Capítulo 13

Pov. Bianca

Quando você tem uma vida e ela Escapa lentamente pela suas mãos é como se nada mais fizesse sentido...eu vi cada uma daquelas pessoas morrerem, eu quis chorar porque senti e medo.

Me apoiei na sacada do meu quarto na mansão Rajaram, o sol do lado de fora sumia atrás das montanhas deixando o céu multicolor,a noite chegava junto com o frio. Uma rajada de vento balança meu cabelo violentamente, prendo meu cabelo rapidamente em um rabo de cavalo alto.

Oque fazer quando se quer recomeçar mas o passado destruiu cada pedaço seu? Como tirar a imagem de centenas de jovens mortos amontoados em uma pilha no pátio do lugar que eu considerava minha casa?

Depois de anos tudo ainda era nítido para mim, eu ainda acordava gritando de madrugada, eu ainda observava um ponto específico da casa que me trazia as imagens da guerra. Apesar de tudo, lágrimas era certamente uma coisa que você não via em meu rosto, eu me recuso a chorar... Chorar é horrível, chorar te destrói, chorar te torna fraco e vulnerável.

Fecho os olhos e as imagens da guerra retornam mais vivas, aperto a barra de metal da varanda até sentir o sangue parar de sircular, balanço a cabeça tentando afastar os gritos, abros os olhos, minha respiração ofegante intregam o surto que tive.

Já havia sido pior, já tentei me matar apenas para não ver as imagens em minha cabeça, apenas para não escutar pedidos de ajuda, paredes explodindo e impacto dos corpos sem vida caindo no chão sujo de sangue do pátio de Hogwarts.

Seguro as lágrimas, luxo o ar e solto lentamente buscando me acalmar mas imagens começam a aparecer violentamente, me encosto na parede e escorrego até me sentar no chão. Ouço um grito, o mesmo grito que atormenta minha cabeça a dias, levo minhas mãos ao meus ouvidos na tentativa desesperada de afastar a voz rouca da garota que suplicava por ajudá, fecho os olhos e vejo a imagem de uma garota de cabelos vermelhos sujos e escabelados, sua pele branca coberta por sangue seco, seu olhos negros ganhando uma cor vermelha como se pegasse fogo, suas roupas rasgadas partiam ver sua pele esfolda e roxa em decomposição. Tento abrir os olhos mas a imagem me hipnotiza, movo as mãos para meus braços e cravo minhas unhas na pele na tentativa de ador afugentar a imagem mas agora a gorota gritava me fazendo gritar junto, ambas nós duas sabemos que o sofrimento nunca vai partir que recomessemos, nunca seremos felizes.

Abro os olhos e me deparou com a lua, as imagens e oz gritos evaporaram mas ador em meu braço continua. Encaro meu braço sangrando, o sangue escorria devagar como um pingo de água escorrendo no copo, tão vermelho, exatamente da cor do rio no qual os corpos estavam no sonho passado.

Eu odeio admitir mas preciso de Kishan, ele é o único que afasta isso de mim, ele consegue afastar essas imagens que se escondem no fundo da minha mente, ele impede os gritos que chegam no escuro, ele me protege desses homens que rastejam a noite até mim para me assustar como se eu fosse uma criança. Ele afasta os demônios que se escondem no meu passado.