Perpetually Love escrita por mcarstairs


Capítulo 1
Amor por Amar


Notas iniciais do capítulo

✧ Os capítulos não seguem uma ordem cronológica exata. Por exemplo: O capítulo dois se passará daqui a três anos.
✧ A fanfic é só sobre Malec. Apenas sobre Magnus e Alec, então mesmo que os outros personagens apareçam, os focos dos episódios nunca será em outra pessoa.
✧ Os pensamentos serão pelo ponto de vista do Alec, sempre.
✧ É uma fic bem curta. Vai ter apenas seis (ou sete) episódios.



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Não era comum Alec implorar, mas ele sabia que isso seria necessário. Sua mãe nunca iria deixar que adotassem um menino, de outro país, órfão e ainda por cima Caçador. Mas como seu pai era Inquisitor, era obrigação de Alec implorar para que seu pai autorizasse a adoção, mesmo que seu pai não queira interferir. Ele precisava disso tanto quanto Magnus.

O relacionamento dos dois estavam só melhorando, mas depois de adotaram Max, tudo ficara ainda mais perfeito. A Clave não interviu, uma vez que Max era um feiticeiro. Mas Rafael não era. Era um Caçador. Seus pais, mortos, eram influentes. Alec sabia dos riscos. Mas precisava arriscar o máximo possível.

Ele havia arriscado ficar com um feiticeiro, quebrando regras, leis e tabus da Clave. Por que desistiria de fazer o mesmo com um menino órfão? Pois não. Não desistiria.

— Mãe. Precisa entender. — Disse Alec, engolindo a seco. — Rafael terá uma chance conosco. Magnus pode ser um feiticeiro, mas eu ainda sou Nephilim. Tenho direito de adotá-lo.

— Não, não tem! — Gritou Maryse. Alec se sentia com 17 anos novamente, não com 23. — Já tolerei coisa demais de você e daquele feiticeiro. Permiti demais. Isso foi ideia dele não foi?

Era seu único argumento. Toda ideia contrária à sua postura, era ideia de Magnus, nunca de Alec. Em uma única tentativa, Alec gesticulou, mas então a porta se abriu, e o fez dispersar. Seu pai dava passos leves e tinha as mãos atrás do corpo.

— Maryse, posso falar com Alec? — Roberto assentiu e Robert arqueou as sobrancelhas. — A sós.

Após a última frase, Maryse saiu da sala, pisando duro e fechando a porta com um estrondo. Alec estremeceu e cerrou os punhos. Ao encarar seu pai, pôde ver o olhar terno que carregava. Apesar de todos os problemas, ele ainda era seu pai.

— Se veio dizer que eu estou em errado em querer adotá-lo, não precisa. Não vou desistir de adotar Rafael e…

— Não pretendo contrariar vocês dois, Alec. — Disse Robert, com uma voz calma e serena. Era tão raro vê-lo assim. — Vim oferecer minha ajuda.

— Não preciso da aprovação da mamãe, pai. — Argumentou Alec. — Preciso da sua!

— Mas ela é sua mãe.

— Não importa. — Disse Alec, secamente. Robert sentou-se em sua cadeira, pondo as mãos em cima da mesa. Alec cruzou os braços.

Alec não entendia o porque de precisar da aprovação de sua mãe para adotar o menino. Seu pai era quem tinha um cargo de alta representatividade, automaticamente ele deveria decidir sobre esse assunto, não sua mãe, que iria decidir contra a vontade de seu próprio filho.

— Alexander, peço que entenda. De uma vez por todas, entenda. Digo isso por que se não receber a aprovação de sua mãe, isso irá te consumir e te desgastar de uma maneira horrível. — Havia súplica no olhar de Robert, Alec desviou o olhar para a parede.

Um barulho quebrou a tensão em Alec, e seu celular estava vibrando. Ao pegá-lo, viu que Magnus o estava ligando. Alec pediu licença ao seu pai e se virou, indo em direção à porta.

— Oi, Magnus. — Disse Alec, abrindo a porta do escritório de seu pai.

— Preciso de você aqui! — Disse Magnus ao telefone.

— O que houve? — Sua voz saiu irritadiça. — Eu estou tentando resolver o assunto de Rafael com meu pai e…

— Alexander! Seu filho prendeu Liko de cabeça para baixo, quebrou três patros e agora não quer sair de cima do armário!

— Meu filho? Eu o adotei sozinho né? — Indagou Alec. Ao ouvir o suspiro de Magnus, se apressou para responder. — Tá bem. Já estou voltando! Me dê um minuto!

— Alexa…

Então Alec desligou, e afagou o rosto. Com relutância, abriu a porta do escritório de seu pai, e pôs apenas a cabeça para dentro.

— Preciso voltar! Mas conversamos depois.

Alec saiu sem esperar a resposta de seu pai. E então a dúvida surgiu. Eles tinham uma criança feiticeira de apenas três anos de idade que as vezes conseguia ser incontrolável, eles teriam condições de criar uma de cinco anos, que necessitaria de treinamento para se tornar um caçador?

(...)

— Mas que mer…

— Porcaria! — Magnus disse interrompendo Alec. Magnus odiava que alguém falasse algum palavrão na frente de Max, e isso incluía Alec.

Max estava em cima da prateleira de livros e estava agarrada a mesma, com um livro de feitiços nos braços. Alec pôs as mãos na cintura e encarou Magnus. O feiticeiro tinha seu cabelo emaranhado, e sua blusa estava aberta quase até o umbigo. Alec sorriu e se virou para Max, caminhando para perto da estante.

— Blue! Desça dai! — Gritou Alec.

Max o encarou por um momento, e negou com a cabeça. Alec ouviu Magnus se jogar no sofá e sussurrar algo desincentivador sobre não conseguir tirá-lo de lá. Alec preferiu ignorar, e esticar as mãos, para incentivar Max.

— Vamos! Desça daí. Nem é tão alto assim, se para com isso, papa poderá te ensinar feitiços muito melhores do que subir em uma estande de livros, Blue. — Disse Alec, com uma careta.

Max esticou uma de suas mãos, e pôs uma de suas pernas para fora da estante, se jogando, para o colo de Alec. Magnus bateu palmas e riu.

— 3 a 2. — Disse Magnus.

Era um jogo que haviam feito á algumas semanas. Até agora estava empatado, com Magnus ajudando Max duas vezes a desfazer feitiços, dos quais Alec foi ridicularizado. E com Alec salvando Max da árvore e ajudando-o a achar seu caderno de desenhos. E agora, tirando Max de cima do armário.

Alec devolveu o sorriso e ajeitou Max em seu colo, levando-o para o colo. Já passava de meia noite, e Alec levou um susto ao olhar para o relógio. Alec abriu a porta do quarto de Max com as costas, e pôs o menino na cama, com o livro ainda agarrado ao corpo.

— Que tal guardarmos isso? — Disse Alec, numa tentativa de tirar o livro, mas Max o puxou de volta. — Tudo bem.

— Papai, e o meu irmão? — Alec levou um susto enquanto ajeitava a colcha no corpo de Max. Alec pensou por um momento e Max sorriu. — Papa me contou.

— Claro que contou. — Disse Alec, em um sussurro. Ele forçou um sorriso a Max, ele tinha apenas três anos. Como poderia explicar? — Blue, nós ainda nao… Ainda não sabemos se… Se ele vira morar conosco.

— Seria legal ter um irmão. — Disse Max, em desvaneio. Alec sorriu, involuntariamente, sentindo a esperança aflorar em seu peito.

— Seria sim. — Disse Alec, enquanto dava um beijo terno na testa de Max. Alec se levantou, sorrindo para Max.

— Papai! — Max elevou a voz. — Pode dormir comigo? — Choramingou.

Alec concordou com a cabeça, e Max abriu espaço para ele na grande cama. Como eles sabiam que Max gostava de dormir com um dos dois, compraram uma cama grande, para que isso facilitasse as coisas.

Max agarrou seu dedão, como fazia todas as vezes e então fechou seus olhos. Alec afastou o cabelo azul de seus olhos. Era sereno, ingênuo e Alec sorriu ao pensar assim. O dia fora tão cansativo, os olhos de pensaram, e então os fechou.

(...)

— Alec. — Um sussurro o assustou e Alec levantou repentinamente da cama. Magnus estava parado ao seu lado, com um sorriso dócil no rosto. — Vem para a cama. — Magnus pôs as mãos em seu ombro. — Já são três horas da manhã.

Alec coçou o olho e concordou. Magnus assentiu e sorriu ao olhar para Max, que tinha um sono tranquilo e sereno. Alec permaneceu parado por um instante, apreciando Magnus. Ele não parecia mais velho, não parecia mais novo, mas aparentava ter uma maturidade maior. A chegada de Max os mudara.

Max se remexeu por um momento na cama e então tornou a ficar parado. Alec pôs a mão no ombro de Magnus, afagando-o. Magnus assentiu, entendendo e então juntos saíram do quarto de Max, e caminharam para o seu.

Alec jogou-se na cama, e pôs os braços na frente do rosto. Magnus apagou a luz e sentou-se ao seu lado na cama. Logo em seguida, deitou.

— Acha que conseguiríamos lidar? Com Rafael?

— Sim. — Disse Alec, tirando as mãos do rosto. Ele apoiou sua cabeça em uma de suas mãos e encarou o feiticeiro. — Nos vamos conseguir, sei que vamos.

Magnus se aproximou. Alec podia sentir sua respiração pesada e densa. E repentinamente, Magnus se inclinou encostando seus lábios nos dele. Alec sentia-se tão cansado, mas não para beijá-lo. Magnus se inclinou, jogando seu corpo para cima do de Alec, que o beijava com mais intensidade ainda.

Não havia um padrão para seus beijos. Alguns lembravam a calmaria de nuvens engarrafadas no céu, já outros lembravam a ressaca do mar. Alec se sentia em chamas no momento. Com uma só tentativa, ele retirou a blusa de Magnus, deixando o tronco do feiticeiro exposto. Alec o olhou por instante.

Não havia como não se apaixonar por Magnus toda vez que ele o olhava. Alec o puxou para perto de novo, mas Magnus relutou, pronto para tirar a camisa de Alec. É assim o fez. Magnus beijou sua têmpora, depois seu pescoço, passando para seu peito, e então sua barriga. Alec sentiu a tensão aumentar, e então arfou.

— Eu estou acabado. — Disse Alec, no momento mais importuno possível. Magnus o encarou por um momento, e sorriu com o canto da boca.

— Não vai se importar de se cansar só mais um pouco não é?

(...)

Sua mãe o havia chamado as sete horas da manhã para comparecer ao Instituto, e pedira para levar Max e Magnus. Alec, de bate e pronto rebateu, mas sua mãe insistiu, afirmando que Isabelle e Simon estavam de visita. Alec acordou Magnus e Max, para se arrumarem e então foram em direção ao Instituto.

Ao abrir a porta do Instituto, Isabelle carregava um buquê de flores roxas. Alec riu ao vê-la e correu para abraçar a irmã. Havia tanto tempo que não a via. Simon estava ao lado, com o mesmo sorriso idiota no rosto. Robert aparecera na porta, com um sorriso bobo no rosto ao ver Max.

Max correu e abraçou o avô, enquanto Izzy dava a volta para abraçar Magnus. Alec cumprimentou Simon, e então Maryse apareceu na porta. Alec enrijeceu.

— Alec. Pode vir comigo, por favor?

Alec concordou com a cabeça e sorriu para Max, que fazia uma careta. Maryse não o abraçava, raramente o fazia. Mas Robert era diferente, ele abraçava, brincava e às vezes até mimava Max.

— Eu pensei sobre o que conversamos nos últimos meses. — Iniciou Maryse. — E cheguei à conclusão que o mandarei até Buenos Aires, para que busque Rafael. Eu ainda não posso lhe dar a guarda definitiva do menino, uma vez…

Maryse parou de falar, já que Alec havia corrido para abraçá-la. Maryse arfou e abraçou o filho, Alec pôde senti-la sorrir. Ao se afastar, Alec não deixou de esconder um traço da felicidade que sentia naquele momento. Sua mãe segurou sua mão.

— Você é um bom pai.

— Obrigado! — Disse Alec. — Obrigado, mãe. Obrigado!

— Mas só um de vocês poderá ir! — Disse Maryse enquanto Alec deixava a sala.

Não poderia deixar de contar a notícia a Magnus, muito menos para Isabelle e Simon, que estavam tão animados quanto eles. E então pensou em Max, dizendo na noite anterior que gostaria de um irmão. Alec sorriu.

Magnus arfou quando Alec correu e o abraçou. Max riu, juntamente com Simon. E Isabelle sussurrou perto dele, mas Alec não entendeu.

— Vamos poder trazer Rafael para casa. — Sussurrou Alec. Magnus deu um riso nervoso e Isabelle, que também ouviu, levou as duas mãos até a boca, tapando-as.

— Pelo Anjo! Pelo Anjo! — Disse Izzy, abraçando os dois ao mesmo tempo. Magnus riu, enquanto Alec apenas sentiu o conforto de seu abraço.

Max estava de mãos dadas com Robert, e encarava Alec com a chupeta na boca. Magnus foi até ele e agachou, provavelmente contanto a grande novidade. Seu pai provavelmente já sabia dá notícia, uma vez que já estava sorriso, e foi até Alec abraçá-lo. Simon emitiu um ruído estranho, de felicidade, pelo menos era isso que Alec achava.

Magnus havia se levantado e estava com Max no colo. Maryse já estava na sala, com um sorriso terno no rosto.

— E eu tenho um pequeno presente para o pequeno Max. — Disse Maryse, para a surpresa de Alec.

— Eu vou buscar Rafael. — Disse Alec, enquanto Magnus deixava Max no chão.

— Tem certeza? Não quer que eu vá junto?

— Minha mãe disse que só um de nós dois poderia ir. Se eu for agora, posso voltar amanhã. — Sugeriu Alec.

Max deu um tchau desajeitado para seus pais e então deixou a sala com a mão entrelaçada na de Maryse. Alec sorriu e Magnus pôs as mãos em seu ombro, assentindo. Izzy juntou suas mãos, mordendo o lábio inferior.

— Vou preparar o portal.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥



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