Imperfect Utopia escrita por Bruno hulliger


Capítulo 13
Eleições




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  No dia seguinte, novamente a aula seguiu tediosa, e sem ter ninguém para conversar isso ficava pior ainda. Enfim, depois de algumas cansativas horas de estudo, Mary me encontrou pelos corredores (a aula já havia acabado) e me disse que eu precisava ir urgentemente até a cabana velha que os rebeldes chamavam de quartel-general.

  Chegando lá, sentei-me em um banco, e ao meu lado sentou-se Jonathan, que por algum motivo me fitava com os olhos. Maria foi a última a chegar, ela se acomodou em sua cadeira, colocou os braços sobre a escrivaninha e começou:

  -- Eu convoquei vocês aqui porquê...

  -- Irresponsável! – gritou John – Você nos chama aqui para uma reunião super importante, e é a última a chegar!!

  Isaac colocou a mão sobre a boca do “Superman”, o que fez ele se aquietar. Alice observava a confusão pelos fundos.

  -- Eu... – Alice começou a falar, toda tímida: -- Eu queria saber se o assunto da reunião é o meu codinome...

  -- Fala sério, nós temos assuntos mais importantes a tratar. – Disse Isaac, ainda com a mão na boca de John, para evitar que ele diga alguma besteira.

  -- Desculpa... – acrescentou Alice.

  -- Parem de fazer a Alice chorar!!! – Gritou Maria.

  -- Mas... ela parecia tão macabra ontem – ponderei.

  -- Macabra? Alice, o que você fez?

  -- Eu só contei pra ele algumas coisas sobre o porão... Mas acho que ele as interpretou errado...

  -- Ai, ai... – continuou a capitã. – Esclareça tudo para ele, por favor...

  Ela começou a falar: “a garota da qual eu disse que me visitava era a filha do diretor... Ela sempre trazia bonecos artesanais para brincarmos... E por coincidência um se parecia com você.”

  -- Mas, e as vozes que você ouvia?-- perguntei.

  -- Eram ecos que vinham do andar que fica em cima do porão...

  -- E o barulho de coisas se quebrando?!

  E ela me respondeu: “eu sou muito desastrada e vivo esbarrando em prateleiras do porão, às vezes eu nem noto quando esbarro em algo.”

  Essa foi a resposta mais inesperada que eu poderia imaginar.

  Mary, vendo que a confusão havia terminado continuou:

  -- Eu chamei vocês por que, como vocês já sabem, as eleições estudantis começam em breve. E eu vou ser uma candidata!!

  Todos ficaram em silêncio, ninguém acreditou nessas palavras. Mary não tem paciência nem para comandar quatro idiotas, quanto menos uma escola de nerds.

  -- Não acreditam em mim?

  -- NÃO! – responderam todos em uníssono.

  -- Bem... Eu não me importo com isso, até porque... Vocês vão me ajudar a ganhar as eleições!

  -- O QUÊ? – todos se espantaram.

  -- Distribuam cartazes, folhetos, façam campanhas enganosas, ou qualquer coisa que ajude minha eleição.

  Além de louca é corrupta, pensei.

  -- Mas, e se a Sthephanie nos afrontar? – perguntou John, que já estava livre da mão de Isaac.

  -- Só tentem não atacá-la. Pode não parecer, mas a maga é pacífica, desde que nenhum idiota a ataque.

  Todos se entreolharam, um pouco perplexos. Maria parecia se divertir com a situação.

  -- O único que não vai participar disso é o Wesley.

  Todos se viraram para mim. Que sensação terrível.

  -- Mas por quê? – perguntou Alice.

  -- Ele já está envolvido em outra missão. Uma missão pra conseguir informações sobre as fraquezas da maga.

  -- Mas por quê... – Jonathan tentou afrontar a decisão da capitã, e ela percebendo isso dispensou todos os integrantes rebeldes.

  Ao sair da cabana, John ainda me fitava com seus olhos raivosos.

  -- Isso é mais uma prova... – falou Isaac.

  -- Uma prova de quê? – perguntei.

  -- Uma prova de que Mary te ama.

  Meu punho não se conteve, e eu dei um murro na cara dele. Isaac ficou caído no chão, gemendo. Exatamente como no dia anterior... 


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