Cobaia 0013 escrita por Juuclaudina


Capítulo 9
Capítulo 9 - Goblins


Notas iniciais do capítulo

Oi povo! Tô tão empolgada com esse capítulo (e com o próximo que já está a caminho).
Estou tentando postar agora nas quintas, apesar de não saber se vou conseguir postar na quinta da semana que vem, mas se isso acontecer eu posto na quarta.
Boa leitura.



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05-06-5026 Sexta-feira

Eu e Kalena fomos almoçar, claro, depois de eu fazer alguns curativos, meu machucados curam com rapidez, mas não acontece em alguns poucos minutos.

Conversamos e me desculpei por parecer um babaca. Ela parecia meio distante, mas acho que era impressão.
Quando chegamos na Evolution Alpha Company nos encontramos com Robert que estava com o braço diteito em uma tipóia.

—Oi Daisuke. Precisamos conversar.

—Certo. Como tá o braço?

—É sobre isso mesmo que quero conversar.

Kalena pigarreou.

—Bom... Eu vou indo para meu quarto, se não se importam.

—Tudo bem. -Respondi simplesmente.

Kalena saiu e nos sentamos num dos sofás da recepção.

—Fala aí. O corte foi tão ruim assim?

—Mais ou menos. Foi um corte profundo. Levei alguns pontos e vou ter que ficar um tempo de molho.

— Sério? O incrível Robert foi derrubado por um goblin.

—Só um tempo, Daisuke. E não vai se animando não.

—Eu nem fiz nada.

—Bom, você ainda vai ter um parceiro.

—Quem?

—Bom... Sr. Haysawa já confia em você o bastante... Talvez você devesse chamar sua paixonite.

Do que ele estava falando?

—Kalena não...

—Eu nem falei no nome dela. Hahahaha. - Ele soltou e começou a andar a caminho dos dormitórios.

Eu corei violentamente. Eu me condenei! Levantei e corri atrás dele.

— Hey... Hey! Robert!

~Daisuke off~

.

~Kalena on~

Eu cheguei no meu quarto com um objetivo.

Precisava ir embora.

Eu já estava me aproveitando da hospitalidade de Sr.Haysawa. E eu realmente... Realmente precisava sair de perto dele...

Eu pensava se devia ou não levar algumas peças de roupas quando ouvi batidas na porta.

Abri e lá estavam Daisuke e Robert.

—Ah! Olá rapazes. A quanto tempo!

—Oi Kalena. - Pra minha surpresa, foi Robert quem me respondeu. Daisuke não olhava pra mim, ele parecia... corado?

—Entrem.

Os dois entraram e mais uma vez Robert se pronunciou.

—Bom... Vamos direto ao assunto. Eu me machuquei hoje e vou ter que ficar um tempo parado. Queria que você me substituí -se.

Aquilo foi tão repentino! A alguns minutos eu estava querendo sair fora daqui e agora Robert queria que eu ficasse em seu lugar.

—Eu não sei se devo.

—A claro que deve. Vai ser só por um tempinho Kalena.

Olhei para o Daisuke. Ele não havia dito nada ainda.

—Bom... Eu ficaria feliz com você sendo minha parceira... Já vimos como você luta, e você...- Ele deu uma pausa.- Você luta muito bem.

—Viu só! - Robert está bem... animado.

—Só por um tempo né?

—Claro, agora temos que arrumar uma roupa pra você.

Ele foi em direção ao meu armário, mas parou com a mão em uma das gavetas.

—Posso?

Concordei com a cabeça.

Ele abriu, começou a analisar as roupas e passou a fazer um monólogo. Murmurava baixo coisas como "essas não" ou "que cor horrivel".

Fui de fininho ate o Daisuke. Dei uma cotovelada fraca nele e ele me olhou. Fiz o momento de "vem aqui" com a mão e ele se aproximou um pouco para que eu sussurrasse.

—Ele é. ..

— Sim. Ele é. - Daisuke sussurrou de volta.

Quem diria que o sério e calado Robert era gay? Percebi que Daisuke ainda estava bem próximo de mim, muito próximo...

—Sério! - Robert falou de repente fazendo com que Daisuke saísse de perto de mim e assim voltamos a prestar atenção nele. - Você comprou essas roupas, Kalena?

— Sim, Daisuke me ajudou.

—Ah! É claro que ajudou. Agora tudo faz sentido.

—Hey! - Daisuke disse. - O que o Senhor quer dizer com isso? Hein?

—Hahaha você entendeu, Daisuke.

Robert se virou pra mim.

—Bom... precisamos fazer algumas compras Kalena. - disse e enganchou o braço esquerdo ao meu direito. E já me levava até a porta do quarto.

Aquilo era tão estranho. Ele falava comigo de forma animada, mas não fazia aquela voz fina, ou falava coisas como "amiga!" ou "querida" ele só parecia mais animado. E mais apaixonado por moda.

—Não quero que gaste comigo, Robert.

—Relaxa. -Ele se abaixou e sussurrou ao meu ouvido. - Vou pedir dinheiro ao Sr.Haysawa. - E depois colocou o dedo indicador nos lábios. Eu ri.

—Eu ainda estou aqui! - Disse Daisuke. Nos voltamos para ele quando este, que antes estava de braços cruzados, batia com o indicador na orelha com uma sobrancelha levantada.

—Droga de audição! - Robert soltou e eu mais uma vez ri.

Depois disso fomos as tais compras, que claro levaram horas. Robert fez eu experimentar várias peças e era bem criterioso. E as vendedoras quase sempre davam em cima dele. Em uma das últimas lojas eu já estava cansada de tanto trocar de roupa, até que uma vendedora foi até Robert e soltou:

—Se quiser eu provo pra você.

Robert ficou bem constrangido e eu não consegui segurar a risada.

Depois das compras fomos até um café e conversamos. Ele estava bem chateado por ter que parar um tempo com as missões em campo, agora teria que ficar nas reuniões.

Eu estava no meu quarto guardando as novas roupas, olhei no relógio e já passava das 8 horas. Não vi Daisuke quando cheguei e acho que é melhor assim.

Meu celular vibrou em minha cama. Era uma mensagem de texto.

"Você tem uma nova mensagem: Daisuke ^-^"

Abri a mensagem.

"Oi. " - dizia simplesmente.

"Oi" - respondi e me joguei na cama.

Não demorou muito e ele logo respondeu.

"Tudo bem?"

"Estou bem, e você?"

"Também. Como foram as compras?"

"Foram bem legais."

"Quer jantar? Estou fazendo lámen. "

"Olha só! Não sabe lavar roupas, mas sabe cozinhar?Será que posso mesmo confiar? "

"Você deve! Eu não faria uma comida ruim pra mim... Nem para você."

Eu ia responder quando ele mandou outra mensagem.

"É lámen instantâneo. Não tem perigo."

Ri alto, sozinha em meu quarto.

"Ok. Estou indo ai"

~Kalena off ~

.

~ Daisuke on ~

Colocava a água quente nos potes com lámen instantâneo e meu celular vibrou perto da pia.

"Já estou aqui."

—Entra! -Gritei da cozinha pequena.

A cozinha era mesmo pequena, tinha uma pia, fogão, geladeira (o frigobar era só para meus sorvetes) e alguns armários para os utensílios. Nada demais.

Levei os potes até o quarto e lá estava Kalena. Vestia uma calça preta e camiseta azul. Parecia se sentir confortável perto de mim, pois não se importava de mostrar as escamas verde azuladas nos braços.

—Você sabe comer com hashi?

Ela sentou na cama e riu.

—Com os "pauzinhos"?

Concordei com a cabeça enquanto entregava os potes com lámen para ela.

—Não.

—Poxa! Só tenho hashi aqui. -disse enquanto voltava para cozinha para pegar os hashis.

—O que? É sério Daisuke? Eu vou até o meu quarto pegar um garfo.

—Hey. Não vai não! -Eu já voltava correndo para o quarto, com os hashis. - É bem fácil. Eu te ensino.

Ela revirou os olhos, me entregou um dos potes e pegou o hashi com raiva.

Eu só ri da cara dela.

Na verdade eu tinha outros talheres, mas queria ver ela tentar comer com o hashi.

Nos apoiamos na cabeceira da cama, como no dia em que ela me ajudou com as roupas. A noite estava fria, então puxei o edredon para que nos cobrisse.

—Ok. Como eu faço isso?

—Olha só. Você pega um dos "pauzinhos" e coloca na curva do polegar.

—Assim?

—Isso. Agora o outro você segura como se fosse uma caneta.

—Ok... Droga! - Ela exclamou enquanto deixava um cair.
Eu ri baixo. Pegou e segurou da forma que eu lhe disse.

—Pronto. Assim?

—É. Agora você balança assim pra pegar a comida. - Disse enquanto mostrava o movimento para ela. Depois peguei o lámen e comi um pouco. -Assim. Viu?

Me virei e ela estava praticando um pouco no ar. Depois tentou pegar o macarrão.

—Droga Daisuke! Você disse que não era difícil.

— Hahaha e não é.

—É sim! Você mentiu! - Ela ainda não tinha conseguido comer.

—Calma, calma. -peguei o pote e o hashi dela. - Assim... viu?

Depois estiquei o hashi com o macarrão para perto dela. Ela se esticou e abocanhou o lámen. Tão fofa.

Tão linda.

Ficamos um tempo nos encarando, enquanto ela mastigava. Por que fui inventar de dar a comida na boca dela?

—Ah... Só um segundo. - Eu disse. - Vou pegar um garfo para você.

E sai em direção a cozinha.

—Você vai o quê? Disse que só tinha hashi.

—Eu menti! -disse já voltando.

—Idiota.

Ri baixo e voltamos a comer o lámen. Peguei o controle e coloquei num desenho animado que passava em um dos canais.

— Ansiosa para amanhã?

—Um pouco. Já sabe o que vamos fazer?

—Sim. Estamos esperando para ver se um dos goblins aparece por Barkesfield de novo. Se isso não acontecer vamos até a floresta novamente.

—Entendi.

Terminamos de comer e coloquei os potes no chão, perto da cama.

—Que nojo, Daisuke.

—Relaxa, depois eu levo para cozinha.

—Sei.

Ficamos assistindo o desenho em silêncio por um tempo.

—E... Como goblins são?

—Nunca viu um?

—Não.

—Eles são baixinhos como você.

Em seguida levei um soco no braço em resposta.

—Ai, aí! Ok. Estou brincando, eles são mais baixos que você. São bem feios. Tem narizes e orelhas grandes, tem verrugas na pele. E são bem fortes.

—Devem dar trabalho.

—Um pouco. O que piora a situação é que são burros. Então não pensam muito antes de agir.

—Entendi.

Acho que deixei Kalena meio receosa, pois ela focou os olhos em um ponto da cama e ficou calada.

—Mas você vai se sair bem, tenho certeza.

—Sério?

—Claro!- Tirei o edredon de cima de nós e me virei para Kalena, de costas para TV. - Vamos, finja que sou um goblin.

—Hahahaha isso é sério?

—Vamos. - Juntei as sobrancelhas e coloquei o maxilar para frente. - Essa garotinha não aguenta lutar contra goblins. -disse fazendo uma voz diferente.

—Hey,Daisuke! - Ela deu um soco no meu ombro. -Não sou uma garotinha.

—Não sei quem é esse Daisuke.

Ela riu e eu continuei.

—Tá rindo de mim sua garotinha. Vai receber a fúria do goblin! Aaahhhh! -urrei pulando em cima de Kalena!

—Daisuke! Não!

Comecei a fazer cócegas nela.

—Já disse que não conheço esse Daisuke!

—Para! Hahahahaha! Por favor! - Ela arfava.
Decidi parar depois de um tempo. Kalena ficou um tempo inspirando e expirando.

—Acho que não vou me sair muito bem contra um goblin, né?

—É. .. sinto em lhe dizer. Mas você foi reprovada.

— Ok, ok. Melhor eu ir dormir, tenho que acordar cedo amanhã.- disse se levantando da cama.

— Ok.

—Até amanhã, Daisuke.

— Até.

06-06-5026 Sábado

Eu estava ansioso. Mas só estava indo trabalhar. Nada demais! Quando terminei de me arrumar ouvi as batidas na porta. Abri a porta e lá estava Kalena.

Ela estava linda. Até agora tinha visto ela com roupas simples. Agora ela vestia uma camisa branca de botão, mas por cima um espartilho marrom claro, com botões do lado esquerdo, tinha alguns cintos na cintura e uma saia pesava cheia de dobras e babados com uma... calda? A saia era mais comprida na parte de trás e ia até os pés. Usava uma meia que parecia uma rede, preta e por cima meias listradas. Nos pés usava salto preto. Estava realmente muito linda,mas preferi não falar para ela.

E Sim, eu fiquei reparando em Kalena como um idiota.

—Vamos Daisuke?

—Ah! V... Vamos!

Não tínhamos recebido nenhuma denúncia sobre os goblins então fomos pra a floresta no mesmo ponto em que eu e Robert havíamos lutado. Não havia ninguem e não ouvíamos nada além do canto dos pássaros. Nos sentamos perto de uma árvore grande e apoiamos nossas costas em seu tronco.

No caminho eu já havia passado para Kalena o que devíamos ou não fazer, e perguntado sobre o que ela conseguia fazer.

Kalena também tem boa audição, força elevada, grande velocidade e ,como eu já sabia, cura acelerada. Disse que também podia cantar, e assim, hipnotizar quem ela queria. Lembrei do dia em que ouvi ela cantando, mas ela logo me disse que só funcionava quando ela queria.

Depois de algumas horas ouvimos passos.

Me concentrei na minha audição. Pareciam dois goblins conversando.

—Agora estão de olho em nós, Buk.

—É. .. a Chefia não vai ficar contente.

—Tudo culpa daqueles dois caras de ontem. Vários de nós morreram.

—Sabíamos que isso aconteceria se entrássemos nessa, Lerroy.

Eram os goblins de ontem, os que discutiam.

Esperamos que eles passassem e fossem na direção do seu líder, e depois de eles andarem um pouco mais, dando assim, uma distância boa entre nós, os seguimos.

Andamos por um bom tempo, nos escondendo atrás das árvores e da vegetação rasteira. Até que depois de um tempo os goblins atravessaram por uma porção mais densa da floresta.

—Droga.- sussurrei. -Podem ter muitos goblins por lá.

—O que vamos fazer?

—Podemos ir pelos galhos das árvores. Você consegue?

—Claro.

—Ok. Então vamos.
Subimos nas árvores e começamos a andar entre os galhos. Não era tão difícil já que as árvores eram bem próximas nesse trecho. Apesar de toda aquela roupa e os saltos, Kalena se saia muito bem.

Depois de continuarmos assim por um tempo, os goblins chegaram perto de várias cabanas, simples feitas com pedras empilhadas e com telhado feito de cascas de árvore em uma clareira. Haviam muitos goblins e os que seguíamos foram para uma das cabanas.

—Vamos entrar.

—Você é louco? Tem muitos deles.

—Eu sei. Mas precisamos saber o que eles estão fazendo e para quem trabalham.

— Ok.

Descemos da árvore e fomos em direção aos fundos de uma das cabanas e nos esgueiramos na parede desta. Os goblins conversavam e andavam pela clareira.

As cabanas eram próximas e foi fácil chegar até a cabana em que os goblins entraram. Nos esgueiramos nessa e começamos a ouvir os goblins lá dentro.

—São só dois humanos!

—Eles tem armas. -Parecia o tal Lerroy falando.

—Somos goblins! Humanos não podem conosco! Vocês têm que fazer o que foi ordenado, mesmo com esses humanos no caminho. Entenderam?

—Sim Senhor. - Os outros disseram em uníssono.

E silêncio. Precisávamos saber mais, mas parecia que eles não iriam continuar a conversa.

Me comuniquei com Kalena só imitando as palavras com a boca, sem emitir som.

"Vamos entrar na cabana e pegar o líder."

"Não" - ela respondeu da mesma forma só que com uma cara de aterrorizada.

Cheguei mais perto dela e contei meu plano sussurrando em seu ouvido.

Era bem simples se nada desse errado. E tinha uma chance bem grande de dar errado.

Primeiro entramos por uma das janelas. Sem problemas.

O goblin que estava sentado em uma cadeira atrás de uma mesa simples se levantou. Agora era só amarrá -lo com a corda que eu tinha guardada em meu casaco e levá - lo embora, simples.

— O que querem aqui?

—Você. -Respondi.

Olhei para Kalena e ela já sabia o que fazer. Fechou as janelas e colocou a mesa atrás da porta enquanto eu ia pra cima do goblin.

Começamos a lutar. E eu não podia matá -lo. Mas ele não tinha problema nenhum em me matar. Ele pegou um clava com a parte mais volumosa cheia de pregos e balançou em minha direção, desviei do primeiro golpe, mas a segunda acertou minha perna esquerda. Ele estava tão concentrado em mim que esqueceu de Kalena.

Antes que ele tirasse a clava que estava cravada em minha perna, Kalena chegou pelo seu ponto cego e lhe deu um chute na nuca que fez com que ele desmaiasse. A força do chute deve ter sido tremenda.

—Droga. -disse enquanto me jogava no chão. A clava estava cravada na minha coxa e o sangue já formava possas no chão.

Kalena vinha em minha direção.

—Não. Eu estou bem. Amarre o goblin.

E foi o que ela fez.

Enquanto isso eu ficava me perguntando se devia ou não tirar a clava. Decidi que sim e com um puxão à tirei de lá. Isso só fez com que mais sangue saísse do machucado. Pensei rápido e, aproveitando o rasgo que achava já havia feito na minha calça, terminei de rasgá - la, tirando aquele pedaço de pano e usando como uma bandagem, enrolando minha coxa com a calça. Quando terminei, Kalena já havia terminado de amarrar o goblin e peguei o resto um pedaço da minha calça e amarrei a boca dele.

—E agora Daisuke?

—Agora ...

Nesse momento bateram a porta.

Pensei rápido e sussurrei.

—Pegue o goblin e o leve até uma copa de árvore. O esconda bem. Depois ligue para a Companhia e peça para uma equipe vir pegar o goblin. Espere por eles e entreguem a criatura.

Outra batida na porta.

—Não vou deixar você aqui.

—Estou com a perna machucada, só ia atrasar você.

Agora as batidas foram mais intensas.

—Vá Kalena.

Então ela pegou o goblin e pulou a janela.

Me sentei na cadeira e peguei as Colts quando um goblin empurrou a porta, mesmo com a mesa na frente.

—Senhor? ... -Ele olhou para mim. - Onde ele está?

—Nossa, cara. Não sei também. Vim aqui bater um papo com ele, mas...

—Ahhh! - o goblin urrou e veio correndo em minha direção. Acertei sua cabeça com um tiro. Fazendo com que ele caisse morto na minha frente. Sei que isso atrairia outros goblins, mas alguns provavelmente já estavam de olho por conta da forma que o goblin abriu a porta.

—E não me interrompa mocinho. -disse olhando para o goblin no chão.

Eu pulava a janela com dificuldade quando 5 goblins entraram na cabana. Cai no chão, do lado de fora e tentei sair correndo. Eu mancava e isso me deixava mais lento.

Continuei correndo, mas vários estavam atrás de mim.
Quanto mais eu corria, mais demoraria para minha perna se curar, por conta do esforça que eu fazia com esta.

Num trecho da floresta um goblin me alcançou e me deu uma rasteira. Cai de cara no chão e meu nariz começou a sangrar, ele me deu um chute na costela, fazendo com que eu me virasse para cima. Depois pegou o colarinho do meu casaco e me puxou até a altura do seu rosto.

—Onde o chefe está?

Eu não falei nada só sorri e levei um soco forte no lado esquerdo do rosto.

—Fala logo, seu merda!

Peguei as Colts e consegui acertar a perna dele disparando uma delas, fazendo com que ele me soltasse. Os outros logo vieram para cima de mim. Dane - se o cuidado com a minha perna.

Um veio como louco e acertei seu rosto com um chute giratório. Depois um veio pela direita, só levantei meu braço direito disparando a Colt em sua direção. Outro vinha atrás deste e fiz o mesmo. Logo senti uma pancada na cabeça, um deles devia ter me acertado. Fiquei meio zonzo e cai.

Um goblin, talvez aquele que tinha me acertado, me pegou pelo pescoço e começou a me sufocar.

Fechei os olhos e ouvi algo cortando o vento e penetrando a pele. Abri os olhos novamente e o goblin tinha uma faca Sai cravada no pescoço e me soltou.

Comecei a tossir sentado no chão com o goblin caído na minha frente.

Logo me levantei e comecei a atirar novamente em alguns goblins e olhei na direção para onde alguns outros corriam.

Kalena vinha rapidamente, correndo na direção deles.
Voltei a minha atenção para os que estavam ao meu redor consegui matar alguns. Me abaixei e peguei a faca Sai que antes estava cravada na pescoço do goblin e coloquei num dos vários bolsos do meu casaco.

Um dos goblins pegou no colarinho com o braço esquerdo. Com o meu direito, num movimento rapido, passei primeiro por fora de seu braço e depois enganchei por baixo, assim mobilizando o braço. Dei um tranco rápido e forte para cima fazendo com que o braço quebrasse.

O goblin urrou de dor e eu joguei seu corpo em cima de três que vinham em minha direção. O corpo do goblin prendeu o corpo dos outros três. Fiquei de pé em cima deles e recarreguei as Colts. Mirando na cabeça de um por vez fui atirando.

—1... 2... 3... 4.

Agora, sem mais nenhum oponente, me virei para ver como Kalena estava se saindo.

Ela, mesmo com uma só faca Sai, degolava e rasgava a pele de vários goblins. Um dos goblins tinha uma maça, semelhante ao do goblin que me acertou mais cedo, e mirava na cabeça de Kalena.

Corri em sua direção, e ainda correndo atirei na cabeça deste goblin, que caiu em cima de outros moribundos no chão.

Kalena continuava lutando e até chutava e dava socos em vários deles. Me juntei a ela e terminamos de matar os que restaram.

Devolvi sua faca Sai.

—Fez o combinado?

—Sim. Você está bem?

—Acho que sim. - menti. Minha perna não parava de sangrar. Eu precisava parar de forçá - la para que o ferimento se curasse.

—Sei. -ela pareceu desconfiada.

—Vamos embora. Antes que outros goblins apareçam.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Até a próxima ♡