Escuridão escrita por BiancaGMalfoy


Capítulo 7
Portão dos espíritos


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiii meu Merlin gente tem muitas pessoas lendo!!!!



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Capítulo 6

O silêncio entre nós dois estava me matando, não que eu e ele fossemos amigos mas pareciamos dois mudos andando no meio da neve sem enxergar nada.
– Está escurecendo, melhor pararmos - ele disse tirando a mochila das costas e armando uma barraca.
– Espero que tenha um feitiço indefectível de expansão - falei nem um pouco afim de dormir do lado de Filipe.
– Sinto muito - ele disse não sentindo nada.
– Não vou dormir com você - falei com raiva.
– não estou te obrigando a nada - ele disse entrando dentro da barraca.
Entrei na barraca e arrumei minha cama perto da Filipe e sentei com as pernas cruzadas, peguei um pacote de Salgado e comecei a comer em silêncio.
Filipe me observava sentado em sua cama ao meu lado. Seus olhos negros me estudavam na maior cara de pau.
– perdeu alguma coisa? - perguntei irritada.
– Aff ...no que eu fui me meter - ele disse revirando os olhos e puxando meu saco de salgadinho.
Olhei indignada para ele que me olhou com tédio enquanto mastigava lentamente o salgadinho, era possível ouvir ele mastigando a comida VINTE VEZES, que tipo de pessoa faz isso?
– a comida não é só sua - falei tentando pegar o pacote.
– você comeu metade, se ainda está com fome o probleminha não é meu - ele disse debochado enquanto colocava um salgadinho lentamente na boca.
Bufei e deitei me cumprindo com a grossa coberta. Fechei os olhos e dormi.

– eu juro que se não acordar eu toco um balde de gelo na sua cara -Houvi Filipe berrar em meu ouvido.
Abri os olho e encarrei ele brava.
– Qual é o seu problema? - perguntei olhando o sorriso sarcástico dele.
– deixei o Leozinho bravo...que medo - ele disse debochado.
O único motivo de eu não ser melhor que Filipe é o espírito competitivo dele, Filipe não aceitava perder, ele era competitivo e persistente, fazia de tudo para conseguir oque queria.
– Deveria ter mesmo - falei me levantando irritada.
– se arruma e vamos logo...já da para ver o portão daqui - ele disse saindo da barraca.
Arrumei as coisas, coloquei minha capa e ajudei Filipe a desmontar a barraca. Eu e Filipe caminhemos por um bom tempo até a portão dos espíritos. No meio de uma extensão nua e branca de neve encontravam-se duas estacas de madeira. Enroladas em cada uma delas, viam-se longas cordas de um material que tremulava na tempestade, como rabiolas de pipas. Uma fileira de bandeiras coloridas estava presa em diferentes seções das estacas. Algumas das cordas estavam atadas à estaca oposta. Outras se achavam presas a anéis fixados no solo ou apenas balançavam soltas no vento.
– e agora? - ele perguntou estudando o portão com atenção.
Olhei em volta e À esquerda da estaca, sob o tecido azul, consegui enxergar os entalhes intrincados por toda a madeira, que tinha sido parcialmente coberta pela neve, tinha a forma de uma mão. Guiei minha mão para dentro da depressão fria esculpida na estaca, A estaca sacudiu e começou a brilhar, algo aconteceu aos meus olhos, era como um filtro verde cobrindo minha visão, como se eu tivesse colocado óculos escuros de lentes verdes. Isso fazia com que o brilho de minha mão parecesse laranja-vivo e ele viajava de uma estaca à outra, atravessando a rabiola de tecido.
O chão tremeu e fomos envolvidos numa bolha de calor. Uma pequena bolha de estática se formou entre as duas estacas e começou a crescer.
–Oque você fez? -ouvi Filipe gritar.
As cores mudavam dentro da bolha, inicialmente muito borradas para que fosse possível distingui-las, mas foram crescendo e começaram e entrar em foco.
– Eu não sei....Merlin me ajuda -falei assustada com tudo isso.
Ouvi um estouro e a imagem tornou-se nítida.
Vi a grama verde e um sol amarelo e quente. Rebanhos de animais pastavam preguiçosamente em meio a árvores frondosas. De onde estávamos, eu inalava o perfume de flores e sentia o sol em meu rosto, embora o granizo gelado ainda caísse sobre mim.
– Onde estamos? - Filipe perguntou ofegante.
– Eu...não sei - Falei sentindo meu corpo pesar.
– Tudo bem? -Filipe perguntou.
– Não- falei antes de cair na escuridão.


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Notas finais do capítulo

Como eu vi que tem uma penca de pessoas que estão lendo...ALGUEM PODE COMENTAR...fala sério, pode até criticar não me importa mas é meio desanimador eu não saber oque VOCÊS estam achando. A opinião de vocês conta muito sabia?



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