Pra você guardei o amor escrita por Maria


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Esse é especial. Ele não existia na história, mas como hoje é meu aniversário (ao menos era até 15 minutos atrás) eu resolvi fazer ele de presente para vocês!!!
Como fiquei duas horas trinta e três minutos e alguns segundos esperando a audiência começar hoje digitei isso loucamente.
Ou meu cliente achou que eu era uma estudiosa altamente aplicada ou que eu era maluca mesmo.
Acho que a segunda opção é a mais correta.
Perdoem-me os erros, digitei no tablet no meio do corredor do Fórum.
Beijos. Amo vocês.

A seguir a jelous Emma.



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Passaram o dia na sala, conversando e contando diversas histórias de suas vidas. Ignoraram qualquer telefonema que tenham recebido durante o dia. Conversaram sobre a festa das crianças no orfanato e sobre como gostariam de que Sophia e Henry pudessem passar o dia com elas.

—Você pensa em ter uma em casar e ter filhos Regina? – Emma elevou os olhos ao rosto da morena. Ela estava deitada no chão da sala com a cabeça nas pernas de Regina.

—Sim eu penso. – Ela sorriu. – Sempre quis ter alguém que eu amasse e formar com essa pessoa uma família. Cafona, não é? – Deu uma risada.

—Não acho. Descobri que formamos diversas famílias ao decorrer dos anos, e que ter uma família é quando você se sente em casa, em paz. Por exemplo, eu estou em paz. Em casa. Com você. Você se tornou minha família. Muitas coisas dependem do nosso ponto de vista. E não estou trocando isso aqui por qualquer coisa não. – Os olhos de Regina estavam marejados e ela não escondeu como estava emocionada. – E se um dia você encontrar alguém que mereça ser mais uma família para você ficarei feliz em dividir. Portanto se você é cafona, eu também sou, até mais talvez.

—Também estou em casa com você minha estranha. – Ela beijou a testa de Emma e demorou um pouco ali. Apesar de estar muito feliz, Regina tinha aquele monstrinho crescendo dentro dela. A culpa. Ela ainda escondia um segredo de Emma que revelava detalhes de sua existência que a morena sabia que ela nunca havia revelado a ninguém.

—Posso te fazer uma pergunta muito pessoal? – Emma mordia o lábio inferior indicando que estava morrendo de vergonha. Regina ficou preocupada com o que viria e apenas acenou com a cabeça. – é.. você... – ela suspirou -  você já teve algum relacionamento profundo com alguém? – Regina arqueou as sobrancelhas.

—Como assim Emma? Um relacionamento de muito tempo?

—Não. – ela disse tímida.

—Você está perguntando se eu já fiz sexo Emma? – Regina perguntou divertida quando entendeu o significado da pergunta da loira. Ela corou violentamente.

—Eu, hã, não queria dizer nessas palavras, mas sim, é isso que estou perguntando. – respondeu em um fio de voz. Regina gargalhou.

—Sua timidez ainda vai me matar, sabia? Não sou uma moça virgem loirinha. – respondeu – você é? – Regina arqueou as sobrancelhas, vindo de Emma não seria uma novidade.

—Não. – ela disse baixo – Foi bom para você? Quer dizer, era isso mesmo que você esperava?

—Acho que era simplesmente sexo Emma. E bem, sempre foi bom, eu acho. Algumas vezes melhores que outras. – Regina respondeu meio evasivamente porque sexo era sexo e geralmente era bom. – Com você nunca foi bom?

—Não sei. Quer dizer só tive Killiam na minha vida, ele foi o primeiro e único, mas, sabe quando parece errado? Eu não sei explicar melhor... ele sempre me dizia que eu era ótima e eu pensava, que bom pra você, já para mim... Sei lá, parecia algo tão obrigado que não fazia sentido nenhum. – Regina assentiu para ela – Eu estava lá, mas eu preferia estar sei lá, lendo um livro.

Regina soltou uma sonora gargalhada. Emma a olhou de cara feia.

—Para de rir de mim. – pediu cruzando os braços no peito.

—Desculpe. Se você preferia estar lendo um livro do que fazendo sexo com seu namorado, querida, não era nada bom para você! – ela passava uma mão nos cabelos de Emma e com a outra enxugava as lágrimas. – Céus, só teve seu namorado na sua vida? – Perguntou.

—Sim. – Emma corou novamente – Nunca fui muito de namorar e com a minha criação, bem...A maioria das coisas que aprendi  - ela fez aspas com os dedos dizendo aprendi – foi nos livros, as vezes me sinto uma extraterrestre.  Ruby conta umas coisas que me deixam de cabelo em pé.

—Você não é extraterrestre. Na verdade é uma mulher que preserva sua intimidade além de ser leal a quem está com você. Você é um pouco esquisitinha, mas nada de mais. – Regina dizia rindo.

—Pareço boba não é? – Disse Emma sorrindo.

—É a bobinha mais linda desse universo. – Emma gargalhou.

—Você já pensou em formar uma família com que já esteve? – perguntou mordendo o lábio inferior. Regina nem pensou para responder

— Não. Já pensei em formar esse tipo de família com alguém sim, mas eu nunca estive com essa pessoa. Não desse jeito. – ela respondeu.

—E por que nunca esteve com essa pessoa desse jeito?

—Porque essa pessoa nunca reparou o quanto eu gostava dela. – Respondeu simplesmente.

—Esse homem deve ser um tremendo de um cego.

Regina somente balançou a cabeça. Homem, ela revirou os olhos internamente. Tinha perdido mais uma oportunidade de parar de mentir para Emma. A morena queria conquistar a amiga e demonstrava isso em cada ação, mas Emma parecia realmente não perceber. Tinha tanto medo de perdê-la que estava se aprofundado em um relacionamento completamente platônico. Falar de sexo com a loira a fez recordar a quanto tempo não o fazia, parecia que tudo ao seu redor havia perdido o interesse.

 A claridade do dia já havia dado espaço à escuridão e elas ainda estavam na mesma posição. De repente Emma levantou.

—Já sei como vamos fechar esse dia com chave de ouro! – exclamou – vamos a uma boate e dançar até o dia nascer, afinal amanhã é sábado. – Regina a olhava assustada.

—Não sei se tenho disposição para isso loirinha. – Regina respondeu.

—Ha Regina vamos! Por favor! Quem sabe você não acha um gatinho para você hoje? – Regina controlou a vontade de revirar os olhos – está fazendo votos de celibato?

—Não estou fazendo voto nenhum Emma, só acho que não estou mais na idade de sair para boates e arrumando gatinhos. Céus não estou mais nem na idade de falar gatinhos ao me referir aos homens.

—Para com isso Regina. Você é nova, linda e dá de mil em muita garota por aí. Vou chamar o pessoal e você chama Zelena, para ir também. Tenho certeza que Robin não ligará de dar uma passe livre para a esposa hoje. – Ela se ajoelhou na frente de Regina – por favor? – o que Emma não pedia rindo que Regina não fazia chorando?

—Eu não acredito que vou aceitar essa proposta.

Emma deu um beijo estalado na bochecha de Regina e saiu saltitante para seu quarto. Algumas horas mais tarde Regina já esperava por Emma na sala. Seu costumeiro vestido preto colado ao corpo realçava suas curvas e seu batom marsala lhe caía muito bem. Segurava seu sobretudo na mão e esperava Emma sair do quarto. Regina pensou que se Emma saísse do quarto em suas tão apegadas caças jeans iria matar a loira.

Regina checava as diversas ligações perdidas de seu celular e nem reparou que Emma estava em sua frente. Quando subiu seu olhar para a loira engoliu em seco. Ela estava com um vestido bege claro colado ao seu corpo que ia até sua coxa. Seu colo quase não aparecia era extremamente comportado, mas mesmo assim Regina sentiu as pernas tremerem. Sua maquiagem leve lhe dava um ar tão angelical, mas o batom vermelho era tentador.

—O que achou? – ela rodopiou para Regina. E quando a morena viu as costas do vestido sabia que estava perdida. Não havia pano na parte de trás só uma tela fina e sentiu até uma vertigem.

—Não falta um pouco de pano aí atrás não? – Tentou controlar sua voz para não sair tão ciumenta e não sabia se teve sucesso. 

—Ficou feio? – Ela perguntou já triste.

—Feio? Emma. Pelo amor de Deus. Só acho que você deveria dar uma chance para as outras meras mortais que frequentam essa boate. Não vai ter para ninguém com você vestida desse jeito. Estarão todos aos seus pés. – Inclusive eu, Regina pensou, mas isso ela guardou só para ela.

—Você é exagerada Regina. E para mim você está mil vezes mais bonita.

Regina já estava meio incapacitada de falar qualquer coisa coerente e somente acenou já saindo com Emma.passaram na casa de Zelena para buscá-la e saíram as três depois de ouvirem meia hora de conselhos de Robin.

A noite corria tranquila. Todos dançavam, bebiam e dançavam de novo. Regina havia se sentado no bar para descansar um pouco e observava enquanto Neal tentava colocar sua mão boba em Emma sem sucesso algum. Sorria por dentro quando ela se desviava dos toques dele.

A morena havia dançado com algumas pessoas, mas sempre acabava por acompanhar os movimentos de Emma. Estava distraída olhando sua loira, porque Emma era dela, ela só não sabia ainda, quando uma pessoa entrou em seu campo de visão e Regina gelou. Ariel fora mais um de seus casos, só que não tinha sido muito rápido, na verdade foi o que durara mais. Tentou esconder sua face, mas foi sem sucesso já que ela sorria e vinha em sua direção.

—Regina, que surpresa te encontrar aqui. – Regina levantou para cumprimentá-la.

—Então... que surpresa. – Regina respondeu nem um pouco animada.

—O que faz aqui? – perguntou a ruiva.

—Estou fazendo o que se faz em boates. – Respondeu meio cinicamente no meio da batida eletrônica.

—Sempre com esse seu humor, não é mesmo? – disse colocando a mão em sua cintura. Regina estava entre o balcão e Ariel e tentou dar um passo para trás, mas foi em vão.

Emma estava adorando a noite com seus amigos, nunca havia dançado tanto em sua vida e não estava com vontade de parar. Todos estavam se divertindo, inclusive Regina que estava tão relutante em ir. Ela havia dançado co m alguns caras e Emma também. A loira olhou ao seu redor e não viu a morena, Mulan e Zelena estavam perto dela, virou o pescoço para os lados a procurando, quando olhou para o bar reconheceu Regina de imediato e viu uma mulher colocar a mão na cintura dela, sentiu uma dormência nas pernas que julgou ser por estar cansada.

De repente ela estava em movimento, saiu de perto das outras e foi ao encontro de Regina, tudo parou de ter graça. Ela não queria dançar mais. Queria ir embora. Regina sorriu ao vê-la, ela não. As outras a acompanharam com o olhar. Quando pensaram que a loira estava indo ela já estava voltando e com uma Regina ao seu encalço.

—Estamos indo embora. Vamos Zelena? – Disse a loira saindo. Regina só deu de ombros. Quando Emma se afastou Ruby deu uma gargalhada.

—O que foi? – Quis saber Zelena antes de acompanhar as outras duas.

—Eu quero saber quando Emma vai cair na real e perceber que é louca pela Regina. – Ruby disse aos risos. – E que Regina é louca por ela.

—Você acha que Emma gosta da Regina? – Zelena perguntou espantada.

—Você não percebeu?  Regina dançou com dezenas de homens diferentes e Emma nem ligou, agora, foi aquela mulher colocar a mão na cintura da morena que Emma faltou pouco arrastar ela daqui. – ela ria descaradamente.

—Por que acha que Regina gostaria de Emma? – Zelena quis saber.

—Porque está escrito na cara de Regina que ela é lésbica e que está de quatro pela loira. Só a tonta careta que não percebe mesmo. Eu é que não vou falar. É capaz dela mandar me exorcizar.

As duas riram com gosto. Zelena queria falar mais alguma coisa, mas seu celular tocou. Era Regina, se não fosse logo iria ficar sem carona.


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