Lucca Margarizzi
Cheguei em casa com a maior cara de idiota que existia na face da terra, isso era obvio! Só porque eu e a Ellena tínhamos trocado um beijo antes dela dormir em cima de mim a noite toda e se mexer igual um trem desgovernado. Eu era um otário mesmo!
Entrei em meu quarto e me joguei na cama morto. Todo meu corpo doía! Resolvi tentar dormi um pouco pra ver se eu descansava um pouco, mais não consegui nem cochilar. Tornei a me levantar andei de um lado pro outro e tomei coragem de ir até a casa de Ellena.
Me troquei, peguei meu celular e sai de casa. Andei o mais depressa possível, meu coração estava acelerado. Eu amava a Ellena, mais ela parecia que não ou talvez sim e tinha medo como eu. Era complicado!
Cheguei em frente à casa dela e fiquei parado olhando pra mesma, pensei se deveria realmente abrir meu coração pra ela e dizer tudo o que eu sentia por ela. Tomei coragem e toquei a campainha, custaram a abrir, mais quando abriram vi a melhor imagem do meu dia Ellena toda sonolenta.
–Você?! -Ela disse revirando os olhos. -O que você quer?
–É... Bom eu queria falar com você! Posso entrar? -digo meio sem graça.
–Pode. Agora que me acordou mesmo! -Ela resmunga e me dá passagem pra entrar.
Entro na casa dela e olho tudo em volta. Apesar de ser amigo de Ellena a algum tempo nunca tinha ido até a casa dela. Volto a olhar pra Ellena que estava parada bem na minha frente de braços cruzados.
–Diz logo o que você quer? -Ela se joga no sofá.
–É você poderia me dar um copo de água? -Digo sem jeito mais pra enrolar.
–Fala sério! -Ela se levanta. -Você veio aqui só pra pedir água?
–Não, na verdade estou apenas com cede.
Ela me olha com o canto dos olhos e sai andado pela casa entra em uma porta a esquerda e alguns segundos depois volta com um copo de água na mão. Estende o copo pra mim e bebo o líquido gelado tudo de uma vez.
–Pronto! Agora acho que você já pode dizer! -Diz ela parada em minha frente.
–Onde fica o banheiro? -Continuo enrolando.
–Você tá brincando com a minha cara né? -Ela diz brava.
–Não. É que eu preciso mesmo ir ao banheiro!
Ellena indica um porta ao lado de qual ela tinha entrado minutos atrás e eu vou até lá. Entro no banheiro e me tranco lá. Fico pensando e pensando no que dizer e o tempo passa. Escuto batidas na porta.
–Ei Lucca você realmente vai entupir meu vaso sanitário?! -Grita Ellena do lado de fora.
Abro a porta rápido e dou de cara com ela que me olha assustada e eu sinto sua respiração ofegante perto da minha. Nossos lábios se tocam e um beijo leve e delicado começa. Ela tinha um beijo doce, eu amava e se pudesse a beijaria eternamente.
Quando o beijo começa a ficar intenso ela o interrompe e se afasta de mim bruscamente quase caindo no chão a seguro e a abraço com ternura.
–Me solta! -Ela diz baixinho. -Por favor!
Ela sai do meu abraço e corre até o sofá. Vou até ela e me sento ao seu lado. Ela me olha com o canto dos olhos dela e em seguida fecho os mesmo!
–Diz logo o que você quer e vai embora! -Ela torna a dizer baixinho.
–Ellena eu nem sei como dizer isso sabe! Desde que te vi eu me apaixonei por você, apesar de pra você eu não ser nada, ser só seu amigo de colégio. Eu te amo desde a primeira vez que vi você. E eu já não aguentava mais guarda todo esse amor que no meu coração! -Coloco a não direita de Ellena em meu peito.
Ela me olha totalmente sem graça e sem saber como se expressar ou apenas dizer alguma coisa. Ellena abaixa a cabeça e tira sua mão do meu peito. Se levanta do sofá e me olha com total indiferença.
–Vai embora por favor! -Ela diz baixinho.
–Ellena! -Digo baixinho.
Me levanto e vejo que ela apitava seu dedo pra porta principal. Caminho até a porta e abro a mesmo olho para Ellena por mais alguns segundos e saio da casa dela, fechando a porta atrás de mim.
Eu sabia que ela iria me rejeitar, mais me ilude pensando que ela pudesse gostar um pouco que fosse de mim. Me sentei na calçada da casa dela e ali me deixei ficar pelo menos estaria um pouco perto dela.
Ellena Carson

O Lucca não podia ter me dito todas aquelas coisas. Ainda bem que consegui me conter, e o amava também tão intensamente. Mais ninguém podia saber a não ser eu, não queria fazer Liz sofrer. Ela era minha amiga como uma irmã pra mim.
Quando Lucca saiu da minha casa corri para janela e pude ver que ele continuava ali sentado na calçada meio que esperando que eu voltasse a trás e fosse atrás dele dizendo que sentia o mesmo. Mais não, eu não fui e também não consegui conter as lágrimas que rolaram rápidas por meu rosto.
Mais eu conseguia ser mais forte que aquilo, enxuguei as lágrimas e me tomei toda por meu orgulho e subi corredo as escadas pra meu quarto. Me deitei na cama e chorei baixinho até dormir novamente.