Corações de Vidro escrita por WendyReis


Capítulo 4
Capítulo 4




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— Quero uma boa explicação pra isso. Kentin que tal começar por você?!

— Eu explico. Cunhadinha, foi assim eu e Iris estávamos sozinhas e com fome, ela não come carne não quis pedir pizza, não tínhamos dinheiro, então eu liguei pro Ken. Ele nos trouxe comida e companhia.

— Bebidas e cigarros também, né?! Achei que eu fosse a única inconsequente do grupo! (Eu cruzei os braços) E quem disse que não tinha comida?!

— Venhamos e convenhamos Serena você só tem coisa horrível! (Alexy)

— Nem somos amigos pra você ter essa intimidade toda! (Eu o olhei frio)

— Serena eu pedi o cigarro e as bebidas. (Iris, eu respirei fundo)

— Sua noivinha cadê?! (Perguntei ao meu irmão)

— Foi pra casa dos pais dela com o irmão.

— Não quero saber! Arrumem essa porra.

— Castiel? (Meu irmão)

— Trabalhando.

— E como foi a noite? Ele fez tudo certinho? Jantar, a comida??? Você viu o presente que eu deixei em cima da cama dele?!!! (Laís)

— Pra que tudo isso? (Iris)

— Eles fizeram cinco anos ontem! Me diz cunhadinha o que achou?!!

— Perda de tempo. (Eu disse sincera) Não me leva a mal não Laís, mas eu não curto essas coisas, você já deveria saber disso.

— Você amou! (Ela sorriu)

— Mas ela disse que odiou! (Alexy)

— Isso significa que ela amou! (Laís)

— Não é difícil entender minha irmã, ela é do contra. (Ele riu)

— Do contra seu cu! Eu sou sincera!

— Sabemos! (Armin rindo) Iris é muito semelhante a você.

— Por que veio pra casa? (Laís)

— Se trocar, óbvio! (Alexy)

— Eles praticamente moram um na casa do outro, ela não precisa de roupas. (Laís disse sorrindo)

— Preciso pagar umas contas, irei antes de abrir a academia.

— Entendi. Cunhadinha?

— O que?

— Podia nos dar uma carona, né?!

— Sua escola é para um lado meu trabalho é para outro.

— Você não já tem idade para dirigir? (Armin)

— Só não tenho o carro e a carteira. (Ela sorriu)

— Eu levo vocês estou de carro. (Meu irmão)

— Certo.

— Já tomou café, Alface?

— Sim.

— Não tenho nada pra fazer hoje. Posso ir com você para a academia?

— Se você pagar para ter aula.

— Eu não quero ter aula, só quero ficar lá.

— Se você for ficar lá, vai ter que lutar.

— Serena, eu vou levar as meninas na escola e vou lá para a academia passar o dia com você. (Meu irmão)

— Desde que não atrapalhe meu trabalho.

— E eu?! (Alexy)

— Vem com a gente, ué?! (Armin)

— Eu estou indo, quero minha casa arrumada eu fui clara?

— Sim, senhora. (Meu irmão rindo)

— Eu vou com você, Alface. Alexy vai no carro com o Kentin.

— Tanto faz.

Ele veio no carro comigo, nós não conversamos muito, ele puxava assunto e eu respondia era só. Depois fomos para a academia e eu os fiz ficarem lutando.

— Alface, eu não posso lutar com você? Sou bom!

— Não!

— Tá com medo de perder pra mim?! (Eu o olhei de cima a baixo e ri)

— Com certeza! (Eu disse irônica)

— Vamos lá! (Ele subiu no ringue e me deu uma rasteira ficando em cima de mim) Viu, eu poss… (Antes que ele terminasse eu o fiz ficar embaixo de mim com o peito no chão e um dos braços torcidos e presos na minha mão)

— Experimenta fazer isso de novo e eu quebro o seu braço. Projetinho de nerd. (Eu saí de cima dele) Você quer tanto lutar? Vou chamar alguém pra lutar com você. Mary, tem um bonequinho pra você. (Ele se sentou massageando o pulso)

— Como você pode fazer isso com o pulso torcido?

— Bem-vindo ao meu mundo. (Mary apareceu)

— O que?! Essa princesinha vai lutar comigo? Não tenho coragem de bater nela!

— Que bom! Assim vai ser mais fácil! (Ela tem uma voz estridente enjoada pra cacete, ela é o tal caso da Iris, mas a Iris não quer nada sério. Ela é pequena, loira, tem olho azul)

— Princesinha eu não vou bater em você.

— Eu sou até princesa, mas não uso coroa. Uso luvas. (Ela sorriu. E ela já ganhou competições internacionais de boxe)

(…)

— Alface, eu odeio você. (Ele estava todo roxo, cheio de marcas eu o olhei e ri)

— Quem é a princesinha agora?

— Desculpa. (Ele disse para a Mary)

— Acho bom! Iris! (Ela olhou para Iris chegando eu a olhei e respirei fundo)

— Já se meteu em confusão de novo? (Eu disse grossa)

— Relaxa, aí. Foi na aula de luta livre.

— O que aconteceu? (Alexy aparecendo) Por que sua orelha está assim? (Estava com uma gaze branca tapada)

— Eu era a única mulher da luta livre e acabei batendo em todos eles.

— Quantos? (Mary)

— Uns vinte e três. Levei pontos na orelha.

— Você está bem?! (Alexy)

— Estou orgulhosa de você! (Mary a abraçando)

— Não me aperta muito não.

— Você não vai lutar hoje, né?! (Alexy)

— Por que não?!

— Vai pra casa, Iris. Você tem muitos roxos para cuidar. (Eu disse)

— Eu quero lutar.

— Você está com pontos na orelha.

— E você com o pulso torcido.

— Você vai para casa descansar, Iris. Cadê a Laís?

— Foi pra casa de uma amiga dela.

— Ambre me ligou, maninha. Vou pegá-la na casa dos pais. (Eu assenti e ele saiu deixando Alexy e Armin a pé)

— Eu vou com a Iris pra casa, vou ajudá-la a cuidar das feridas.

— Eu vou também. (Mary)

— Vocês são alguma coisa por acaso?! (Alexy)

— A gente namora. (Mary)

— Só temos um lance. Bora logo, Alexy. (Ela chamou o Alexy e eles foram pra minha casa)

Eu dei aula e depois fui pra casa e o Armin me acompanhou em tudo, conversamos um pouco sobre minha vida a dele, mas não muito. Nós chegamos a minha casa e a Iris estava dormindo e o Alexy jogando.

— Qual o problema? (Armin) Você só joga quando tem muita coisa na cabeça.

— Ela é o problema.

— O que ela fez? (Eu perguntei)

— Eu também não sei o que essa criatura fez comigo! (Eu o olhei) Eu gosto dela Armin! Mas eu não quero! (Ele fez drama) Eu gosto de homens, não de mulheres! Mas… eu também gosto dela. Eu nem sei como pegar numa mulher! (Armin riu)

— Você pode deixar o seu drama pra fora da minha casa?

— Mas você é mulher Serena! E é amiga dela! Me ajuda!

— E o que você quer que eu faça?!

— Eu quero que você me arranje um homem gostoso, com barba, malhado, com tatuagens e que vá me fazer esquecer essa garota!

— Tenho cara de site de relacionamentos?!

— Serena! Eu fiquei com ciúmes quando ela disse daquela loirinha lá. A Iris disse que ela beija muito bem e que tem um batom de coco queimado que ela ama, e disse que hoje no primeiro dia dela, ela pegou a namorada de um dos caras de luta livre e por isso que ela brigou com eles. Eu perguntei como ela era, e ela disse que era muito gostosa! Armin eu não entendo disso me ajuda!

— Para de melodrama Alexy! Por que vocês não vão para o hotel em que estão, hein?! Seu irmão também está todo quebrado.

— Só se você me arranjar um encontro com um dos seus alunos.

— Não vou incomodar meus alunos com isso.

— Alface, ajude-o. É horrível você gostar de alguém que não deveria. (Ele ficou me olhando)

— Isso quer dizer alguma coisa?

— Não! Claro que não! (Eu revirei os olhos e liguei para o Castiel)

— Oi, gata.

— Me dá o telefone do Hélio.

— Hum… Por quê?

— Alexy quer sair com um cara. E ele é o único que conheço.

— Acho que ele está namorando, gata.

— Me dá assim mesmo, e eles conversam.

— Tá. (Ele me deu) Gata…

— Oi.

—… eu fiz uma coisa errada. E queria que você soubesse por mim?

— O que é? Me traiu?

— Eu disse pra Ambre que sou apaixonado por ela.

— Eu já esperava isso, Castiel.

— Me desculpe.

— Tudo bem. Só não magoa meu irmão.

— Não vou. Nem você.

— Relaxa, talvez eu não esteja tão sozinha quanto eu penso.

—… Você está falando do MIT, não é?!

— Sim.

— Sério?! Esse cara! Ele está tentando te roubar de mim desde que chegou.

— Mas não foi ele quem destruiu um casamento.

— Gata… Nós terminamos, mas eu ainda sou seu dono.

— Quem disse?

— Eu! (Ele riu) Não esquece de mim, gata.

— Eu não vou. Nunca fiquei cinco anos com ninguém.

— Me diz a verdade. Você não me amou?

— Eu acho que sim…

— Eu também amei você.

— Eu sei. Ninguém iria me aturar cinco anos se não me amasse. (Ele riu)

— Ah! Seu irmão… Será que ele vai ficar bem?

— Não. Na verdade ele vai chorar pra caralho!

— Ele nunca vai me perdoar.

— Vai sim. Um dia ele vai.

— Eu espero que sim.

— Tchau…

— Tchau…

Nós desligamos e eu respirei fundo. Filho da puta! Destruiu um casamento em menos de uma semana. Eu voltei para a sala…

— O telefone do Hélio. Cadê ele?

— Acho que ele não vai mais precisar.

— Cadê a Iris?

— Ela acordou e disse que nós estávamos falando alto então ela foi para o seu quarto e depois o Alexy foi lá ver se ela estava bem.

— Aqueles dois estão no meu quarto! (Eu fui à frente, mas a porta estava entreaberta então antes de entrar eu os vi sentados conversando)

—… te contar uma coisa… (Ele disse)

— Eu ouvi.

— Ouviu?

— Ouvi… Você está a fim de mim.

— É… é estranho. Eu não sei como agir.

— É… Você quer pegar um monte de gente pra ter certeza que aquele sentimento de está gostando de uma pessoa que não deveria é errado.

— Sim… Eu nem sei como é namorar uma mulher.

— É normal. (Ela riu) Algumas são cheias de frescuras, outras são fofas, outras fingem que são fortes, outras são realmente fortes. Umas são românticas outras não. Mas todas são lindas. Corpos lindos. Com algumas, você precisa ir mais devagar, sabe?! Outras gostam quando as coisas são mais rápidas.

— Por que eu me sinto estranho ao te ouvir falar isso?

— Eu não sei.

— Como é ter um relacionamento com alguém do sexo oposto?

— Eu não sei também. (Eles sorriram)

— Iris… Por que estando aqui com você isso parece ser tão certo, mesmo sendo errado?!

— Por que precisa ser errado?!

— Porque eu gosto de homens e você de mulheres. Eu nem sei como é tocar num corpo de mulher, eu quero dizer o sentimento. Tudo o que sei é pelo que minhas amigas contam. Mas eu não sei fazer isso.

— Eu também não. E você é bem mais velho do que eu.

— Sim. Mas eu… (Ele abaixou a cabeça e ela levantou a cabeça dele e sorriu o beijando. Eu achei melhor intervir, mas pensei melhor) Eu estou com medo.

— Eu também.

— É a minha primeira vez com uma mulher. E se eu não souber o que fazer?

— É a minha primeira vez com um homem também, Alexy.

— É como se fossemos virgens. (Eles riram)

— É… Vamos só vê se rola ou não. (Ele a olhou e assentiu e eles se beijaram de novo. Eu respirei fundo e fui em direção à porta)

— Aonde vai? (Armin perguntou)

— Deixar esses dois se entenderem.

(…)

Nós fomos para a praça e nos sentamos na enorme escadaria que tem lá, já que a praça é embaixo e em volta de toda ela é uma enorme escadaria.

— Por que dessa cara?

— Terminamos. Castiel e Ambre se assumiram.

— Não vai ter mais casamento?

— Não.

— Em menos de uma semana!

— Pois é. Parece que vir pra cá destruiu a vida de todo mundo.

— Nem todos… Já que você não está mais presa a ninguém… Alface, eu gosto de você, gosto muito, desde a adolescência. (Eu o olhei e ele me beijou)


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