♥ Poliana

            Eu acordei ainda meio sonolenta, mas eu precisava acordar cedo para eu não perder o ônibus da excursão.

            Levantei- me e fui em direção ao banheiro para me arrumar.

 - Hoje é o grande dia, Poliana! – Disse pra mim mesma, olhando para o espelho.

            Assim que terminei de me arrumar, desci para comer algo antes de ir para a escola.

            Chegando lá, meus pais estavam assistindo um noticiário na televisão.

 - Bom dia Poli! – Falou meu pai ainda com os olhos em direção à televisão.

 - Bom dia pai. – Falei com um sorriso indo à cozinha.

            Eu não estava com muita fome, mas, meu pai sempre me diz que é importante se alimentar pelo menos um pouco. Então, resolvi tomar um suco de laranja.

            Enquanto eu tomava o suco, o som da televisão entrava em meu consciente. O noticiário parecia estar falando das grandes universidades.

 - Olha Poliana. – Diz meu pai. – Essa universidade parece ser boa, e até possui o curso que você quer.

 - Qual é a universidade? – Falei dirigindo meus olhos para a televisão.

 - Parece que é a Vancouver Island University, e fica na costa da Colúmbia Britânica, Canadá. – Falou ele.

 - As bolsas estão disponíveis. – Falou minha mãe dirigindo o olhar para mim.

 - Parece uma grande oportunidade. – Falei, colocando o copo na pia.

 - Querida, eu acho que você deveria tentar. – Falou meu pai.

 - Mas eu ficaria longe de vocês. – Falei.

 - Não se preocupe com isso. Você tem que seguir seus sonhos e desejos. Nós não queremos te prender, nós queremos que você seja feliz. – Falou ele indo em direção a mim. – Além disso, você tem uma tia que mora no Canadá. Dá para nós conversarmos com ela.

 - Tudo bem. Irei tentar. – Falei com um sorriso para ele.

 - Tudo vai dar certo. Nós acreditamos em você, minha ursinha! – Falou minha mãe com um enorme sorriso, indo em direção a mim e meu pai.

            Eu estou um tanto insegura se irei conseguir. Quero ver meus pais felizes com minhas escolhas. Eu quero um dia estar confiante e feliz com minhas escolhas.

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            Assim que terminamos de conversar, logo me deparei com as horas que o relógio marcava. Faltavam dez minutos para o ônibus sair.

 - Caramba, estou atrasada! – Falei pegando minha bolsa, que estava no sofá.

 - Calma. Eu te levo de carro até lá. – Falou minha mãe com um sorriso.

 - Sério? Muito obrigada mãe. – Falei.

            Já no carro, minha mãe me falava uma lista de cuidados que eu deveria ter na excursão.

      Eu ficava olhando para a tela do celular todo minuto. Faltavam poucos minutos para o ônibus sair, e eu já estava me desesperando.

 - Calma, nós vamos conseguir chegar a tempo. – Falou minha mãe, colocando uma de suas mãos encima da minha.

            Apenas sorri.

            Assim que cheguei à frente da escola, eu avistei a porta do ônibus se fechando.

            Segurei a bolsa com uma das mãos e comecei a correr o mais rápido possível.

♥ Armin

         Eu cheguei bem cedo na escola para poder ir à excursão. Não queria ter o perigo de perder o ônibus.

       Todos estavam bem animados. Até alunos de outras classes entravam em nossa sala para poderem conversar com outros alunos.

          Eu estava conversando com os outros meninos, até o professor representante entrar na sala. Logo ele mandou todos irem para o ônibus, para podermos ir.

            Nós ficamos muito tempo dentro do ônibus, pois eles ainda estavam resolvendo algumas coisas em relação à excursão.

          Todos estavam com seus parceiros de banco, mas como eu não tinha convidado ninguém para se sentar comigo, eu acabei ficando sozinho.

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            Rosalya parecia estar desesperada com alguma coisa. Ela não parava de se mexer no ônibus, e sempre estava com seu celular em sua mão.

 - Rosalya, está tudo bem? – Falei para ela, a mesma que estava com uma cara desesperada.

 - Não! A Poliana não chegou ainda. – Falou ela.

 - Calma Rosalya. Talvez ela só esteja atrasada. – Falei com um sorriso.

 - Tudo bem. Vou me acalmar. – Falou Rosalya, soltando um sorriso leve.

            Os minutos passavam e nada da Poliana chegar.

            Rosalva saiu em disparada quando o motorista nós avisou que já partiríamos.

            Ela estava muito nervosa. Talvez ela quisesse muito que ela viesse.

 - Poliana! – Falou uma garota da nossa sala. – Como ela corre rápido.

            A garota apontava para a janela. Assim que ela falou, todos saíram de seus lugares e foram ver o que tinha.

            Eu me levantei do lugar, e assim que pude ver, Poliana estava correndo apressadamente em direção ao ônibus.

            O motorista logo abriu a porta do ônibus, e lá estava Poliana sorrindo para ele.

            É tão incrível, que até nesses momentos, ela nunca perde o sorriso.

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            Como não havia mais lugares, Poliana sentou-se ao meu lado.

 - Nunca havia visto você correr tanto assim. – Falei a olhando.

 - Ainda bem que você viu agora, porque, nunca, nunca mais eu irei correr! – Falou ela ofegante.

 - Exagerada. – Falei com um sorriso.

 - Mas é verdade! – Falou ela entre risos.

            E, logo o ônibus saiu. Estávamos indo em direção ao tão esperado museu.

            Como a viagem estava demorando, eu resolvi jogar.

♥ Poliana

            Nunca estive tão cansada na minha vida. Até parece que eu perdi um pulmão, só de tanto correr.

            Enquanto eu estava descansando, eu olhava pela janela as árvores que passavam rapidamente com a velocidade do ônibus. E, em tão pouco tempo, eu já estava começando a contar elas.

            Eu estava distraída olhando pela janela quando me deparei com um grande peso encima do meu ombro.

            Assim que direciono meu olhar ao meu ombro, vejo Armin adormecido nele.

            Era muito engraçado o modo que ele dormia. Ela costumava fazer alguns barulhos com a boca.

            Eu não aguentei, e logo lá estava eu, dando risada seguida dos barulhos feitos por Armin.

 - Chegamos? – Falou ele desesperado.

 - Ainda não. – Falei ainda dando risada.

 - Por que está dando risada? – Falou ele sem entender.

 - Nada não! – Falei segurando a risada.

 - Engraçadinha. – Falou Armin batendo o dedo na ponta do meu nariz.

           Armin sorria pra mim ainda. Seu rosto era iluminado pela luz que entrava pela janela daquele pequeno ônibus.

           São tão incríveis as simples coisas. Eu nesse ônibus, por imensa sorte de chegar a tempo de pegá-lo. Sentada ao lado de uma pessoa que, de repente me faz dar risada de seus barulhos. E que eu simplesmente me apaixonei pelo seu jeito.