com você?

 - Não aconteceu nada. – Falei com a cabeça baixa.

 - Se você acha que pode me enganar, é aí que você mesmo se engana. – Falou ele me encarando.

 - É que... É que eu quase beijei a Poliana. – Falei envergonhado.

 - Ah, isso eu sei. Eu mesmo vi. Mas por que você quase a beijou? – Falou ele.

 - É isso que eu não sei! – Falei cubrindo o rosto com as mãos.

 - Armin. Se você quase a beijou, é porque você sente algo por ela. – Falou Alexy.

 - Não sei Alexy! – Falei me levantando e indo em direção a cozinha.

 - Como não Armin? – Perguntou ele me seguindo.

 - Eu estou confuso. Eu não sei o que eu sinto por ela e nem por May! – Falei em um tom nervoso, e logo o olhei.

 - Você já tentou perguntar para Poliana o que ela sente? – Falou ele.

 - Não. – Falei.

 - Olha Armin. Eu sei que está cofuso com tudo isso, mas eu só vou te dizer uma coisa. Para por um momento e analise bem o que sente por Poliana e May. Tente se descobrir Armin. – Falou Alexy. - Eu sei que é difícil, mas não adianta apressar as coisas na sua vida. E não adianta ficar com a May para ser feliz, e logo depois já pensar em família. – Pausou. – Seja e esteja feliz consigo mesmo. Eu só quero que você faça a escolha certa.

            Alexy por um minuto, por uma vez, me fez chorar. Tudo isso que ele falou paracia fazer sentido pra mim. E eu queria que fosse assim. Eu queria ficar feliz com minhas escolhas.  

            Talvez eu devesse mesmo parar e analisar. Eu gosto muito da May, mas não chego a gostar, e nem sentir algo por ela, como eu sinto por Poliana. 


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por ler e até o próximo!
Beijinhos♥



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