Nobre Amor escrita por DennyS


Capítulo 8
Relacionamento Contratual


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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~*§*~

 

Capítulo 8 – Relacionamento Contratual

 

Sasuke guardou seu celular no bolso do paletó e se virou frustrado, voltando a atenção para a sessão de fotos no estúdio da U.C.I. Produções. Junto com os atores daquele novo comercial, estava um gato branco e enorme que não ficava quieto no colo do ator.

—A propaganda anterior teve uma boa resposta, Uchiha-sama. Vamos fazer outro com um gato na sequência. – Disse o secretário Lee surgindo ao seu lado de repente como um fantasma. – A modelo desta propaganda é Rose Elizabeth Nina Ophelia III. – Informou ele orgulhosamente apontando para o animal peludo.

—Ela é muito gorda. – Reclamou Sasuke colocando as mãos nos bolsos da calça e mantendo seus olhos na gata do outro lado do estúdio. – Não parece tão boa quanto o animal peludo que a Haruno Sakura tem.

Sasuke ficou impressionado pela própria resposta. Ele nem tinha pensado muito a respeito, apenas falou. Foi inevitável, na verdade. Ele não conseguia tirar aquela mulher da sua cabeça. Isso era irritante!

—Como, Uchiha-sama? – Perguntou Lee com seus olhos enormes sobre o Uchiha. Mas Sasuke não estava com paciência de ficar perdendo tempo ali falando sobre aquela veterinária que o tirava do sério.

—Vamos finalizar logo isso para todos irem para casa. – Disse Sasuke antes de sair do estúdio.

—Claro, senhor!

 

~*§*~

 

—Saúde! – Gritaram as cinco pessoas sentadas à mesa do Le Tango Café, batendo suas taças umas nas outras.

Sakura estava comemorando com Ino, Sasori e mais duas mulheres que também participavam das aulas de dança de salão no Le Tango.

—Que bom que se juntou à nós, Sakura-san! Espero que aprecie as nossas aulas. – Disse uma das mulheres que se chamava Tenten. – E também que nos acompanhe no clube de dança no final do mês. É muito divertido!

—Clube de dança?

Sasori explicou a ela que os alunos frequentavam um lugar muito bacana todos os meses para se divertirem e fez a Haruno prometer que o acompanharia. Sakura assentiu ao ruivo, sentindo-se empolgada. Talvez a coisa que faltava para ela se sentir melhor com a sua vida, era sair com os amigos. Ela nem conseguia se lembrar da última vez que saiu para se divertir.

—Eu danço para viver mais feliz. – Disse a outra mulher sentada ao lado de Ino. – Me sinto outra pessoa quando estou dançando.

—E eu danço para relaxar. Meu trabalho é muito estressante. – Disse Tenten bebericando sua cerveja.

—Oh, eu que o diga! – Exclamou Ino concordando com Tenten. – Nem me fale de estresse. Dançar realmente ajuda.

As três mulheres e até mesmo Sasori olharam para Sakura, à espera de uma justificativa para ela escolher dançar. Sakura não podia dizer a verdade, se dissesse ela cavaria um buraco bem ali no meio do restaurante e se enterraria.

—Ela quer se treinar para não ficar nervosa perto dos homens. – Respondeu Ino com um sorriso, tentando ser engraçada, mas todos na mesa ficaram calados olhando para Sakura como se ela fosse maluca.

—Ha, ha, ha. – Sakura deu uma risada sem graça para disfarçar. – Ino! Sua palhaça! Na verdade, resolvi dançar para perder peso. Foi isso mesmo. Estou muito gorda.

As mulheres deram risada, mas olharam ainda mais estranho para ela. Sakura era magra como um espeto! Ela não se alimentou saudavelmente pelos últimos dois anos. Ela bem que queria ser gorda agora. Que desculpa mais bizarra. Ela iria esganar a Ino quando saíssem do Le Tango.

Mais uma vez seu celular tocou assustando-a. A palavra “lunático” apareceu na tela e Sakura teve vontade de atirar o maldito aparelho longe. Só não o fez porque ela ainda estava pagando por ele.

—Não vai atender? – Perguntou Sasori observando-a ignorar a chamada. – Quem era?

Sakura abriu um sorriso sem graça para o ruivo e falou a primeira coisa que lhe veio à cabeça.

—Ah, ninguém importante, Sasori-kun. Só alguém que está me importunando, me pedindo dinheiro emprestado.

 

~*§*~

 

“Sua chamada foi encaminhada para a caixa de mensagens e...” Foi o que Sasuke ouviu ao ligar pela terceira vez para aquela mulher.

—Inferno! – Ele gritou guardando o celular no bolso. – Como ela se atreve a continuar ignorando as minhas ligações?

Sasuke tinha acabado de chegar em sua casa. Ele tinha passado na clínica para confrontar a Dra. Haruno, mas ela não estava lá. Ou não quis atende-lo. As persianas estavam abaixadas e todas as luzes da clínica apagadas. Se ela tinha saído, onde poderia estar àquela hora da noite?

Arg! Sasuke estava à beira de ter um ataque. Haruno Sakura conseguia tirá-lo do sério e deixa-lo à beira da loucura. Mais uma vez a teimosia dela o incomodava profundamente. Ele tinha lhe apresentado uma proposta que iria beneficiar a ambos. Bem, na verdade ela não o permitiu terminar de apresenta-la. Sasuke nem chegou a falar da parte em que ela ganharia ao fingir que tinha um relacionamento com ele. Ela logo recusou. Como sempre fazia! Ela nunca aceitava logo de cara!

O que mais o intrigou foi a revelação que ela fez naquela tarde de sábado. Ela disse que nunca esteve em um relacionamento. Claro que Sasuke ficou chocado com a informação, afinal ela era muito bonita. Linda, na verdade. Até mesmo para um homem exigente como ele, com padrões altíssimos, ele reconhecia que Sakura era uma mulher atraente.

Por isso, ele fez a besteira de provoca-la e irrita-la profundamente, a ponto de a mulher agredi-lo. Só mais tarde, depois que a raiva de ter o queixo atingido pelo seu pequeno, mas inacreditável punho de aço passou, foi que ele pensou mais racionalmente e chegou à conclusão de que Sakura teve um tempo difícil na sua vida e não se preocupou com relacionamentos. Bem, se toda a informação que o secretário Lee deu a ele sobre o seu passado era verdadeira.

Isso, de certo modo, era até um alívio. Sasuke não sabia por que, mas o fato de que Sakura não tenha tido namorados no passado o tranquilizava. Principalmente saber que aquele homem que a visitou no dia da inauguração da clínica não teve nada com ela.

Sasuke balançou a cabeça para espantar aqueles pensamentos inoportunos e foi tomar um banho quente para relaxar. No dia seguinte, a primeira coisa que iria fazer logo pela manhã, seria enfrentar Haruno Sakura mais uma vez. Por isso, ele precisava de uma ótima noite de sono.

 

~*§*~

 

Sakura tinha limpado o chão da sua clínica pela terceira vez naquela última hora e agora estava tirando o pó das prateleiras de ração. Ela ainda não teve nenhum cliente desde o dia da inauguração, embora tenha divulgado a clínica na internet. Ela precisava imprimir novos folhetos, mas não conseguia criar algo forte o bastante para chamar a atenção. Precisava urgentemente de ajuda. Por isso ela mandou uma mensagem para Sai, o seu irmão que trabalhava em uma gráfica em Konoha. Ele era o único que poderia ajuda-la com isso. O problema era que aquele idiota não lhe mandou nenhuma resposta.

O sino da porta tocou e animada, Sakura se virou para receber seu primeiro cliente.

—Bem-vindo a... – Ela se interrompeu ao dar de cara com Uchiha Sasuke. Todo pomposo, sério e elegante demais para estar diante dela naquela manhã de terça-feira. Ele parecia ter saído da capa de uma revista famosa, usando aquele terno preto risca de giz e gravata azul escuro.

Os olhos negros dele avaliaram a veterinária vestida em seu jaleco branco simples e segurando um espanador cor-de-rosa.

—Você não disse que estava ocupada? – Perguntou o Uchiha com um olhar estreito. Se ela estava só tirando o pó daquele lugar, qual era a dificuldade em atender suas ligações?

—E estava até agora. – Respondeu Sakura se livrando do espanador. – E vou ficar de novo. Só estou fazendo uma pausa.

—Então podemos conversar de onde paramos. – Disse Sasuke decidido.

—Não tenho nada para conversar com você. – Retrucou a Haruno cruzando os braços.

—Você pode me fazer a gentileza de me servir um café? – Perguntou Sasuke a ignorando. Ele saiu da clínica e se sentou no banco de metal que havia no jardim da entrada.

Sakura revirou os olhos e relutantemente foi até a máquina de café que havia perto do balcão. Aquele homem era tão cheio de si e certo sobre tudo o que queria. A única coisa que ele tinha que fazer para conseguir algo era dizer. Aquilo era tão impressionante quanto irritante.

Sakura levou um café expresso para ele e aproveitou para tomar um também. Ela se sentou ao lado dele no banco de metal do lado de fora da clínica.

—Vamos fechar em três meses. – Disse Sasuke após agradecer pelo café.

—Fechar o que?

—O período de validade do contrato de relacionamento. – Respondeu o Uchiha desviando seus olhos da caneca que tinha o mesmo desenho da estampa daquela blusa que ele pegou na manhã depois do sequestro.

—Desculpe, mas quando foi que eu concordei com isso? – Perguntou Sakura apertando sua xícara nas mãos.

—Deixe-me terminar. – Disse o Uchiha entredentes. – Se você concordar e fizer um bom trabalho como meu “escudo” nestes três meses, a clínica será sua.

Sasuke notou que os olhos de Sakura se arregalaram na direção da clínica por um breve momento. Mas ela não parecia ainda muito propensa a aceitar sua oferta.

—O aluguel não será cobrado nesse período, dessa forma você não precisará me devolver os três meses de depósito que dei a você. – Disse ele notando que Sakura continuava reagindo do modo como ele queria.

Ela estava pensativa agora e não ofendida pela sua proposta. Isso era bom, concluiu Sasuke satisfeito.

—Para um contrato de relacionamento de três meses, não é uma oferta generosa? Você disse que não pegaria o meu dinheiro de graça.

—Eu sei disso! – Retrucou Sakura sem saber o que dizer. Ela estava tentada a aceitar aquela proposta absurda, mas o bom senso ainda a impedia. Ela não podia fingir ser namorada de um cara apenas para enganar sua família para que ele não se casasse. Isso era loucura!

—Você ainda tem muito que me pagar e considerando os poucos clientes que tem na clínica até esse momento, não parece estar indo tão bem quanto você prometeu. – Disse Sasuke observando a expressão pensativa dela. – Então, nesses primeiros meses não seria uma boa ideia estar livre de dívidas para que você possa me pagar depois?

Sakura odiava admitir, mas o Uchiha estava certo. Ela já deveria ter atendido alguns clientes para cobrir os juros do empréstimo que ele lhe fez. Se ela ficasse livre por três meses, teria mais tempo de divulgar a clínica e atender mais clientes para juntar a quantia necessária.

Mas... Aceitar aquela ideia maluca, se envolver com aquele homem rico, mesmo que de mentira, era demais. E se algo desse errado? E se nada fosse tão simples assim como ele pensava?

Sasuke terminou de beber o café, deixou a xícara sobre o banco e se levantou abotoando o seu paletó enquanto Sakura permanecia em silêncio e pensativa.

—Quando tiver uma resposta, me ligue. – Disse ele antes de partir.

 

~*§*~

 

Naquela mesma tarde, Sakura foi fazer algumas compras no supermercado. Ela ainda não tinha encontrado um apartamento para alugar, mas ainda assim precisava comprar comida e produtos de higiene pessoal. Além de encontrar uma lavanderia. Ela tinha muita roupa para lavar.

No caminho de volta, Sakura passou por uma rua bonita e movimentada daquele bairro. O que mais chamou sua atenção foi a enorme loja na esquina que tinha até um pequeno estacionamento particular. Sakura notou que era um Pet Shop completo. Na enorme placa de vidro na entrada informava que lá havia clínica veterinária, hotel para cães e gatos, SPA e venda de filhotes raros.

Sakura ficou impressionada e admirada. O lugar era incrível. Ela teve vontade de entrar e dar uma olhada. Mas quando deu um passo para subir os degraus de entrada, ela viu Kusaga Karin saindo pelas enormes portas de vidro da loja.

—Mas que droga! – Disse Sakura entredentes, dando meia volta rapidamente para fugir dali. Ela saiu de fininho, pois se saísse correndo a ruiva a notaria.

Mas não adiantou muita coisa. Afinal, aqueles longos e encaracolados cabelos róseos eram perceptíveis há quilômetros de distância.

—Oh, Sakura-san? Você por aqui? – Ouviu Karin às suas costas quando chegou à calçada.

Sakura fechou os olhos e suspirou. Relutantemente ela se virou e forçou um sorriso.

—Há, há, há... Oi, Karin-san! Como vai?

—Por acaso veio me visitar? – Perguntou Karin se aproximando dela.

A ruiva estava bem vestida como sempre. Sakura percebeu que até seu jaleco parecia ser bem caro e ficava perfeito no corpo dela.

—Não, não. Na verdade, eu só estava passando. Nem sabia que você estava por aqui... – Respondeu Sakura inquieta, querendo muito ir embora.

—Já visitou a minha clínica? – Perguntou Karin gesticulando para o Pet Shop que Sakura estava admirando um segundo atrás. – Ela não é perfeita? O local pertence à minha família e meu pai é o acionista majoritário, dessa forma eu só cuido da clínica veterinária, não preciso me preocupar com os serviços do SPA e de todo o resto.

Sakura sacudiu a cabeça percorrendo seus olhos pelo lugar que só de fora parecia enorme.

—E como está indo a sua clínica? No começo é sempre mais difícil, não é? Não ficaria surpresa se você me dissesse que ainda não teve nenhum cliente. – Disse Karin com um sorriso e ao perceber o desconforto da Haruno, ela arregalou os olhos e tapou a boca com as mãos. – Você ainda não teve, não é? Oh, que pena, Sakura-san.

—Ela ainda não é conhecia na região, eu só preciso divulgar. – Explicou Sakura se sentindo desconfortável. O olhar de escárnio que Karin não conseguia disfarçar a incomodava profundamente.

—Mas você já teve tempo de divulgar. Talvez isso não seja o suficiente, afinal nessa região a clínica veterinária mais famosa é a minha. As pessoas não vão confiar seus animais queridos à uma estranha, não acha? Para falar a verdade, todos os meus clientes preferem vir até um lugar grande e mais equipado como este. – Karin apontou com orgulho para o prédio. – Sinceramente, acho que você não terá sucesso aqui. Seria melhor ter ficado onde estava.

Sakura cerrou os punhos, mas ficou calada. Odiou admitir para si mesma que Karin tinha razão. Não foi o momento certo de ter saído de Konoha. Lá ela estava com dificuldades, mas estava conseguindo vence-las todos os meses quando conseguia pagar boa parte dos gastos da clínica. Além disso, tinha pacientes regulares e acima de tudo ela era muito feliz no que fazia.

—Se eu fosse você desistiria logo antes que seja tarde demais. – Disse Karin ao se despedir com um sorriso maldoso e entrar de volta na sua clínica.

 

~*§*~

 

Sakura odiava aquele sentimento de derrota e acima de tudo não encontrar nada capaz de espanta-lo. Depois do encontro que teve com Karin na tarde do dia anterior, ela não conseguiu dormir por causa de seus pensamentos negativos. Sakura não era uma pessoa que desistia fácil das coisas, porém naquela situação ela estava prestes a largar tudo.

Não era apenas a falta de clientes que a preocupava ou a falta de dinheiro para pagar todas as suas dívidas, incluindo o empréstimo do Sr. Uchiha, mas o risco de ter arruinado todo o seu futuro. Agora, mais do que antes ela chegava à conclusão de que aquela mudança não tinha sido uma boa ideia, foi muito precipitada. Se ela fechasse aquele lugar por não conseguir mantê-lo, ela não teria mais clínica nenhuma.

Sakura não conseguia imaginar essa possibilidade sem entrar em desespero.

Ela estava sentada em seu consultório lendo alguns relatórios antigos no computador, sentindo-se completamente desanimada, quando alguém chamou na recepção da clínica. Chegando ao balcão, ficou surpresa ao encontrar seu irmão parado no meio da sala de espera, percorrendo seus olhos admirados pelo lugar. Ele usava um macacão de motoqueiro, segurava um capacete de moto e uma mochila preta.

—Ei, mana! – Disse Sai correndo para abraça-la quando a viu.

—Sai! – Sakura correu até ele também, mas ao invés de abraça-lo de volta, ela bateu nele.

—Ai, ai, mana! Isso dói!

—Por que não respondeu a minha mensagem? – Perguntou ela lhe dando um cascudo na cabeça. – Por que não me ligou de volta?

—Eu estava ocupado, eu juro! – Disse Sai segurando nos pulsos dela. – Eu estou tentando abrir uma galeria, mas você sabe que eu trabalho na gráfica e além disso sou motoboy.

Sakura se acalmou, mas continuou encarando o irmão com a cara fechada. Ela sabia que ele tinha muitos empregos, além de estar trabalhando para realizar o sonho de abrir uma galeria de arte para expor seu trabalho, mas não custava nada ter lhe dado uma resposta.

—Não me olhe assim, feiosa. Eu trouxe o que você precisa. – Disse Sai abrindo sua mochila. Ele retirou um grosso envelope pardo de dentro da mochila e entregou a Sakura.

Ela abriu o envelope e ficou maravilhada quando viu o que era.

—Oh, são perfeitos! – Exclamou ao ler os folhetos que divulgavam sua clínica. – Obrigada, Sai! Eu tentei fazer algo assim, mas não consegui. Ficaram piores que os da clínica de Konoha.

—Você não consegue nem fazer um folheto. Que idiota. – Disse Sai dando um tapa leve na testa dela esperando receber um soco em resposta. Mas ao invés disso, Sakura baixou o olhar e deu um longo suspiro.

—Tem razão... Eu sou uma inútil. – Disse ela cabisbaixa.

—Ei, por que está levando minha piada a sério? – Perguntou Sai confuso pela reação negativa da irmã. – E quanto a esse lugar? Não é qualquer um que pode ter uma clínica dessas. Você não é inútil, maninha.

—Eu ainda não tive clientes desde que inaugurei. Se as coisas continuarem assim, esse lugar será fechado. – Disse ela desanimada e Sai teve vontade de sacudir sua irmã pelos ombros.

—Quem é você e o que fez com a minha irmã? – Perguntou Sai com os olhos arregalados. – A Sakura testuda e feiosa que eu conheço nunca desiste assim tão fácil. Em vez de se preocupar se dará certo ou não, faça o que puder para dar certo.

Sai se abaixou para retirar outra coisa da sua mochila e quando Sakura viu o que era, ela arregalou os olhos.

—Uma fantasia de cachorro?

—Sim! Você vai vestir isso e ir entregar esses folhetos nas ruas. – Disse Sai pegando dela os folhetos e lhe entregando a fantasia. – Você não pediu a minha ajuda? É isso que estou fazendo, te ajudando. Vai logo! Vista isso!

Sakura fez como seu irmão ordenou, se vestiu de cachorro (uma fantasia de dálmata) e saiu para distribuir os panfletos no ponto mais movimentado daquele bairro. Ela estava feliz pela ajuda que seu irmão estava lhe dando, por isso ela tentou não decepciona-lo. Embora ainda estivesse insegura com o futuro da sua nova clínica, ela se esforçou na entrega dos folhetos, mesmo cansada, com fome e quase morrendo de calor dentro daquela fantasia, ela entregou cada uma das mil folhas com eficiência.

Quando Sakura voltou para a clínica já havia escurecido e seu irmão tinha ido embora. Ele deixou uma nota sobre o balcão com uma caricatura dela, que dizia: força feiosa! Sakura deu um leve sorriso e ficou agradecida por ter Sai na sua vida. Embora não tivessem o mesmo sangue, ela sempre o amou como um irmão de verdade. Eles foram criados juntos, por isso um sempre ajudava o outro quando era necessário.

Sakura retirou a fantasia de cachorro e foi preparar um banho. Ela estava exausta e precisava relaxar. Porém, alguém entrou na clínica antes que ela pudesse fechar as persianas e trancar as portas.

—Sasori-kun! – Disse Sakura surpresa quando o Akasuna entrou com uma garota ao seu lado.

—Sakura-chan, esta é minha prima. – Disse o ruivo segurando nos ombros da garota que tinha um poodle nos braços.

—Meu cachorrinho está muito doente. Ele não quer comer nada. – Disse a garota triste abraçando o animal.

Sakura rapidamente começou a trabalhar. Levou o paciente até seu consultório e o examinou. Parecia ser apenas uma infecção alimentar, mas Sakura precisaria cuidar do cachorrinho pelas próximas horas para ter certeza.

—Vou precisar observa-lo durante essa noite. Deixe-o aqui, está bem? – Disse ela à prima do Sasori, que assentiu tristemente. Sakura tentou reconforta-la como pôde, mas percebeu que a garota estava muito mal por deixar seu bichinho sozinho. – Não se preocupe, vou cuidar bem dele.

—Ok. Muito obrigada, doutora.

Sakura os acompanhou até a porta após medicar o pequeno poodle preto e deixa-lo repousando no canil.

—Nós agradecemos, Sakura-chan. – Disse Sasori com um leve sorriso.

Sakura retribuiu o seu sorriso, mas não conseguiu deixa-lo ir embora sem antes perguntar o que estava martelando em sua cabeça.

—Sasori-kun? A clínica da Dra. Kusaga fica mais perto e é bem maior que a minha... – Ela começou a dizer embaraçada, mas Sasori a interrompeu.

—Parece que a minha priminha queria vir aqui. – Respondeu o ruivo rapidamente, mas logo se arrependeu e limpou a garganta. – Na verdade, era eu que queria. Eu queria ver você.

Sakura sentiu suas bochechas esquentarem e ela ficou embaraçada quando Sasori lhe lançou um meio sorriso.

—Eu vou indo. Boa noite, Sakura-chan.

 

~*§*~

 

Quase dois dias e nada da ligação da Srta. Haruno com sua resposta. Sasuke estava prestes a ter um colapso nervoso. Será que aquela mulher fazia isso de propósito? Será que ela sabia como ele ficava louco quando o deixava esperando?

Sasuke deu tempo suficiente para ela se decidir. Desde a manhã do dia anterior quando ele lhe apresentou a proposta, ele não a procurou, embora quisesse muito saber logo sua resposta. Porém até aquele momento, Sakura ainda não tinha entrado em contato e ele não podia esperar mais.

Sem poder mais aguentar esperar pela ligação dela, Sasuke resolveu ir novamente até a clínica depois do trabalho. Quando chegou lá, aquele homem que dizia ser seu amigo estava saindo acompanhado de uma adolescente. Os dois homens se encararam quando se cruzaram e não disseram nenhuma palavra de cumprimento. Embora Sasori tenha acenado com a cabeça, Sasuke apenas continuou seu caminho com a expressão dura, tentando conter a raiva que o invadiu de repente.

Sasuke foi até o consultório e da porta viu que Sakura estava sentada à escrivaninha anotando alguma coisa em um prontuário. Depois ela se levantou e se aproximou das gaiolas de vidro do canil, onde tinha um cachorrinho preto dormindo.

—O cara lá fora é o dono do cachorro? – Perguntou Sasuke entrando no consultório e se aproximando dela.

—O que está fazendo aqui? – Ela perguntou surpresa virando-se para ele.

Talvez por ter se virado rápido demais, estar fraca e cansada, Sakura sentiu-se um pouco tonta e se desiquilibrou. Sasuke a segurou pela cintura rapidamente e a fitou com um olhar preocupado.

—Estou bem. – Disse Sakura dispensando a ajuda dele e tentando afastar suas mãos de perto dela. Não sabia explicar o motivo, mas não queria que ele a tocasse. Ela se sentia estranha, algo desconhecido acontecia com seu corpo. Talvez fosse a raiva que tinha por aquele homem, ela não sabia dizer.

—Quando foi a última vez que se alimentou? – Perguntou Sasuke sem solta-la, embora ela tivesse tentado se afastar dele.

—Que eu me alimentei? – Sakura desviou os olhos tentando se lembrar, mas não conseguiu.

—Você não se lembra, não é? – Perguntou Sasuke irritado, como se lhe desse uma bronca. Ele lançou a ela um olhar de advertência e Sakura se sentiu uma criança.

—Não me olhe assim. – Protestou ela conseguindo se soltar dele. – Eu tive um dia ruim e bem cheio hoje. Passei a tarde toda vestida de dálmata para distribuir os folhetos da clínica. Eu estava fazendo algo importante. Não tive tempo de pensar em comer.

Sasuke soltou um longo suspiro e tentou não explodir.

—Não interessa se tinha algo importante para fazer. Não pode ficar tanto tempo sem se alimentar. Por isso você é tão magra! Como pode ser assim tão imprudente? – Perguntou irritado.

Sakura revirou os olhos e bufou.

—Já estou acostumada. – Resmungou cruzando os braços, enquanto Sasuke ainda a encarava como se ele fosse o seu pai.

—Acostumada com o que? Ser imprudente? – Ele perguntou sem acreditar na teimosia daquela mulher.

—Não, ficar muito tempo sem comer!

Sakura lhe deu aquela resposta irritada por ele se intrometer na sua vida daquele jeito, afinal ele era um estranho. Mas o olhar que Sasuke lhe deu quando a ouviu, fez com que ela se arrependesse no mesmo instante.

Ele está olhando como se tivesse pena de mim! Pensou Sakura mortificada. Ela não queria que ele sentisse pena. Sakura já estava com sérios problemas de autoestima, agora não precisava que aquele homem pensasse que ela era uma coitada.

—Será que você pode sair? Eu tenho que trabalhar. – Disse Sakura dando as costas para ele.

Sasuke saiu do consultório depois de lançar um último olhar à Haruno e pegou seu celular no bolso.

Uchiha-sama?— Atendeu o secretário Lee ao primeiro toque.

—Me passe o número do restaurante em que você costuma pedir o meu almoço. – Pediu Sasuke acomodando-se no sofá da sala de espera da clínica.

—O senhor está com fome, Uchiha-sama? Eu posso pedir a sua comida se quiser e mandar entregar na sua casa.

—Eu não estou em casa. Estou na clínica da Dra. Haruno. Me mande o número por mensagem.

Na clínica?— Gritou Lee surpreso. Ele parecia querer fazer mais perguntas sobre a Haruno, mas se conteve a tempo. – O senhor quer que eu faça o pedido?

—Apenas me passe o número, secretário Lee e eu cuido do resto.

O secretário Lee parecia impressionado, enquanto se engasgava de euforia do outro lado da linha. Seu chefe nunca tinha pedido sua própria comida, ele nem deveria saber como fazer isso. Na sua casa, a empregada deixava suas refeições prontas, mas quando ele não gostava de alguma coisa, ele ligava para o secretário Lee fazer o pedido. Era a primeira vez que ele ligava para pedir apenas o número do restaurante.

Sim, senhor. Enviarei uma mensagem de texto com o número agora mesmo.

Sasuke se sentia incomodado por Sakura ter lhe revelado que estava acostumada a ficar muito tempo sem comer. Ele até então não fazia ideia do que ela tinha passado nos últimos anos quando abriu sua clínica ou até mesmo antes disso. Ele sabia que ela teve um passado difícil, mas não imaginava que a sua situação chegara a esse ponto.

O Uchiha ficou sentido por ela. Era estranho pensar dessa forma, mas ele se preocupava com ela. Imagina-la em dificuldades ou passando mal por não ter se alimentado direito o deixava profundamente incomodado. Como se o ferisse por dentro.

A comida chegou pouquíssimos minutos depois que ele pediu, afinal a entrega era para Uchiha Sasuke. Eles com certeza deveriam saber que o CEO da U.C.I. Produções não gostava de esperar. Sasuke foi até o consultório e chamou pela veterinária que ainda estava trabalhando em sua mesa.

Sakura o acompanhou até a sala de espera da clínica e ficou surpresa ao ver o banquete servido na mesinha de centro da sala além do delicioso aroma de yakisoba que pairava pelo ar.

—Coma. – Ordenou Sasuke gesticulando para ela se sentar.

Sakura se irritou pelo comando dele e estava prestes a discutir e dizer que ela não era obrigada a obedecer suas ordens, quando seu estômago roncou alto e o delicioso cheiro da comida a inebriou completamente.

—Vou lavar as mãos. – Disse ela correndo para o banheiro.

Sasuke assistia em silêncio a Haruno devorar um prato enorme de sushi na sua frente. Ela realmente estava com fome, ele concluiu irritado e jurou que aquilo nunca mais aconteceria. Ele não sabia explicar a origem daquele pensamento, mas mesmo assim jurou para si mesmo que ela não saberia mais o que era não se alimentar direito. Sasuke percebeu que realmente se preocupava com ela. E como ela seria sua namorada de mentira, (ele já estava contando com a vitória embora ela ainda não tenha dado nenhuma resposta), ele deveria cuidar dela.

—Você pode dar um pouco de salmão para Marie? – Perguntou Sakura interrompendo seus pensamentos. – Ela adora salmão.

Sasuke direcionou seu olhar estreito para a gatinha branca aos seus pés, depois voltou o mesmo olhar para Sakura. Olhar esse que queria dizer: de jeito nenhum.

—Por favor? – Pediu Sakura com uma expressão suplicante.

Sasuke revirou os olhos e fez o que ela pediu. Pegou um pratinho de plástico que tinha salmão puro e colocou no chão para aquele animal peludo comer. A gata devorou tudo em segundos e depois se aproximou do Uchiha para lhe agradecer, esfregando-se nas pernas dele.

Ele lançou um olhar mal-humorado para Sakura, mas ela sorriu para ele como se lhe agradecesse também. Por causa desse simples sorriso, Sasuke suavizou sua expressão e se esqueceu por um momento que não gostava de pelos de animais voando ou grudados em suas roupas.

—Você realmente não vai comer? – Perguntou Sakura após devorar o último sushi. Ela percorreu seu olhar pelos pratos vazios e sorriu sem graça. – Quer dizer... Agora é tarde demais. Desculpe.

—Eu pedi essa comida para você. Não se desculpe.

Enquanto comia Sakura não se sentiu incomodada por ele estar ali só lhe observando em silêncio, mas agora ela estava um pouco constrangida. O pior de tudo era saber que tinha conseguido fazer aquele homem sentir pena dela a ponto de lhe dar comida. Sakura já estava em um ânimo horrível, agora então tinha ficado pior.

—Por que o seu dia foi ruim, já que estava fazendo algo importante como divulgar a clínica? – Perguntou Sasuke com um olhar curioso. Sakura estava abatida e não parecia ser apenas cansaço e fome. Algo poderia estar errado e ele queria saber o que era.

Sakura praguejou mentalmente. Ele era muito observador. Era aquele tipo de pessoa da qual não deixava nada passar despercebido. Sakura soltou um longo suspiro antes de responder.

—Não ter esperança é tão assustador... – Comentou com o olhar perdido. – É engraçado que alguém como eu tenha virado veterinária para tentar salvar uma vida.

Sasuke ficou impressionado pelas palavras dela. Desde que a conheceu, ele percebeu que ela não parecia ser o tipo de pessoa que desistia ou não acreditava em si mesma. O que havia acontecido para ela estar tão desacreditada daquele jeito?

—Acho que você pode ter entendido errado, Haruno Sakura. – Disse ele sério, chamando a atenção de seus olhos verdes. – Não gasto dinheiro em nada que não tenha potencial. Se investi em você, é porque significa que é um bom investimento.

Sakura olhou para ele sentindo algo em seu interior, talvez seu coração, se aquecer, como se uma chama pequena nascesse e fosse aumentando. Aquilo foi um elogio? Vindo dele parecia ser algo grande. Algo grande demais.

—E você também me salvou naquela noite. – Continuou Sasuke assistindo a reação dela. – Eu nunca te agradei apropriadamente. Por isso, obrigado.

Sakura não soube o que dizer, por isso ela apenas assentiu e esboçou um leve sorriso. Seu coração batia tão forte que ela podia até senti-lo contra o peito e algo dentro dela parecia ter se fortalecido, apenas pelas simples palavras do Uchiha.

—Quanto ao contrato de relacionamento, acreditei que seria divertido fingir que estamos saindo. Além de que isso pode ajudar a nós dois. Você precisa se estabelecer na clínica e eu preciso de alguém que seja fotografada ao meu lado como minha namorada para que a minha família acredite e não me obrigue a ter encontros às escuras.

—Fotografada? – Perguntou Sakura como se ponderasse brevemente a ideia.

—Minha família sempre tem alguém de olho em mim, monitorando os meus passos. Não vão divulgar sua identidade ou publicar suas fotos em revistas. Eles têm essa pessoa me monitorando justamente para minha privacidade não ser violada e minha vida pessoal exposta na mídia. Como eu disse, você será meu “escudo” apenas para a minha família na América.

Sakura ficou um momento pensativa, enquanto Sasuke aguardava ansiosamente por sua resposta.

—Três meses apenas? – Ela perguntou arqueando uma sobrancelha.

—Sim. – Ele assentiu.

Sakura achava tudo aquilo uma loucura, mas agora que sua confiança tinha voltado ao normal e estava decidida a não desistir dos seus sonhos, ela não teve escolha senão aceitar aquela proposta. Após três meses ela não precisaria mais do Uchiha. Já estaria estabilizada, pagando suas contas em dia e teria clientes regulares.

Então ela se decidiu. Ficou de pé e olhou diretamente nos olhos escuros do homem sentado na cadeira a sua frente.

—Ok, Uchiha Sasuke. Vamos tentar esse contrato de relacionamento.

 

~*§*~

 

—Você dois, por favor, confirmem o conteúdo do contrato. – Disse o secretário Lee sentado entre seu chefe e a Dra. Haruno na manhã do dia seguinte.

Eles estavam na sala de espera da clínica. Sakura sentada numa cadeira à direita, Sasuke no sofá à esquerda do outro lado da mesa de centro e o secretário Lee no meio e de frente para eles. Até Marie assistia à pequena reunião do colo do secretário Lee.

Sakura pegou a sua cópia do contrato sobre a mesa e o leu em voz alta.

—“Contrato de relacionamento entre Uchiha Sasuke e Haruno Sakura. De Uchiha Sasuke, o dominador, para Haruno Sakura, a submissa...” – Sakura parou de ler e olhou estreito para o Uchiha que a encarava de volta sem esboçar nenhuma emoção. – Mas que porcaria é essa? Nesse relacionamento você é o dominador e eu a submissa?

—Claro. – Respondeu ele dando de ombros e Sakura quase teve um ataque.

Isso está muito “50 tons de cinza” para o meu gosto! Ela pensou mal-humorada e continuou a leitura.

—“Com a ajuda da submissa Haruno, o dominador Uchiha, alivia a pressão para o casamento arranjado. Ele concorda em se comprometer com a relação contratual abaixo.”

—Como o combinado, o contrato tem duração de três meses e você não pode falar com ninguém sobre isso além de mim. – Disse Sasuke sem ler a sua cópia do contrato que ele nem tinha tocado. Sakura se enfureceu ao perceber que aparentemente foi ele quem escreveu todo o contrato.

—“A submissa Haruno deve se comprometer com este relacionamento para o mesmo parecer real, por isso...” – Ela parou de ler novamente e levantou o olhar indignado para o Uchiha. – Devemos nos ver todos os dias?!

—Durante esses três meses, a submissa sempre atende ao dominador. – Respondeu Sasuke como se isso fosse obvio.

Sakura respirou fundo e repetiu mentalmente: São apenas três meses, Sakura. Apenas três meses.

—Isso é tudo? – Ela perguntou revirando os olhos.

—Tem mais uma coisa. – Disse Sasuke descruzando as pernas e se inclinando para frente na direção dela. – Você nunca poderá se encontrar com outro homem além de mim. – Ele a encarou como se aquilo fosse uma ordem vinda direto de Deus. – Nunca.

Sakura abriu a boca e arregalou os olhos sem acreditar. Aquilo já era demais. Eles não namorariam de verdade, agora Sakura queria um romance real, além de haver a possibilidade de Akasuna Sasori convida-la para um encontro. Como ele podia exigir isso dela?

—Tudo bem quando você não estiver por perto. – Ela se inclinou para frente e lançou a ele um meio sorriso. – Assim não tenho que te obedecer.

Sasuke se inclinou para mais perto e estreitou ainda mais o seu olhar ameaçador.

—Se está curiosa, por que não tenta para ver o que acontece? – Perguntou ele sem se intimidar.

Sakura devolveu o seu olhar estreito e resmungou alguma coisa que Sasuke não pôde entender. Ele tinha a expressão séria, mas por dentro estava rindo satisfeito.

—E por fim, se algum de vocês violar o contrato, será multado em 800 mil ienes e perderá este prédio. – Disse o secretário Lee, sem se comover pelo olhar de espanto que a Haruno lançou a ele. – Por favor, assinem agora.

Sakura assinou a sua cópia e a cópia do Sasuke. Assim como ele assinou a sua própria e a dela. Os dois se encararam em silêncio por um momento antes de Sasuke estender sua mão até ela para fechar aquele acordo. Sakura desejou imensamente não se arrepender daquela decisão ao apertar a mão dele na sua.


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Notas finais do capítulo

Será que essa parceria vai dar certo? O.o
Obrigada a todos que estão acompanhando! XD
Beijos!