Perpetually Love escrita por mcarstairs


Capítulo 2
Casamento


Notas iniciais do capítulo

EEEEEEEEEEU SUMI, mas postei ♥
Espero que gostem desse capítulo. Beijos :3



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O pedido de Simon para Izzy fora horrível. Como planejariam toda uma cerimônia em apenas dois dias? Mas Alec entendia todo o desespero de Izzy. Ela gostaria de se casar no mesmo dia que Max, seu irmão, nascera.

Alec sentia tanta falta de Max. Eles eram próximos, apesar de terem tanta diferença de idade. Mas quem mais sofreu a perda, fora Izzy, não ele. A forma bruta como seu irmão morreu abalou toda família Lightwood, de uma maneira inimaginável. Mas também os tornou mais forte.

Max brincava na sala com Rafe, ele tentava ensinar espanhol para o menor. Apesar de Max ser extremamente pequeno, aprendia as coisas muito rápido, e já sabia falar algumas coisas como “casa”, “hermano”, “abuela” e “niña”.

Magnus estava na cozinha, enlouquecido. Já havia tentando fazer três bolos diferentes, e todos queimaram ou não cresceram. Alec ria toda vez que ele errava.

— Papai? — Chamou Rafe.

— Sim? — Alec e Magnus gritaram ao mesmo tempo.

— Posso ir vestido de jeans?

— Rafe, é um casamento. Não pode usar Jeans em um casamento. — Disse Alec.

Rafe fez uma careta e Max riu, mas parou ao ver a expressão de Alec. Rafe se levantou e fora perguntar a mesma coisa para Magnus. Ele fazia isso na maior parte do tempo. Quando algum dos dois negava algo, ele perguntava ao outro, numa esperança de mudar algo.

Magnus também negou, e Alec soube disse pela expressão emburrada do menino. Seu cabelo escuro escorria pelo rosto, grudando na testa. Magnus deu um sorriso para Rafe quando seu celular tocou.

— Oi, Iz.

— Magnus já fez o bolo? A festa vai ser amanhã, Alec! — Izzy soltou um grito agudo, e Alec teve que afastar o telefone do ouvido.

— Ele… Hã… — Alec olhou para Magnus na cozinha. O feiticeiro estava xingando a formada de bolo, e havia queimado sua mão. — Ele está trabalhando nisso.

— Que bom! — Disse Izzy, com a ligação picotando. — Clary já me ajudou com o vestido. E bom, Jace e Simon estavam tentando ajudar na decoração. Mas… Eles pareciam um casal brigando. Sei que está ocupado com as crianças, mas será que poderia passar aqui?

— Eu vou tentar, Iz.

E com isso, Alec desligou. Ele olhou para Max e Rafe, tentando montar um quebra cabeça. Alec respirou fundo e foi até Magnus.

— Izzy quer ajuda com o casamento. Quer que eu vá pra lá. — Disse Alec, franzindo o cenho. — Magnus, não acha que esse está bom?

O bolo parecia maravilhoso. Tinha uma forma perfeita e também parecia ter sido feito em uma loja, não por ele. Alec sorriu.

— Não. Ele tem uma deformação aqui. — O bolo estava um tanto amassado ao lado e Alec riu.

— Podia usar magia pra concertar isso. — Alec gesticulou, imitando Magnus quando fazia magia. Magnus jogou o pano em Alec. — Tenho que ir.

Alec se aproximou de Magnus, e deu-lhe um beijo na bochecha e em seguida na boca. Magnus bateu no peito de Alec, e riu.

— Pode ir.

— Consegue lidar com os meninos?

— Eu tenho que lidar. — Disse Magnus, semicerrando os olhos.

(...)

— Eu iria jogá-los na lixeira. — Disse Jace, quando Alec contou o que os meninos aprontaram a alguns dias atrás.

Max havia transformado Liko em um Cobra, que rodou a casa inteira. Enquanto isso, Rafe tentava pegá-la. E Alec? Bom, Alec corria de um lado para o outro. Até Magnus chegar e salvar o dia.

— Sério. Eu ia jogar os dois… — Clary pisou no pé de Jace. — Eu ia colocá-los de castigo e ensinar que não se deve transformar gatinhos em cobras.

Alec sorriu e piscou para Clary. Jace passou por ele e começou a gritar com Simon, dizendo que as flores estavam péssimas e murchas. Isabelle riu da situação e foi até lá. Alec observou a tudo enquanto via a lista e a conferia.

— Acha que Jace quer ter filhos? — Perguntou Clary. Alec se surpreendeu com a pergunta que fizera. Ele nunca havia pensado em Jace sendo um pai.

— Eu não sei. — A expressão de Clary mudou, para uma mais triste. — Mas acredito que sim, Clary.

— É…

Clary lhe ofereceu um sorriso e deixou Alec sozinho. Seu telefone estava vibrando, era Magnus quem estava ligando. Alec respirou fundo, e deixou a lista em cima do piano.

— Oi?

— Como vão as coisas? — Perguntou Magnus.

— Bem. Hã, Clary está me fazendo perguntas estranhas. Jace disse que jogaria nossos filhos na lixeira. Simon está estragando todos os arranjos e Izzy parece que está drogada, mas apenas está com alergia. — Alec respirou. — E os meninos?

— Max quis ir dormir e Rafe quis assistir televisão. Ele ficou impressionado, aparentemente não existem televisões no Instituto de Buenos Aires.

— Nem no de Nova York. — Magnus riu do outro lado da linha.

— Volte cedo.

Com isso, Magnus desligou. Alec rodou o telefone em sua mão, e então caminhou até Izzy. Ela o recebeu de braços abertos e emitiu um som estranho com o nariz.

— Não está dando certo você perto das flores…

— Ah, que isso. É só um nariz entupido. — Izzy gesticulou. — Quero conhecer Rafael. — Choramingo Iz.

— Vai conhecê-lo amanhã. — Prometeu Alec, e em seguida beijou a testa de sua irmã.

(...)

Rafe e Max estavam com ternos dourados. Apesar de cair bem em Rafe, o terno ficara maravilhoso em Max. Uma vez que havia realçado o tom de sua pele e de seu cabelo. Magnus estava com um terno azul, e Alec com um dourado.

Jace caminhou até eles com as mãos no bolso, e sorriso. Alec sabia o que aquele sorriso significava.

— Vou pedir Clary em casamento. — Disse Jace, repentinamente.

— Você… Você… Você vai o que? — Perguntou Alec, confuso.

Jace o olhou como sempre olhava quando Alec fazia uma pergunta idiota. Ele o encarou por um momento e sorriu. Ele iria se casar. Isabelle estava se casando. Deus, até Simon estava se casando, mas Alec não. A ideia de ter um casamento lhe agradava tanto quanto os outros, mas ainda sim gostaria de casar, ou ao menos receber um pedido. Sentiu-se um idiota por pensar isso. Magnus o amava, tinham dois filhos juntos, por que outra coisa lhe importaria?

— Papa, posso brincar com Rafe perto dos canteiros? — Perguntou Max á Magnus.

Max tinha uma tática de indução. Magnus chamava aquilo de “carinha de cachorro que caiu do caminhão.”, já Alec achava que Max imitava a expressão de Presidente Miau quando queria comida, que não fosse ração. Magnus assentiu, e Max correu com Rafe ao lado.

Alec deu um riso e Magnus o encarou por um momento. Alec se virou, Magnus riu de volta.

— Você fica lindo rindo. — Disse Alec.

Magnus tinha o dom de ser aleatório. Nas horas mais importunas, ou nas horas mais inesperadas. Alec amava isso, e tornava tudo ainda mais real. A felicidade cresceu em seu peito e Alec não resistiu em esconder seu largo sorriso. Magnus tocou sua mão, que estava em seu joelho, e então anunciaram a entrada de Iz.

Palmas inundaram seu ouvido e finalmente sua irmã apareceu, seu vestido dourado reluzindo seu cabelo preto escorrido nos ombros. Simon parecia nervoso ao extremo, e dopado também. Alec imaginou que ele se entupiu de calmantes antes de entrar no altar.

Izzy tinha um sorriso enorme estampado no rosto. Clary estava ao seu lado, soltando gritos de vez em quando. Jace por outro lado, estava tocando piano, concentrado. Eu cabelo loiro escorria em seu rosto, e Alec soube então por que era tão apaixonado por Jace. Quem poderia não se apaixonar por Jace?

Magnus segurou ainda mais forte sua mão. Ele me pediria em casamento em breve? Alec afastou novamente o pensamento sobre o casamento. Era o dia de Izzy, e ele não pretendia gastar seu tempo pensando nisso. Ele tinha Magnus, e era isso que importava.

A cerimônia foi curta, e na maior parte do tempo Jace tocou piano. Alec tinha buscado Max e Rafe, que apesar dos protestos, assistiram a cerimônia sem soltar um único som.

(...)

Após a cerimônia, Jace, Magnus, Clary e seu pai, Robert, foram resolver um assunto urgente no Instituto de Los Angeles. Provavelmente, seria algo com os Blackthorn e Emma. Alec sentiu-se preocupado. Em parte, ele e Emma não eram extremamente próximos, mas ele sempre sentira um carinho por ela, e por esse motivo pediu para Alec deixá-lo informado.

Rafe dançou a maior parte do tempo. Dançou com Izzy, Simon, Maryse, Jocelyn e até mesmo, com Luke. Já Max, ficara na mesa, devorando tudo o que via pela frente. Alec imaginou como os garçons estavam loucos com a gula de seu filho.

— Ondi ixtá ô papã? — Perguntou Max, com a boca cheia.

— Foi resolver alguns problemas, Blue.

— Quando quescermos vamos resolver também? — Perguntou Max, terminando de comer.

Alec não sabia como responder. Rafe seria criado com o Caçador, ainda receberia sua primeira Marca. Provavelmente, quando crescesse iria resolver problemas relacionados à Clave. Feiticeiros raramente interviram nesses assuntos. Magnus era um caso à parte, ele fora de grande ajuda na Guerra Maligna, e estava quase casado com um Nephilim, e tinha dois filhos com ele. Como Alec pensou, um caso à parte.

Já Max não. Ele seria tratado como feiticeiro, apesar de sua família, no Instituto de Los Angeles e Nova Iorque, tratá-lo como igual. Alec sentiu uma pontada de culpa e limpou o canto da boca de Blue com o guardanapo.

Alec nem se lembrava quando ele e Magnus haviam começado a chamar Max de BlueBerry. Mas Max tinha consciência que o apelido fazia referência a sua pele, extremamente azulada.

— Papai? — Chamou Alec, que estava perdido em pensamentos.

— Claro que vai, querido. Claro que vai. — Disse Alec.

A ideia de mentir para Blue lhe causava uma tensão enorme. Alec engoliu a seco, e se endireitou na mesa, ainda encarando seu filho. Max parecia desesperado por comida, como alguém que está sem comer há dias. Alec riu com o pensamento, até que a voz de Jace o fez revirar os olhos.

— Seu pai não te dá comida não é? — Disse Jace a Max. — Realmente é horrivel, por que se fosse meu filho, eu te daria uma banheira de chocolate só pra você. — Jace piscou para seu filho, que permanecia sorrindo, com a boca cheia.

— Por isso ele não tem filhos. — Disse Alec, a Max.

Jace abriu parcialmente a boca, aparentemente ofendido com o comentário, mas depois abriu um largo sorriso, que fez Alec relaxar na cadeira novamente. Max se virou para pegar mais comida em cima da mesa, e Alec segurou seu braço, arqueando as sobrancelhas. Max soltou um gemido e depois voltou-se para a comida em seu prato.

Alec levantou o olhar, e encontrou o rosto se Magnus em meio a uma pequena multidão. Ele não aparentava estar tão bem, e Alec engoliu a seco. A primeira coisa que se passou em sua cabeça foi que Emma ou algum Blackthorn havia morrido. Alec se levantou e chamou Jocelyn ao seu lado.

— Poderia olhá-lo pra mim?

Ela assentiu, e então Alec deu a volta na mesa, passando a mão rapidamente pelo cabelo de Max. Ele avistou Rafe dançando com Izzy em um canto, e então Magnus o chamou. O ruído fora quase inauditivel em meio ao barulho e a música. Alec apressou-se e quando finalmente chegou perto do feiticeiro, fez a pergunta mais óbvia e estupida que poderia fazer.

— O que houve?

Magnus fez um gesto com a cabeça, indicando que entrasse. Ele caminhou com Alec ao lado até a sala onde se encontravam alguns arranjos que não tinham como ser postos lá fora. Magnus fechou a porta com delicadeza e apoiou-se na mesa.

— Houve um problema com Malcom em Los Angeles. Ele estava fazendo uma espécie de ritual para ressuscitar Annabel Blackthorn. A mulher por quem ele era apaixonado, e a própria família o matou. E…

— Espera. Malcom não era seu amigo? — Indagou Alec.

— Era. — Disse Magnus, mexendo nas pétalas das flores. Tulipas. Pensou Alec. — Mas não é isso que me incomoda. Há algo que eu não faço ideia do que seja. Há algo maior. Será que poderiam ficar de olho no Instituto? Queria que pedisse isso a Jace.

— Vou pedir a ele. — Disse Alec, forçando um sorriso. — Temos que voltar, antes que Max coma toda a comida disponível e Rafe desmaie de tanto dançar.

Magnus deu um risada, e Alec caminhou em direção à porta. O feiticeiro se pôs entre seu caminho, e isso fez Alec parar abruptamente. Magnus pôs as mãos em sua cintura.

— Estou orgulho de nós dois. — Disse Magnus.

— Em relação aos meninos? Eu também, eu…

— Alexander, de nós dois. Não só dos meninos, mas por tudo o que fizemos um pelo outro. Você é meu único pensamento desde aquele beijo.

Alec riu ao lembrar. Parecia uma lembrança tão distante, e em parte era, aquilo fora a cerca de cinco anos atrás. Eles haviam mudado e amadurecido de uma maneira que não poderiam evitar. Tinham viajado uma parte do mundo, e Alec aproveitara tudo como Caçador. E então eram pais, não só de um, mas dois meninos extraordinários.

— Ficaria ainda mais orgulho se aceitasse se casar comigo. — Sussurrou Magnus. Alec fechou os olhos, a resposta estava estampada em sua testa.

Sim.


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