Para Além da Beleza escrita por Ami Ideas


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Capítulo agendado. Se por um acaso sair antes de eu ter respondido aos comentários, saibam que os li, e que vou responder logo em breve.

Boa leitura,



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O que era o tempo? É o que determina os momentos, os períodos, as épocas, as horas, os dias, as semanas, os séculos etc. Mas no amor? Poderia ser medido de igual maneira? Como é suportar estar longe de quem amamos quando o nosso coração parece gritar por essa pessoa? Como continuar os dias e sufocar todo o sentimento que insiste em brotar de dentro da própria alma? Como?

Eles tinham dado um tempo. Um tempo em algo que mal tinha começado. Um tempo para organizarem as suas vidas, definirem o certo e o errado.

Continuara a trabalhar na Beauchamp, realizando suas tarefas mais perto de Christian Dash, e por sua vez, Damien voltara a trabalhar a partir de casa, enviando informações e tudo o que competia a empresa através de terceiros.

Cumpriam o combinado.

— É preciso uma carta assinada da empresa, para poder remeter os papéis no banco, e ter o empréstimo aprovado. Com o contrato sem prazo e o salário que ganho, posso pagar a nossa casa e ser descontada pelo banco todos os meses. — A assessora apresentava o envelope com os documentos ao administrador. Estavam na grande sala de Dash, a mesma onde Jamie certa vez viera devolver as chaves do carro.

— Se vocês permitissem, eu poderia comprar essa casa com facilidade — afirmou, mesmo imaginando que a reação daquela Johnson seria igual à da outra, e não demorou a ver o rosto indignado. — Pois bem.

Usou a mão esquerda para assinar os papéis com rapidez, e logo em seguida carimbar com o grande B que representava a empresa. Passou os dedos no cabelo bagunçado.

— Obrigada.

— Não tem nada que agradecer, Darci. Não estou fazendo nada de mais. Por alguma razão também sou responsável pela área de Recursos Humanos, e se minha assinatura é válida para o processo, não faço mais que minha obrigação — respondeu sem esconder a leve irritação. Tinha os olhos cansados e tristes.

— Você vai lá hoje? — Não resistiu a perguntar, não tinha como não o fazer. E pelo olhar verde e triste, sabia ao que ela se referia.

— Assistir a um assassinato? Não. Eu nunca mais quero olhar na cara da sua prima. — Estava zangado, o rosto bonito com a barba por fazer, nunca pareceu tão abatido.

— Eu compreendo ambos lados. Não sou contra e nem a favor do aborto. Não concordo que uma mulher seja obrigada a ter um filho quando não quer, mas também sei que o bebé não tem culpa de nada. — Decidiu dizer o que pensava de tudo aquilo sem rodeios. — Acho que Jamie iria precisar de força nesse momento.

— Eu dei toda força do mundo, Darci. Ela não quis, mas isso, eu não consigo. Peço desculpa. — Virou a cara para outro lado, mostrando que a conversa chegara ao fim. Parecia estar num sofrimento intenso.

— Sinto muito. — Foi tudo o que Darcelle disse antes de sair. Não queria chegar atrasada ao curso de culinária que decidira se inscrever, e até agora, tinha estado a sair-se muito bem. Estava mais inclinada para os doces, era verdade, os seus bolos e cremes sempre ganhavam mais destaque.

Desceu o elevador, nos últimos tempos tinha feito amizade com os colegas, por duas vezes saíra para um bar mesmo perto da Beauchamp, onde se reuniam para conversar e relaxar dos dias cansativos de trabalho.

— Você vem hoje, Darci? Vai ter karaoke — Uma das colegas do terceiro andar perguntou, estava no departamento jurídico da empresa e fazia o mestrado em direito. Era alta com os cabelos cheios de caracóis e com uma pele que parecia sempre bronzeada.

— Hoje tenho prova no curso de culinária, Clara. Se eu sair a tempo, eu passo — respondeu.

Amabel tinha aconselhado a filha a se divertir mais, com vinte e seis anos, deveria estar a aproveitar a vida, conhecer pessoas e não ficar em casa a sofrer. E por muito estranho que era, desde que começara a explorar a vida social, o sofrimento diário pela falta de Damien parecia acalmar.

— Qualquer dia vai ter que nos chamar para cozinhar para a gente! — Jeoff riu de orelha à orelha. Era albino, os olhos claros nunca estavam quietos no lugar. E o cheiro do perfume incrível que usava, parecia se colar a tudo por onde passava.

Despediram-se no hall de entrada, e Johnson seguiu para os lavabos femininos, a fim de prender melhor o cabelo, e se livrar dos acessórios antes de ir à escola. A cozinha tinha sido uma descoberta fascinante, ajudava-a a conhecer melhor os sentimentos e transportava os mesmos para a comida. Uma paixão recente e indescritível.

Ouviu um lamento vindo de uma das cabines e em seguida Rupert saiu com os olhos cheios de lágrimas. Uma mancha de sangue cobria a blusa.

— O que aconteceu? — Largou os pertences em cima dos lavatórios e correu para ampara-la.

— Os pontos da minha ferida soltaram. — Parecia destroçada. As marcas escuras debaixo dos olhos amargos, eram visíveis.

— Você precisa ir para o hospital.

— Não. Não posso — negou veemente, o desespero estava patente na voz. — Querem denunciar o meu marido, mesmo que eu afirme que não fez nada.

— Todos sabem que ele faz, Rupert. Não sei como...

— Vocês deveriam se meter nas vossas vidas! — Rosnou num clamor de dor, e se apoiou as bancadas. Sequer parecia a mesma mulher irritante de sempre. — Eu tenho três filhos, não quero que cresçam com a imagem da mãe que mandou o pai para a cadeia.

— Se tiverem mãe até lá. — A resposta de Johnson fez a expressão da rececionista se transformar, e encara-la como inimiga. — Se tens tanta preocupação com os seus filhos, imagina eles crescerem nas mãos de um agressor, quando estiveres morta.

As duas se olharam, enquanto Darcelle despia o casaco e cobria Rupert para esconder o sangue.

— Eu vou levar você ao hospital onde minha prima trabalha, ela é médica e poderá ajudar. Antes falarei com Marina para ficar em seu lugar — começou por dizer. — Irei também informar aos recursos humanos para que lhe deem uma licença para poder se recuperar. E farei uma denúncia anónima, quer queiras quer não.

— Por que razão farias isso? Não tens o direito.

— Olha, nós não somos amigas. Você pode até me odiar por isso, mas eu me odiaria muito mais se assistisse tudo isso acontecer de camarote. É minha obrigação como mulher, ainda mais como ser humano, em ajuda-la.

Rupert não consentiu, mas também aceitou ser conduzida para fora do grande edifício até ao Jeep, e aguardou quieta até a colega voltar alguns minutos depois. A assessora ligou o carro e começou a conduzir em direção ao hospital central.

— É verdade que vocês estão separados?

Os cochichos nos corredores eram demasiados, o Jornal Tempo e O Pipoca Quente, não mediam as especulações da rápida relação e da recém separação. Havia um completo desconforto na vida de Darcelle, tanto pela perseguição inicial dos paparazzi como as questões sobre Giovani Beauchamp. O ADN dera positivo, mas só de ver as fotos da criança estava tudo claro como a água. Era preciso tempo para pai e filho se conhecerem, para as famílias se juntarem. E a negra não podia fazer parte disso.

— É. — Não quis mentir, nem esconder. Podia muito bem ter-se esquivado, inventado que era só um período, qualquer coisa. Ainda assim sentiu necessidade de dizer a verdade em voz alta. — Estamos separados.

— Pode não acreditar, mas eu estava torcendo por vocês. Clara estudou direito com Emma Charlton, e diz que a megera sempre teve um namorado. — Rupert se contorceu no banco do carro.

— Isso não importa mais. Chegamos!

Importava sim. Sentia saudades de Damien como nunca pensara vir a sentir por alguém. Às vezes se perguntava como era possível o peito doer tanto por causa de um sentimento.

Não encontrou Jamie, tinha ido a sala de pequenas cirurgias há alguns minutos. E saber aquilo deixou o coração dela, partido. Procurou por uma das residentes e colegas da prima, Rosa, deixando a rececionista ao cuidado da mesma, não sem antes explicar tudo direito. Não queria se meter na vida alheia, mas não hesitou quando soube poder fazer a denúncia a partir do gabinete contra o abuso sexual e violência da mulher, que tinha no hospital. Rupert lhe pedira um dia para resolver tudo pessoalmente, e foi tudo o que Johnson cedeu.

Quando chegou ao Le Cuisinier, a prova já ia a meio e os colegas estavam avançados na confeção dos pratos exigidos e já tinham preenchido as perguntas teóricas. O professor era Antoine Abayomi, um negro nigeriano que crescera na Itália e já tinha ganhado duas estrelas Michelin. Era alto e forte, com o cabelo sempre bem cortados e um olhar de poucos amigos.

— Desculpa o atraso, eu tive um imprevisto e... — No mesmo momento em que se justificava, lavava as mãos e usava o avental e a toca.

Lutara por uma vaga naquela escola e as mensalidades eram caríssimas. Não podia desperdiçar a sorte que era estar ali, mas não podia ficar de braços cruzados a assistir Rupert sofrer sem poder ajudar.

— Estamos a meio da prova, senhorita Johnson. Acho melhor aproveitar o tempo que lhe resta ao invés de perder mais na justificação! — Sempre de postura reta, o Chef de cozinha passava pelas grandes bancas de alumínio inoxidável e verificava a atenção dada às execuções do prato.

Darcelle tentou tudo, mas nem as duas horas das três, restantes, foram suficientes para conseguir terminar a prova. Estava cansada e pela primeira vez se sentia derrotada. Viu todos saírem da cozinha gigante, alguns satisfeitos outros nem por isso, e sentou no banco para verificar o seu prato não terminado.

— Menina! O tempo acabou — Antoine surgiu a sua frente, os olhos cor de mel contrastavam magicamente com a sua tez escura. Estava sempre com as mãos atrás das costas.

— Vou ter de repetir o exame. — Falou mais para si própria do que para ele.

— Você não deveria estar no Le Cuisinier. Esta turma é de pessoas que já trabalham com culinária há muito tempo, pessoas com dons e habilidades para se tornarem grandes chefes de cozinha. És uma mera aprendiza e vais ser comida viva nesta escola.— Abayomi foi direto e não pareceu se abalar ao ver a deceção nos olhos da aluna. — Contudo eu vejo que se agarrou a essa ideia como nunca. E vou oferecer um estágio no meu restaurante, um mês, a tempo inteiro. Se te saíres bem eu te contrato e ensino tudo o que puder, e só então voltarás a fazer o exame nesta escola.

— Como? — A ideia acendeu uma paixão no peito de Darcelle, criando uma ansiedade indistinta, e confirmando a sua verdadeira vontade de aprender mais sobre culinária. O sorriso morreu nos lábios. — Mas eu trabalho...

— Essa é a sua paixão ou não? — O Chef se afastou para ir tirar o avental e o chapéu, revelando as roupas impecáveis por baixo. Sempre se vestia de preto, e era magro e com umas pernas bem torneadas. — Não costumo dar muito tempo para pensar, sabe quantos aqui dariam a cabeça para trabalhar comigo e no meu restaurante? É uma oportunidade única, e terás de saber se essa é a tua paixão ou não, senhorita Johnson.

— Posso dizer algo amanhã? — Pediu, estava confusa com a possibilidade de entrar num novo mundo completamente desconhecido e muito desejado. Estremeceu.

— Se me oferecer uma bebida, posso ponderar essa hipótese. — Pela primeira vez viu Antoine, sorrir.

— Gosta de karaoke? — sugeriu quase num ato impensável. A ideia de estar próxima de um ídolo da cozinha, lhe pareceu surreal.

— Pode ser.

— Ótimo, só preciso telefonar à minha prima. Quero saber se está tudo bem. — Darcelle foi-se lavar e trocar a roupa, para depois tentar falar com Jamie.

***

A decisão de dar um tempo não fora sua, nunca seria. Damien sabia ser preciso, mas não queria concordar.

Após o resultado do ADN confirmar a paternidade, e o processo para o reconhecimento paterno a fim de dar o sobrenome Beauchamp à Giovani, pode perceber como sua vida foi engolida numa nova rotina. Os trâmites legais decorreram com uma pressa nunca vista, mas não foi isso que o absorveu, e sim a aproximação perante a criança.

Conhecer o filho foi uma experiência única, não saberia descrever quando a desconfiança da criança passou para uma familiaridade inabalável. Quando não estava a trabalhar na mansão, saía para buscar Giovani na escola, passeavam, conversavam e brincavam juntos. Coisa que nunca teria sido capaz de fazer se não tivesse conhecido Darcelle. Não era mais uma pessoa magoada com Deus e com o destino. Sentia ter aceitado sua condição e aprendera a viver daquele jeito.

Nas aulas de hipismo, Joanne parecia se mostrar receosa ao ver Gio em cima dos cavalos, mas a alegria do mesmo demonstrava que tinha nascido um verdadeiro Beauchamp. A avó Giovana também participava da nova etapa de Damien, acompanhando sempre o neto para todos os lados, e fingia não ver a tristeza nos olhos azuis quando o pequeno não estava por perto. Aquele olhar de saudade.

Charlton facilitara tudo desde que tivera certeza do afastamento da assessora, parecia ter um ar mais leve, embora os olhos castanhos não perdessem o brilho atento em tudo.

— É esquisito a sua irmã se casar em tão pouco tempo, logo depois de meu filho ter terminado o noivado — comentou a matriarca. Estavam sentados no salão de chá, e assistiam o menino aprender a tocar piano com a nova educadora. Uma senhora de idade, a mesma que ensinara Damien.

— O seu filho também teve uma namorada logo a seguir. Creio que as pessoas se apaixonam — ripostou Joanne, comia trufas de chocolate com um deleite óbvio.

— E estaria com ela até agora caso não o tivesse chantageado. — Giovana parecia uma verdadeira leoa, sempre ciente de atacar a presa. Não sorria, mas os lábios comprimidos numa linha reta, não demonstravam nunca a sua posição.

— Acho que Giovani deve ter a atenção completa do pai. Foram seis anos sem o conhecer, e distrações não seriam boas. Pelo menos nos próximos anos. — Limpou os lábios com os guardanapos de linho, virando o pescoço para sorrir para o filho que estava concentrado junto da professora.

— E eu acho que deveria ter um desassossego da mãe. Passou muito tempo colada ao menino, já pensou em seguir com sua vida? Viajar? Arranjar um namorado? — A matriarca usava sempre o tom de sugestão, nunca era clara em seus diálogos.

— Quem sabe? — Joanne por sua vez era igualmente perspicaz. — De momento minha prioridade é meu filho.

Tinha mudado para a mansão Beauchamp por algum tempo até a nova casa estar pronta, de igual modo a Damien poder ter mais acesso ao filho em tempo integral.

— Tem a noção de meu filho nunca vir a ama-la, não tem? — Giovana foi de uma sinceridade crua, e viu uma sombra cobrir o olhar da mulher à sua frente. Desta vez sorriu de leve.

— Eu não quero o amor dele. — Levantou-se de peito erguido. — Com licença.

Damien tinha sido esperto em convocar a mãe para estar na mansão durante a estadia de Charlton. As duas lobas pareciam saber se enfrentar.

A irmã de Emma saiu as pressas, procurando nos bolsos o maço de cigarros e correu pela porta da cozinha para fumar. Andava nervosa sem saber a razão, uma vez que tinha conseguido exatamente o que queria. Tentou acender por três vezes, mas o isqueiro não parecia ter vida.

— Posso ajudar? — A voz grossa de Étienne fez com que ela desse um susto, e virasse o rosto para ver o homem providenciar lume e acender um cigarro nos lábios carnudos.

— Espero que não comente nada! — disse no seu jeito autoritário, e aceitou o lume para acender o seu. Puxou um trago, e logo sentiu a nicotina correr de forma elétrica pelas veias. Suspirou fundo.

— Jamais, senhora Charlton. Fique a vontade.

— Não é você que me diz se fico ou não a vontade. Não passa de um motorista e deve se colocar em seu lugar! — berrou de olhos bem abertos, e sentiu a mão tremer pela abstinência dos últimos dias. Nunca conseguia largar o vício.

— Desculpe. Desculpe. — Étienne riu e tal feito causou uma irritação na mãe de Giovani. — A senhora está sempre tão sozinha, se precisar conversar não hesite.

— Com você? Por favor me poupe. — Tragou o cigarro com força e expeliu o fumo para cima. Batendo com o pé contra o chão. — Agora vá! Desapareça.

O motorista assentiu, se afastando para longe em passos lentos.

***

O monstro Du Camp sabia que a mulher que amava era forte o suficiente para não ficar em casa a lamentar pelo fim da relação. Christian contou que era hábito os trabalhadores saírem aos finais do dia para o bar perto da empresa, e desfrutarem de comida rápida, música ao vivo e karaoke. Damien nunca seria capaz de cantar de forma tão exposta, mas soubera que junto dos novos amigos, Darcelle subia ao palco para interpretar vários artistas conhecidos.

Sabia que ela era uma pessoa extrovertida e de acesso fácil, o que nunca pensara era que talvez estivesse estado a reprimir esse seu lado vigente, pois nunca antes a imaginara com amigos e a ter um maior envolvimento social. Aquilo o deixava com ciúmes, principalmente por não estar a fazer parte daquela nova etapa da vida dela.

Saiu da mansão sem despedir, inventou que ia buscar alguma coisa no escritório, quando precisava ver a amada para acalmar seu coração. Não havia dia e nem momento que não pensava em Darci, sofria como jamais pensara, e procurava a todo custo poder tê-la de volta, sem ter que perder Giovani. Mesmo depois das coisas estarem a correr bem, Joanne deixava bem claro o poder de influência que tinha pelo filho, e que podia terminar com aquela felicidade num piscar de olhos.

Estacionou o carro do lado de fora do bar, vendo a agitação animada das pessoas. Jamais pensou em estar num lugar como aquele, apinhado de gente, com um barulho ensurdecedor e um lugar apertado. Cheirava a fritos e álcool, contudo, todos os rostos diferentes pareciam estar a divertir-se e felizes.

Conseguiu identificar Jeoff, Clara e mais quatro dos seus trabalhadores, riam e falavam alto ao mesmo tempo em que viravam tequila para a boca. Darcelle estava mais para o lado, em pé, e conversava com um homem alto e cheio de estilo. Pareceram muito próximos, como se partilhassem de alguma coisa em comum.

Beauchamp sentiu seu coração ferver.


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Notas finais do capítulo

Uffff. Ciúmes!!!
EHhehehe.

Digam se gostaram por favor, e façam uma pequena autora feliz.

Beijos e bom fim de semana!



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