Paga Para Matar escrita por Amanda Katherine


Capítulo 8
Agora vai.


Notas iniciais do capítulo

oiie, espero que gosteeemm.



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  Ele começou a chupar meu pescoço e a pressionar seu quadril contra o meu. Aquilo era bom, mas eu realmente estava fazendo o certo? E se ele se apaixonasse por mim? Ou pior, e se EU me apaixonasse? Eu literalmente não sei o que fazer, na verdade, nem sei por que me importo com ele, eu gostei dele quando tinha apenas 16 anos, passou, é passado, mas eu tenho uma necessidade tão grande em querer protege-lo.

— Justin? – chamei, não sei por que, apenas o chamei. Eu não iria contar, não mesmo.

— Hm? – disse ele sem parar o que estava fazendo.

— Na..nada. – disse, ele me beijou, no começo calmo, mas logo ganhou urgência e necessidade.

    Sim, eu estava louca, mas foda-se, eu precisava, mesmo não sendo com quem eu realmente amo, eu precisava, eu precisava, eu precisava. Repetir essas palavrar me faziam realmente acreditar que precisava, mas, eu não sei. Decidi apenas me deixar levar pelo momento, eu sabia que não iria me arrepender depois, ou poderia ate me arrepender, mas não vem ao caso, eu tenho que continuar com o plano ou então vai tudo por agua abaixo.

   Mas e se ele pensar que sou fácil de mais? E se ele não quiser nada comigo depois dessa noite? E se?... E se? ... E se??? E se der tudo errado?. Bom, isso não importa agora, já comecei, vou terminar, não importa o quanto isso custe, ele tem uma boa mãe, uma boa família e amigos incríveis que eu nunca nem sonhei em ter em minha vida, não posso simplesmente largar tudo, por mais que eu quisesse, eu não conseguiria.

— Sayra. – Justin disse mais num gemido do que em palavras.

— Hm?

— Eu preciso... eu... ahh...hmm.... – gemia ele me pressionando ainda mais.

— Ahh. – gemi quando ele mordeu meu pescoço.

       Justin se despiu e eu também, minha mão suava mais frio do que quando eu matava pessoas. Eu estava sim, sentindo um pouco de medo de fazer aquilo, mas como eu disse, eu precisava! Justin se ajeitou no meio das minhas pernas e me penetrou de vagar, mordi seu ombro para abafar  meu gemido. Eram movimentos leves que foram ganhando forças, eu e ele gemíamos. Eu e ele chegamos ao ápice juntos. Ele se deitou ofegante ao meu lado, pois é, agora o medo era maior, ele iria embora agora? Ele iria ficar? Isso significou o que fala ele? Eu não sei, não sei nem o que significou para mim, eu estava confusa de mais depois disso, a única coisa que eu podia pensar agora era na segurança de Justin. Eu estava de barriga virada pra cima, com o lençol cobrindo meu corpo. Eu estava tão distraída em meus pensamentos que nem ouvi Justin falar comigo, ele teve que me tocar no braço.

— Esta com a cabeça aonde? – perguntou.

— Aqui, desculpe, pode repetir o que disse? – pedi.

— Esquece. – disse ele meio sem graça.

Eu estava hesitando em dizer, mas as palavras pareciam sair sem minha permissão. – Justin? – o chamei.

— Hm?

— Eu gostei. – disse e virei minha cabeça e analisei seu rosto. Ele sorriu.

— Eu também. – disse ele.

— Legal. – disse, eu não fazia ideia sobre o que falar depois que se acontece isso.

    Ele não disse nada, apenas me puxou para que deitasse minha cabeça no seu peito, eu parecia mais uma criança do que uma mulher que mata e faz atrocidades, eu estava com medo, não entendia o por que, mas era como se fosse um aviso dentro de mim, aviso de que algo nisso tudo iria fugir de meu controle e dar errado. Alguma coisa iria dar errado, eu tinha certeza, mas tenho que ser firme e acreditar, e se der errado, eu vou acertar! Justin me puxou para mais perto dele e beijou minha cabeça, era bom estar abraçada com Justin, assim dormimos.

      Acordei toda torta e dolorida, Justin não estava mais na cama, levantei, tomei meu banho e desci tomar café. Eles estavam todos na mesa, quando adentrei a cozinha, eles me olharam com uma cara de maliciosos, mas Chris e Ryan me olhavam com pena, pena de que? Odeio que me olhem com pena, acho que perderam o amor na própria vida. Olhei para Justin, ele estava sentado na cadeira ao lado de Nash, nem olhou em minha cara, me sentei ao lado de Lany, ela sorriu e eu retribui.

    Tomamos café e nos sentamos no sofá, Justin estava estranho, acho que foi por causa de ontem, mas eu não estou nem ai! Subi para o quarto pegar meus sapatos, iria embora, tinha que conversar com Jhony sobre ontem, preciso me mudar daquela casa, não é mais segura. Entrei no quarto e procurei meus sapatos, me abaixei e ajoelhei no chão, um par estava em baixo da cama, o outro quase perto, os peguei e calcei.

— Sayra? – olhei para trás e Justin estava lá, encostado na porta fechada com as mãos no bolso de seu shorts.

— Que? – disse simples.

— Posso te pedir uma coisa? – perguntou.

— Pode. – arqueei as sobrancelhas.

— Poderia esquecer o que houve ontem? Eu estava bêbado ontem, você também, não sabíamos o que estávamos fazendo, então... – o cortei.

— Olha só Justin, eu sou mulher suficiente para assumir que eu sabia muito bem o que estava fazendo ontem, alias, lembro de cada detalhe, mas eu posso esquecer sim. Eu poderia estar com bebida na cabeça ontem, mas não o suficiente para não poder dirigir um carro até sua casa, não o suficiente para não saber o que estava fazendo, já esqueci okay? Mais alguma coisa? – perguntei o olhando com tedio, como se não me importasse, mas a verdade é que eu me importava, e muito, aquilo me acertou em cheio.

— Não, mas, sobre ontem... – o cortei de novo.

— O que tem ontem Justin? Não sei do que está falando. – me fiz de desentendida.

— Sayra, não precisa....

— Que droga! Me pediu para esquecer não foi? Então, já fiz isso, deveria fazer o mesmo. – disse saindo dali.

     Desci as escadas com pressa, precisava sair dali para pensar, e eu teria que falar com Jhoy ainda.

— Onde vai Sayra? – perguntou Lany.

— Vou embora? – perguntei sendo irônica.

— Por que? – ela me perguntou, vi Justin aparecer e parar no topo da escada, ele estava me olhando com uma expressão indecifrável.

— Tenho coisas para resolver, e gostaria muito que não se intrometesse nisso! – disse indo até a porta, antes de abri-la, olhei para ela. – Alias, vá para casa com Chris, arrume suas malas, vamos nos mudar, provavelmente para outra cidade, ou até outro país.

— O QUE? PORQUE? – gritou ela desesperada.

— Shh, fala baixo, ainda não estou surda. Seja menos. – disse fazendo com a mão gesto de menos. – Faça apenas o que eu disse. Não vamos levar os moveis da casa, então pegue o que você mais gosta de objeto ou sei lá.

— Como assim Sayra? Vai se desfazer de todas as coisas da titia assim? Você esta louca! – disse ela.

— Sim, estou louca sim, sempre fui. – disse rindo. – Alias, já passou da hora de esquecer e começarmos uma nova vida. E só ter o que nos traga felicidade, e não lembranças ruins.

— Lembranças ruins? Agora a titia é uma lembrança ruim? – perguntou com lagrimas nos olhos.

— Ela está viva Lohany? – perguntei lentamente e me aproximando dela.

— Não. – disse ela tentando segurar o choro.

— Então, agora me diz se lembrar de uma pessoa MORTA que você nunca mais vai poder abraçar é bom? – ela não respondeu. – Não, não é bom, então faça o que mandei.

       Sai de lá e entrei em meu carro. Encostei a cabeça no volante e comecei a chorar. Ouço batidas no vidro do carro e era Justin. O olhei tentando disfarçar o choro, liguei o carro e fui, não dei bola a ele. Segui direto para casa de Jhony. Limpei as lagrimas e entrei na casa dele. Toquei a campainha e a empregada atendeu.

— Jhony está? – perguntei assim que vi ela e não ele.

— Sim senhora, está no escritório e pediu para não ser incomodado. – disse ela.

— Hm. – disse passando por ela e subindo as escadas, entrei em seu escritório e ele não estava fazendo nada, ele não queria ser atrapalhado de fazer nada, patético.

— Bater na porta virou lenda. – disse ele.

— Pois é né, ninguém mais respeita isso, que falta de educação não? – disse irônica me sentando na cadeira a sua frente.

— O que quer aqui? – perguntou ele.

— Vou me mudar, não sei se para fora da cidade ou do país. – disse sem rodeios.

— Nem um, nem outro. – disse acendendo um charuto.

— Não estamos mais seguras aqui, já invadiram minha casa três vezes, não vou continuar naquela casa, não vou continuar nessa cidade.

— Pode não querer a casa, mas a cidade.. – ele pôs a mão no queixo como se fosse pensar. – você tem um trabalho aqui e não pode sair.

— Eu preciso proteger minha irmã! – disse entre dentes. – Aqui não é seguro para ela.

— Eu estava pensando em te ligar para esclarecer algumas coisas. Acho que você não esta tão ciente que esse trabalho é o mais importante que você já fez em sua vida, então, só quero te dar um aviso.

— Fala logo Jhony.

— Você sabe que quem manda nessa porra sou eu, então, vou te dar um aviso e vê se não esquece, um passo em falso e sua irmã desaparece! – gelei.

       Não disse nada, apenas sai dali o mais rápido possível, não acredito nisso droga! Mil vezes droga! Onde eu iria ficar? Sem contar que qualquer casa fora de um condomínio não é segura... espera, condomínio, era exatamente isso que iria fazer, vou comprar a casa que Justin me disse, é no condomínio dele. Se eu não consigo me aproximar de Justin de um jeito, vai ser de outro. Pela amizade, vou fazer o possível, e o impossível, ele pode ate me ignorar, mas eu vou insistir, vou me fazer de menina frágil e chorona, sei que consigo, sempre menti bem então.... isso não vai ser problema


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Notas finais do capítulo

o que acharam??? Me digam ushauahsu



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