La Vie En Rose escrita por clariza


Capítulo 6
Si c'était un film


Notas iniciais do capítulo

ALO ALO como vcs tão??
Gente, n me matem, eu juro que vou postar mas esses dias veio o combo de final de semestre + novo trabalho + começar a fazer tcc EU VOU ME FORMAAAAAAAAAAAAAAAA
meu deus 4 ano da minha vida, e eu me formo final do ano eu to tão feliz, djkfdbsh n me matem se eu atrasar pra postar tudo bem?????? juro que não é a minha intenção.



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Freya estava absolutamente sem reação, a chuva caia torrencialmente do lado de fora e o homem tentava desesperadamente proteger o pequeno felino das gotas de chuva se molhando completamente.

―Um gato? ― ela perguntou.

―Você disse que queria um desses. ― respondeu como se fosse a coisa mais simples do mundo, como se estivesse passando o sal numa conversa amigável. ― e eu não posso levar pra casa, minha irmã é alérgica a gatos.

―Entre, você está encharcado ― ela disse depois de alguns segundos, deixando o homem entrar na sua casa, não antes de lhe passar o gatinho que tremeu ao troque dela. ― vá para a sala, eu vou conseguir alguma coisa quente pra você, e segure o gato.

Ela respondeu, passando de volta o animal para ele, e subindo as escadas com pressa entrando no quarto dos irmãos e pegando alguma roupa do irmão mais velho que lhe parecesse quente o suficiente junto com uma coberta grossa e voltou para a cozinha, onde o rapaz estava sentado numa cadeira de madeira com o gatinho sobre a mesa tocando a cabecinha dele fazendo o bichinho ronronar.

―Consegui roupas quentes, o banheiro é a terceira porta a direita ― explicou, colocando as calças uma caminha de linho e um casaco sobre a mesa, Bucky pegou a roupa e foi se trocar, deixando-a sozinha com o gato.

Ela se levantou, indo até a geladeira e pegando a mistura de chocolate quente e colocou no fogo e duas canecas sobre a mesa, mesmo com um aquecedor ligado a cozinha ainda era o ponto mais frio da casa, talvez pelas janelas de vidro e o chão de porcelanato. Quando o chocolate ficou pronto, ela colocou nas canecas, esperando que ele voltasse e pegou no fundo do armário uma garrafa escura que o pai guardava para tomar com o seu chocolate quente, uma espécie de licor branco mas com um gosto mais caramelizado que deixava o chocolate com um gosto muito melhor.

―Está batizando um café? ― Bucky perguntou assim que chegou na cozinha, com as suas roupas molhadas em mãos, Freya colocou a garrafa sobre a mesa e pegou as roupas molhadas esticando-as no pequeno varal interno.

―É chocolate quente, e fica muito melhor, meu pai sempre coloca ― respondeu, sentando-se na mesa e Bucky fez o mesmo, sentando- se a sua frente pegando a garrafa e lendo o rótulo.

―Não tenho certeza se eu consigo pronunciar isso. ― ele disse, abrindo a garrafa e cheirando o conteúdo ― e é forte.

―É uma bebida para o frio, é da cidade que meu pai nasceu, augsburg. ― ele colocou um pouco da bebida na caneca dele e entregou a garrafa a ela, que fez o mesmo, fechando a garrafa em seguida e tomando um pouco do conteúdo da caneca.

―Então você não é alemã.

―Eu sou búlgara, o que ultimamente não faz muita diferença. A Bulgária se uniu a Alemanha de qualquer jeito e eu morava em Augsburg desde pequena, eu sou meio que mais alemã do que búlgara.

―Eu não consigo nem imaginar como é isso, eu tenho o meu lado sobre a guerra, defender o meu pais.

―Essa e a parte engraçada, as pessoas sempre esquecem que o primeiro país que a Alemanha invadiu foi o seu próprio país. No começo foi divertido, a população se sentia mal por conta dos tratados, como se fossem inferiores, mesmo eu sendo muito nova eu via como eram as coisas, então aparece o baixinho com todas aquelas bandeiras, fazendo com que as pessoas se sentissem bem de novo, como se eles deixassem de ser pequenos, então as coisas começaram a ficar preocupantes, por que ele não estava dizendo que valíamos a pena, que éramos um grande povo, estava dizendo que todos que não aram alemães que eram inferiores, que os bálticos eram inferiores, que os judeus  e qualquer outra pessoa que não concordasse com os seus métodos não deveria existir. ― ela parou de falar, justo quando Bucky colocou a mão sobre a dela, a fazendo voltar para a realidade de que estava falando demais ―Me desculpe, eu me empoguei.

―Não, isso é, uau, eu nunca tinha pensado por esse lado. ― ele estreitou os olhos ―Eu não posso nem imaginar como é isso.

―Sim ― ela respondeu, mordendo a parte interna da sua boca evitando que chorasse, a ultima coisa que queria fazer agora ― Me desculpe, eu só estou sentindo saudades de casa.

Ela pegou o gatinho que estava deitado com os olhinhos fechados e começou a fazer carinho na barriga dele.

―Acho que eu vou chama-lo de Yuri. ― ela disse, antes que ele pudesse voltar ao assunto. ― quer dizer agricultor em russo e é um santo católico também.

―Você fala russo?

―Eu falo muitas línguas. A única que eu não consigo colocar direito a pronuncia é inglês, como todo mundo nota.

―Se me perguntar, eu acho adorável. ― ela riu, não tão sem graça como antes, ele estava tentando ser gentil com ela  ― Está vendo? Eu não sou tão ruim assim, você vai se divertir se sair comigo.

―Eu acho que sim, mas eu tenho coisas mais importantes pra fazer. ― ela disse, tentando ser franca, mas ele era um bom rapaz, ela não queria magoa-lo ― Você está no exercito pra defender o que acredita, eu não posso fazer isso, mas eu vou fazer o que eu posso fazer e o que eu sinto que é o certo, por que eu quero a minha vida de volta.

―Eu entendo isso, mas eu acho que não custava nada, uma sexta feira a noite. ― Freya parecia irredutível com o seu não ― Okay, então vamos fazer assim, eu como yankie, nascido e criado eu posso ser um cavalheiro e te mostrar um pouco da cidade, aposto que nunca foi a coney island.

―Eu nem sei onde fica esse lugar, apesar de todo mundo falar.

―Então, eu te levo lá ― ele disse, muito animado ― tem essa roda gigante enorme que você pode ver metade da cidade, tem um carrossel, se você gosta de aventura tem uma montanha russa, eu aposto que você nunca foi a praia.

―Eu já estive na praia sim! ― protestou a garota.

―Não conta se estiver congelada, só se for um dia de verão ou primavera, com o sol e quente que quando a brisa do mar chega até você parece um alivio.

―Soa como um lugar que você gosta muito.

―Se eu gosto daquele lugar? Eu adoro aquele lugar, é tão divertido é lindo ― ele disse, com um olhar distante e sonhador, com seus dedos entrelaçados sobre a mesa, como se estivesse perdido em suas memórias, era tolo da parte de Freya de as vezes achar que só ela tinha um passado, tinha memórias e coisas que sentia falta, lugares que não ia a muito tempo por que as coisas haviam mudado, ela imaginou se deveria tocar a mão dele ou falar algo reconfortante, mas nada veio a sua cabeça, tudo parecia incerto ― Não tão lindo quanto você, claro, mas eles podem se esforçam.

Freya sorriu, olhando para a mesa antes de pegar a sua caneca e dar mais um gole no seu chocolate quente, que começava a esfriar.

―Você é um rapaz bom... ― Freya começou.

―Eu não estou pedindo pra você se casar comigo! ― brandou ― eu estou te oferecendo uma grande oportunidade, de uma visita guiada ao melhor parque de diversões e um passeio na praia com um verdadeiro nova iorquino. Uma tarde, você vai na montanha russa, tem cachorro quente, algodão doce, se você não acha isso divertido e uma programação excelente tem algo de muito errado com você, mas nada infelizmente que eu não possa consertar.

Freya deu uma gargalhada, tentando se manter o mais estática possível, ela geralmente era tão cortejada assim e tudo o esforço dele a fazia se sentir desconfortável.

―Tudo bem, mas me prometa que vai parar de me irritar enquanto eu estou estudando.

―Eu posso tentar― refurtou o rapaz.

―Você que prometer ― Freya insistiu, e depois de uns segundos de um olhar decisivo para Bucky ele finalmente suspirou, cedendo a promessa ― E não é um encontro, é uma tour entre amigos.

―Primeira parte sim, até por que se fosse um encontro eu levaria você lá no final da tarde, quando o sol está se pondo e parece uma pintura, e não na montanha russa e sim na roda gigante e no topo dela eu provavelmente tentaria te beijar.

―Você é tão atrevido.― admirou-se Freya.

―Eu estou sendo sincero, achei que era disso que as garotas gostassem.― ele disse, com um sorriso malandro.

―Me diga por que eu estou concordando em sair com você, de novo?

―Por que eu sou adorável.

Bucky foi-se embora assim que a chuva passou, deixando Freya sozinha em casa na expectativa de Greta chegar para contar a novidade a ela. Em uma parte ela estava vibrando por sair, mas pelo outro lado ela tinha tantas duvidas, como o por que de ele estar sendo tão insistente, desde que ela havia chegado a América as pessoas evitavam ela, seu sotaque formava uma opinião antes de qualquer outra coisa, e isso afastava os rapazes dela. A principio ela achava uma coisa boa, ela não teria distrações e teria tempo de se recuperar da rejeição de Alexei. seu ex-noivo.

Ela não gostava de pensar nisso, ela doloroso. As palavras dele haviam queimado fundo em seu coração, eles estavam juntos desde sempre. Alexei era bom, entendia e achava divertido que ela fosse esperta, nunca a insultou, era carinhoso. Freya nunca tinha entendido completamente o que havia acontecido com ele até quando foi tarde demais. Era como seu pai sempre dizia, as pessoas mudam quando estão humilhadas e veem uma chance de grandeza, o pai de Alexei havia lutado na primeira guerra, suas histórias de honra e sacrifício estavam fundo na mente dela, uma geração de pessoas interrompidas pelo horror. Freya entendia a guerra, só não compactuava com seus ideais.

Lá fora a campainha tocou mais uma vez, Bucky deveria ter lembrado que esquecera as roupas no varal da casa dela e ter voltado para buscar, imediatamente ela correu ate a porta, abrindo sem hesitação um sorriso brincalhão já em seus lábios prontos para lançar um “você está realmente tão desesperado pra me ver” sarcástico para ele assim que a porta fosse aberta.

Mas, não era Bucky na porta e sim um homem alto e loiro, usando terno gravata e um chapéu, ele era mais alto que Freya e certamente mais forte, os olhos azuis afiados como facas se pousaram nela se abrindo num sorriso que mais parecia uma mascara de dor.

―Como posso te ajudar? ― ela disse simpaticamente, forçando o seu melhor sotaque americano.

―Bom dia, eu estou procurando pelo Doutor Eskirne.― Freya franziu o celho.

―Creio que deve ter batido na porta errada, não conheço doutor Eskirne. ― respondeu ―Eu moro aqui com o senhor meu marido, James.

Aproveitando que a porta estava meio aberta ela escondeu a sua mão esquerda, onde supostamente deveria estar o anel de casamento.

―Sinto muito, eu não peguei o seu nome, senhora…? ― insistiu.

―Júlia ―Replicou na maior calma que podia, sorrindo educadamente ― Júlia Barnes, creio que deve ter se encontrado com ele ainda na porta, já que ele acabou de sair de casa e esqueceu a sua carteira, deve estar voltando para pegar.

―Eu compreendo, mas devo insistir para falar com Doutor Eskirne.― O sorriso no rosto dele havia desaparecido, a sua boca agora numa linha fina de irritação.

―Bem, eu mantenho a minha resposta, eu não conheço esse homem ― mentiu a moça mais uma vez ― E se me der licença, eu tenho a minha casa para arrumar.

Ela começou a fechar a porta, quando a enorme mão do homem segurou a madeira impedindo que ela o fizesse, com mais força ela empurrou tentando empurrar o homem o suficientemente para correr e fugir pela porta da cozinha, mas a sua força não foi o suficiente, e o homem empurrou a porta com mais força, a fazendo cair no chão e deixando a porta escancarada por um segundo antes de fecha-la atrás de si, deixando os dois sozinhos no corredor de acesso a casa.

―Eu temo, senhorita Freya ― ele disse, como um lobo espreitava a sua presa, num sorriso com as suas presas a mostra ― Que eu seja um homem muito insistente.

 


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Notas finais do capítulo

e aiiii??????



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