God of War: A Última Esperança. escrita por Pizzle


Capítulo 4
Deserto de Pserda.


Notas iniciais do capítulo

Talvez, sábado não dará tempo de eu postar, então postarei dois na Sexta ♥
Boa leitura, queridos mortais.
E lá vamos nós.



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As mulheres vagavam de um lado para o outro, segurando os filhos nas barras dos vestidos, carregando alimentos nas costas ou nas mãos. Os olhares desceram para os dois parados no começo da grande escada, as pessoas logo reconheceram Kratos ao lado da deusa personificada:

—É ele...-podiam ouvir sussurros amedontrados-, é o homem que derrotou Ares.

Phêmeder logo tratou de tomar à frente do imortal, carregando sorrisos para todos que olhavam curiosos. Uma menina de aparentemente cinco anos segurou a barra da saia de Phêmeder, curiosa:

—Quem é você?- o vilarejo silenciou, Phêmeder se abaixou, ficando da altura da garotinha.

—Eu sou Phêmeder, a Deusa da Bajulação.- a garotinha olhou deslumbara para a divindade.

—Você passará a noite aqui?- a menina olhou para a mãe, que segurava uma grande sacola com vários alimentos.

A mulher, Benphender, era na verdade uma grande fã da deusa. Até erguera um bordel em homenagem à diva. Kratos decidira passar a noite no vilarejo, para que Phêmeder pudesse descansar e ele pudesse se divertir.

Já era tarde da noite, não tinha um horário exato, quando Kratos resolvera visitar o quarto da deusa. Encontrou a mesma de cabeça baixa, olhando para o que parecia um pano com alguns desenhos circulares:

—Se divertiu essa noite?- ela ergueu a cabeça para o mito, que pairava no batente da porta.

—Pretende sair antes do amanhecer?- ele perguntou, vendo-a assentir, sentou-se do lado da criatura.- Não teve tanta graça quanto tinha antes.

—A prostituição consiste em deixar o homem inlucido para que possam ganhar alguma moeda em troca, não é para fazê-lo feliz ou mais graciado.- ela respondeu.

—É uma ideia boa, usar o corpo para ganhar moedas.

—Fazer o que? Os guerreiros usam as armas para conseguir vingança núla.- ela jogou o pano na cama e ascendeu a lareira que havia no quarto, logo o rosto de Afrodite apareceu.

—Phêmeder.- Afrodite saudou-a.- Vejo que está tendo sucesso nessa nova jornada.

—Mãe.- a expressão da criatura estava vazia.- Eu sinto muito por Fergos.

—Não sinta. Pegue isto, lhe ajudará nessa nova jornada.

As chamas preencheram Phêmeder, enquanto ela sentia as mãos arderem e as veias saltarem. Afrodite tinha lhe entregado a Sanha do Tártaro, o poder que a deixaria lançar chamas pelas mãos. Fraca, foi assim que a divindade caiu de joelhos, vendo a mulher que a gerou sumir entre o fogo da lareira.

—Acorda!- ela sentiu Kratos a balançando violentamente.- O sol logo aparecerá, precisamos partir.

Antes de sair do cabaré, Phêmeder desejou sorte e barganha para a dona do mesmo e seguiu caminho até o outro lado.

A grande porta carregava consigo um símbolo antigo, significando morte. Barras de ferros prendiam um dos lados, enquanto o outro era segurado por cordas presas em estátuas de guerreiros.

"Carregai-vos a si mesmo para que possas possuir o próximo"— era o que uma placa abaixo das estátuas dizia:

—É o deserto da Pserda, uma das deusas da morte.- Phêmeder levantou a cabeça olhando para o ser que estava atrás dela.- Para chegar do outro lado precisamos de três sirenes e quatro minotauros.

—E como conseguimos isso?- Kratos olhou para o portão se abrindo.

—Lá dentro.- ela apontou com a cabeça.- Não deixe-as tocar-lhe, qualquer ser que é tocado fica petrificado. É tipo uma Medusa menor.

Ele assentiu e se pôs à frente da divindade, caminhando entre o deserto foi difícil achar as criaturas para o sacrifício. Quando finalmente encontraram uma Sirene, Phêmeder resolveu atacar por trás e separar a cabeça do tronco silenciosamente, uma alma cinza correu para algum lugar que eles não enxergavam. A segunda Sirene estava com dois dos minotauros que precisavam, a bajuladora atacou a sirene enquanto Kratos tratava de homicidar as outras criaturas horrendas. A terceira fora a mais difícil; na porta final de Pserda, havia a Sirene mais perigosa, junto com os dois minotauros restantes. Os deuses lideram com os chifrudos sem dificuldade, porém, quando Sirene resolvera se mexer, Kratos acabou sendo atingido pela criatura, deixando o trabalho pesado para a diva. Phêmeder, por outro lado, se lembrou do poder que a mãe tinha lhe dado. Ergueu as mãos para o alto, e depois mirou-as para a criatura, que queimara em frente à Kratos (que estava caído):

—Pserda não teve tempo de terminar as armadilhas -a deusa ajudava Kratos à levantar-, imagine se tivesse terminado.

—O que ela fez comigo?- Kratos apoiou a mão no ombro da onipotente.

A entidade tirou o pano que estava segurando no quarto para Kratos, apertou o pano contra a mão do imortal até que ele soltasse um grito de dor estridente:

—Onde aprendeu tudo isso?- ele perguntou se reerguendo.

—Olimpo. Vamos!- ela puxou-o até a porta de frente para os dois.

 A construção não era a melhor, mas ainda assim era nobre. As janelas estavam sujas de sangue, os sangues dos guerreiros sujavam o assoalho (porém os corpos não estavam ali), as marcas de mãos na parede denunciava a luta, o teto estava quase caindo. O ronco de uma criatura fora ouvido, deixando Kratos em alerta, e um choro baixo veio de dentro de uma das paredes. Phêmeder se aproximou da passagem camuflada, vendo uma mulher tentando esconder o choro. Ela era pequena, o cabelo castanho estava preso em trança, as roupas sujas de sangue, e sua voz quase não saía:

—Vocês não podem passar por aqui. Ninguém pode.- ela disse, segurando nos ante-braços de Phêmeder.- Eu não quero que ele os mate.

—Pserda?- Phêmeder se espantou ao ver o estado da mulher.

A lenda era que Pserda havia sido sequestrada por Xase, um mortal ambicioso, por questões sexuais. Ela se dizia feliz, sempre que perguntavam, porém Phêmeder sabia a verdade. A última notícia que tivera da titânide era quando ela sumiu e parou de tomar conta do deserto:

—É o Xase, ele é um monstro. Vocês precisam sair daqui, precisam construir mais armadilhas para que ninguém passe, por favor.- ela empurrou Phêmeder para a parede.

Um grito forte fora ouvido, Pserda fora jogada contra a parede enquanto o monstro encarava Phêmeder com um olha mortal. Ele tinha escamas de ferro por todo os dois braços, a máscara parecia com a de Hades, saía grandes garras de suas costas, os pés pareciam de um minotauro, as pernas estavam machucadas, e o sangue dos mortos sujava todo o corpo da criatura:

—Eu ainda não me esqueci, Phêmeder!


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Notas finais do capítulo

Pserda: (inventada) Uma titã, que Zeus deixara viva.
Me desculpem, ficou pequeno, mas foi de amor ♥
O que acharam? Opiniões, sugestões e críticas são bem-vindas.
Até amanhã, pequenos mortais



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