Uma mestiça em Hogwarts. escrita por Isa or Bela


Capítulo 4
Capítulo 4 - Novas amizades & Vingança.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal,

Me desculpem pelo atraso, mas meu Nyah teve um problema para postar e, para piorar, eu tive um bloqueio criativo que durou umas duas semanas. Espero que me entendam, e acredito que irão, porque vocês são leitores maravilhosos.

Hey, apesar da fanfic não ser estilo ''+ comentários = +capítulos'', eu adoraria que vocês comentassem o que acham da história.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/692375/chapter/4

As lágrimas salpicavam abaixo de seus olhos claros, a luz que sumia aos poucos deixava o corredor escuro o suficiente para ninguém conseguir enxergar a garota que agora permanecia encostada em uma parede com vários quadros postos ao seu lado. Embora os quadros sussurrassem entre si, Mareena Watson podia ouvi-los da distancia que estava.

— O que ela tem? — perguntou um quadro para o outro sem tirar os olhos da loira.

— Eu não sei, devemos perguntar? — agora foi um homem que falou enquanto se ajeitava na cadeira pintada, assim como ele.

— Não, ela não vai nos responder. — deu de ombros.

E ela não iria mesmo. Em um momento como aquele, Mareena desejava ficar sozinha, mas era impossível, já que tudo tinha vida naquele castelo, desde as árvores até as pinturas expostas em todos os cantos. Mareena não se surpreenderia se as paredes ou até mesmo o chão começassem a falar daqui a pouco, assim que começará a se irritar, Mareena se afastou enquanto sentia o suor escorrendo sob sua face pálida, pensando se seria uma boa ideia inventar uma doença qualquer para faltar na aula de poções que seria com a Sonserina. Quando estava próxima do sexto andar, a loira ouviu alguém a chamando, e não demorou muito para reconhecer a voz e limpar seus olhos na pressa antes de virar-se para o garoto. Mas ele não estava sozinho, ele tinha a companhia de outros dois garotos um pouco mais baixo que ele.

— Ah, Potter. — Mareena murmurou desgostosamente o sobrenome do garoto que infernizará a vida de seu amigo. Não, amigo não. Ex-amigo — O que você quer?

— Ouvimos dois quadros no primeiro andar falando sobre uma garota da Grifinória que estava chorando no corredor. — explicou James dando de ombros — Sabe, você não deveria se surpreender por isso, é absurdamente comum boatos se espalharem rapidamente no castelo. Mas parece que não é apenas um boato. — murmurou o garoto de cabeleiras desarrumadas para Sirius Black, que permanecia quieto enquanto encarava Mareena.

— Não estou surpresa, Potter. — rosnou — Você não acredita nas coisas absurdas que já ouvi a seu respeito, embora eu acredite que tudo que falam sobre você é verdade.

— Assim você me ofende, Watson. Mas uma pequena pergunta: Por que você estava chorando? — sorriu enquanto dava poucos passos para ficar de frente para a menina loira, que fora obrigada a erguer sua cabeça para que pudesse encarar seus olhos castanho-esverdeados.

— Como se eu fosse te contar. — disse enquanto semicerrava seus olhos — Cadê aquele seu amigo Lupin?

— Desapareceu durante o almoço. — dessa vez quem falou foi Sirius.

— Ele sumiu embaixo de seus olhos, e mesmo assim vocês não o viram? — perguntou abismada.

— Sim. — respondeu Peter, mas o olhar dos três garotos sobre ele fez com que seu sangue subisse para sua face e começasse a corar.

— Isso não importa agora, Peter, ela só quer mudar de assunto para não precisar responder a nossa pergunta. — murmurou James enquanto desarrumava suas madeixas negras como ébano — E para seu grande prazer, Watson, eu te perguntarei novamente: Por que você estava chorando?

Mareena parou para pensar por alguns milissegundos, ela sabia claramente o que iria acontecer se não respondesse sua pergunta, ele simplesmente encheria seu saco até que ela abrisse a boca. Após algum tempo de puro silencio, ela respondeu:

— Ótimo, eu falo. — James abriu um sorriso vitorioso que encheu a loira de raiva — Foi Severus, está satisfeito?

— Ranhoso? — a menção daquele apelido ridículo fez os pelos de Mareena se arrepiarem — Por que ele te faria chorar?

— Porque eu ouvi ele falando algo para um menino da casa dele. — disse de mal jeito — Eu ouvi ele falando para um tal de Igor Karkaroff, acho que é assim seu nome, que só andava comigo e com... — suspirou — Lily por pura pena.

— E ele falou isso na sua cara? — perguntou Sirius surpreso, que fez Mareena revirar os olhos.

— Claro que não. Se tivesse, ele estaria me perturbando até agora. — murmurou.

— Isso faz sentido. — falou James.

— Claro que faz, ela é a garota mais inteligente do nosso ano. — sorriu Sirius para o melhor amigo.

— Não era a Lily? — falou o garoto baixinho de cabelos cor de palha e gorducho, fazendo Mareena abaixar a cabeça e suspirar enquanto sentia um aperto em seu peito. Pensar em Lily as vezes doía, principalmente em um momento como aquele, que ela precisava ignorá-la o máximo possível até formar um plano.

— Claro que não/ Claro que sim. — falou Sirius e James juntos, obrigando Mareena á erguer sua cabeça assustada — Agora continue sua história, Mareena. — completou Sirius olhando para a menina, que demorou alguns segundos para perceber que o silencio tinha desaparecido e agora restará os três garotos curiosos que não paravam de encará-la sem piscar enquanto estudantes da Lufa-lufa atravessavam o corredor encarando o trio e conversando entre si.

Demorou alguns segundos para Mareena ter certeza que eles tinham se afastado o suficiente e voltar o olhar para seus colegas da Grifinória, soltou um longo suspiro e contou tudo que aconteceu deste que deixou o corredor do segundo andar até encontrá-los perto dos quadros.

— Então é isso, podem sair correndo e espalhar pra escola inteira o que aconteceu. — disse friamente enquanto dava as costas e saia andando enquanto deixava o trio sozinho no meio do corredor.

— Espere! Espere! — a loira parou assim que sentiu seu pulso sendo agarrado e virou seu corpo em direção ao garoto. Sirius. — Olhe, desculpe-nos por tudo que te fizemos, sabe... Você não é chata, nem a Lily, mas sabemos que você está mal por causa de sua briga com o Ran... Snape e por isso vamos te ajudar.

— Me ajudar como? — perguntou Mareena com a sobrancelha arqueada e os lábios pressionados um no outro, não podia negar que estava curiosa ao extremo.

— Oras, uma vingança, é claro. — completou James com um sorriso maroto que deixava Mareena enraivecida — O ranhoso precisa pagar por ter te magoado, não concorda Peter? — perguntou o garoto de cabelos negros e óculos de lentes redondas quando virou sua cabeça e encarou o amigo com a testa franzida.

— S-sim, é c-claro. — concordou Peter sem entender muito bem o que estava acontecendo entre os três garotos, então Mareena não acreditou muito nas suas palavras.

— Não podemos confiar muito no que Peter fala, mas... Argh, eu sinto que vou me arrepender, mas tudo bem. Eu aceito. — bufou Mareena.

— Ótimo, eu e Sirius veremos o que vamos fazer contra o ranhoso. — sorriu James vitorioso saindo andando com os dois amigos, enquanto Mareena se mantinha fixa ali, pensando se era uma boa ideia aceitar essa vingança.

***

Estava próximo do jantar quando Lily saiu das masmorras ao lado de Severus, a jovem se mantinha silenciosa enquanto andava, pensando onde estaria Mareena naquelas horas, já que a ultima vez que viu a loira foi quando James Potter e Sirius Black atacaram Severus depois do almoço.

— Eu estou te dizendo, Lils, eu vi ela na ala hospitalar e depois ela simplesmente... sumiu. — sussurrou Severus, ele conhecia seus colegas, ele sabia da fama dos alunos de espalhar tudo que ouviam nos corredores.

— E depois? — perguntou a ruiva curiosa.

— Então eu fui liberado, busquei minha capa no meu dormitório, voltei para a ala hospitalar e ela não estava mais lá. — deu de ombros encarando todas cabeleiras loiras que passavam por eles.

— Talvez ela tenha ido atrás de você. — sugeriu Lily, o que fez o corpo de Severus se estremecer e arregalar os olhos — Sev, está tudo bem?

— Sim, sim. Bom, respondendo sua pergunta, acho difícil que ela tenha ido atrás de mim, porque eu teria visto ela. — mentiu pensando na possibilidade de Mareena ter ouvido sua conversa com Igor e no possível fim de sua amizade com ela se isso fosse verdade.

— Ah, eu não sei Sev... Mareena é um paradoxo, entende? Eu nunca sei o que ela está pensando ou o que ela vai fazer. — sussurrou Lily.

— Eu... Eu entendo. — respondeu Severus começando a pensar na loira que conhecia desde seus nove anos. Ele nunca soube nada a respeito de sua infância ou até mesmo de sua família até a entrega das cartas de Hogwarts, ele nunca teve problemas com isso antes, até aquele momento — Mas de qualquer forma, nós a veremos na aula de poções, porque é conjunta com a Grifinória e eu acho muito difícil ela faltar na aula.

E assim aconteceu. Quando os dois amigos passaram pelas portas da sala de poções que ficava na ala mais fria das masmorras, eles logo avistaram Mareena próxima de um caldeirão sussurrando algo com James Potter e Sirius Black, o que foi uma total surpresa para o Sonserino e para a ruiva. Após uma breve troca de olhares, os dois primeiranistas se aproximaram do quarteto, que por algum motivo, não estava acompanhado de Remus Lupin. Assim que sentiram sua presença, Mareena, James e Sirius olharam para Severus e Lily, que observavam eles juntos sem entender nada.

— Mare? O que você está fazendo aqui com... — Severus olhou para James, Sirius e Peter com puro nojo e desprezo — eles?

— Não seja grosseiro, Sev. — sussurrou Lily ficando na ponta dos pés e falando próximo ao ouvido do garoto de cabelos oleosos.

— Oi, Lírio. — sorriu James para a ruiva.

—É Evans, Potter. Evans. — grunhiu, o sorriso de James desapareceu —Mas não importa, você vem conosco ou não? — perguntou olhando exclusivamente para Mareena, que encarava seus sapatos pretos e engraxados.

— Hum... não. — respondeu a loira evitando olhar nos olhos de Lily — Na verdade, será que podemos conversar a sós rapidinho?

— Ah, está bem. — sorriu Lily pensando na possibilidade de ter finalmente uma explicação vinda da melhor amiga, olhou para Severus e com um aceno de cabeça se afastou dos quatro garotos enquanto seguia até o canto da parede, onde ninguém poderia ouvi-las — Mare, você está bem?

— Sim, só que eu estive pensando em algumas coisas esses dias. — começou, mas continuou antes que Lily pudesse abrir a boca para falar algo — E, sabe, eu acho melhor nos afastarmos por um tempo.

— O que? Por que? — perguntou Lily com os olhos arregalados.

— Porque... — olhou ao redor — Estamos em um lugar novo, com pessoas novas, deveríamos fazer amizades com outras pessoas e esquecer o passado. Sabe? O passado é nossa amizade.

— Eu... eu entendo. — sussurrou Lily pressionando seus lábios um contra o outro segurando as lágrimas que se acumulavam embaixo de seus olhos verdes e brilhantes — Severus! — o garoto tirou sua atenção dos dois arquinimigos e olhou para a ruiva — Vamos achar nossos lugares, sim? Tchau, Mareena. — e se afastou enquanto Mareena se aproximava novamente dos dois amigos sem olhar para trás.

— Então? Como foi? — perguntou Sirius olhando para Mareena e depois para Lily e Severus que conversavam com uma garota morena desconhecida pra ele.

— Difícil. — deu de ombros enquanto se sentava de frente para o caldeirão de estanho.

— Eu ainda não entendi o porque de você ter feito isso. — disse James.

— Mesmo que ele seja um mentiroso e traidor, Lily precisa mais dele do que eu. Eu posso ficar muito bem sem ele, afinal, eu tenho vocês. — falou Mareena olhando por cima do ombro Severus e Lily enquanto o professor não chegava — Ela não tem ninguém, apenas as colegas de quarto e uma irmã que a inveja.

— Se ela precisa de alguém, por que o Ranhoso e não você? — Peter arqueou a sobrancelha.

— Porque eu não consigo olhar para a cara dela sem pensar no que ela disse e eu não vou cont... — começou, mas antes que pudesse continuar, Horace Slughorn apareceu usando vestes verde vibrantes e um pequeno chapéu preto sob sua careca, embora deixasse fiapos prateados para fora do acessório. — Depois eu continuo. — disse Mareena, James e Sirius se encararam e sentaram ao seu lado junto de Peter, que demorou alguns segundos para notar a presença do professor.

— Muito bem, vejo que já estão em seus lugares, ótimo. A poção do dia é muito simples, só irão precisar... — Prof° Slughorn bateu a varinha no quadro esverdeado e letras brancas apareceram enfileiradas no mesmo, o homem colocou o objeto mágico em cima de sua escrivaninha e voltou o olhar para a imensidão de alunos curiosos. — seguir esses passos, todos os ingredientes necessários estão postos naquele armário. Boa sorte. — o homem se sentou e observou os alunos se levantaram e seguirem até o objeto empoeirado cheio de frascos.

Assim que voltou para seu lugar junto de James e Sirius, Mareena deixou os mesmos em cima do balcão enquanto folheava o livro novo a procura da poção dita pelo professor: A poção do Sono simples. Quando achou a receita na página oito, Peter já tinha voltado da enorme fileira de frente para o armário com dificuldade enquanto tentava segurar nos braços pequenos e gorduchos os ingredientes, ele largou tudo ao lado de seu caldeirão de estanho com ajuda de Sirius e abriu um sorriso pequeno e amedrontador aos olhos da loira. Mareena olhou para os lados e curvou-se para James e Sirius, que não demoraram para encará-la com expressões confusas.

— Se for para fazer aquela vingança, eu espero que vocês não arrumem uma detenção no dia. — sussurrou franzindo a sobrancelha.

— Relaxe Mare, não faremos nada estúpido que possa comprometer a.. hum... brincadeirinha. — James sorriu marotamente.

— Eu espero. — respondeu de volta enquanto ajeitava a postura e começava a ler a receita — Bom, parece bem simples.

Mareena agarrou a jarra com um litro de água e despejou no caldeirão, acendeu o fogo e esperou a água ferver enquanto separava as cem gramas de sanguinária. Assim que a água ficou pronta, Mareena jogou a erva no líquido, e em seguida, as duzentas gramas de garra de frio em pó, começando a mexer a poção até ela ficar meio acinzentada. Deixou a colher em cima do balcão e colocou o sangue de salamandra no caldeirão, deixando de lado a poção por três minutos até cozinhar perfeitamente. Enquanto isso, Mareena observava Sirius e James preparando suas próprias poções, que finalmente atingiam o tom cinza, porém, a poção de Peter estava azul-celeste.

— Peter? — Mareena chamou a atenção do garoto gorducho, que ergueu a cabeça e encarou a nova amiga — Você precisa colocar a garra de grifo para ela ficar cinza.

— Eu sabia que estava faltando algo. — respondeu Peter enquanto jogava as duzentas gramas no caldeirão, começou a mexer e finalmente o líquido ficou enegrecido — Obrigado, Mareena.

— De nada. — sorriu, voltando seu olhar para a poção. Despejou a poção inteira em um recipiente e começou a coá-la após desligar o fogo.

Assim que terminou de coar, Mareena devolveu a poção para o coador e acendeu o fogo novamente, jogando as cem gramas de beladona em seguida. Acrescentou oito gotas de xarope de heléboro, não demorando para atingir a cor ocre, que era entre laranja e marrom, pegou a colher de madeira e mexeu a poção no sentido horário, e em seguida, no anti-horário. Após alguns minutos, a poção ficou amarelo-claro, assim como dizia no quadro, significando que já estava pronta. Limpou o balcão e guardou o resto dos ingredientes no armário, voltou para seu lugar e viu a poção de James e Sirius, que já atingiam a cor similar da poção de Mareena, já o caldeirão de Peter estava cheio de poção azul. Para o horror de Peter, o Prof° Slughorn começará a passar entre os alunos olhando o resultado de suas poções, ele soltou um olhar frio para o caldeirão de Peter e seus olhos brilharam ao ver o caldeirão de James, Sirius e Mareena, dizendo:

— Ah, vejam! Perfeito, perfeito. Essas poções estão perfeitas, trinta pontos para a Grifinória pelo preparo. — Mareena sorriu alegremente para James e Sirius, que retribuíram orgulhosos. — Muito bem alunos, podem encher seus frascos com a poção e não se esqueçam de anotar seus nomes no pergaminho que virá com o frasco. — respondeu Horace, a bruxa encheu o frasco com a poção amarelada e fechou-o com uma rolha, prendeu o pergaminho no objeto de vidro e assinou com a pena seu nome ''M. Watson'' no mesmo, colocou-o na mesa do professor e saiu junto dos amigos.

— Cadê Remus, afinal? Ele não aparece nas aulas faz dois dias e nem mesmo está na Ala Hospitalar. — perguntou a loira enquanto seguia apressada os passos largos dos dois garotos de cabeleiras negras.

— Espera. — James parou de andar de repente, fazendo com que Peter batesse de cara no seu braço e cambaleasse para trás — Você está dizendo que Remus não está na Ala Hospitalar?

— Não, ele não está. Eu sei, eu acompanhei Sev... Ranhoso até o local e ele era o único paciente lá, a ala hospitalar estava praticamente vazia, só tinha a Madame Pomfrey arrumando umas poções e... — antes de terminar sua frase sobre a visita, James e Sirius saíram correndo até a saída da masmorra, sem hesitar, Mareena olhou para Peter e correu atrás deles enquanto sentia sua costela ardendo, só parou de correr quando chegou nas escadarias do quarto andar — P-porque v-você f-fez is-isso? — gaguejou Mareena enquanto respirava profundamente para puxar ar para seus pulmões, suas costelas ardiam e curvou a coluna tentando manter sua respiração estável. — Ótimo, perdemos Peter de vista. — murmurou.

— De boa, depois ele nos encontra na ala. — Sirius de ombros enquanto seguia ao lado de James até o fim do corredor, onde ficava a ala hospitalar, chegaram no mesmo e deram de cara com a porta fechada — É melhor batermos nela antes de entrar, Andie disse que a Madame Pomfrey odeia que entram na enfermaria sem bater. — James concordou com a cabeça e bateu com o punho duas vezes na madeira antes de segurar a maçaneta e empurrar a porta para frente, deixando a mostra o lugar arejado com cheiro de produtos tóxicos.

O trio adentrou o local e caminhou entre as camas á procura de alguém, mas nada. O lugar estava vazio, até a Madame Pomfrey tinha sumido. Assim que tiveram certeza que tinham procurado pela ala inteira, James virou-se para Mareena, que alisava as mãos na saia de pregas cinza.

— Você estava certa, Remus não está aqui. — comentou.

— Será que ele estava tão doente que foi transferido para o St. Mungus? — perguntou Sirius olhando ao redor.

— St. Mungus? — estranhou Mareena — O que é St. Mungus?

— Você não sabe o que é o St. Mungus? — Sirius ficou boquiaberto com a revelação.

— Cara, eu acho que ela é nascida-trouxa. — sussurrou James para o Black.

— Ah, bem... St. Mungus é um hospital, o nome completo é St. Mungus para Doenças & Acidentes Mágicos. — explicou Sirius — Dê graças a Merlin por nunca ter parado lá. É horrível.

— Hum... certo. — deu de ombros — Mas vocês acham mesmo que ele foi parar no St. Mungus? — perguntou preocupada.

— Eu não sei, talvez. — disse James — Ah, Peter. Onde você estava, afinal? — perguntou assim que avistou Peter Pettigrew correndo até o trio com as bochechas avermelhadas e fios de suor escorrendo sob seu rosto.

— E-eu ouvi dois garotos da S-Sonserina falando da Mareena. —gaguejou o garoto.

— Falando de mim? Por que? — perguntou arqueando a sobrancelha.

— Pa-parece que descobriram que você estava chorando no corredor. — respondeu — E estavam te zoando.

— Isso não tem importância para mim, sonserinos são imaturos. Crianças. — Mareena revirou os olhos.

— Ah, okay. — Peter deu de ombros.

— De qualquer forma, eu preciso passar no meu dormitório. Tenho que terminar um trabalho de transfiguração. — Mareena saiu da ala hospitalar, sendo seguida pelos garotos até a sala comunal da Grifinória. Assim que chegou no retrato da mulher gorda, falou a senha — Cabeça de Dragão. — adentrou e subiu até o dormitório feminino, mas antes que pudesse continuar seu caminho, ouviu um grito e virou seu corpo, vendo James e Sirius caídos com um Peter vermelho rindo — O que aconteceu?

— Nós... nós tentamos subir essa escada maldita, mas ela ficou lisa e... bem... você está vendo. — Sirius segurava seu joelho com força enquanto girava no chão rosnando de dor — Faça essa dor parar.

— Oh.. Certo. — Mareena andou de um lado para o outro pensando no que poderia fazer para a dor deles sumir, até que teve uma brilhante ideia — Ah, já sei. — a loira correu até seu dormitório e mexeu na mala até achar um frasco com líquido prateado, voltou para o salão e correu até os garotos, se ajoelhou entre eles e retirou a rolha de cortiça, deixou de lado e despejou uma gota de poção nos lábios de James e Sirius, que abriram os olhos após alguns segundos — Melhorou?

— Muito, o que é isso? — perguntou James encarando o recipiente de vidro na mão da loira.

— Nada de mais, apenas uma poção que o poção que o Prof° Slughorn me emprestou na primeira semana de aula para me ajudar com as dores no braço. — deu de ombros, guardando o frasco já preso com a rolha no bolso — Agora que os dois estão bem, eu vou pegar meu pergaminho onde anotei o trabalho. — Mareena se levantou e subiu as escadarias novamente, guardou o frasco da poção entre meias brancas e pegou os pergaminhos, guardou na sua bolsa do colégio e saiu, encostou a porta e parou na escada quando viu Sirius acariciando uma gata de pelo branco e olhos azuis — Geórgia. — sorriu, chamando a atenção dos três garotos.

— Quem? — perguntou Peter olhando ao redor.

— Essa gata, ela se chama Geórgia. — apontou para a felina — Ela é minha, e eu não a vejo faz muito, muito tempo. — caminhou até a gata e acariciou atrás de sua orelha, fazendo o bicho ronronar com seu toque.

— Geórgia? Que nome é esse? — perguntou James.

— É um estado dos Estados Unidos. — explicou — Eu sempre quis visitar a América, e a Geórgia é o mais próximo que eu consegui de ir para lá.

— Ah, entendi. — Sirius tirou sua mão da gata, que bocejou e deitou no colo de Mareena, caindo no sono — Eu gosto de gatos, embora eu prefira cães.

— Sério? Bom, você pode ficar as vezes com a Geórgia, não tem problema. — Mareena deu de ombros — Vamos agora? — perguntou olhando para James e Peter simultaneamente.

— Tudo bem. — Geórgia pulou para fora do colo da loira e ela saiu da sala comunal junto dos três amigos.

***

Remus caminhava pelos corredores mancando, fazia quase cinco minutos que tinha saído da ala hospitalar e agora andava até seu dormitório. Remus tinha ficado quase uma semana fora do castelo, o que significa que ele tinha perdido todas tarefas e novidades. Assim que chegou no sétimo andar, Remus avistou o fantasma Nick-quase-sem-cabeça caminhando com uma fantasma sob o corredor, ele parou de andar e ficou flutuando encarando o primeiranista que ainda mantinha as cicatrizes no rosto e novas cobertas pela camada de roupas limpas e fechadas do colégio.

— Ah! Olá, Remus. — Nick disse com um pequeno sorriso.

— Oi Nick, você poderia me dizer onde está James, Sirius e Peter? — perguntou olhando ao redor a procura dos amigos.

— Eu vi eles com uma garota na sala comunal da Grifinória. — respondeu.

— Tudo bem, muito obrigado. — agradeceu passando ao lado do fantasma e seguindo até o quadro da mulher gorda, que estava no lugar de sempre — Bom dia.

— Bom dia, senha? — perguntou a Mulher Gorda.

— Ah, eu ouvi no hall um menino da Grifinória falando, é... — tentou se lembrar — Cabeça de Dragão. — Mulher Gorda foi para o lado e a porta abriu-se, Remus adentrou a sala comunal e sentiu todos os olhares virando-se para ele. Remus fechou a porta e subiu as escadarias para seu dormitório, empurrou a cabeça e congelou ao ver Mareena sentada na cama de James conversando com o mesmo, Sirius e Peter — O que ela faz aqui?

— Ah, Remus. — sorriu Mareena — Onde você estava? Estivemos preocupados.

— Eu estive... — começou — Doente. — Mareena trocou olhares com James e Sirius — O que houve?

— Bem, você não estava na Ala Hospitalar. — James deu de ombros.

— Eu fui transferido para o St. Mungus. — explicou.

— Ah, tudo bem. — falou Sirius — Mas você não vai acreditar no que aconteceu essa semana.

— O que? — perguntou Remus tirando sua gravata e jogando em cima da cama com dossel vermelho fechado.

Sirius se sentou ao lado de Remus e começou a contar tudo que aconteceu naquela semana, a azaração no Ranhoso, a traição do mesmo, o começo da amizade deles com a Mareena... Ele não deixou passar nada, e muito menos deixava Remus abrir a boca para falar algo.

— E agora estamos armando nossa vingança contra o Ranhoso. — completou James.

— Vingança? — Remus olhou para Mareena com a sobrancelha arqueada — Você aceitou isso?

— Bom, eu sabia que eles iriam me encher até que eu aceitasse, então... sim. — Mareena sorriu assim que Remus começou a rir do seu comentário.

—Faz sentido. Vocês já sabem o que vão fazer contra ele? — perguntou olhando para James, Sirius e Peter, que sorriam marotamente.

— Sim, e é um plano incrível. — falou Sirius — Mareena ainda não sabe o que é, mas vai descobrir essa noite.

— Essa noite? Por que essa noite? — Mareena desviou o olhar do Remus para Sirius curiosa.

— Oras, Mare, pensei que você fosse mais inteligente. — James sorriu — Não vamos fazer a vingança de tarde, precisamos de todos dormindo para armar tudo.

— Tudo bem então. — deu de ombros, mas ainda curiosa com o que eles armaram.

— James? — chamou Peter — O terceiro ano já está indo para Hogsmeade.

— Perfeito. — sorriu James — Daqui duas horas vamos pegar a finalização da vingança.

Mareena suspirou e molhou a pena na tinta, voltando a anotar no pergaminho a tarefa de poções.

— Hum... Mareena? — sussurrou Remus, Mareena olhou para ele — Você pode me passar depois a matéria dessa semana?

— Claro. — sorriu — Sem problemas.

— Obrigado. — agradeceu.

— Sabe, você não precisa me chamar de Mareena. Meu nome completo é Mareena Mary Watson, mas pode me chamar de Mare, igual James e Sirius.

— Mare? Mare é estranho. Eu gosto de Mary, vou te chamar de Mary. — respondeu Remus.

— Oh, tudo bem. — falou.

— Não tem uma garota do nosso ano chamada Mary Macdonald? — perguntou Sirius.

— Sim, ela é da nossa casa, e é amiga da... — suspirou Mareena — Lily.

— Ah. — abaixou a cabeça envergonhado, o trio tinha aprendido que não devia mencionar o nome da Lily perto da Mareena devido aos últimos acontecimentos.

— Mas isso não é importante. — balançou a cabeça — Aqui estão os pergaminhos, Remus. — Mareena entregou os mesmos para o garoto das cicatrizes, que agradeceu e começou a copiar com sua letra as perguntas e resumos feitos pela garota — Porra. — murmurou Mareena quando uma enorme coruja jacurutu entrou no quarto batendo as asas enormes e com uma carta presa na pata, James correu até ela e desamarrou a carta, rasgando o envelope com força enquanto tentava ler na pressa o que estava escrito — De quem é essa carta?

— De um amigo meu do terceiro ano, ele disse que vai trazer por duas corujas a finalização da vingança. — sorriu maldosamente para Sirius — E quando ele trazer, nós podemos finalmente começ... — começou, mas antes que pudesse terminar duas corujas das neves apareceram carregando uma enorme caixa embrulhada em papel vermelho e dourado, as corujas pararam na frente de Mareena e deixaram o pacote ali, saindo voando em seguida — Isso, perfeito. — James pegou a caixa e guardou dentro de um malão embaixo de sua cama, trancou com um feitiço e ou até a porta, virando a cabeça para encarar os quatro amigos. — Então, vamos?

***

O sol já tinha se posto, o som das corujas piando tinha desaparecido e os corredores estavam escuros, estando apenas a presença do poltergeist Pirraça que flutuava de um lado para o outro seguindo o zelador Argus Filch. Quando deu onze da noite, James, Sirius, Remus e Peter saíram do dormitório lentamente, Frank Longbottom ainda dormia quando eles encostaram a porta na esperança de manter o silencio que ali reinava. Quando desceram as escadarias na ponta dos pés, o quarteto não demorou muito para encontrar Mareena, que estava sentada em uma poltrona próxima a lareira vestindo um robe rosa e pantufas cor creme, a loira virou a cabeça e suspirou ao ver os garotos, ajeitando suas vestes de dormir antes de se levantar e perguntar:

— Estão prontos? — concordaram com a cabeça — Então vamos, espero que tenham se esquecido de nada. Ah, espera. — Mareena retirou a varinha de castanheira do robe e murmurou um feitiço —Lumus — a luz amarelada na ponta da mesma, iluminando seu caminho enquanto empurrava a porta atrás do quadro e saia sendo seguido pelos amigos.

— Espero que Pirraça não esteja brincando pelos corredores dessa vez. — murmurou Sirius para James, que concordou com a cabeça — Argh, odeio ele e...

—O que vocês estão fazendo aqui fora essas horas? — uma voz feminina soou no ouvido do quinteto, os cinco se viraram ao mesmo tempo e encararam Lily parada com o robe preto e as madeixas ruivas presas em um coque — Hein?

— Eu esqueci meu livro de transfiguração na sala de poções. — mentiu Mareena com a sobrancelha arqueada.

— E por que eles estão indo com você? — perguntou Lily encarando James, Sirius, Peter e parando no Remus com cenho franzido.

— Porque somos amigos dela, e nós nunca abandonamos nossos amigos. — disse James antes que Mareena pudesse abrir a boca para responder, fazendo Peter e Remus balançar a cabeça concordando.

— Se você não tiver outra pergunta, nós estamos indo. — respondeu Sirius segurando o pulso de Mareena e a arrastando até a entrada das masmorras junto de James, Remus e Peter, deixando Lily para trás —Por que raios você andava com aquela enxerida? — sussurrou para a loira.

— Eu... eu não sei, acho que era o costume. — deu de ombros sem se importar com Sirius ofendendo Lily, caminhou até a entrada das masmorras e desceu as escadarias de pedras sem fazer qualquer ruído — Não façam nenhum barulho. — murmurou apontando a varinha para o caminho que seguiriam, iluminando o corredor enquanto passava pela sala de poções e parando de frente para uma parede de pedras — É aqui?

— Sim, eu e Sirius seguimos um terceiranista da Sonserina até aqui e ele falou a senha para essa parede. — falou James

— Ah, certo... — murmurou Mareena — Então, qual é a senha?

— Puro-Sangue. — falou Sirius, a parede de pedras foi pro lado, mostrando uma sala escura e de paredes de pedra e lâmpadas verdes circulares pendendo o teto, havia uma lareira posta próxima á largas janelas e as mesmas escadarias para os dormitórios — Abriu mesmo, eu ouvi dois garotos da Sonserina falando que a sala comunal só abria para os verdadeiros sonserinos. Bem... — sorriu irônico — Parece que eu sou sonserino.

— Não, você é melhor que esses sonserinos nojentos. Vamos, temos muito o que fazer até o nascer do sol. — James retirou das costas a mochila que Mareena só percebeu agora que ele usava, puxando o zíper e retirando caixas e mais caixas lacradas — Sirius... — se aproximou do Black, colocando uma caixa preta em suas mãos — Espalhe essas bombas de bosta pela sala comunal. Mareena... — olhou para a loira, que ajeitou a postura quando o olhou, ele retirou uma caixa larga do chão e entregou para a loira — Faça essas penas flutuarem até o ventilador de teto e lance um feitiço para o ventilador começar a girar quando os sonserinos primeiranistas aparecerem, acha que consegue?

— Sim. — sorriu apertando a caixa ente os dedos.

— Ótimo. — retribuiu o sorriso — Remus e Peter, lancem um feitiço na escadaria do dormitório masculino para que caia baldes e mais baldes de mel nos alunos quando eles passarem. — concordaram com a cabeça — Enquanto isso, eu vou dar um ar mais... grifinório para essa sala comunal. Então vamos começar a trabalhar. — ninguém hesitou em começar a seguir o que James falava, ele parecia tão sério enquanto liderava que todos perceberam, naquele momento, que James era o líder deles.

Todos seguiram para lados opostos e Mareena abriu a caixa, deixando a mostra outra caixa cheia de penas felpudas e brancas. A loira retirou a varinha do robe e apontou para a caixa, murmurando um feitiço:

— Wingardium Leviosa. — murmurou, fazendo a caixa flutuar e ficar presa no ventilador, murmurou um feitiço simples e a caixa ficou paralisada, até algum sonserino aparecer. Quando terminou seu trabalho, sentiu um cheiro horrível e virou a cabeça, vendo um Sirius enjoado espalhando pequenas bolas marrons pela sala comunal — O que diabos é isso? — perguntou.

— Bombas de Bosta. — murmurou com puro desgosto.

— Não foi isso que vocês soltaram no corredor do terceiro andar? — ele balançou a cabeça afirmadamente — Então você está pagando por seus pecados. — falou sem conter o riso, virou a cabeça e olhou para James — Hey, Jay. Já acabamos aqui, e ai?

— Remus e Peter estão quase, comigo só falta alguns detalhes e... — fez um aceno com a varinha — pronto, acabei. Remus, pronto?

— Sim, podemos ir agora? — perguntou olhando para os lados, aflito com a hipótese de algum aluno ou até mesmo o professor Slughorn aparecer do nada.

— Tudo bem. — James pegou as caixas agora vazias e jogou dentro da mochila, junto de resto de penas e bombas de bosta — Vamos logo antes que alguém apareça. — James abriu a porta de saída e todos correram para fora, encostando a parede de pedras antes de correr para o sétimo andar junto dos amigos.

Enquanto corriam, os cinco garotos podiam ouvir os miados de Madame Nor-r-ra junto dos gritos de Pirraça, que flutuava de um lado para o outro pregando peças. Quando estavam próximos do quinto andar, Remus sentiu uma forte dor em sua coxa e caiu sem que os amigos percebessem, até que Mareena o olhou e se aproximou.

— O que houve? — perguntou.

— Mi... Minha coxa dói. — gemeu de dor.

— Vem, eu te ajudo. — Mareena se aproximou e colocou seu braço por dentro da axila de Remus, o levantando enquanto o garoto passava seu braço por trás de suas costas e o levantava — Eu sinto muito Remus, mas não vou conseguir te levar para a enfermaria agora por... — começou, mas logo foi parada pelo amigo.

— Está tudo bem, Mary. — a loira corou com o uso do apelido inventado pelo garoto — Eu procuro a Madame Pomfrey amanhã, ela vai conseguir ajeitar isso. Agora só me leve para o dormitório, tudo bem?

— Está bem. — concordou, começando a caminhar apoiada nele até o sétimo andar.

Após alguns minutos angustiantes, eles avistaram James, Sirius e Peter parados de frente para o quadro da mulher gorda olhando para os lados, mas Mareena poderia jurar que viu o alívio nos olhos dos meninos quando eles se aproximaram.

— O que houve? — James foi o primeiro a notar Mareena carregando Remus.

— Eu machuquei minha perna, mas está tudo bem, a dor está melhorando. — mentiu, a dor em sua perna estava horrível, ele mal conseguia ficar de pé apoiado na amiga.

— Vem, eu e James te carregaremos até o dormitório. — falou Sirius substituindo Mareena, que agora estava de frente para a mulher gorda — A senha é...

— Eu sei. — Mareena parou o garoto — Cabeça de Dragão. — gritou para que a Mulher Gorda, que acordou assustada. — Anda, Cabeça de Dragão.

— Onde vocês estavam? — perguntou.

— Isso não é da sua conta — murmurou Sirius enquanto levava Remus junto de James para dentro da sala comunal, sendo seguidos por Peter — Então Mareena, nos vemos amanhã?

— Com certeza, até o café da manhã. — sorriu a garota enquanto subia as escadarias para o dormitório, adentrou o quarto que dividia com Lily, Marlene, Dorcas e Lily e avistou as meninas adormecidas, retirou seu robe e pendurou no cabide, deixou a varinha em cima do criado-mudo e cobriu-se com a coberta macia e cheirosa, apoiou a cabeça no travesseiro e soltou um longo bocejo antes de cair no sono pensando na reação dos sonserinos no café da manhã e na melhora do Remus.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma mestiça em Hogwarts." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.