Por um recomeço escrita por Grazielly Oliveira
Notas iniciais do capítulo
Obrigada aos comentários! Vocês me deixam muito feliz!
Grillows – Por um recomeço
Acordei sorrindo no dia seguinte, como era bom acordar sentindo o perfume dele. Virei-me na cama e o vi dormindo como um anjo, não queria acordá-lo e quando tentei levantar da cama, ele despertou.
GG: Já acordada? – Falou com a voz rouca e ainda sonolento.
CW: Estava pensando como é bom acordar com o seu perfume.
GG: Você sabe que pode dormir aqui quando quiser. – Falou e me beijou em seguida.
CW: Eu ainda preciso me desculpar com você.
GG: Você já se desculpou muito bem ontem. – Falou com uma expressão sensual e eu ri.
CW: É sério Gil. – Falei tentando conter o riso.
GG: Meu amor, só em tê-la em meus braços já é o suficiente.
CW: Já disse que você é o homem mais lindo do mundo?
GG: Já disse em meio a gemidos. – Falou e rimos juntos.
CW: Você tá muito animadinho hoje.
GG: O nome disso é felicidade. – Falou e beijou-me delicadamente.
GG: Ainda temos duas horas de sono antes do trabalho. – Falou encarando seu relógio de pulso e bocejando.
CW: Não queria te acordar. Volte a dormir. Você parece cansado. – Falei sentando na cama.
GG: Você me deixou cansado. – Falou sorrindo.
Sorri para ele e me levantei indo em direção ao banheiro. Enquanto tomava banho, senti um enjoo inapropriado naquela hora da manhã, estava me sentindo estranha. Peguei um analgésico na gaveta do armário do banheiro e o engoli em seco. Terminei de me arrumar e percebi que Gil tinha voltado a dormir. Mas dessa vez tinha mesmo que acorda-lo, pois não estava passando muito bem, fiquei péssima em instantes.
CW: Gil! – Falei o tocando. Ele abriu os olhos aos poucos e ao notar-me pálida levantou rapidamente.
GG: O que aconteceu? – Perguntou preocupado.
CW: Eu não sei. Não estou bem. – Falei sentando-me na poltrona que havia ao lado da sua cama.
GG: Eu vou te levar ao hospital. – Falou correndo em direção ao banheiro.
CW: Não precisa. – Falei mas depois tive a certeza que ele não escutou porque ouvi o barulho do chuveiro.
Eu não queria ir ao hospital, precisava apenas descansar. Mas minha situação só havia piorado, estava muito enjoada.
GG: Vamos! - Falou pegando suas chaves e vindo até mim.
Ergueu-me da poltrona e me guiou até o carro.
CW: Por favor, não me leva ao hospital. Estou bem. – Falei meio embolado.
GG: Mas você não está aparentando estar bem. Aliás, você não está bem.
CW: Gil, por favor. Só me leva para casa. – Falei e o encarei tentando demonstrar seriedade.
GG: Tudo bem. – Falou derrotado.
Chegamos a minha casa e ele prontamente me ajudou a entrar e deitar na cama.
LW: O que houve com a mamãe? – Perguntou entrando no quarto.
CW: Só um pequeno mal-estar querida, mas vai passar.
GG: Quis leva-la ao hospital, mas você sabe como é a sua mãe.
LW: Mas o que a senhora está sentindo?
CW: Só um pequeno enjoo e... – Não consegui terminar a frase e corri para o banheiro.
Realmente estava péssima. E assim seguiu meu dia, muitas idas ao banheiro, minha mãe e minha filha tomando conta de mim como se fosse uma criança e Gil as ligava a todo momento para saber como estava. Não os julgavam, afinal estavam preocupados comigo.
GG: Como ela está? – Perguntou a Lindsay que estava sentada no sofá.
LW: Ela está melhor, até comeu um pouco.
GG: Pensei em você o dia inteiro. – Falou sentando-se ao meu lado.
Apenas o abracei me aconchegando em seu peito. Ele começou uma carícia em meus cabelos e adormeci com a sensação de proteção daquele abraço.
Acordei com o som do despertador do calendário do meu celular, avisando que chegara o dia que receberia meus parentes em minha casa. Só então que percebi que faltava apenas uma semana para o natal. Estava disposta, e o mal-estar do dia anterior não deixou nenhum vestígio em meu humor. Levantei e fui me arrumar para o trabalho, desci as escadas e avistei Lindsay na cozinha.
CW: Bom dia filha.
LW: Oi mãe. Está melhor? – Perguntou desconfiada.
CW: Estou me sentindo ótima.
LW: Que bom. E antes que a senhora me pergunte o Grissom disse que assim que acordasse era para ligar para ele.
CW: Como sabia que ia perguntar?
LW: A senhora sempre pergunta. – Falou rindo.
CW: Não exagere.
LW: Ele ficou preocupado com a senhora, mas garanto que em pouco tempo essa preocupação dará lugar a um ótimo sentimento que envolverá essa família. – Falou com brilho nos olhos.
CW: Hã? – Perguntei sem entender nada.
LW: Deixa pra lá.
CW: É hoje que nossos parentes chegam aqui em casa, tinha me esquecido completamente.
LW: Eu sei, e foi eu que coloquei o alarme no seu celular porque sabia que iria esquecer.
CW: Obrigada. Agora vou trabalhar. – Falei lhe dando um beijo na testa.
LW: Não esquece de fazer as compras. – Falou rindo.
CW: Pode deixar. – Sorri de volta.
Segui até o laboratório lentamente, já que não estava atrasada. Entrei na sala de descanso e só vi Greg e Sara.
CW: Bom dia!
GS: Meu amor, fiquei preocupado com você. Está melhor?
CW: Estou ótima Greg!
GS: Já que está ótima, podemos sair para tomar um drink. Que tal?
CW: Acho que a Sara adoraria ir. – Falei rindo.
SS: Eu não sairia com o Greg, só se quisesse passar vergonha. – Falou rindo alto.
WB: Qual o motivo das risadas? – Falou encarando eu e Sara, que não conseguíamos controlar o ataque de risos.
CW: O Greg... Ele... O Greg... – Não conseguia falar de tanto rir.
GS: Levei um toco duplo.
WB: Fica bem cara.
Mas meu sorriso foi saindo quando vi a Melissa chegar.
MO: Bom dia pessoal! Que bom que está melhor Catherine!
CW: Obrigada. – Falei totalmente séria.
Era incrível o jeito que essa garota me irritava em instantes.
GG: Bom dia. Oi Cath, que bom que veio hoje. – Falou com um lindo sorriso e eu sorri de volta.
GS: Veio hoje e já me deu um fora daqueles.
NS: Você já está acostumado Greg. – Falou enquanto entrava.
GG: Todos já chegaram, agora vamos ao caso.
Trabalhei com Greg e Sara, e, não contínhamos as gargalhadas. Era incrível como nós estávamos entrosados, e talvez por isso o caso tenha sido resolvido de forma leve e desenvolta. As horas passaram depressa, e ainda precisava fazer compras, lembrei porque vi uma mensagem de Lindsay. Disse a Greg e Sara que avisassem ao Grissom que precisava sair mais cedo, e também o mandei uma mensagem.
Preciso sair mais cedo, pois vou ao supermercado. Hoje recebo meus parentes em casa. Te espero.
Beijos, Cath.
Sai do supermercado apressada e segui para casa. Quando adentrei já avistei todos reunidos na sala conversando animadamente. Deixei as compras na cozinha e voltei ao encontro deles.
CW: Oi gente. Quantas saudades! - Falei abraçando cada um, inclusive minha filha.
LW: estávamos conversando sobre você e o Grissom mamãe. – Falou desconfiada.
CW: Ele já deve estar chegando. – Falei tímida, afinal muitas pessoas já sabia de nosso envolvimento, só não gostaria que isso chegasse aos ouvidos do Ecklie.
Passaram-se os trinta minutos mais longos da minha vida, estava desconfortável em ver a minha vida como tema de debate. Estava prestes a explodir, quando ouço a campainha.
CW: Que bom que chegou. Por favor me salva dessas malucas. – Sussurrei para Grissom e ele riu.
LW: Ele chegou! - Falou vindo abraçar Gil.
O apresentei a todas e senti que elas olharam muito para ele, o ciúmes mais uma vez tomando conta de mim, e claro que isso me deixava mais irônica e insensata.
Parente 1: Mas a quanto tempo estão juntos?
LW: O Grissom que gosta de responder essa pergunta.
CW: Mas eu faço questão. São pouco mais de oito meses. – Falei séria.
Parente 2: Formam um lindo casal. E Catherine, você está ótima, parece muito feliz ao lado do Grissom.
Não deixei de notar o sorriso que ela fez para ele. Precisava respirar, ou eu falaria coisas que não deveriam.
CW: Grissom, meu amor, vem aqui comigo um instante querido. – Falei o puxando pelo braço e subindo as escadas.
GG: O que foi aquilo? – Perguntou quando entramos no quarto.
CW: Aquilo o que? – Perguntei tentando controlar minha respiração que estava ofegante.
GG: Todos aqueles adjetivos.
CW: Desculpe, mas estou tentando controlar o ciúme.
GG: Ciúmes de mim? – falou me abraçando e encarando-me bem de perto.
CW: Não consigo pensar na possibilidade de te perder.
Ele me beijou enquanto me encostava na parede. Já estava começando a me animar, quando Lindsay entra no quarto nos interrompendo.
LW: Opa! – Falou rindo.
CW: Entra filha. – Falei envergonhada, pois esse não era o tipo de cena para ser vista pela sua filha.
LW: A vovó está nos chamando para jantar. Por favor, não demorem. – Falou rindo e saindo.
GG: Está mais calma?
CW: Vamos. – Falei não respondendo a sua pergunta.
Descemos as escada de mãos dadas, e sentamos juntos do lado direito da mesa. As perguntas, os sorrisos e os olhares para Grissom logo vieram, mas ele estava o tempo todo dizendo que me amava e sendo carinhoso comigo. Como eu amo esse homem. No fim do jantar, surgiu uma pergunta que me deixou bastante assustada.
Parente 3: E quando vem o bebê?
GG: Como assim? Bebê? – Perguntou surpreso e olhando para mim.
Parente 3: Estou vendo que ele ainda não sabe da novidade não é Catherine?
GG: Que novidade? Catherine?
CW: Eu também gostaria de saber. Estou tão surpresa quanto você.
Parente 3: A Lindsay disse que você estava andando enjoada, e isso é sinal de gravidez querida. Comigo foi assim.
CW: Não estou grávida. – Falei encarando Lindsay, ela teria que me explicar essa história depois.
GG: Será? – Perguntou me encarando confiante.
CW: Eu não estou grávida! Os enjoos foram resultado do lanche que comi com a Sara no laboratório.
Parente 3: E nós achando que vinha mais um integrante para a família. Que decepção Catherine.
GG: Não é nada decepcionante. O bebê virá na hora certa. – Falou me abrindo um sincero sorriso e acariciando minhas mãos por debaixo da mesa.
Parente 3: E por que estão juntos já que não tem bebê envolvido?
CW: Não entendi sua pergunta. – Falei irônica e prestes a bater nela.
GG: Um bebê é fruto do relacionamento de duas pessoas, mas o amor é fruto meu e da Catherine.
LW: Que lindo!
O olhei emocionada. Grissom conseguia superar minhas expectativas de namorado perfeito. O jantar ainda seguiu animado, mas só conseguia olha-lo com um sorriso bobo nos lábios. Seguimos para a sala novamente e fiz questão de ficar abraçada com ele, enquanto brincávamos de um jogo de perguntas, e óbvio que Grissom acertava todas. Lindsay subiu para dormir, pois estava cansada e levou as suas primas que dormiriam em seu quarto e as questões começaram a ser de conteúdo adulto.
Parente 3: Como é a vida sexual de vocês? – Perguntou sem o menor pudor.
Grissom tossiu de susto e eu gargalhei alto.
CW: Essa o Grissom responde. – Falei ainda rindo e acenei com a cabeça para que ele prosseguisse.
GG: Repete a pergunta. – Falou precavido.
Parente 3: Como é a vida sexual de vocês? Quero saber de tudo. – Falou gargalhando.
Pela primeira vez naquela noite estava me divertindo.
GG: É incrível. A Cath é incrível.
Parente 3: Hum...
CW: Ele está sendo modesto. O Gil que é incrivelmente parceiro, com ele não tenho vergonha de tentar de tudo. – Falei com um sorriso travesso e senti que ficava animada só em pensar.
Acho que ele também percebeu que aquela era a hora de nós dois ficarmos sozinhos.
CW: O papo está bom, mas preciso dormir. Amanhã tenho trabalho.
Parente 3: Então, boa noite casal!
GG: Boa noite.
Subimos as escadas e adentramos no quarto rapidamente, sabia que minha noite não acabaria.
GG: Quer dizer que você não tem vergonha de tentar de tudo comigo? – Falou em meio aos beijos.
CW: Você ainda não viu nada. – Falei e o beijei novamente.
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