Do you remember us? escrita por Agatha DS
Nós entramos no quarto, Dani sorriu, ela estava pálida, seus olhos mal ficando abertos, e ainda assim ela estava maravilhosa.
— Vieram conhecer a minha coisa? – ela riu olhando para mim.
— É a coisa mais linda que eu já vi – dei um beijo em sua testa – já escolheu um nome?
— Eu ainda nem a segurei ainda – ela fez beicinho.
Fiquei sentada de um lado e Richard do outro, ambos segurando suas mãos, alguns minutos depois uma enfermeira apareceu com a bebê, e entregou-a para Dani, assim que ela a pegou ficou um longo tempo admirando o rosto dela, suas lagrimas escorriam sem parar, ela colocou o indicador na mão da bebê que o segurou com sua mini mão.
— Ela é linda – ela disse com uma voz falha – é a minha filha – Dani colocou seu rosto perto da filha e ficou ali longos segundos, meus olhos estavam marejados, era lindo de se ver, mãe e filha se conhecendo, e já se amando. – Emma.
— Emma? – perguntou Richard colocando a cabeça junto a de Dani olhando para a bebê – adorei – eles se beijaram.
— Esse nome é lindo – sorri acariciando seus cabelos – nossas filhas irão crescer juntas. – disse.
— É uma menina? - eu assenti e ela sorriu – elas vão ser como nós – ela pegou a minha mão, e nós ficamos apenas admirando seu pequeno rostinho de boneca, nem parecia um bebê de verdade. – Sabe que eu não preciso ter que te pedir para ser a madrinha, não sabe? – ela riu.
— É assim?
— Claro, nenhuma outra pessoa no mundo poderia ser madrinha dela, e se algum dia algo acontecer comigo, eu não confiaria em ninguém além de você para ficar com ela.
— Ah Daniela – a abracei em lagrimas, ela também chorou, as duas bobonas, explodindo de hormônios e choronas – obrigada.
Após lagrimas, sorrisos, brincadeiras, a enfermeira veio dizer que precisávamos ir embora e deixar elas descansarem, Rick ficaria com as duas. Me despedi da Dani, e da pequena Emma, e nós fomos embora.
— Ela é tão fofa.
— Sim, ela é, não vejo a hora de ser a nossa – Damon passou a mão por minha perna.
— Eu também.
Nós fomos para casa, tomei um banho de banheira com Damon, que ficou quase o tempo todo conversando com a minha barriga, enquanto nossa pequena se mexia em forma de resposta, era tão lindo ver tudo isso.
Fiquei imaginando como seria a minha vida se eu não tivesse deixado Matt, desistido da faculdade, se eu não tivesse conhecido Damon, até que a inconsciência me levou.
*
Finalmente o sábado, Damon e eu estávamos ansiosos, iriamos comprar a mobília para o quarto da nossa filha, e aproveitar para comprar os presentes de natal, que seria em duas semanas, e ainda não havíamos comprado nada, de pensar que a um ano atrás Damon e eu não estávamos juntos, eu estava com Nick e tudo era tão diferente.
Vesti uma calça jeans escura, e uma bata rosa clara, que marcava um pouco minha barriga, passei uma maquiagem leve e deixei o cabelo solto. Marquei de encontrar com a minha mãe no shopping mais tarde, ela ainda estava muito desanimada, e essa época do ano sempre foi sua favorita.
Damon estacionou em frente á uma loja de móveis infantis, ela era enorme, nós entramos e começamos a olhar tudo, havíamos decidido que seria tudo branco e rosa, escolhemos um berço todo branco, um guarda roupa branco com os puxadores das portas e das gavetas de ursinhos cor de rosa, para o enxoval da cama eu escolhi um marrom com bolinhas cor de rosa, o lençol, a fronha e os protetores de berço, que eram muito fofos, e tinham alguns bichinhos brancos pendurados nas laterais, depois escolhemos uma cômoda também branca com os puxadores da gaveta de ursos cor de rosa, que ficaria o trocador, uma poltrona inclinável de couro branca, um tapete de urso cor de rosa, escolhemos uma cadeirinha para o carro, preta, com o acolchoado de oncinha rosa, como o enxoval, e o carrinho combinando. Foi difícil se concentrar, tudo era tão fofo, compramos algumas roupinhas, alguns brinquedos, e algumas outras coisas, deixaríamos o restante para depois.
Chegamos no shopping, encontramos com a minha mãe em frente a loja que combinamos, ela deu um sorriso fraco e me abraçou.
— Você está linda filha – ela acariciou minha barriga.
— Obrigada mãe – deu um beijo em seu rosto – demoramos um pouco, estávamos comprando os móveis para o quarto da bebê, desculpa.
— Da bebê? – ela sorriu – é uma menina?
— Sim – sorri, seus olhos encheram de lagrimas e ela me abraçou de novo.
— Parabéns, aos dois – ela pegou uma mão minha e uma de Damon – estou muito feliz por vocês.
— Obrigada sogra – Damon a abraçou.
— Então vamos lá?
— Sim, claro – ela disse enxugando as lagrimas.
Nós começamos a caminhar pelo shopping, eram cinco andares, Damon não estava muito animado, mas disse que queria ficar de olho em mim. Minha mãe parecia mais animada do que a ultima vez que a vi.
Comprei presente para todos que estavam na minha lista, Damon também comprou presentes, mas a maioria escondido de mim, e então resolvemos jantar ali antes de irmos embora.
— O que você vai querer? – ele perguntou se sentando ao meu lado.
— Como eu sei que você não vai me deixar comer lanche, eu vou querer sushi – sorri.
— Tudo bem, vou lá comprar, e você Sra. Gilbert?
— Ah querido pode deixar que eu vou fazer o meu pedido – ela sorriu e ele também, e então ele saiu dali.
— Mãe, eu estava pensando, esse ano vai ser o primeiro na minha casa nova, lá é grande, teria espaço para todo mundo, você poderia chamar os seus amigos, o que você acha da ceia ser lé? – eu sabia que esse era um campo perigoso, minha mãe nunca deu o braço a torcer sobre a ceia de natal, sempre era na casa dela.
— Por mim tudo bem – ela disse olhando para os lados.
— Tudo bem? Sério? Não vou precisar fazer chantagem? Nem apelar para o emocional?
— Não filha – ela riu, agora me olhando – não queria mesmo passar em casa, vai ser o meu primeiro natal em tantos anos sem o seu pai, não queria estar em casa.
— Isso é bom – sorri, ela me olhou franzindo a testa – quero dizer, a parte de você aceitar que seja lá na minha casa. – ela sorriu – eu também sinto falta dele, o tempo todo – ela abaixou a cabeça, eu sabia que ainda era um assunto complicado.
— Ele faz muita falta – ela disse pegando minha mão sobre a mesa, seus olhos estavam cheios de lagrimas.
— Mas você tem a nós, sua família que te ama muito – acariciei as costas de sua mão com o polegar.
— Eu sei disso querida, e você não imagina o quanto sou grata por ter vocês.
Damon voltou com um barco de sushi médio, e o colocou no centro da mesa.
— Pronto, agora trate de comer – ele disse se ajeitando ao meu lado.
Comi vários sushis, Damon mesmo não gostando comeu alguns também, e nós conversamos sobre coisas aleatórias.
— Vocês já escolheram um nome?
— Ainda não – disse bebendo um gole do meu suco – não conseguimos concordar em nada.
— Porque a sua filha me vem com uns nomes árabes, russos. – ele disse me encarando.
— Você não tem criatividade, por isso não gosta das minhas escolhas.
— Não vou chamar a minha filha com um nome que não gosto.
— Por isso ainda não temos nome – sorri para minha mãe.
— Logo vocês vão concordar em algum, ou pelo menos tolerar um – ela riu.
Ficamos mais algum tempo discutindo nomes, e depois fomos embora.
Quando chegamos em casa fui direto para o sofá e me deitei, eu estava exausta, meus pés doíam e as minhas costas também, mas sei que se eu disser qualquer coisa a respeito disso, Damon vai ficar horas falando, eu te avisei, e eu não estou afim.
— Então, feliz com nossas compras para o quarto?
— Muito – sorri – adorei a mobília, o enxoval, os acessórios, tudo – ele levantou minha cabeça, se sentou e a colocou em seu colo.
— Sim, também gostei de tudo – ele sorriu, levou a mão até a minha barriga – faltam apenas quatro meses pequena.
— Eu não vejo a hora de ver o rostinho.
— Eu também. Nós temos que arranjar um nome, logo.
Nós ficamos em silêncio por longos minutos, e involuntariamente fiquei pensando na Hope, aquela bebê que eu cuidei por um tempo, e que nós queríamos adota-la, como ela estaria?
— Hope – disse.
— Hope? – ele me olhou por um longo segundo – eu gosto desse nome.
— Eu também – sorri.
— Você pensou neste nome pela sua paciente não é? E o apego que teve a ela.
— Isso mesmo, eu fiquei apaixonada por ela, e fiquei tão mal quando soube que não poderíamos adota-la, hoje esse não deve nem ser mais o nome dela.
— Tem razão, e eu realmente gostei do nome – ele acariciou meus cabelos.
— Nós estamos mesmo concordando com um nome? – eu ri e me sentei ao seu lado.
— Parece que sim pequena.
— Finalmente – me sentei em seu colo e o beijei.
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O que acharam? vou aguardar os comentários ok?
Alguem está lendo a minha outra fanfic que mandei aqui? bjs