♥ Poliana

         Já tinham se passado três dias de ensaio, e eles foram de grandes sucessos.

      Como as aulas já tinham se passado, eu já estava no trabalho. E eu ainda estava pensando como conquistar a amizade de Castiel.

         Acho que deve ter algo que eu possa fazer que o deixe feliz de novo.

         Enquanto eu estava pensando, alguém me cutucava repetidamente.

 - Poliana? – Dizia a garota de cabelos loiros.

 - Oi Ambre! – Digo com um sorriso.

 - Você me ajuda a confeitar um bolo de aniversário? – Falou ela com um sorriso em seu rosto.

 - Claro. – Falei retribuindo com um riso.

            Eu e Ambre fomos para o lugar onde decorávamos os bolos, e lá pegamos tudo o que precisaríamos para confeita-lo.

            Enquanto decorávamos o bolo delicadamente, Ambre puxou assunto.

 - Poliana, como você pensava que eu era antes de me conhecer? Pode ser sincera. – Falou Ambre.

 - Eu pensava que você era meio metida, mas agora não mais! – Digo com medo.

 - Tudo bem, além disso, acho que é isso que todos ainda pensam de mim. – Diz ela com um riso tímido.

 - Pra mim, eles deveriam te conhecer melhor agora. Você é muito legal. – Falei com um sorriso para ela.

 - Obrigada Poliana! Você também é. – Falou ela me abraçando fortemente igual uma criança.

            Começamos a dar risada uma da outra. Eu nunca imaginei que um dia receberia um abraço de Ambre, aliás, acho que a vida está me dando muitas surpresas neste meio tempo.

 - Você é amiga do Castiel, não é? – Falou ela me encarando depois de um tempo.

 - Sou sim. – Falei com um sorriso de canto.

 - Ele é bem talentoso não acha? O jeito que ele toca é incrível. – Falou ela com um sorriso.

 - Também acho! – Falei.

 - Eu estudo com ele desde o jardim de infância, e sempre admirei o jeito dele. – Dizia ela com um enorme sorriso.

            Eu estava concordando com tudo que ela dizia. Parecia que ela sabia tantas coisas dele, e todas elas eram elogios.

 - Ambre, você gosta do Castiel? – Digo com um enorme sorriso.

 - Fale baixo! – Falou ela tampando minha boca com suas mãos, mas logo as retira.

 - Isso é demais Ambre! – Digo colocando minhas mãos para o alto.

            Ambre voltou rapidamente a olhar para o bolo, e ela aparentava estar envergonhada.

 - Desculpa por falar tão alto. – Falei olhando para o bolo confeitado.

 - Não foi nada, além disso, você está certa. – Falou ela com um sorriso.

 - Isso é muito legal. – Disse com um sorriso. – Fale para ele Ambre!

 - Não tenho nenhuma chance. Ele sempre me olha feio, mas eu sei que isso tudo é minha culpa. – Falou ela com a voz baixa.

            Foi até esse momento que tive uma ideia brilhante. Talvez eu pudesse ajudar Ambre com Castiel. 

 - Eu posso te ajudar! – Falei sorrindo.

 - Não precisa Poliana. – Falou ela com um sorriso de lado.

 - Claro que precisa. Eu quero ver vocês dois felizes! – Falei animada.

 - Ok, qual é o plano? – Falou Ambre dando risada ao mesmo tempo.

 - Meu plano é reunir vocês. – Falei com um sorriso.

 - Como Poliana? – Disse ela com os olhos arregalados.

 - Isso é meu segredo. Você vai ver que vai dar certo! – Falei com um sorriso engraçado.

 - Está bem “Cupido”. Vou deixar minhas esperanças em suas mãos. – Falou ela brincando.

            Talvez eu deixe Castiel feliz com isso, mas acho que eu terei dificuldade de fazer isso se realizar.

            Assim que terminamos de confeitar, meu pai me pediu para levar o bolo na casa do cliente, pois iria ser uma festa surpresa. E, logo depois disso eu poderia ir embora.

            Logo depois que cheguei à casa da entrega, fui recebida por uma moça bem vestida, e que continha um enorme sorriso.

            Após deixar o bolo em suas mãos, eu fui direto para casa.

            Quando cheguei à minha casa subi rapidamente para meu quarto, onde logo fiz uma ligação para Rosalya.

 - Alô? – Falou Rosalya.

 - Oi Rosa, aqui é a Poliana! – Falei.

 - Oi, como vai? – Falou ela.

 - Vou ótima! – Digo com animação.

 - Nossa, e qual é o motivo de tanta alegria? – Falou Rosalya.

 - Eu descobri algo que possa deixar Castiel feliz de novo. – Falei parecendo uma criança.

 - Sério? E como? – Falou ela animada.

 - Está bem, vou falar. Preciso de sua ajuda para juntar Ambre e Castiel! – Falei.

 - O que? – Disse ela parecendo não entender.

 - Sim. Ambre está apaixonada, então achei que poderíamos fazer algo para deixar os dois felizes.

 - Meu Deus Poliana, isso é algo surpreso mesmo. Nunca imaginei que ela era apaixonada por ele! – Falou ela.

 - Eu também não! Então, o que acha? – Falo com empolgação.

 - Vamos nessa! – Falou ela em um tom alto.

 - Legal. Vou tentar arranjar algumas ideias! – Falei.

 -Eu também! Até amanhã Poli. – Diz Rosalya.

 - Até! – Falei logo desligando.

            Eu tenho fé que isso irá dar certo. E a partir de hoje, eu e Rosalya tentaremos trazer o sorriso de Castiel de volta.

            “Operação cupido em ação” falei alto para mim mesma, enquanto me levantava para pegar meu bloco de notas.

♥ Armin

            Hoje à noite, eu e May combinamos de sair juntos. Eu estava pensando em leva-la à sorveteria.

            Como já faltavam alguns minutos que eu tinha combinado de buscá-la, resolvi ir mais cedo.

            Quando cheguei perto do apartamento de May, eu a vejo em frente à portaria do prédio.

 - Como ela é bonita emburrada. – Digo brincando em direção a ela. – O que aconteceu?

 - Nada não! – Diz ela com um sorriso.

 - Tudo bem então. Vamos? – Digo estendendo a mão para que ela segurasse.

 - Vamos. – Falou segurando minha mão.

            Assim que chegamos à sorveteria, May abriu um grande sorriso, pois adorava sorvete, isso mesmo se estivesse frio.

            Nós nos sentamos em uma mesa debaixo de uma árvore grande.

 - Qual sorvete vai querer? – Digo com um sorriso para ela.

 - Pode ser o de morango. – Falou ela com os pretos olhos arregalados.

 - Acho que vou pedir o de chocolate, morango, pêssego e... – Fui interrompido pela risada de May. – O que foi?

 - Assim você vai acabar com todos os sorvetes daqui! – Diz ela ainda entre risos.

 - Ok, mas acho que depois que eu terminar eu vou pedir mais. – Digo entrando na brincadeira.

            Ficamos dando risada por um longo tempo, e logo fui pedir nossos pedidos. Quando chegaram, tomamos iguais crianças o sorvete.

 - May? – Falei olhando para ela.

 - O que? – Perguntou ela, logo me encarando com um enorme sorriso.

 - Por que estava daquele jeito quando cheguei para nos encontrarmos? – Falei.

 - Eu só estava meio chateada, mas agora com o sorvete, não estou mais! – Dizia ela com as mãos lambuzadas.

 - Chateada com o que? – Perguntei tentando entender.

 - É que nesses dias nós não nos conversamos muito por causa dos seus ensaios. – Falou ela ficando um pouco séria.

            É verdade que nós não nos conversamos muito claramente.

 - Mas não se preocupe com isso, aliás, é uma forma de grande ajuda. Talvez o ensaio me ajude a fazer uma boa serenata para você. – Falei olhando em seus olhos.

 - Eu vou adorar! – Falou ela com uma cara engraçada.

 - Não gosto de ver pessoas tristes. – Falei sujando o nariz de May com o sorvete.

 - Armin! – Disse entre risos, mas ao mesmo tempo tentando limpar o nariz.

 - Ficou bonitinha assim! – Digo entre risos lhe entregando um guardanapo.

 - Só você mesmo! – Falou May em um tom engraçado.

            Começamos a dar tanta risada, que o dono da sorveteria começou a nos olhar de uma forma nervosa.

 - Armin. – Falou May.

 - O que? – Falei ainda sem olhar para ela.

 - Está sujo. – Diz ela apontando para minha roupa.

 - Sério!? – Falei olhando para a minha blusa.

            Logo May sujou meu nariz com seu sorvete.

 - Pronto, agora estamos quites! – Falou ela entre risos para mim.

 - Espertinha! – Falei a encarando.

            Após nós nos limparmos, resolvemos ir embora.

            Assim que chegamos ao prédio de May, nos despedimos. E assim logo segui em direção para casa.