La Vie En Rose escrita por clariza


Capítulo 5
enchanté


Notas iniciais do capítulo

alo alo meuzamo, aqui cap fresquinho ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/693410/chapter/5

Freya não estava menos irritada na manhã seguinte. Na verdade ela se sentia um pouco mais furiosa, mas isso em vez de colocá-la par baixo apenas a deixou ainda mais motivada, mesmo antes que alguém insistisse que ela deveria desistir disso ela havia recolhido todos os seus livros e ido até o restaurante onde sempre tomava café, pedindo o de sempre e enfiando a cara nos livros ainda com mais intensidade. Afinal de contas, Stark era apenas mais um idiota e ela se recusava a ficar alguma coisa além de irritada com ele.

Os raios de sol se espalhavam sobre a mesa onde ela estava sentada, ela havia passado tanto tempo naquela mesa que agora ela sentia que era um expert naquele lugar. Ela espalhou os livros sobre a mesa, colocando o seu caderno de anotações abarrotado de formulas, ideias, planos e tudo que ela julgava importante, sentou-se na cadeira se inclinando sobre a mesa e lendo sobre uma teoria que havia ouvido falar recentemente de um dos amigos cientistas alemães do pai dela, ele chamava de teoria da relatividade e mesmo não sendo completamente a área dela aquilo havia lhe chamado a atenção.

Ela sabia que Red Skull era fissurado com mitologia nórdica e acreditava cegamente em deuses e seres superiores, o boato era que ele havia perseguido e ido até o norte da Noruega em busca de um objeto que ele acreditava que havia sido um presente dos deuses para a humanidade. Freya conhecias as lendas e histórias, quando criança a mãe havia lido milhares de livros que contava histórias de batalhas e vitórias de Thor, Odin e a deusa que tinha o seu nome, Freya.

Um plano se formando em sua cabeça, puxou uma caneta e começou a descrever os detalhes meticulosos dele no seu caderno de anotações, deixando a tinta preta se espalhar, borrando em alguns pontos e manchando as suas mãos. Quando uma sombra ficou sobre a vista do seu caderno, antes mesmo de remover os seus olhos ou elaborar um pensamento mais completo que tirasse o seu foco ela murmurou um “Sim, Molly eu também acho que eu preciso de mais café”.

―Bem, eu não sou a Molly, mas eu certamente lhe pagaria um café ― uma voz masculina disse num tom animado ―Porém, apenas se isso contar como um encontro.

Isso fez com que a moça tirasse os seus olhos das suas anotações, vendo na sua frente um sorridente Bucky Barnes o amigo do seu irmão que havia a deixado desconcertada na noite passada, o jeito que ele olhava para ela, como um leão olhava para uma gazela. Agora ele sorria na sua frente, com um grande sorriso em seus lábios trajando o seu uniforme verde do exercito americano.

―Se essa é a condição, eu irei comprar o café eu mesma ― respondeu, tentando cortar a conversa ao voltar a seus livros.

A sua estratégia não deu certo, antes que pudesse protestar ele havia se sentado em frente a ela pegando um livro grosso amarronzado com uma capa de couro, lendo o seu titulo antes de estender mão chamando a garçonete.

―O que é teoria da relatividade? ― ele perguntou, Freya hesitou um segundo ― Vamos lá, eu não sou nenhum estranho desconhecido. Se você me responder isso eu juro que vou tentar deixar você em paz com seus livros, eu juro.

―É a teoria que o espaço tempo está profundamente entrelaçado. ― respondeu, esboçando um sorriso amarelo, indicando que era realmente hora dele ir embora.

―E o que isso quer dizer?

―Eu estou realmente ocupada agora, eu posso terminar isso?

―E eu também estou! ― o rapaz retrucou, se inclinando sobre a mesa como se fosse contar um segredo a ela ― Não espalhe, mas eu realmente estou interessado nessa garota e ela é muito inteligente pelo o que eu notei e ela realmente não está nem ai pra mim e eu pretendo mudar isso.

―E como você pretende fazer isso? Segui-la por ai como um maluco? ― isso fez com que o sorriso travesso aumentasse no rosto dele.

―Claro que não, isso seria perturbador e provavelmente a faria achar que eu sou o assassino da machadinha. Eu pretendo dividir pelo menos um interesse em comum com ela, então você pode, por favor, me explicar o que é a teoria da relatividade? ― ela sorriu do outro lado da mesa por mais que tentasse disfarçar ― Eu posso ver que você está louca pra me contar, então me conte.

Ela suspirou. Pegando o seu caderno e fechando.

―O tempo é como um caminho que percorremos, uma longa estrada, mesmo que você esteja sentado aqui agora sendo um pouco irritante você continua se movendo por que os segundos estão se passando, na dimensão do tempo você está em constante movimento. É como um trem, sempre indo ao futuro.

―Não estou realmente impressionado até agora ― ele disse, dessa vez roubando um sorriso verdadeiro dela.

―Mas, Einstein descobriu uma coisa que muda tudo isso, ele disse que nós podemos parar o trem ou até mesmo fazer com que ele ande mais rápido. Ou seja, o tempo pode passar mais rápido para uns e mais devagar para outros. Quando um corpo está em movimento, o tempo passa mais lentamente para ele.

―Então se eu me levantar e começar a correr e você continuar sentada aqui eu ficarei mais jovem que você?

―Não, como a velocidade que vivemos é muito pequena, isso nunca seria notado. Mas, se fosse possível passar um ano dentro de uma espaçonave que se desloca a 1,07 bilhão de km/h até marte e voltar, todas as pessoas estariam dez anos mais velhas, por que estariam paradas em relação à espaçonave. Mas ai vem a parte mais interessante da teoria: o tempo vai passando cada vez mais devagar até você atingir a velocidade da luz, e quando você atinge a velocidade da luz, o tempo para de passar.

―Você acha que isso é possível? ― ele perguntou.

―Vem cá, você não disse que ia me deixar voltar pras minhas anotações quando eu te respondesse? ― ela respondeu, pegando a caneta e voltando a abrir o caderno de anotações e coçando a sobrancelha.

―Eu disse que ia tentar, e eu juro que eu estou tentando, mas a gravidade aqui está muito forte. ― Freya rolou os olhos do outro lado da mesa ―Tudo bem, eu sei reconhecer quando uma garota não gosta de mim.

―Sério? ― disse Freya, voltando a sua atenção ao seu caderno, tentando recobrar o raciocínio de onde tinha parado. ― Não parece.

―Mas isso não significa que eu desisto fácil, então eu tenho um trato para você.

―Ou eu posso te ignorar pelo resto do dia. ―sugeriu a garota.

―Você não faz ideia do quão irritante eu posso ser. ―Nesse momento Molly finalmente tinha dado o ar da graça ― Eu gostaria de ter um pedaço da sua torta mais crocante e barulhenta possível e um café fresco pra ela.

Molly rapidamente anotou, mesmo com os olhos no caderno ela podia sentir que o homem na sua frente tinha um sorriso maroto em seus lábios, e Molly rapidamente serviu o café para ela e colocou um pedaço de torta na frente dele. A torta parecia um emaranhado de nozes e todo o cascalho do planeta terra e poeira cósmica de tão barulhenta que era.

Ela fingiu que não estava vendo quando a torta começou a ser partida e o barulho de mastigação começou, a principio baixo, mas consistente frequentemente cutucando os nervos da garota, até Molly pareceu entrar na brincadeira aumentando o volume do rádio enquanto cantarolava e limpava as mesas do restaurante vazio, e de repende os segundo pareciam torturantes, a cada mordida dele ela sentia a ponto de socar a cara dele.

―Quanto tempo até você começar a jogar os livros em mim? ― ele perguntou.

―Eu acho que eu iria preferir socar você no nariz, só pra ter o prazer de te ver sangrar um pouco.

―Isso não é nem um pouco saudável ― ele disse, enfiando o garfo na torta.

―Eu estou ouvindo, fala o seu trato, só para de comer. ―Sorrindo satisfeito, Bucky abaixou o seu garfo, colocando do lado do prato e limpando a boca com um guardanapo.

―Eu te levo ao cinema, na sexta. Um encontro de verdade, com tudo incluso.

―Tudo incluso? ― ela repetiu.

―Sim, primeiro eu te levo ao cinema e depois eu te levo pra jantar e por fim eu te levo pra casa. Como um perfeito cavalheiro que eu sou.

―Só isso?

―Exatamente.

―Por quê? Tem milhares de garotas nessa cidade, é aquela coisa que homens têm, de se eu não posso ter ai que eu quero mesmo?Por se for, eu conheço alguns psicólogos que pode te ajudar, isso é que não é saudável.

―E por que não, me dê um motivo por que sair comigo é uma má ideia.

―Por que eu não estou interessada.

―E no que você está interessada?

―Honestamente? Eu gostaria de comprar um gato, é isso eu estou interessada em um gato.

Bucky espalmou a sua mão sobre a mesa, se levantando rapidamente e apontando pra ela, antes que ela pudesse responder qualquer coisa ele havia saído, praticamente correndo pelas portas do restaurante, antes de sair por fim ele voltou ainda correndo colocando uma nota sobre a mesa e dando uma piscadela para ela e voltando a correr, finalmente a deixando em paz.

Antes que ele pudesse voltar para falar alguma coisa, ou voltar no assunto ela havia recolhido os seus livros e voltado rapidamente para casa, a sua cabeça fervendo, por que diabos ele havia encasquetado com isso? Havia um oceano de garotas por toda Nova Iorque, ela era só mais uma garota que realmente não estava interessada, ela não precisava de mais esse drama na sua vida, não enquanto ela tinha uma missão a fazer. Ela não havia desistido, ela só tinha que achar a pessoa certa. Não era possível que todas as pessoas na América fossem tão estúpidas quanto Howard Stark.

Ao chegar em casa a sua cabeça ainda estava fervilhando para voltar a estudar as suas teorias e projetos, a casa estava vazia como sempre e os seus pés cansados, então ela retirou os sapatos ainda no hall de entrada e colocou o pequeno casaco que vestia por cima da blusa de linho azul claro e colocou sobre o aparador indo para a biblioteca e largando seus livros no chão mesmo e ligando o rádio que disparou a tocar alguma música muito animada e Freya se largou no sofá, apoiando a sua cabeça numa almofada e desejando ter pego uma revista para folhear enquanto esvaziava a sua cabeça.

Lá fora o céu começava a ficar cinza, escondendo o sol que brilhava até poucos instantes e agora o céu se convertia numa provável tempestade. Era estranho o tempo aqui, era como se nunca houvesse um clima estável além do inverno relativamente frio que as vezes nevava, ela desde que chegara a América nunca havia testemunhado uma grande tempestade de neve como as que tinham na Alemanha, e era uma coisa que ela sentia falta, a Constancia de lá, era como seguir um rio que sempre encontrava o mar, aqui ela tinha que descobrir em cada curva o que havia lá. Alguns minutos depois, quando uma música triste tocava e uma chuva começou a cair do outro lado, batendo na janela E Freya desejou estar no único lugar que ela havia chamado de casa, onde era realmente a sua casa.

A campainha tocou a tirando de seus pensamentos, e ainda se sentindo melancólica ela se levantou para atender a porta, limpando o rosto que deveria estar amassado e algumas lágrimas haviam escorrido do seu rosto. O ar gelado do corredor a acertou em cheio e antes de abrir a porta, ela pegou o casaco o colocando de volta e abriu a porta.

Bucky estava lá. Completamente ensopado da cabeça aos pés nitidamente escondendo ao embaixo do blazer, ao notar que era a moça que havia aberto a porta, ele sorriu tirando uma bola de pelos cor de laranja com uma fitinha vermelha enrolada ao redor do pescoço em forma de laço.

―Você disse que queria um gato. ― se explicou.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "La Vie En Rose" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.