Alcançando você escrita por memoriei


Capítulo 11
Ensaio


Notas iniciais do capítulo

Oie, aqui está mais um capítulo (que por sinal é bem grande haha).
Eu espero que gostem dele, e boa leitura.



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♥ Poliana

            Hoje acordei desesperada, pois não tinha ouvido o despertador disparar no horário. Mas por minha sorte, faltava ainda uma hora para a aula começar.

            Fui direto para o banheiro para me arrumar. Em frente a pia havia um espelho, onde fiquei sorrindo pra mim mesma. E a partir de tantos sorrisos, me veio à mente o que iria acontecer a partir de hoje. Uma das coisas era que eu e Armin começaríamos a treinar para a apresentação de primavera. Eu estou ansiosa e feliz ao mesmo tempo por participar de alguma coisa diferente.

            Mas em meio a tanta felicidade, me lembrei de algo, o que fez- me sentir culpa.

        Esses tempos pra cá eu tenho percebido que Castiel não conversa mais comigo, e toda vez que chego perto dele, ele se distancia de mim. Eu sei que dói aceitar ser rejeitado em alguma coisa, mas eu e ele juntos não tem nenhuma possibilidade de acontecer.

            E, além disso, eu só o enxergo como amigo, nada passa mais além de nossa barreira de amizade. Gosto de nossa amizade, e agora sinto que por causa do sentimento dele, está deixando isso um pouco difícil para nós dois.

            Eu estava tão distraída com os pensamentos, que só me liguei quando alguém bateu na porta.

 - Querida, desça pra tomar café. – Disse uma voz masculina, entrando no quarto.

            Virei-me na direção da voz e vejo meu pai, o mesmo que continha um sorriso.

 - O que aconteceu querida? – Falou ainda permanecendo em seu lugar.

 - Não aconteceu nada, não. – Digo com um pequeno sorriso.

 - Mas, você está com uma cara na boa. – Falou.

 - É que eu estava pensando em algumas coisas, só isso. – Falei indo em direção a minha cômoda.

 - Sabe que pode falar o que quiser pra mim, além disso, sou seu pai e me preocupo com você. – Falou virando em minha direção.

 - Obrigada pai por se preocupar comigo, mas são coisas bobas. – Falei sorrindo.

            Meu pai fez uma cara pra mim, o que me fez querer desabafar ali mesmo.

 - Posso te fazer um pergunta, pai? – Falei.

 - Claro! – Falou com um enorme sorriso.

 - O que você faria se sua amizade tivesse indo embora por causa de um sentimento não correspondido? – Falei.

 - Bom, eu tentaria resgatar a nossa amizade, fazendo de tudo para a amizade recomeçar de novo. – Falou meu pai. – Mas por qual motivo me pergunta isso?

 - É só por curiosidade. – Digo meio tímida. – Mas, obrigada por me responder pai.

 - Se é só isso, está bem! – Falou com um sorriso. – Fico feliz por ter te ajudado!

            Após ter dito aquilo, ele saiu do quarto. Fico muito agradecida por ter pessoas que me ajudam.

            Acho que a partir disso, eu passarei a tentar trazer um verdadeiro sorriso no rosto de Castiel, no qual não sai á dias.

            “É melhor eu me arrumar” pensei.

♥ Armin

         Hoje acordei cedo, e logo fui me arrumar para ir à escola. O tempo que sobrou fiquei conversando com May.

        O tempo passou rápido, e a hora de ir pra escola estava chegando. Então, peguei minhas coisas e me despedi de meus pais. Como hoje Alexy não iria, não precisei esperá-lo.

          Assim que cheguei à escola, me sentei atrás de Poliana.

 - Oi! – Falei a cutucando.

 - Oi! – Falou ela se virando para mim com um sorriso.

 - Está tudo bem para hoje à tarde? – Perguntei.

 - Sim! Logo após que eu sair do trabalho. – Falou.

 - Então, eu te espero na frente da confeitaria. – Digo com um sorriso.

 - Está bem. – Falou Poliana com um sorriso de lado.

            Ela logo se virou para frente, pois a professora havia entrado na sala.

          As aulas tinham acabado, e como Poliana e eu tínhamos combinado de ensaiar só depois do horário de serviço dela, eu resolvi ir pra casa para eu me arrumar.

            Assim que cheguei à minha casa parecia que Alexy estava sozinho em casa.

 - O que faz aqui sozinho? – Falei colocando minha mochila em cima da cadeira.

 - Papai e mamãe resolveram visitar a tia Abgail. Então, eu me voluntariei ficar em casa para te fazer companhia. – Falou com um enorme sorriso.

 - Nossa como você é um bom irmão, mas não precisava ficar, pois eu já sei me cuidar. – Digo em um tom irônico.

 - Credo Armin, eu achei que você iria adorar ter minha companhia. – Falou Alexy com a feição triste.

 - Desculpa Alexy, eu só estava brincando! – Digo colocando minha mão em seu ombro.

 - Ainda bem! – Diz ele com os braços abertos.

 - Ok, mas isso não é motivo para um abraço. – Digo me afastando.

 - Você é muito chato! – Gritou de onde estava jogando uma almofada em mim.

            Joguei a almofada de volta, a mesma que foi parar no rosto de Alexy. Comecei a dar risada, e quando percebi que iria jogar de novo, subi correndo as escadas.

            Depois que me arrumei, desci para ficar um pouco com Alexy.

       Assim que cheguei lá embaixo, Alexy estava na cozinha, o mesmo que parou de fazer o que estava fazendo e ficou me encarando.

 - Vai onde tão arrumado assim? – Falou ele com um sorriso.

 - Vou sair. – Digo com um sorriso.

 - Com quem? – Perguntou ele com uma cara engraçada.

 - Poliana. – Digo. – Mas é só um ensaio para uma apresentação de escola.

 - Poliana? Rosalya me fala dela o tempo todo, e me parece que ela é legal e bonita. Ela serviria para ser sua namorada, não? – Falou.

 - Sim. – Falei meio distraído arrumando meu cabelo. – O que? Nada ver Alexy!

 - Te peguei! – Diz Alexy dando risada de mim, no qual me encontrava um tanto nervoso.

 - Além do mais eu já tenho uma. – Falei.

 - O que? – Disse com uma cara de desentendido.

 - A May. – Digo com um sorriso.

 - Aquela May? Como? – Falou ele.

 - Sim, ela voltou pra Coreia. E assim nós nos mantemos em contato.

 - Nossa! Você é rápido. – Falou Alexy surpreendido.

            Começamos a dar risada, mas logo me deparei com as horas que o relógio marcava.

 - Tenho que ir! - Digo.

 - Bom ensaio. – Falou ele com um sorriso.

            Peguei meu celular e fui em direção à porta.

            Assim que cheguei perto de uma confeitaria, resolvi entrar para ver se era onde Poliana trabalhava.

           Sentei-me em uma mesa, onde logo me deparei com a Poliana atendendo uma senhora. Ela parecia estar tendo uma conversa com a senhora, a mesma que sempre soltava algumas risadas para Poliana.

            Estava tentando entender a conversa, até que me deparo com Poliana me olhando.

           Ela logo terminou de atender ao pedido da senhora, onde de repente entrou por uma porta atrás do balcão. E assim que saiu abraçou um homem e veio em minha direção.

            O homem me deu um sorriso e o que fiz foi devolver outro.

 - Oi Armin. – Falou ela com um sorriso.

 - Oi! – Falei ainda olhando para o homem sem entender o sorriso que me dera.

 - Calma Armin. Aquele é meu pai. – Diz Poliana dando risada.

 - Entendi. – Falei também dando risada me virando para ela. – Então, vamos?

 - Vamos! – Disse ela se dirigindo para a saída.

            Assim que saímos, o tempo parecia estar mudando. Ventos bem frios vinham em nossa direção.

 - Armin, não seria melhor irmos para a minha casa? – Falou Poliana, tentando tirar seus cabelos de seu rosto.

 - Tudo bem. – Digo meio tímido.

 - Está bem, mas precisamos pegar um ônibus, pois minha casa é um pouco longe. – Diz ela com um sorriso.

 - Ok! – Digo com um sorriso.

            Assim que chegamos à casa de Poliana, vejo que começara a chover.

            Entramos depressa na casa, onde Poliana é recebida com um grande abraço de Mac.

 - Poli! – Falou ele. – Armin!

 - Nossa! Você se lembrou do meu nome. – Digo com um sorriso.

            O garotinho mantinha em seu rosto um grande sorriso para nós. Logo que Mac foi pra sala, uma mulher muito parecida com Poliana, veio em nossa direção.

 - Poliana e Armin! – Falou a mulher com um sorriso. – Eu sou a mãe de Poliana, Elizabeth, e seja bem-vindo.

            Eu não me lembrava dela, apesar de que, eu tinha vindo ao aniversário de Poliana, mas nunca soube que era a mãe dela.

 - Obrigado. – Digo com um sorriso para a mulher.

            Logo, Poliana fala para a mulher.

 - Mãe, nós temos que ensaiar. Então, estaremos lá encima. – Diz Poliana para a mãe.

 - Está bem. – Falou a mãe com um sorriso para nós.

            Assim que chegamos ao quarto, o qual era bem organizado, Poliana logo se sentou em uma cadeira.

 - Pode se sentar. – Falou ela.

            Sentei-me em outra cadeira perto de Poliana, e assim ficamos em silêncio.

♥ Poliana

         Armin tinha posto um cadeira perto de mim, mas eu não sabia mais o que falar. Então, permaneci quieta.

 - Você conhece uma música que podemos cantar? – Falou ele quebrando o silêncio.

 - Tenho várias! – Digo um pouco animada.

 - Ok, então me mostre elas! – Falou Armin dando pequenas risadas.

            Peguei meu notebook e me sentei logo depois. Abri em minhas pastas de música para podermos escolher uma.

            Lá havia várias músicas, onde de repente Armin apontou o dedo em uma delas.

 - Essa aqui! – Falou apontado o dedo para a tela. 

            Armin apontava para a música “Over and Over again” da Ariana Grande e Nathan Sykes. É uma música bem bonita por sinal.

 - Tudo bem! – Digo com um sorriso grande. – Agora só precisamos tentar.

 - Ok. – Falou ele meio nervoso.

 - Vai dar certo Armin! – Digo para ele.

 - Se você diz. – Falou Armin.

            Após isso, eu peguei a letra da música para podermos treiná-la. Armin estava um pouco nervoso, mas eu particularmente, gosto da voz dele.

 - Aqui está! – Digo. – Mas, a música começa com você cantando.

 - Ok. – Disse ele meio tímido. – From the way you smile to the way you look you capture me unlike no other…

            Armin começou a cantar, e estava tudo bem. Isso foi até, novamente, ele chegar ao refrão, que minha gata saltou do chão, o que fez um grande barulho.

 - Eu acho que isso não vai dar certo, e nem sei porque entrei nessa! – Falou Armin chateado.

 - Armin, só o que nós precisamos é treinar o refrão. Você canta bem. –Falei tentando o acalmar.

 - Mas eu não consigo. – Falou ele abaixando a cabeça.

 - O que você tem mais medo? – Digo.

 - Das pessoas. Eu não consigo cantar quando elas estão por perto. – Falou ele.

 - Se é isso, eu já sei o que você pode fazer! – Digo um pouco animada demais.

 - O que? – Diz Armin me encarando.

 - É só fechar seus olhos, e assim pensando que não há ninguém ao seu redor. – Falei com um sorriso. – Isso sempre me ajudou.

 - Será que me ajuda? – Diz ele.

 - Com certeza! – Falei.

            Ele fechou seus olhos, e logo, começou a cantar. Eu fiquei tão feliz de ver que eu ajudei alguém, e mais ainda por que ele conseguiu. Logo ele terminou.

 - Muito bom Armin! – Falei com um enorme sorriso para ele.

 - Sério? Muito obrigado Poliana! – Disse ele arregalando os olhos para mim.

 - Não foi nada, isso aconteceu porque você acreditou em si mesmo! – Falei.

            Armin ficou me olhando com um enorme sorriso na mesma hora. Logo depois, minha mãe bateu na porta para jantarmos, e como iria ficar muito tarde para Armin ir embora, ele teria que ir.

 - Muito obrigado senhora Elizabeth! – Diz Armin colocando o prato na pia.

 - Obrigada você! – Falou minha mãe com um sorriso para ele.

 - Bom, eu tenho que ir agora. – Falou ele.

 - Está bem. Venha sempre que quiser. – Falou ela.

 - Parece que eu estarei aqui algumas vezes por causa dos ensaios! – Diz Armin colocando as mãos em meus ombros.

 - Que bom! – Falou minha mãe com um sorriso enorme.

            Minha mãe estava um tanto animada por causa disso, o que me fez dar risada naquele momento.

 - Vou acompanha-lo até a porta Armin! – Digo.

 - Está bem, e tchau senhora Elizabeth e pequeno Mac! – Falou ele acenando para os dois.

            Eu e Armin fomos para fora.

 - Então, até amanhã Armin! – Digo em um sorriso e voltando para a porta.

 - Poliana espera. – Diz ele segurando minha mão. – Obrigado por hoje, e desculpe por qualquer coisa.

 - Foi nada, e não precisa se desculpar. – Digo com um enorme sorriso.

 - Então, até amanhã! – Diz me abraçando.

            Fiquei surpresa com o abraço, e ainda por eu nunca receber um dele. Nós nos despedimos e logo entrei em casa. 


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