Perpetually Love escrita por mcarstairs


Capítulo 3
Homenagem


Notas iniciais do capítulo

Voltei ♥
Espero que gostem!



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Fazia apenas seis meses que Alec e Magnus haviam se casado. Eles se casaram logo depois de Jace e Clary, e permaneceram noivos durante quase dois anos. Alec insistiu para que esperassem até o momento mais oportuno. O problema é que em meio a esse tempo, haviam ganhado uma pequena surpresa. Alec tinha uma sobrinha.

Jace ficara surpreso ao saber que era uma menina, uma vez que ele e Clary gostariam de ter um menino. Eles a haviam chamado de Imogen, apesar de Alec ter achado o nome peculiar e estranho, Magnus achou o nome maravilhoso, e generoso.

Era uma homenagem a Imogen Herondale, e obviamente fora ideia de Clary. Jace não tinha todo um vínculo com a família Herondale, mas ainda sim adotava o sobrenome. Simon e Isabelle optaram por não terem filhos, por enquanto. Segundo ela, gostaria de aproveitar mais a vida, antes de se prender a uma “pequena criaturinha”. Fora o termo que ela usou para definir seu futuro filho.

Clary estava grávida de novo, dessa vez de um menino, e Jace não poderia estar mais feliz. Ele falava à todo momento em treiná-lo, e torná-lo extremamente forte, enquanto Clary estava preocupada se dariam conta de duas crianças tão pequenas.

A pequena Imogen corria de um lado para o outro pela sala, com apenas um ano e meio de vida, já tinha energia de sobra. Seu cabelo extremamente ruivo, e seus olhos dourados formavam a combinação perfeita entre Clary e Jace. Ela encantava Alec, mais que qualquer coisa.

Magnus observava a pequena correr pela sala, enquanto Alec direcionou seu olhar para Rafe e Max, no canto, rindo de Imogen. Eles haviam crescido, Max estava agora com 5 anos de idade, e Rafe estava com 7. Alec sorriu ao vê-los.

Magnus havia insistido, fazia alguns meses, para que adotassem uma pequena garotinha da China. Ela era uma caçadora de sombras órfã. Tessa a havia levado por várias vezes para visitá-la, era tão frágil e tinha apenas dois anos de idade. Alec negou na primeira vez, mas depois de conhecê-la, ele não resistiu.

Hoje, Mei estava com eles, fazia apenas um mês. Alec disse para Magnus que finalmente parariam de adotar crianças. Caso contrário, ele iria parar em um hospício. Rafe teve ciúmes da pequena Mei no começo, mas logo se adaptou. Já Max, a adotou como irmã logo no primeiro dia.

— Bà, podemos brincar lá fora? Posso levar Imogen comigo?

— Claro, pequena. Mas tomem cuidado. Max vá com elas.

Clary observou a tudo, com as sobrancelhas arqueadas. Sua barriga não estava tão grande, uma vez que Clary estava grávida de apenas quatro meses, mas logo estaria.

Mei chamava Alec de “Bà”, que significa “pai” em chinês, e Magnus de “papai”, como Rafe havia ensinado. Alec não se arrependeu nem por um momento de ter adotado Mei. Apesar de ficar bem receoso no começo.

— Já sei! Rufus! — Gritou Jace.

— Ah, não! Pelo Anjo, Jace! — Reclamou Clary, com as duas mãos apoiadas na barriga. — Poderia escolher um nome mais legalzinho?

— Legalzinho? — Indagou Alec.

— Hm… Stephen? — Disse Magnus, aleatório a questão.

Stephen Herondale era o pai biológico de Jace. Alec o encarou por um momento, mas a expressão de Jace era indiferente, até ele soltar um suspirou e dizer, com as mãos para o alto.

— William! — Disse Jace, com um ar de vitória.

Ele encarou Clary, que deu de ombros. Depois Alec, que repetiu o gesto de Clary e Magnus, e sorriu. Ele havia conhecido Will Herondale. Magnus havia contado a história de Tessa e Will, e seus dois amores verdadeiros. Um deles era Jem, com quem estava agora.

Um barulho os tirou da conversa, trazendo-os de volta para a realidade. Alec correu até a janela e se deparou com o balanço quebrado. Jace se endireitou ao seu lado e depois pôs as duas mãos no vidro, com uma expressão assustada.

— Eu demorei três meses! TRÊS malditos meses para terminar aquele balanço, e eles conseguem quebrar em três míseros segundos!

— Construo de novo! — Anunciou Magnus.

— Aí perde toda a graça! — Disse Jace, balançando os braços no ar.

Mei entrou correndo na sala, até Magnus. Ela pulou em seu colo. Sua franja estava bagunçada e ela tinha galhos em seu cabelo escuro. Rafe entrou logo em seguida, puxando Max pela camisa. Imogen, sem entender nada provavelmente, entrou pulando, indo em direção a Alec.

Alec esticou seus braços, pegando Imogen, e pondo-a sentada em seu colo. Rafe sentou-se ao lado de Clary, com os braços cruzados, ela afagou seu cabelo e isso fez Max rir. Jace estava xingando extremamente baixo, enquanto olhava o balanço. Ele saiu da sala, e todos riram.

(...)

— Mei! — Gritou Magnus.

Max e Mei estavam brincando de quem conseguia girar mais tempo, enquanto Rafe tentava montar uma pirâmide de cartas. Logo ele receberia sua primeira marca, Alec engoliu a seco quando pensou nisso.

Ele não queria que eles crescessem. De certa forma, sabia o que isso significava. Ele iria ser mandado para missões, e Alec ficaria preocupado em casa, pensando nas piores coisas. Magnus provavelmente iria instalar um tipo de rastreador nele. Alec riu com o pensamento.

Magnus o agarrou por trás, pondo suas mãos em sua cintura. Alec deu um breve sorriso e virou um pouco a cabeça. O feiticeiro beijou seu ombro, até que uma voz os interrompeu.

— Bà! — Gritou Mei, que entrou choramingando na cozinha.

— O que houve? — Perguntou Magnus, com a voz doce.

Alec sorriu. Adorava quando Magnus fazia essa voz com as crianças, era a mesma voz que usava quando queria dizer algo bonito a Alec. Ele terminou de arrumar a cozinha e caminhou em direção a sala.

Rafe estava terminando sua pirâmide, e Max a olhava com curiosidade. Magnus estava deitado no sofá, com Mei, dormindo, estirada em seu peito. Alec foi até lá, e a pegou, com cuidado para não acorda-la, encaminhando-se para o quarto da pequena.

A decoração era tipicamente chinesa. Nem ele, nem Magnus queriam que a pequena se esquecesse de onde veio. E repetiam a ação com Max e Rafe. Alec debruçou-se sobre a cama, deixando Mei ali. Ela remexeu-se, e Alec a cobriu.

Na ponta do pé, Alec deixou o quarto, fechando a porta atrás de si. Magnus saia do quarto de Max, onde o havia deixado. Já Rafe gritava na sala, comemorando por terminar a pirâmide!

— Rafael! — Repreendeu, Alec. — Vai acorda-los se gritar mais!

— Desculpe. — Disse Rafe, sentando-se ao lado de sua grande obra. — Gostaram?

— É genial, querido. — Disse Magnus, com um sorriso orgulhoso no rosto.

As pequenas coisas o faziam sentir orgulhoso por cuidar de três maravilhosas crianças, e tão distintas. Isso era uma das coisas que Magnus sempre dizia. Que a diversidade da família pregava uma nova era de paz, onde o amor prevalece acima de tudo. E prevalecia.

Alec se lembrou de Malcom, o Alto Feiticeiro de Los Angeles. Ele havia sido morto, por tentar trazer de volta o amor de sua vida, uma Caçadora. Há cem anos, Magnus e Alec jamais poderiam sequer se ver. E hoje, eram casados, e com filhos.

— Pai? — Disse Rafe á Alec. Magnus estava caminhando em direção ao banheiro. — Quando vou poder ser Marcado?

Não era uma pergunta que Alec tinha a respostas. Segundo o Irmão, Rafe poderia ser marcado quando completasse 11 anos. Ele tinha apenas 8. Alec suspirou, aliviado.

— Quando estiver pronto. — Foi o melhor que Alec conseguiu dizer.

— Pronto tipo… Quando? — Perguntoh Rafe, receoso.

— Pronto tipo quando estiver pronto. — Respondeu Alec, com um sorriso no rosto.

— Isso não foi uma resposta, pai! — Reclamou Rafe.

— Ah, foi uma excelente resposta. — Disse Magnus, entrando na sala novamente. Rafe levantou os olhos, e depois levantou-se.

Magnus afagou seu cabelo e caminhou ao seu lado, até o quarto de Rafe. Alec endireitou-se no sofá, e depois escorregou. Ele fechou os olhos e ouviu um pequeno choramingo vindo de um dos quartos. Alec levantou e caminhou, lentamente até o quarto. Em uma tentativa de perceber que o choro era apenas fruto de sua imaginação cansada, mas não era.

Mei choramingava sentada na cama, dizendo que teve um “pesadelo muito feioso”. Alec a abraçou, pegando-a no colo. Ele a balançou por um momento e depois desistiu, caminhando com ela em seus braços até a cozinha. Ele encheu um copo d'agua com a mão livre, e deu para que a pequena bebesse aos poucos. Com isso Mei se acalmou. Magnus apareceu na porta na cozinha, com um sorriso bobo no rosto. Alec fez uma careta, e depois voltou a balançar Mei em seu colo. E por hora, ela havia dormido novamente.

Ele pensou em quando fazia isso com Max. Quando pegava-o e aninhava-o em seu colo. Quando podia nina-lo até que seus olhos se fechassem por completo. Alec não queria que eles crescessem, nem Rafe, nem Max, nem Mei. Não queria que o tempo os pegasse, que os tirasse de suas vidas.


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