No domingo Damon e eu fomos escolher uma arvore de natal, escolhemos uma árvore grande, compramos alguns enfeites e algumas coisas para a decoração de natal. Quando chegamos em casa nós começamos a decoração da árvore, tomando chocolate quente, íamos colocando os enfeites, todos vermelhos e dourados, com Lord nos observando o tempo todo. No topo Damon colocou uma estrela dourada, e então apagamos as luzes da sala e ligamos o pisca pisca, nos sentamos no sofá abraçados e ficamos apenas assistindo a dança das luzes.

— Você tem noção o quanto eu estou feliz? – perguntei beijando seu queixo – a um ano atrás eu nem sonhava com isso, ter você aqui ao meu lado, nossa filha crescendo aqui dentro.

— Eu também estou feliz pequena, muito. – ele acariciou minha barriga, e assim nós ficamos por um bom tempo.

                                                                                                       *

 Alguns dias se passaram, sábado, dia do jantar na casa de Klaus e Caroline, ela me ligava a cada dois dias para ter certeza que eu iria, como se desse para dizer não a Caroline Forbes.

 Tomei um banho demorado, vesti meu roupão e fui até o closet, fiquei muito tempo passando os vestidos na arara, nada ali me agradava, minha barriga estava grande demais para a maioria deles, que ficariam como blusas compridas.

 Escolhi por fim um vestido tomara que caia salmão, ele era soltinho e não ficou tão curto, escolhi um sapato nude, ele era de bico um pouco fino e de salto alto, sequei o meu cabelo e fiz uma maquiagem em tons pasteis, quando desci as escadas Damon e Enzo estavam no sofá conversando sobre algo que estava passando na televisão.

— Prontos? – perguntei.

— Sim – disseram juntos, e se levantaram ao mesmo tempo.

— Está linda pequena – Damon beijou minha bochecha.

— Posso até estar bonita, mas nada comparado ao ano passado – disse me lembrando do meu vestido azul maravilhoso, que agora não passaria jamais na minha barriga – mas dá pra ir.

— Ano passado você estava linda mesmo – ele disse sorrindo – e me recordo bem que estava sendo exibida como um troféu.

— Não vamos falar sobre isso, eu estava apenas em um momento nostalgia pelo meu vestido, vamos logo antes que a Caroline ligue de novo – disse o empurrando até a porta da garagem.

 Entramos no carro e Enzo foi atrás, eles conversavam sobre um jogo de basquete que havia passado hoje a tarde, eu apenas olhava para fora, a neve fina caia, e agradeci mentalmente pela casa deles ter aquecedor.

 Chegamos alguns minutos depois, quase congelei do caminho do caro até a casa, meu casaco mesmo sendo bem quente, não ajudou em muita coisa.

— Finalmente – disse Caroline revirando os olhos – achei que não viriam mais.

— Caroline, estamos apenas vinte minutos atrasados.

— Vinte minutos é muito tempo Elena.

— Tente estar grávida e achar algo para se vestir que não fique parecendo uma bola festa de aniversário. – disse com um sorriso sarcástico.

— Pelo jeito alguém não está de bom humor.

— Estou de ótimo humor – menti – quer ajuda com algo?

— Não, quero que você apenas relaxe e se divirta – ela sorriu e saiu andando de volta á cozinha.

— Ai estão vocês – disse Klaus vindo da sala de estar – venham, vamos beber – os três sorriam, eu o encarei quase o fuzilando – menos você Elena, que tem que manter o corpinho em forma – ele riu irônico e voltou a sala de estar.

— Idiota – sussurrei.

— Calma pequena – Damon pegou a minha mão, entrelaçou os meus dedos e a beijou.

 Algumas pessoas já estavam na sala de estar, alguns rostos conhecidos e outros não, reconheci algumas pessoas do ano passado, ou do casamento dos dois.

— Elena – Rebekah caminhou até mim com um sorriso, Damon foi para o outro lado da sala com Klaus e Enzo – você está linda – ela disse com uma voz meiga – está de quanto tempo?

— Cinco meses e meio – sorri.

— Meus parabéns – ela me abraçou rapidamente – é do Damon né? – ela sussurrou em meu ouvido.

— Sim, é dele – comecei a rir.

— Desculpa perguntar isso, é que no ano passado você estava com outro carinha, um bem bonito por sinal – ela piscou.

— Ele é realmente bonito, mas não deu certo. – era mais fácil dizer isso do que tentar explicar toda a história, que com certeza ela não quer ouvir.

— Nesse caso você não se importaria de me passar o telefone dele não é?

— Claro que não – sorri, peguei meu celular e passei o numero de Nick para ela.

— Obrigada Elena – ela disse tocando o meu braço – vou pegar algo para beber, você quer?

— Ah não, obrigada.

 Ela saiu desfilando pela sala até o bar de Klaus e se servindo de uma bebida vermelha, e depois se juntou em uma conversa com o irmão. Fiquei alguns minutos sozinha, apenas observando as pessoas ali, impressionante o quanto esses jantares sempre são desconfortáveis.

— Posso falar com você um minuto? – Enzo apareceu ficando ao meu lado.

— Claro – me virei para ele – para onde quer levar o meu marido desta vez?

— Nenhum lugar Elena – ele deu uma risada abafada – vim apenas falar que estou feliz por vocês, eu nunca vi o Damon assim, e eu o conheço a muitos anos, ele só fala de você e da bebê, ele está realmente empolgado, e feliz.

— É bom saber disso – sorri, nos viramos para o grupo de pessoas que conversavam com Damon do outro lado da sala, ele estava segurando um copo com um liquido marrom, e sorria, um sorriso relaxado e feliz. – Eu o amo Enzo, tanto que eu tenho até medo.

— Medo do que?

— De tudo, tenho medo de perde-lo, por qualquer que seja o motivo.

— Nada vai acontecer Elena, não precisa ter medo, Damon é seu de corpo e alma, me conformei com isso – ele riu.

— Finalmente – disse segurando em seus ombros.

— Continue cuidando do meu amigo ok?

— Ah claro, agora que me pediu vou cuidar com certeza – disse com um sorriso falso.

— Mude seu nome para hilária Elena – ele forçou um sorriso e saiu andando até onde estava Damon e Klaus.

 Me sentei em uma das poltronas, comendo um dos canapés, quando Caroline se sentou ao meu lado, ela estava sorrindo satisfeita olhando para todos os cantos.

— Finalmente quase tudo pronto, quase todos aqui. – ela encostou no sofá e virou um gole de champanhe.  – Estou feliz por você estar aqui hoje – ela segurou minha mão.

— Eu estava aqui no ano passado também.

— Sim, eu sei, mas não era bem você – ela virou o rosto para mim – você não se lembrava de mim, ou do Klaus, não estava com Damon.

— Sendo assim, estou feliz de estar aqui desta vez – sorri, ela me abraçou rapidamente.

— Não vejo a hora da bebê nascer, mais uma para a nossa ‘’turma’’ – ela fez aspas com os dedos.

— Sim, mais uma – sorri.

— Eu não ia perguntar sobre isso, juro que não ia – ela disse me olhando seria – mas eu já bebi uma quantidade razoável para isso me deixar muito inquieta, quem vai ser a madrinha da sua filha? – arqueei as sobrancelhas, engoli em seco, eu ainda não havia decidido isso.

— Car, honestamente eu ainda não sei, Damon vai escolher o padrinho, eu a madrinha, e ele disse que não vai me ajudar na decisão, e eu não sei o que fazer, você e a Dani são como irmãs para mim, e sei que a que eu não escolher vai ficar muito chateada, e eu não quero isso.

— Eu não ficaria chateada – ela disse rindo, eu a encarei com cara de tédio. – Ok, eu ficaria um pouco chateada, mas porque sou sua amiga a mais tempo, preparei o seu casamento, estive ao seu lado sempre.

— Eu sei disso Car, e sou muito grata, mas ela também me ajudou com muita coisa, e o tempo que a conheço não diminui em nada nossa amizade, essa vai ser uma decisão difícil, que prefiro adiar mais um pouco.

— Tudo bem – ela suspirou, e se levantou – vamos lá jantar – disse esticando a mão para que eu a pegasse, e eu a segui até a sala de jantar.

 Me sentei entre Damon e Rebekah, o jantar foi maravilhoso, a única parte ruim foi não poder beber o vinho, que era o meu favorito.

                                                                    *

 Damon deixou Enzo na casa dele, e depois fomos para casa, no caminho fomos conversando sobre o jantar, ele ia me dizendo sobre o que havia conversado com as pessoas, e que todos nos desejaram parabéns pelo bebê e etc.

 Quando chegamos eu fui direto para o quarto, Damon me ajudou a tirar o vestido, vesti apenas uma camiseta dele e me deitei na cama, ele fez tirou a roupa e deitou só de cueca ao meu lado, se apoiou no cotovelo e ficou me olhando com cara de bobo.

— O que foi? – perguntei sorrindo.

— Gosto de ficar te admirando – ele riu – mas prefiro fazer isso enquanto você dorme.

— Então temos mais isso em comum – dei um selinho demorado nele.

 Me virei de costas para ele, que me abraçou, deixando suas mãos apoiadas em minha barriga, a alisando com o polegar, e nós ficamos assim até pegar no sono.